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RECURSO ORDINARIO

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RECURSO ORDINARIO
 1.1 CONCEITO
É um tipo de recurso dirigido ao STF (CF, art. 102, II) ou STJ (art. 105, II), conforme o caso, que vai funcionar como uma espécie de “apelação” nas causas julgadas em única instância pelos tribunais, nos termos como previsto no art. 1.027, I e II.
O objetivo do recurso ordinário constitucional é o de permitir que ações originárias dos Tribunais tenham uma verdadeira segunda instância, representada pela possibilidade de amplo reexame das matérias decididas anteriormente (tanto de fato quanto de direito).
Por ser um tipo de recurso regulado na Constituição Federal, a doutrina denomina de recurso ordinário constitucional, até mesmo para diferenciá-lo do recurso ordinário trabalhista (espécie de apelação na Justiça do Trabalho).
CABIMENTO
O recurso ordinário cabe de pronunciamentos oriundos de tribunais, em razão de sua competência originária, na área civil, sempre que o pronunciamento original possua conteúdo “denegatório”, nos termos estabelecidos no art. 1.027 do CPC, vejamos.
Mandato de segurança, habeas data ou mandado de injunção denegados em única instância pelos Tribunais Superiores: competência do STF (artigo 102, II, “a”, CF e artigo 1.027, I, do CPC).
Mandato de segurança denegado pelos Tribunais Regionais Federais Tribunais estaduais: competência do STJ (artigo 105, II, “b”, CF e artigo 1.027, II, “a”, do CPC). 
Causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional e de outro lado Município ou pessoa residente ou domiciliada no país: competência do STJ (artigo 105, II, “c”, CF e artigo 1.027, II, “b”, do CPC)
INTERPOSIÇÃO
A petição de interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão denegatória. As razões recursais deverão ser anexadas à petição de interposição, devendo ser dirigidas ao STF ou STJ, conforme o caso.
O prazo para a interposição do recurso ordinário constitucional será, como regra, 15 (quinze) dias (ver NCPC, art. 1.003, § 5°). Será também de 15 (quinze) dias o prazo para o recorrido apresentar suas contrarazões (ver NCPC, art. 1.028, § 2°).
No ato de interposição o recorrente deverá comprovar o recolhimento das custas exigidas, bem como de outras despesas, sob pena de ver seu recurso ser declarado deserto (ver NCPC, art. 1.007). Se for beneficiário da gratuidade de justiça, deverá informar tal fato indicando com precisão em quais folhas do processo se encontra a decisão concessiva.
 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Cumpridas todas as formalidades, o Presidente do Tribunal recorrido encaminhará o recurso ao STJ ou STF, independente de juízo de admissibilidade (art. 1.028, § 3°).
No STJ ou STF, conforme o caso, aplica-se quanto ao juízo de admissibilidade as regras do regimento interno do respectivo tribunal.
Art. 1.027. 
Serão julgados em recurso ordinário:
I. pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II. pelo Superior Tribunal de Justiça:
a. os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e territórios, quando denegatória a decisão;
b. os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea b, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015.
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º e 1.029, §5º.
O artigo 1.026 do Código de Processo Civil dispõe que “Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso”. É o chamado efeito interruptivo do recurso de embargos de declaração.Os embargos declaratórios propostos com manifesto propósito protelatório são passíveis de aplicação de multa de um por cento sobre o valor da causa. Essa multa pode ser elevada a dez por cento no caso de reiteração, ficando a propositura de outros recursos condicionada ao pagamento da multa.É o chamado efeito interruptivo dos embargos declaratórios, no momento em que os embargos de declaração são interpostos, os prazos recursais que já se iniciaram a partir da publicação da decisão são interrompidos e voltam a correr após a publicação da nova decisão que será prolatada.Pode-se citar alguns exemplos práticos. Publicada uma decisão interlocutória automaticamente começarão a correr dois prazos: o dos embargos declaratórios, cinco dias, e o do agravo de instrumento, quinze dias. 
Se houver erro material, omissão, contradição ou obscuridade na decisão, a parte deverá interpor, antes do agravo, o recurso de embargos de declaração, o qual tornará interrompido o prazo para interposição do agravo. Os embargos serão decididos e somente aí reiniciará o prazo para interposição do agravo. 
Quando uma decisão é publicada, simultaneamente inicia-se a contagem de dois prazos: o para interposição de embargos declaratórios e um para interposição do recurso adequado àquele momento. A título de exemplo, verifica-se que quando a sentença é publicada, iniciam-se no mesmo momento as contagens dos prazos para embargos declaratórios e para apelação das partes. Decorridos os cinco dias para apresentação de embargos, se a parte não os apresentou, ainda lhe restam dez dias para interposição de apelação.A tempestividade é condição objetiva, não depende de interpretação, e, por isso a preclusão temporal ocorre automaticamente. A parte que apresenta recurso intempestivo sabe que assim o faz, pois há regras bem claras quanto a contagem de prazos processuais.
Art. 1026.
Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
https://jus.com.br/artigos/36198/o-efeito-interruptivo-dos-embargos-declaratorios-comentarios-sobre-o-sentido-material-do-art-1-026-do-novo-codigo-de-processo-civil

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