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Trabalho psic cotidiano

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INTRODUÇÃO
Todos os dias, vivemos uma vida agitada e corrida e nos deparamos com diversas situações que podem nos envolver, apenas nos chamar a atenção ou simplesmente passar despercebidas. 
Para a atuação do psicólogo, é imprescindível que ele consiga absorver os fenômenos trazidos pelas pessoas de acordo com o contexto que elas dão ao caso e entender o que para elas é importante ou não. É essencial que ele saiba olhar com cuidado e carinho, afim de que não haja um julgamento errado, prejudicando o andamento da análise e a melhora do paciente.
O objetivo deste trabalho é a observação do cotidiano, o treino do olhar para não analisarmos friamente o que nos é proposto, mas olharmos os movimentos como se fossem novidades, exatamente como se fosse um novo brinquedo que devemos olhar todas as partes para entender como funciona, interessar-nos pelas histórias e saber a hora de olhar mais atentamente para algo e a hora de abrir os olhos para o todo.
1. LOCAIS OBSERVADOS
Abaixo, listamos os locais que escolhemos para observar:
- Shopping Metrô Tucuruvi;
- Shopping Patio Paulista;
- Avenida Paulista;
- Loja Riachuelo da Avenida Paulista;
- Parque Ibirapuera;
- Parque da Juventude;
- Loja Riachuelo do Shopping Center Norte;
- Restaurante Olive Garden (GRU Aiport);
- Aeroporto Internacional de Guarulhos;
- Avenida Luis Dumont Villares (Avenida Nova);
- Terminal Rodoviário Tietê;
- Mc Donald’s da Avenida Luis Dumont Villares.
2. EXPERIÊNCIA NO OLHAR
Quando nos propomos a observar uma cena especifica, podemos descrevê-la rica em detalhes, porém quando o contexto é maior, observar os fenômenos nos traz uma complexidade. Então, ficamos em dúvida se observamos uma cena especifica, abstraindo os demais fenômenos ou observamos tudo em volta sem atentar-se a uma só cena.
Esta escolha acontece inconscientemente e no ato da observação, pois não é possível observar todo o contexto com detalhamento profundo e quando escolhemos uma cena única, acabamos perdendo algumas coisas que acontecem em volta.
Independentemente do que nos propomos a observar, precisamos de certa anulação de nós mesmo, deixar de lado os estereótipos, conceitos, pré-conceitos e rótulos que já trazemos construídos para que isso não nos atrapalhe e nos leve a criar julgamentos prévios para aquilo que vimos.
Ao fazermos um trabalho de observação em grupo, vemos esta proposta como uma faca de dois gumes. De um lado, podemos discutir aquilo que vimos e perceber como nosso olhar e nossa percepção são semelhantes em alguns aspectos ou então mostrar a outra pessoa algo importante que por algum motivo passou despercebido. Por outro lado, quando estamos com um grupo de pessoas, assuntos alheios e até mesmo o lugar que escolhemos para observar podem se tornar uma distração.
3. DISCUSSÃO
Em nossas observações, tivemos a oportunidade de discutir alguns aspectos que nos chamaram a atenção. Um desses pontos discutidos foi os locais e suas reais finalidades.
Podemos citar aqui a observação no Parque Ibirapuera. Lá, observamos pessoas trabalhando através do comércio de suas artes, estátuas humanas, pessoas cantando e também vendendo brincos e acessórios. Situações incomuns para um parque foram também as sessões fotográficas e as festas de aniversário.
A observação na Avenida Paulista também teve suas peculiaridades. Vimos muitos turistas, pessoas fotografando e fazendo transmissões via internet. Havia também pessoas praticando a arte na rua, no asfalto, com desenhos e frases.
No aeroporto, pudemos observar que muitas pessoas estavam lá também para encontros em família ou em casal, rever amigos em restaurantes, alguns estavam estudando e até mesmo trabalhando enquanto esperavam a hora do embarque.
No Terminal Rodoviário, percebemos que na praça de alimentação havia casais somente para passar o tempo, pessoas também estudando, amigos conversando onde parecia um local de encontros.
A Avenida Nova era bem movimentada por jovens. De onde ficamos, um barzinho, pudemos observar a quantidade de pessoas que estavam se exercitando, alguns de bicicletas, outros correndo e em sua maioria estavam acompanhados com amigos ou parentes, tendo até mesmo casais.
Convém citar também, o movimento “rolezinho” que ocorreu durante nossa observação no Shopping Metrô Tucuruvi. Um local de compras foi tomado por adolescentes e jovens em busca de lazer e diversão grupal.
Outro ponto que nos intrigou foi a questão de gênero dentro das observações. Pudemos perceber esse assunto em vários pontos da observação, como no “rolezinho” com a mescla dos grupos entre homens e mulheres, o que nos dá a sensação de um movimento social para aceitação dessa realidade, também quando observamos algumas áreas de trabalho sendo ocupadas apenas por um gênero, como limpeza (que em sua maioria é mulher) ou seguranças (na maioria, homens) e, por último e ainda contextualizando o preconceito, quando observamos casais homossexuais nos locais em que fomos e as reações que são geradas pela visão deles, tanto do nosso grupo quanto das pessoas que ali estavam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
"A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê" 
(William Blake).
Quando nos foi proposto “abrir os olhos” e enxergar mais do que a visão nos permitia, parecia fácil. Porém, quando colocamos em prática, percebemos que nossos olhos já estão em modo automático e que para abri-los é muito mais complexo, sendo necessária nossa prática, atenção e disposição.
É interessante que, ao nos dispormos a abrir os olhos e observar o cotidiano, passamos a perceber muitos movimentos e fenômenos que nos passa despercebido pelo nosso dia-a-dia corrido e até mesmo pela rotina. Ainda, pudemos perceber que ao olhar mais atentamente para o que acontece, deixamos de fazer pré-julgamentos sobre o que acontece e passamos a entender cada contexto, o que nos faz ter uma visão mais analítica do caso.
A arte de observar está muito além de ver, é preciso se inserir momentaneamente e saber se retirar quando necessário, é preciso descobrir como olhar, é preciso enxergar não só com os olhos.
A observação do cotidiano nos trouxe diversas possibilidades para o desenvolvimento e aprimoramento do olhar clínico, com observações livres e sem intervenções, nos mostrando que um olhar diferenciado, o olhar de brinquedo, nos ajuda a aceitar, compreender e realizar mudanças, tanto em relação aos estigmas já estabelecidos pela bagagem de cada um, para mudanças internas e individuais no futuro psicólogo, quanto na relação com o outro, com sua bagagem e seu histórico.
Com a discussão em grupo, pudemos perceber que cada indivíduo define e constrói a finalidade do local de acordo com seus interesses e perspectivas, com o que se torna necessário para ele no momento. Pudemos, também, perceber que há uma mudança na sociedade em questão do olhar para os gêneros, já que há uma crescente aceitação na mistura de grupos e na opção sexual de cada um, porém isso precisa ser ampliado e inserido na cultura para que não haja apenas inclusão das pessoas, mas que possamos respeita-las e aceita-las como são.
Neste trabalho, portanto, vimos o quão complexo é essa questão em psicologia, essa inserção, esse olhar de fora, mas que a prática leva ao aperfeiçoamento.

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