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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP EDUCACIONAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Déborah Helena Santos Alves RA 450602118/51
Rafaela Fernandes Ferreira RA 23130006/01
Renato Soares Costa RA 249977708/76
Samantha Beatriz De Araújo Ribeiro RA 23130158/01 
Vitoria Sales Rodrigues RA 436817648/08
Produção textual em grupo (PTG)
“Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar”.
Déborah Helena Santos Alves RA 450602118/51
Rafaela Fernandes Ferreira RA 23130006/01
Renato Soares Costa RA 249977708/76
Samantha Beatriz De Araújo Ribeiro RA 23130158/01 
Vitoria Sales Rodrigues RA 436817648/08
 Produção textual em grupo (PTG)
“Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar”.
Produção textual apresentado às disciplinas de:
Psicologia da Educação e da Aprendizagem 
Ética, Política e Cidadania
Políticas Públicas da Educação Básica
 Metodologia Cientifica 
Como requisito para aprovação no curso de Pedagogia.
 Tutor (a) EAD –Paula Fernanda Belebecha Pereira
 Tutor (a) Presencial –Vanessa Julieta Godoi Balbino
Sumário
 INTRODUÇÃO.................................................................................................4
 DESENVOLVIMENTO..................................................................................... 5 
CONCLUSÃO..................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................…………….................. 14
INTRODUÇÃO
Essa Produção Textual interdisciplinar em Grupo faz referências às disciplinas abaixo citadas e abordaremos o seguinte tema “Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar”.
· Psicologia da Educação e da Aprendizagem 
· Ética, Política e Cidadania
· Políticas Públicas da Educação Básica
· Metodologia Cientifica 
Após a leitura da Situação Geradora de aprendizagem e a situação problemas Este trabalho (PTG) tem como objetivo discutir “Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar”. 
Por meio de pesquisas bibliográficas da situação geradora de aprendizagem veremos os desafios e mudanças sobre igualdade de gênero no espaço escolar. 
Também colocando como principal sujeito a educação infantil inserindo atividades, no dia a dia do aluno, e debates com apoio de educadores, professores e toda equipe escolar. 
Apoiados em nossas aulas e estudos de Psicologia da Educação e Aprendizagem, A Teoria da Afetividade de Wallon, aborda o domínio das emoções. Também trazemos na disciplina de Ética, Política e Cidadania uma citação da Situação-Problema “Caso Milton”.
Abordaremos também casos do nosso dia a dia, e falaremos alguns métodos para mudarmos essa desigualdade.
DESENVOLVIMENTO
Meninos são melhores em matemática, já as meninas são mais caprichosas; meninos gostam de futebol, meninas estão mais interessadas em roupa e maquiagem desde pequenos, aprendemos rapidamente que o mundo é dividido entre o feminino e o masculino e também de que lado devemos estar. Ao longo da infância, passamos por inúmeras situações que supõe uma divisão de gênero, muitas delas vividas e reproduzidas no ambiente escolar. Mas, afinal, o que é gênero?
A discussão desse conceito nada mais é do que um dispositivo cultural, constituído historicamente, que classifica e posiciona o mundo a partir da relação entre o que se estende como feminino e masculino. 
Como os arranjos de gênero podem muitas vezes restringir, excluir e criar desigualdade. Quando dizemos que certas tarefas são próprias de meninas e outros de meninos, estamos limitando as formas de aprendizagem e inclusive as experiências de vida de estudantes.
Muitas vezes, esse tipo de definição atrapalha o entendimento sobre o que é estar no mundo, e isso pode virar um obstáculo no processo de construção de desejos, expressões e formas de sentir. A escola é, pois, o ambiente adequado para levantar essa discussão e também para, através da educação ajudar na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
No Brasil existem poucos professores homens dentro de uma sala de aula, segundo dados do Ministério da Educação (MEC) oito em cada dez docentes da Educação Básica são do sexo feminino. A diferença está nos estereótipos de gênero cultural e historicamente construídos, segundo os quais as tarefas de cuidar e ensinar são essencialmente femininas. 
É desse predeterminado, também presente em expressões como “não chore que isso é coisa de mulher'' e ”futebol é esporte de homem”, que mostra como a desigualdade ainda existe até os dias de hoje. 
O preconceito ainda está presente nos dias atuais, comportamentos e práticas que discriminam um sexo ou define a superioridade de um sobre o outro. As mulheres estão assumindo o mesmo posto dos homens em algumas profissões, mas mesmo assim continuam a receber menos que os homens, o sexíssimo sempre foi a favor dos homens, inclusive temos praticas em nossas comunicações e sempre usamos substantivos masculinos quando há referências ao plural ou a ambos sexos.
Refletir sobre esses acontecimentos nós fazem capaz de poder auxiliar, combater as relações de discriminação.
Citarei algumas atividades que podemos realizar nas escolas para colocar esse assunto em pauta.
· A desigualdade de gênero deve ser pauta em debates em sala de aula: O essencial é sempre encorajar a conversa sobre o tema sempre que possível. Se o assunto é tratado em sala de aula, cria-se espaço para debates e reflexão. Acredito que também seja importante mostrar que os alunos podem ter voz e se sentirem confortáveis para fazer perguntas e aprender. 
· Desmistifique estereótipos e preconceitos: Desconstruas preconceitos e rivalidades antigas como ''meninos são melhores em matemáticas que as meninas'', incentive ambos sempre a participarem de Olimpíadas de Matemática e de Português, Torneios ou de grupos de estudos focado.
· Debates em grupos: Igualdade de gênero é um dos assuntos que deve sempre estar em debates com assuntos atuais.
· Incentivar o conhecimento: Inclua em suas aulas filmes, livros, teses, artigos e músicas. Use isso para que eles entendam sobre esse assunto com as referências de terceiros.
Como podemos lutar pela igualdade de gênero, se a desigualdade está presente em todos os lugares desde a primeira infância!
A desigualdade de gênero é tão natural que as vezes passa despercebido, temos leis, projetos, para que essa igualdade seja real.
Mas do que adianta isso tudo se desde que nascemos aprendemos o que é “coisa de menino e coisa de menina” se ouvimos desde sempre “mulher que trabalha fora não dá conta dos filhos e da casa, aí perde o marido e quer reclamar! ”
Em uma das situações geradoras de aprendizagem do curso, vimos que um rapaz precisava fazer um comercial de um produto onde precisava ser inovador.
A proposta do jovem foi que a mãe era a chefe de família que estava indo viajar a trabalho e o pai ficaria trabalhando em casa e cuidando do filho.
Na situação esse comercial foi rejeitado, porque isso não era a “realidade”, mas na verdade essa é a maior realidade dos nossos dias isso sem contar comas famílias que não tem a imagem paterna, família formadas como base a mãe e muitas vezes a avó!
Com base nisso observamos que é difícil mudar essa visão, mas não é impossível!
“[...] as mulheres lutaram por direito à educação, ao voto, à independência econômica, igualdade salarial e acesso às profissões e cargos valorizados; por direitos sexuais e reprodutivos; pela partilha do trabalho doméstico; e pela paridade na representação política entre homens e mulheres. Algumas dessas lutas continuam. “
Não temos autonomia nem para decidir se ainda queremos ter filhos, cirurgia para laqueadura só é autorizado quando o homem assina, saímos do século onde o homem assina para a mulher, onde a mulher usa o mesmo cpf que o seu marido, mas ainda não podemos decidir se queremos ter ou não mais filhos!
Precisamos ensinar as crianças com atividades desde a pré-escola que as meninas têm os mesmos direitos, que brincando juntos é muito mais divertido!
“A estrutura familiar patriarcal reforça o machismo desde a infância. Educa o menino para exibir seu sexo, gostar dele, ostentá-lo orgulhosamente, como vemos nas rodas familiares, num nítido narcisismo fálico. Já com relação à menina dá-se o contrário; obriga-se a esconder seu sexo, mantê-lo misterioso, a não ter uma relação afetiva com sua identidade sexual. Para um, o modelo estimula e incentiva toda expressão sexual; para o outro, o domínio, a reclusão e a repressão. (NUNES, 2002)”
Em pleno século 21, ouvimos que a mulher precisa ser mais conservadora, não pode usar batom muito forte, não pode pintar a unha de tal cor.
E ainda pior, tem casos que já romantizamos as crianças antes de nascer, falando de namoradinhos, não respeitamos o tempo da criança, ensinamos as meninas que elas precisam namorar com um cara com carro ou moto, casa, emprego fixo e com alguma formação superior, mas não ensinamos os meninos que eles precisam cuidar de suas famílias, não ensinamos eles a procurar uma mulher com sonhos e cuidar dos sonhos dela, não ensinamos que mulheres são como os homens, muitas das vezes mais determinadas e mais sonhadoras que muitos homens!
Homens e mulheres que aprendem que independente de gênero, todos nós podemos fazer o que quisermos, desde meninas jogar bola com meninos e meninos podem jogar vôlei com meninas, constroem um mundo melhor. 
Basicamente a discriminação de gênero, uma das mais arcaicas e tóxicas maneiras de discriminação que ocorre. A ideologia do que é considerado normal no que refere-se aos papéis sociais delimitados a mulher e ao homem na coletividade, foram tipificados pela ação das ideologias cristãs e pelo modelo familiar burguês. O progresso global afetou de maneira direta grande parte das sociedades, principalmente as ligadas diretamente ao capitalismo. 
As mudanças acometidas ao sistema capitalista, com o movimento das minorias para a conquista de direitos, como por exemplo, das pessoas com deficiências, mulheres, população negra e LGBTI+, deram gênese a espaços de fala para esses públicos socialmente, conquistando aos poucos um certo nível de igualdade e respeito.
No entanto, todo o significativo do progresso e as expressivas lutas a respeito da igualdade de gênero, não foram capazes de superar totalmente uma base tradicional que persevera em discriminar e tentar arduamente definir de maneira definitiva o que é “coisa de homem” e o que é “coisa de mulher”. Com às mudanças sociais, observa-se que a família também diferenciou-se com o passar do tempo que era no começo, alterando significamente a dinâmica familiar e os papéis dentro dela. nota-se que a familiar é um elemento altamente significativo na existência de um indivíduo, particularmente na fase de desenvolvimento da adolescência. 
Em uma perspectiva histórica, o desenvolvimento social do indivíduo, principia-se no contexto familiar, em particular, pela mulher que desempenha o papel de mãe. Contudo, a atualidade é marcada pela diversidade no que refere-se a concepção do que é definido como “família”. Sendo assim, distingue-se que o processo de socialização primária também se alterou devido ao fator “diversidade” presente nos lares. Cada ambiente familiar é único, mesmo as que ainda se assemelham ao modelo do que é considerado normal pela sociedade antiga, a presença dessa peculiaridade é atribuída a diversas questões como por exemplo, devido a questões de óbito, separações, necessidade da inserção da mulher no mercado de trabalho, homo afetividade, uniparentalidade e etc .
Dentro da Teoria da Afetividade de Wallon podemos ter muitas experiências com nosso assunto principal. Pois quando nascemos e crescemos, ainda criança, nossos pais e familiares nos empoem que meninas vestem rosa e brincam com bonecas e brincam de casinha e meninos usam azul e brincam de carrinhos, dinossauros e construção.
Mas as crianças nem sempre se sentem à vontade com isso, muitas vezes na escola, meninas veem meninos brincando com carrinhos e querem brincar junto, mas se sentem intimidadas em questão das professoras julga-las ou contar aos seus pais. Como também há bastante casos de meninos que querem brincar de boneca, mostrando que seriam os pais dessas bonecas, mas não chegam a brincar nem chegam perto com medo do julgamento.
Eles não sabem como lidar com suas emoções, em questão de querer brincar e o medo de serem julgados tanto por professores e pais. Essas emoções prejudicam diretamente o aluno e todo ciclo de ensino que os professores tentam começar com essas crianças.
Uma professora, agente educador ou qualquer outra pessoa de dentro da escola jamais repreenderá um aluno dizendo a ele com qual brinquedo deve brincar.
Sabemos que nosso governo tem grande importância dentro de uma escola, pois como sua obrigação devem ajudar e auxiliar em tudo que as escolas necessitam.
Dentro desse contexto posso incluir um pequeno acontecido envolvendo “DAMARES ALVES”, Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, no dia 02 de Janeiro de 2019 (quarta-feira), onde a mesma assumiu seu cargo, e faz um discurso na solenidade de transmissão de cargos e disse em um determinado momento de seu discurso que “Estamos em uma nova era, meninos vestem azul e meninas vestem rosa”.
Um comentário que infelizmente acaba com qualquer tipo de trabalho que professores de escolas tenham tentado fazer com seus alunos que não sabem lidar com seus sentimentos nessa questão. Muitos pais apoiam firmemente essa frase, mas muitas vezes esquecem que seus filhos crescerão e não sabem no que se tornarão, qual será sua opção sexual, seu estilo de roupa, música e etc.
Professores já formados e nós que estamos em formação temos que tomar posse de nosso cargo e nosso dever, e temos que ser a base nas vidas de nossos alunos, mostrando a eles quem todos podemos brincar e usar qualquer tipo de roupa que nos deixe confortáveis independente do que as pessoas pesam.
“Seu direito acaba quando começa o do próximo” é uma frase que se encaixa muito bem em muitas discussões que podemos fazer dentro da sala de aula com alunos de todas as idades e sexo. Mostrando e ensinando que todos temos que respeitar os colegas independentes de suas escolhas.
Enquanto professora do Ensino Fundamental (anos iniciais) da Rede Pública Municipal foi possível constatar que as relações de gênero, embora nem sempre contempladas nos currículos escolares e nos cursos de formação de professores como objeto de discussão e análise, estão presentes implícita ou explicitamente no dia a dia das escolas, na relação professor e aluno, nas relações aluno e aluno e principalmente na prática educativa do professor.
(JAKIMIU, 2011) Ao se definir um campo e uma forma de produção do conhecimento, o campo conceitual a partir do qual opera-se ao produzir o conhecimento científico, a maneira pela qual estabelece-se a relação sujeito/objeto do conhecimento e a própria representação de conhecimento como verdade com que se opera, deve-se prestar atenção ao movimento de constituição das representações das relações de gênero, possibilitando pensar estas relações enquanto uma dimensão constitutiva da vidaem sociedade e como uma das definidoras da forma com que os sujeitos operam conceitualmente.
Compartilha-se com o ideário explorado por Scott (1995), que conceitua gênero por meio de duas proposições que se conectam uma à outra, na primeira o gênero é elemento constitutivo de relações sociais fundamentadas nas diferenças percebidas entre os sexos e na segunda o gênero dá significado às relações de poder, é um campo primário no interior do qual, ou por meio do qual, o poder é articulado.
Paim e Strey (2007) ressaltam que para o entendimento da desigualdade de gênero, é fundamental entendermos que sua gênese e manutenção na sociedade estão relacionadas ao conceito de patriarcado.
As relações assimétricas entre os gêneros vêm mostrando que as sociedades patriarcais engendram e sustentam relações e modos de produção, nos quais os homens como categoria social levam vantagens sobre as mulheres, nas mesmas condições.
Nunes (2002) ressalta que há ainda o machismo encalacrado nas instituições familiares, nos valores, nas concepções de poder, na divisão dos comportamentos, nas cores e na distribuição dos brinquedos às crianças.
E este é o momento de educarmos a pessoa como sujeito de si, capaz de reconhecer-se como tal diante da responsabilidade de sua existência e dos conflitos sociais de cuja realidade participa sem opção.
Segundo ressaltam Santos e Bruns (2000), o processo de constituição de gênero não é, de forma alguma, natural: o indivíduo só vai se tornando homem ou mulher, valendo-se de suas relações interpessoais, o que é um processo histórico-social.
Heise citado por Giffin (1994) conclui que a violência é um fenômeno extremamente complexo, com raízes profundas nas relações de poder baseadas no gênero, na sexualidade, na auto-identidade e nas instituições sociais e que em muitas sociedades, o direito (masculino) a dominar a mulher é considerado a essência da masculinidade.
(CARVALHO, 2010) Neste sentido, a crescente consciência quanto às enormes diferenças atribuídas à sexualidade de homens e mulheres, conforme aponta Giffin (1994), nos ajuda a desvendar as relações íntimas entre a tradição de pensamento dualista mais geral na sociedade ocidental e as ideologias de gênero, onde ideias sobre masculino/feminino são refletidas/embutidas também nos conceitos de cultura/natureza, razão/emoção, sujeito/objeto, mente/corpo, etc.
Enfim, conforme pontuam Reis e Gomes (2009), a escola apontada como uma instituição que reproduz as diferenças sociais, impondo valores e padrões culturais discriminatórios, precisa assumir seu papel de agente de mudança, deixando de lado práticas pedagógicas que silenciam as desigualdades e corroboram a discriminação diluída no cotidiano escolar, sob pena de trair seus princípios básicos de igualdade.
Silva (2010) esclarece que hoje a política educacional está vinculada a um sistema neoliberal que tem como objetivo os valores econômicos intensamente associados à masculinidade: competitividade, desempenho, racionalidade tecnológica, eficácia, produtividade.
 Acredita-se que somente uma educação emancipatória, é capaz de contribuir para a superação das condições de heterônoma, de propor reflexões sobre os contextos de uma sexualidade reprimida - proveniente do período medieval - os mitos da superioridade e racionalidade masculina sob a inferioridade e afetividade, exclusivamente feminina, no sentido de promover uma formação que auxilie os educandos a compreenderem a constituição das concepções de gênero e suas vinculações às estruturas sociais.
Elas atravessam os conteúdos das disciplinas que compõem o currículo oficial ou estão imbricadas na literatura que selecionamos, nas revistas que colocamos à disposição das estudantes para pesquisa e colagem, nos filmes que passamos, no material escolar que indicamos para consumo, no vestuário que permitimos e naquele que é proibido, nas normas disciplinares que organizam o espaço e o tempo escolares, nas piadas que fazemos ou que ouvimos sem nos manifestar, nas dinâmicas em sala de aula e em outros espaços escolares que não vemos ou decidimos ignorar, nos castigos e nas premiações, nos processos de avaliação.
(MEYER, 2003) Os efeitos da construção minuciosa, contínua e quase imperceptível das identidades de gênero e das identidades sexuais, podem ser sentidos nas falas das crianças, dos/as professores/as, das famílias, etc., nas atividades propostas, no incentivo ou proibição de determinados comportamentos, nos silêncios, nas formas de olhar e sentir, nas sanções.
Destaca-se aqui, o papel da escola5, mais precisamente do professor, uma vez que neste, figura a responsabilidade fundamental do discurso6 e sua capacidade de produzir, reproduzir e sustentar as formas de dominação ou de enfatizar os desafios e as possibilidades de resistência do discurso marginalizado em relação às questões de gênero.
Com repercussões negativas no âmbito educacional, os estereótipos de gênero no contexto da cidadania fogem do objetivo da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, diante da polêmica discussão sobre “educar para a igualdade”, reforça preconceitos em nossas práticas educacionais.
(GOMES, 2008) Casagrande (2008) enfatiza que ao se ensinar formas de comportamentos distintos e cobrar das meninas e meninos atitudes correspondentes é natural que haja uma separação entre eles no ambiente escolar, sendo importante que os professores e professoras observem isso e busquem a interação entre todos os alunos e alunas, independentemente do gênero, para que as crianças e adolescentes aprendam a respeitar as diferenças e diminuir as desigualdades entre os gêneros.
Prestar atenção às questões relativas às relações de gênero e sexualidade, assim como desejar construir a proclamada igualdade, envolve lançar mão de novas concepções e de novos recursos de trabalho;
(LOPES, 1994) Pensar a partir da categoria teórica gênero nos dá a possibilidade de entender as relações entre os sexos também no âmbito da cultura, do simbólico, das representações, e isso é muito importante quando se pensa em educação, porque, quando trabalhamos nessa área, reconstruímos a cultura, os valores, os símbolos nas novas gerações, transmitindo ou recriando, reproduzindo ou transformando as hierarquias, as diferentes importâncias atribuídas socialmente àquilo que é associado ao masculino e ao feminino.
(FARIA, 1999) Auad (2010) enfatiza que se nos dispusermos a potencializar a escola como espaço privilegiado de construção da igualdade, nossos questionamentos e reflexões serão acompanhados de ações que expressem os desejos por uma sociedade, na quais homens e mulheres possam expressar os seus corpos e expressar-se com os seus corpos;
Um dos pontos fundamentais na educação das crianças é problematizar e desconstruir o sexíssimo, a heteronormatividade e outros tipos de preconceito, pois eles começam dentro de casa e podem ser reforçados, muitas vezes, dentro da própria escola, que deveria ser um lugar de acolhimento, além de sua função de ampliar os conhecimentos dos alunos e alunas (e também dos professores). no fim temos que nos respeitar e trilhar nossos conhecimentos para poder compreender o por que de nossa sociedade em todos os aspectos culturais, políticos sociais e educacionais que reflete em dias atuais.
CONCLUSÃO
Concluímos que a desigualdade de gênero é um assunto muito real e presente em qualquer lugar, também vemos que mesmo que com todas as diversidades e obstáculos, com a ajuda da educação conseguiremos mudar esse quadro.
Conseguiremos educar as crianças que independente do seu gênero todos tem seu direito, todos devem lutar pelos seus direitos, e todos tem voz, e devemos ensinar isso desde a primeira infância.
Temos que ensinar as crianças seus direitos e deveres, para construirmos um país melhor, um futuro melhor, onde o respeito e a solidariedade vençam qualquer preconceito!
É possível viver em um mundo onde todos os direitos sejam respeitados, mas devemos aprender e ensinar que o “padrão” não existe mais! 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Galvão, A. M.; Di Pierro, M.C. A CONSTRUÇÃO DOS PAPÉIS DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR E SUAS IMPLICAÇÕES NA CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES MASCULINAS E FEMININAS: UMA DINÂMICA DE RELAÇÃO DE PODER JAKIMIU, Vanessa Campos de Lara Preconceito contra o Analfabeto, 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013 (Coleção Preconceitos, vol. 2). 
Accioly, Beatriz; Machado, Bernardo M; Escoura,Michele. Diferentes não Desiguais; A questão de gênero nas escolas,2016
Coord. Maria Lúcia Corrêa. Gênero e Políticas Públicas de Educação
Fonte: cartacapital.com.br/educação/como-trabalhar-a-igualdade-de-genero-na-escola/amp
Fonte: novaescola.org.br/conteudo/7889/igualdade-de-genero
Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/03/em-video-damares-alves-diz-que-nova-era-comecou-no-brasil-meninos-vestem-azul-e-meninas-vestem-rosa.ghtml
RIBEIRO, J.S.B. Brincadeiras de meninas e de meninos: socialização, sexualidade e gênero entre crianças e a construção social das diferenças. Cadernos Pagu. 2006.
São José dos Campos
2019

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