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Lab de Solos 2 - Adensamento unidimensional

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UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
Lab de Solos 2 - Adensamento unidimensional A. Colatino / 1999 
66 
 ENSAIO DE ADENSAMENTO 
(Método: NBR-12007) 
 
1. OBJETIVO 
 
Determinação das propriedades de adensamento do solo, caracterizadas pela velocidade e 
magnitude das deformações, quando o solo é lateralmente confinado e axialmente 
carregado e drenado. 
 
O método requer que um elemento de solo, mantido lateralmente confinado, seja axialmente 
carregado em incrementos, com pressão mantida constante em cada incremento, até que 
todo excesso de pressão na água dos poros tenha sido dissipado. Durante o processo de 
compressão, medidas de variação da altura da amostra são feitas, e estes dados são usados 
no cálculo dos parâmetros que descrevem a relação entre a pressão efetiva e o índice de 
vazios, e a evolução das deformações em função do tempo. Os dados do ensaio de 
adensamento podem ser utilizados na estimativa, tanto da magnitude dos recalques totais e 
diferenciais de uma estrutura ou de um aterro, como da velocidade desses recalques 
 
2. APARELHAGEM 
 
2.1 Prensa de adensamento 
2.2 Célula de adensamento, munida de anéis e pedras porosas 
2.3 Outros equipamentos, como balança, extensômetro com resolução de 0,01mm, 
cronômetro/relógio, termômetro, etc. 
 
3. EXECUÇÃO DO ENSAIO 
 
3.1 Amostras e corpos de prova 
 
Os corpos de prova podem ser obtidos a partir de amostras indeformadas ou de amostras 
deformadas compactadas em laboratório. 
 
Técnicas adequadas devem ser empregadas na coleta de amostras indeformadas no campo, 
visto que os resultados do ensaio são altamente dependentes da qualidade das amostras. 
Devem ser tomadas precauções relativas à selagem e ao transporte das amostras e à sua 
retirada dos tubos amostradores em laboratório, para a manutenção de suas condições naturais 
(recomenda-se, na operação de extração, obedecer ao mesmo sentido de deslocamento 
relativo entre amostra e amostrador que ocorreu na amostragem). As amostras devem ser 
mantidas em câmara úmida até a execução dos ensaios, procurando-se minimizar o tempo de 
armazenamento. 
 
Os corpos de prova devem ser preparados em ambiente onde a mudança da umidade do solo, 
durante a preparação, não exceda a 0,2% (uma sala com umidade relativa elevada é 
usualmente utilizada para este propósito). 
 
3.2 Execução do ensaio 
 
Os ensaios devem ser executados em ambiente com temperatura aproximadamente constante, 
admitindo-se flutuações de, no máximo, 4ºC e no qual não haja incidência direta de raios 
solares. 
UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
Lab de Solos 2 - Adensamento unidimensional A. Colatino / 1999 
67 
 
3.3 Determinações preliminares 
 
Previamente à execução do ensaio, os seguintes dados devem ser obtidos: 
 
a) massa, diâmetro interno e altura do anel de adensamento; 
b) massa específica dos grãos do solo, com amostra representativa do corpo de prova; 
c) para ensaios sobre solos pouco compressíveis, a calibração da deformação do conjunto 
célula de adensamento – sistema de aplicação de carga. 
 
3.4 Preparação do corpo de prova 
 
3.4.1 Quando se utilizar amostra indeformada coletada em bloco, cortar deste bloco um 
prisma de solo com dimensões excedentes, em aproximadamente 2cm, às respectivas 
dimensões do anel a ser utilizado. 
 
3.4.2 No caso de amostra indeformada extraída de tubo amostrador, cortar com ferramentas 
apropriadas, por exemplo serra de fio metálico, um cilindro de altura cerca de 2cm maior que 
a altura do anel. Não utilizar as porções da amostra situadas nas extremidades do tubo 
amostrador. 
 
3.4.3 Os corpos de prova devem ser talhados ou torneados rente ao topo do anel, através de 
ferramentas cortantes apropriadas. À medida que um determinado segmento do corpo de 
prova apresenta um diâmetro aproximadamente igual ao interno do anel, o segmento deve ser 
introduzido no anel, por leve pressionamento uniforme. 
 
O corpo de prova deve ser introduzido com sobrealtura em relação ao anel utilizado, 
permitindo, assim, posterior acerto final das superfícies da base e do topo. 
 
Nota: Tem-se como procedimento alternativo, para solos de baixa consistência, cravar 
gradualmente e de forma adequada, na amostra, um anel de adensamento provido de 
extremidade cortante. 
 
3.4.4 Para solos de consistência mole ou média, utilizar serra de fio metálico para a 
talhagem das superfícies do topo e da base do corpo de prova, contido no anel de 
adensamento, podendo o acerto final destas superfícies ser efetuado com uma régua metálica 
biselada. 
 
3.4.5 Para solos de maior consistência, uma régua metálica biselada pode ser suficiente para 
a talhagem e acerto das superfícies do topo e da base do corpo de prova, contido no anel de 
adensamento. 
 
3.4.6 Em casos especiais, a altura do corpo de prova pode ser menor que a altura do anel de 
adensamento, o que se consegue por extrusão parcial do corpo de prova e acerto da superfície 
do solo excedente. A altura do corpo de prova, nesse caso, deve ser, no mínimo, de 13mm e 
não inferior a dez vezes o máximo diâmetro de partícula. 
 
3.5 Determinação de umidade e massa específica aparente iniciais 
 
3.5.1 Teor de umidade inicial (h) 
 
Usar as aparas resultantes do processo de talhagem do corpo de prova, para determinar o teor 
de umidade inicial. 
UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
Lab de Solos 2 - Adensamento unidimensional A. Colatino / 1999 
68 
 
3.5.2 Massa específica aparente úmida inicial (hi) 
 
a) Obter a massa do corpo de prova, subtraindo-se da massa do conjunto, a massa do anel; 
b) Determinar o volume do corpo de prova, a partir da altura e do diâmetro do anel; 
c) Calcular a massa específica aparente úmida inicial, pela divisão da massa do corpo de 
prova pelo seu volume. 
 
3.6 Montagem do corpo de prova na célula de adensamento 
 
3.6.1 As pedras porosas e os papéis-filtro, caso utilizados, devem ser preparados antes da 
montagem, para evitar mudanças no teor de umidade do corpo de prova. 
 
3.6.2 No caso de solos saturados, as pedras porosas devem ser previamente fervidas e 
mantidas imersas em água, até o instante de entrar em contato com o corpo de prova. Para 
solos parcialmente saturados, devem ser utilizadas pedras porosas simplesmente umedecidas. 
Entretanto, para solos altamente expansivos, colapsíveis ou muito secos, utilizar pedras 
porosas secas. 
 
3.6.3 A montagem da célula de adensamento deve obedecer à seguinte seqüência: base 
rígida, pedra porosa inferior, papel-filtro, corpo de prova contido no anel, papel-filtro e pedra 
porosa superior. 
 
3.6.4 Após a montagem da célula, colocar o cabeçote metálico, ajustando-se, então, o 
conjunto ao sistema de aplicação de carga. 
 
3.6.5 Quando não for feita a inundação do corpo de prova a partir do primeiro estágio de 
carregamento, a célula de adensamento deve ser protegida contra perda de umidade por 
evaporação, através do seu envolvimento com plástico ou borracha aderente e/ou algodão 
levemente umedecido. 
 
3.7 Procedimento para execução do ensaio 
 
3.7.1 Após a colocação da célula de adensamento no sistema de aplicação de carga com os 
devidos ajustes, instalar o extensômetro e aplicar uma pressão de assentamento de 5kPa 
(0,05 kgf/cm2) para solos resistentes ou 2kPa ( 0,02 kgf/cm2) para solos moles. O 
extensômetro deve ser zerado, cinco minutos após a aplicação dessa pressão. 
 
3.7.2 Decorrido esse período de tempo, transmitir cargas adicionais à célula de 
adensamento, em estágios, para obter pressões totais sobre o solo de aproximadamente 10 
kPa; 20 kPa; 40 kPa; 80 kPa; 160 kPa, etc., mantendo-se cada pressão pelo período de 
tempo discriminado em 3.7.4. O carregamentodo corpo de prova deve continuar até a 
definição da região de compressão virgem. Em casos especiais, podem ser introduzidos 
alguns estágios intermediários de pressão, de forma a poder se definir com mais precisão a 
pressão de pré-adensamento. 
 
3.7.3 Em amostra indeformada saturada nas condições de campo ou extraída abaixo do 
lençol freático, o ensaio deve ser executado com inundação do corpo de prova, imediatamente 
após a aplicação da pressão de 10 kPa. Nessas condições, eventual tendência à expansão do 
corpo de prova deve ser evitada, através do aumento gradativo de pressão, limitado à pressão 
vertical do campo. 
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3.7.4 Para cada um dos estágios de pressão, fazer leituras no extensômetro da altura ou 
variação de altura do corpo de prova, com resolução de 0,01mm, imediatamente antes do 
carregamento (correspondente ao tempo zero) e, a seguir, nos intervalos de tempo de 1/8min; 
1/4min; 1/2min; 1min; 2min; 4min; 8min; 15min; 30min; 1h; 2h; 4h; 8h e 24h contados 
a partir do instante de aplicação do incremento de carga. 
 
3.7.4.1 Para solos com elevado grau de saturação, as leituras devem continuar, se necessário, 
por um intervalo de tempo maior, até que fique definida a reta de compressão secundária no 
gráfico altura do corpo de prova em função do logaritmo do tempo ou, alternativamente, até 
que sejam atingidos 100% de adensamento primário no gráfico altura do corpo de prova em 
função da raiz quadrada do tempo (ver item 4.4). 
 
3.7.4.2 A duração de cada estágio de pressão deve ser aproximadamente a mesma ao longo de 
todo o ensaio, exceção feita, se necessário, nos fins de semana. 
 
 
3.7.4.3 Em ensaios sobre solos pouco compressíveis, as leituras de altura, ou variação de 
altura, efetuadas ao longo do tempo, devem ser corrigidas, somando, ou subtraindo, a 
deformação do conjunto célula de adensamento – sistema de aplicação de carga, 
correspondente ao estágio de pressão aplicado, obtida conforme o Anexo. 
 
3.7.5 completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento empregado, efetuar 
o descarregamento do corpo de prova em estágios, fazendo-se leituras no extensômetro e 
corrigindo-as, se necessário, de forma análoga aos estágios de carregamento. O 
descarregamento deve ocorrer em, no mínimo, três estágios. 
 
3.7.6 Após ter-se atingido no descarregamento a pressão de 10kPa e verificada a 
estabilização da altura do corpo de prova, descarregar totalmente o corpo de prova e 
imediatamente retirar da célula de adensamento o anel com o corpo de prova. Proceder ao 
enxugamento das superfícies expostas do corpo de prova com papel absorvente, determinar a 
sua massa com resolução de 0,1g e, a seguir, tomar porções do material para determinar o 
teor de umidade final. 
 
3.7.7 Corpos de prova provenientes de amostras não saturadas podem ser inundados em 
pressões que simulem futuras condições de campo. Em tais casos, o corpo de prova deve ser 
inundado somente após o término do adensamento primário daquele estágio de pressão. Após 
a inundação, devem ser efetuadas leituras de variação de altura do corpo de prova até a 
estabilização, por um tempo mínimo de 24h. 
 
Nota: É possível a realização de ensaios de permeabilidade durante a execução de ensaio de 
adensamento em anel fixo sobre corpo de prova inundado. Estes ensaios podem ser 
programados em diversos estágios de carregamento, após a inundação, sendo que cada 
ensaio deve ser realizado somente após o término do adensamento primário do 
respectivo estágio de carregamento. O ensaio de permeabilidade é executado à carga 
hidráulica variável, com a instalação de uma bureta graduada conectada à pedra porosa 
da base da célula de adensamento, resultando em fluxo d’água da base para o topo do 
corpo de prova. 
 
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70 
 
4. CÁLCULOS 
 
4.1 Índices físicos iniciais do corpo de prova 
 
4.1.1 Massa específica aparente seca 
Calcula-se a massa específica aparente seca inicial, pela expressão: 
 
i
hi
si
h


100
100 
 
Onde: 
si = massa específica seca inicial, em g/cm
3 
hi = massa específica aparente úmida inicial, determinada de acordo com 3.5.2, em g/cm
3 
hi = teor de umidade inicial, determinado de acordo com 3.5.1, em %. 
 
4.1.2 Índice de vazios inicial 
 
Calcula-se o índice de vazios inicial, pela expressão: 
1
si
ie


 
Onde: 
ei = índice de vazios inicial 
 = massa específica dos grãos, determinada de acordo com 3.3-b), em g/cm3 
si = massa específica aparente seca inicial, em g/cm
3 
 
4.1.3 Grau de saturação inicial 
 
Calcula-se o grau de saturação inicial, pela expressão: 
ai
i
i
e
h
S




 
Onde: 
Si = grau de saturação inicial, em % 
hi = teor de umidade inicial, em % 
 = massa específica dos grãos, em g/cm3 
ei = índice de vazios inicial 
a = massa específica da água, em g/cm
3 (considerar igual a 1,000 g/cm3). 
 
4.2 Índice de vazios ao final de cada estágio de pressão 
 
4.2.1 Altura dos sólidos 
 
Calcula-se a altura dos sólidos do corpo de prova, pela expressão: 
i
i
s
e
H
H


1
 
Onde: 
Hs = altura dos sólidos, em cm 
Hi = altura inicial do corpo de prova, determinada de acordo com 3.3-a) ou 3.5.2-b), em cm 
ei = índice de vazios inicial 
 
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71 
t50 
 
4.2.2 Índice de vazios 
 
Calcula-se o índice de vazios ao final de cada estágio de pressão, pela expressão: 
1
SH
H
e 
Onde: e = índice de vazios ao final do estágio de pressão 
H = altura do corpo de prova ao final do estágio, em cm 
Hs = altura dos sólidos, em cm 
 
4.3 Grau de saturação final do corpo de prova 
Calcula-se o grau de saturação final, pela expressão: 
af
f
f
e
h
S




 
Onde: Sf = grau de saturação final, em % 
hf = teor de umidade final, determinado de acordo com 3.7.6, em % 
 = massa específica dos grãos, em g/cm3 
ef = índice de vazios ao final do último estágio de descarregamento 
a = massa específica da água, em g/cm
3 (considerar igual a 1,000 g/cm3). 
 
4.4 Coeficiente de adensamento 
Para, no mínimo, dois incrementos de carga (incluindo no mínimo um, após a pressão de pré-
adensamento ter sido atingida), calcular o coeficiente de adensamento por um dos processos 
descritos a seguir, desde que a forma das respectivas curvas de adensamento indique a 
aplicabilidade da teoria de adensamento de Terzaghi. 
 
4.4.1 Processo de Casagrande 
 
 H0 
 
 H1 
 
 H2 
 t1 
 
 t2 = 4.t1 
 
 H50 
 
 
 
 
 
 
 
 H100 
 
 
 
 
 0,1 1 10 100 1000 Tempo (min) 
A
lt
ur
a 
do
 c
or
po
 d
e 
pr
ov
a 
(m
m
) 
UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
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72 
Figura 1 – Curva de altura do corpo de prova, em função do logaritmo do tempo, para cálculo 
do coeficiente de adensamento, pelo processo de Casagrande 
 
4.4.1.1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de adensamento, 
marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de prova e no eixo das abcissas o 
logaritmo do tempo. 
 
4.4.1.2 Determinar o ponto correspondente a 100% do adensamento primário pela intersecção 
das retas tangentes aos ramos da curva que definem as compressões primária e secundária. 
Transportar o ponto encontrado parao eixo das ordenadas, obtendo-se a altura H100. 
 
4.4.1.3 Para determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento primário, selecionar 
duas alturas do corpo de prova, H1 e H2, correspondentes respectivamente aos tempos t1e t2, 
cuja relação t2/t1 é igual a 4. A altura do corpo de prova, correspondente a 0% de 
adensamento primário, é calculada por: 
 
H0 = H1 + (H1 – H2) 
 
Nota: Para que este processo seja válido, a variação de altura, correspondente ao tempo t2, 
deve ser maior do que ¼, mas menor do que ½, da variação total de altura no estágio 
de pressão considerado. 
 
4.4.1.4 A altura do corpo de prova, correspondente a 50% do adensamento primário, é obtida 
pela expressão: 
2
1000
50
HH
H

 
4.4.1.5 O tempo t50, correspondente à ocorrência de 50% do adensamento primário, é obtido, 
tomando-se a abcissa do ponto da curva correspondente a H50. 
 
4.4.1.6 Calcula-se o coeficiente de adensamento pela expressão: 
50
2
50)5,0(197,0
t
H
Cv  
Onde: Cv = coeficiente de adensamento, em cm
2/s 
H50 = altura do corpo de prova correspondente a 50% do adensamento primário, em 
cm. 
T50 = tempo correspondente à ocorrência de 50% do adensamento primário, em 
segundos. 
 
Nota: Alternativamente, o coeficiente de adensamento pode ser expresso em m
2
/dia ou 
m
2
/ano. 
 
4.4.2 Processo de Taylor 
 
4.4.2.1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de adensamento, 
marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de prova e no eixo das abcissas a raiz 
quadrada do tempo. 
 
4.4.2.2 Determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento primário, prolongando a 
reta definida pelos pontos iniciais da curva de adensamento até o eixo das ordenadas. 
 
4.4.2.3 Traçar por este ponto uma linha reta com coeficiente angular igual a 1,15 vez o 
coeficiente angular da reta obtida em 4.4.2.2. A intersecção desta reta com a curva de 
UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
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A
lt
ur
a 
d
o 
co
rp
o 
de
 p
ro
va
 (
m
m
) 
27 
26 
adensamento define o ponto correspondente a 90% do adensamento primário, obtendo-se, 
dessa forma, os valores de t90 e H90. 
 
4.4.2.4 A altura do corpo de prova, correspondente a 50% do adensamento primário, é obtida 
pela expressão: 
)(
9
5
900050 HHHH  
 
4.4.2.5 Calcular o coeficiente de adensamento, pela expressão: 
 
90
2
50 )5,0(848,0
t
H
Cv  
Onde: 
 
Cv = coeficiente de adensamento, em cm
2/s 
H50 = altura do corpo de prova correspondente a 50% do adensamento primário, obtida 
conforme 4.4.2.4, em cm 
T90 = tempo correspondente à ocorrência de 90% do adensamento primário, obtido conforme 
4.4.2.3, em s 
 
Nota: Alternativamente, o coeficiente de adensamento pode ser expresso em m2/dia ou 
m
2
/ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0 100 400 900 1600 
 
 
 
H0
 
H50 
H90 
 d 
0.15d 
T90 
Tempo (min) 
28 
25 
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Figura 2 – Curva de altura do corpo de prova, em função da RAIZ QUADRADA do 
tempo, para cálculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Taylor. 
 
4.5 Índice de Compressão 
 
4.5.1 Traçar a curva índice de vazios em função do logaritmo da pressão aplicada, como 
exemplificado na figura 3, sendo o índice de vazios em cada estágio de pressão, obtido 
conforme 4.2.2. O trecho dessa curva, posterior à pressão de pré-adensamento, é denominado 
trecho virgem e pode ser retilíneo ou não. 
 
4.5.2 Sendo retilíneo o trecho virgem, determinar o seu coeficiente angular (ver figura 3), 
pela expressão: 
 
12
21
loglog pp
ee
Cc


 
Onde: 
Cc = índice de compressão 
e1, e2 = índices de vazios, correspondentes a dois pontos quaisquer do trecho virgem 
p1, p2 = pressões associadas aos índices de vazios e1, e2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Curva do índice de vazios, em função do logaritmo da pressão 
 
Ín
di
ce
 d
e 
va
zi
os
 
P1 P2 
e2 
e1 
ei 
Trecho virgem 
1,0 
0,6 
0,4 
0,8 
10 1000 100 
Pressão (kPa) 
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4.6 Pressão de pré-adensamento 
 
Determinar a pressão de pré-adensamento por um dos processos descritos a seguir. 
 
4.6.1 Processo de Casagrande (Figura 4) 
 
4.6.1.1 Obter, na mesma curva citada em 4.5.1, o ponto de mínimo raio de curvatura e, por 
ele, traçar uma paralela ao eixo das abcissas e uma tangente à curva. 
 
4.6.1.2 Traçar a bissetriz do ângulo formado por essas retas 
 
4.6.1.3 A abcissa do ponto de intersecção da bissetriz com o prolongamento do trecho virgem 
corresponde à pressão de pré-adensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Determinação da pressão de pré-adensamento, pelo processo de 
Casagrande 
 
 
 
4.6.2 – Processo de Pacheco Silva (Figura 5) 
 
4.6.2.1 Traçar uma reta horizontal, passando pela ordenada correspondente ao índice de 
vazios inicial ei. 
 
4.6.2.2 Prolongar o trecho virgem e determinar o seu ponto de interseção com a reta definida 
em 4.6.2.1. 
Ponto de mínimo 
raio de curvatura 
Pressão de 
 pré-adensamento 
100 
Pressão (kPa) 
10 1000 
Ín
di
ce
 d
e 
va
zi
os
 -
 e
 
UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
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76 
 
4.6.2.3 Pelo ponto de interseção, traçar uma reta vertical até interceptar a curva. Por este 
ponto, traçar uma reta horizontal, determinando-se a sua interseção com o prolongamento do 
trecho virgem. A abcissa deste ponto define a pressão de pré-adensamento. 
 
 
Nota: Se o gráfico índice de vazios em função da pressão aplicada apresentar o trecho 
virgem acentuadamente curvo, um processo alternativo para a determinação da 
pressão de pré-adensamento pode ser utilizado. Traçar o gráfico log (1 + e ) em 
função do logaritmo da pressão e, sobre ele, aplicar a construção de Pacheco Silva. 
Nesses casos, na nova forma gráfica, o trecho virgem mostra-se retilíneo para 
inúmeros solos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Determinação da pressão de pré-adensamento, pelo processo de 
Pacheco Silva 
 
4.6.3 Índice de vazios correspondentes à pressão de pré-adensamento 
 
Determinar, no eixo das ordenadas, o valor do índice de vazios correspondente à pressão 
de pré-adensamento. 
 
 
5 RESULTADOS 
 
Devem ser apresentados os resultados e informações, indicados a seguir: 
 
5.1 Curva índice de vazios, em função do logaritmo da pressão aplicada, acompanhada das 
seguintes indicações 
 
a) Índice de vazios inicial; 
b) Pressão de pré-adensamento, processo empregado para sua determinação e índice de 
vazios correspondente; 
Pressão de 
 pré-adensamento 
100 
Pressão (kPa) 
10 1000 
Ín
di
ce
 d
e 
va
zi
os
 -
 e
 
ei 
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c) Índice de compressão, quando determinado; 
d) Condição de ensaio (sem inundação ou inundado, neste caso indicando a pressão de 
inundação). 
 
 
5.2 Curvas de adensamento (altura do corpo de prova em função do logaritmo do tempo) para 
todos os estágios de pressão. 
 
5.3 Curva do coeficiente de adensamento, em função do logaritmo da pressãomédia no 
estágio, com indicação do método empregado para a determinação do coeficiente de 
adensamento. (A pressão média no estágio corresponde à média das pressões aplicadas no 
estágio considerado e no estágio anterior). 
 
 
5.4 Curva logaritmo do coeficiente de permeabilidade, em função do índice de vazios, para os 
ensaios em que foi feita a determinação do coeficiente de permeabilidade. 
 
5.5 Características da amostra: 
a) indeformada (bloco ou coletada com tubo amostrador) ou deformada; 
b) se coletada com tubo amostrador, indicar suas características e dimensões; 
c) se deformada, indicar o procedimento seguido para a moldagem do corpo de prova. 
 
5.6 Características do anel de adensamento: 
a) tipo (fixo ou flutuante); 
b) dimensões. 
 
5.7 Massa específica aparente úmida ou seca, teor de umidade, índice de vazios e grau de 
saturação iniciais do corpo de prova. 
 
5.8 Teor de umidade, índice de vazios e grau de saturação finais do corpo de prova. 
 
 
 
ANEXO 
Calibração do conjunto célula de adensamento–Sistema de aplicação de carga 
 
Para a calibração do conjunto célula de adensamento – Sistema de aplicação de carga, 
determinar a deformação do conjunto como indicado a seguir. 
 
A-1 Fazer a montagem da célula de adensamento, utilizando um disco de metal ou aço, com 
altura aproximadamente igual à do corpo de prova e diâmetro 1mm menor ao do anel de 
adensamento. A montagem deve conter, também, as pedras porosas e papéis-filtro, nas 
mesmas condições em que serão empregados no ensaio. 
 
A-2 Carregar e descarregar o conjunto, de forma semelhante à do ensaio, medindo-se as 
deformações resultantes. Cada estágio de carga deve ser mantido até a estabilização das 
deformações. 
 
A-3 Construir uma curva ou tabela, correlacionando a deformação do conjunto com a pressão 
aplicada. 
 
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UFAL/CTEC/Núcleo de Pesquisas Tecnológicas 
 
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Modelo para elaboração da curva de altura do corpo de prova, em função da raiz quadrada do 
tempo, para cálculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Taylor. 
 
 
 
 
 
 
Gráfico: Processo de Taylor
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180
Raiz quadrada do tempo (segundos)
A
lt
ur
a 
do
 c
or
po
 d
e 
pr
ov
a 
(m
m
)
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Modelo para elaboração da curva de altura do corpo de prova, em função do logarítmo do 
tempo, para cálculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Casagrande. 
Gráfico: Processo de Casagrande
0 1 10 100 1000
Tempo (segundos)
A
lt
ur
a 
do
 c
or
po
 d
e 
pr
ov
a 
(m
m
)

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