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Na aula anterior, discutimos a respeito da evolução Logística. Nesta aula, serão apresentados os conceitos básicos e indispensáveis para o entendimento da Distribuição Física. Todo produto segue um caminho desde sua fabricação até seu destino final e é a distribuição física que se encarrega disso. Nos 04 Ps do Marketing, onde se encaixa a Distribuição Física? Abordada, também, pelo Marketing, porém com o nome de “praça”, a distribuição é um dos fatores que contribuem, contundentemente, para um bom desempenho na venda dos produtos e na construção do mercado que irá absorvê-lo. Pense e Responda: o que seria mais vendido ou qual daria mais retorno em termos de lucro: um produto de excelente qualidade, mas mal distribuído, ou um produto de qualidade mediana, porém muito bem distribuído e acessível ao consumidor? A distribuição física são os processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. (NOVAES, 1994). A distribuição física tem, como foco principal, todos os produtos que a companhia oferece para vender, ou seja, desde o instante em que a produção é terminada até o momento em que o cliente recebe a mercadoria (produto). Toda produção visa a um ponto final, que é chegar às mãos do consumidor. Aqui não é futebol, mas “Nadar e morrer na praia” não é objetivo de nenhuma instituição que vise ao lucro. Nem entidades sem fins lucrativos desejam que seus feitos não alcancem os objetivos, mesmo que estes não sejam financeiros. Uma boa distribuição, associada a um produto de boa qualidade, a uma propaganda eficaz e a um preço justo, faz com que os produtos sejam disponibilizados aos consumidores, de modo que estes possam fazer a opção pela compra. Estando nas prateleiras, o produto passa a fazer parte de uma gama de produtos concorrentes que podem ser comprados ou não. O primeiro passo para ele poder fazer parte dessa opção de compra é estar disponível nas prateleiras. Outros fatores, como propaganda, preço e qualidade do produto, podem variar entre produtos concorrentes, mas a distribuição é uma condição obrigatória para todas as empresas que querem vender seus produtos. Se o produto não está disponível na prateleira, independente de todos os outros fatores que influenciam a compra, este não poderá ser comprado. Imagine um produto com uma qualidade maravilhosa, com uma estratégia de propaganda primorosa, com um preço imbatível, mas não disponível no mercado. Empresas que divulgaram produtos de qualidade, com preço excelente e não os tinham disponíveis para o consumidor, caíram em descrédito na sociedade. Você consegue vislumbrar a importância da distribuição diante desse exemplo?. Normalmente, existem dois tipos de mercado de Distribuição Física: a) Mercado do usuário final: são os que usam o produto para a satisfação de suas necessidades ou para criar novos produtos. Normalmente, são numerosos, adquirem quantidades menores e compram com mais freqüência. Como exemplo, podemos citar os consumidores de um grande supermercado (Carrefour; Bompreço). Uma grande variedade de pessoas faz suas compras de acordo com as necessidades, geralmente em quantidades pequenas, devido às dificuldades de estocagem e de investirem grandes valores, e voltam para comprar, com freqüência, também em razão de suas necessidades. b) Mercado composto por intermediários: são os que não consomem o produto, mas o oferecem para revenda. Suas compras são, em geral, em mais quantidade e menos freqüência. “Sistema Um para Um” Também chamada de Distribuição Ponto a Ponto. A distribuição UM para UM despacha um veículo carregado no depósito da fábrica ou CD e transporta a carga para um outro ponto de destino final. “Sistema Um para Muitos” Aquela em que o veículo é carregado e sai com produtos para serem distribuídos em diversas lojas, clientes, distribuidores, obedecendo a roteiros pré-determinados. “Sistema Compartilhado” É um sistema baseado no aproveitamento do veículo de retorno ou a distribuição de uma ou mais empresa no mesmo veículo, aproveitando espaço. A distribuição física acontece em vários níveis dentro de uma instituição. Isso ocorre em razão de que a posição hierárquica interfere no processo. Para um melhor entendimento, temos: ◦ • Estratégico; ◦ • Tático; ◦ • Operacional. Nível Estratégico Neste nível, a alta administração da empresa decide o modo que deve ter a configuração do sistema de distribuição. Podem ser relacionadas às seguintes preocupações: ◦ • Localização dos armazéns; ◦ • Seleção dos modais de transportes; ◦ • Sistema de processamento de pedidos etc. b. Nível Tático É o nível em que a média gerência da empresa estará envolvida em utilizar seus recursos da melhor e maior forma possível. Suas preocupações são: ◦ Ociosidade do equipamento de transmissão de pedidos ser a mínima; ◦ Ocupação otimizada da área de armazéns; ◦ Otimização dos meios de transportes, sempre em níveis máximos possíveis à carga etc. c. Nível Operacional É o nível em que a supervisão garante a execução das tarefas diárias para assegurar que os produtos se movimentem pelo canal de distribuição até o último cliente. Podem ser citadas: ◦ Carregar caminhões; ◦ Embalar produtos; ◦ Manter registros dos níveis de inventário etc. Quando clientes realizam compras em quantidades suficientes que justifiquem sua relação custo-benefício com o transporte, as entregas podem ser realizadas dos estoques de fábrica (Carga Completa). Caso o volume de compras não justifique sua entrega direta, em razão da relação custo-benefício com o valor dos fretes, a entrega poderá ser realizada por meio da utilização de um sistema de Pontos de Distribuição, que aproxima os produtos acabados dos centros consumidores, por exemplo. Tais depósitos em locais estratégicos podem justificar um eventual custo adicional de estocagem em detrimento de um global de transporte mais oneroso. É o conceito que reconhece que os modelos dos custos das várias atividades da empresa exibem características com conflito econômico entre si. Esse modelo leva em consideração as Atividades Primárias (chaves) para a Distribuição Física, que são: o Transporte, a manutenção de Estoques e o Processamento de Pedidos. Ao observarmos a figura a seguir, podemos verificar que à medida que o número de depósitos aumenta, o custo de transporte diminui. Em contrapartida, os custos de estoques e do processamento de pedidos têm sentido oposto, ou seja, reverso aos custos de transporte Os custos de estoque aumentam com o número de armazéns, porque mais estoque é necessário para manter o nível de disponibilidade, bem como os custos de processamento de pedidos também se elevam, porque os armazéns são processadores de pedidos. Já os custos de transportes diminuem, porque grandes carregamentos podem ser feitos para os armazéns com fretes menores e, de lá, as entregas de menor volume percorrem menores distâncias. Este conceito reconhece que se devem considerar, coletivamente, os custos das atividades (e não individualmente), para que se encontre a otimização dos custos e se calcule o custo total. Ao observarmos a figura acima, notamos que o valor do custo total das atividades não é no mesmo ponto onde o transporte, estoque e processamento de pedido têm custo individualmente menor. -Transportes incompatíveis com o produto. - Armazenagens incorretas - Avarias sem controles - Recebimentos demorado - Expedição desorganizada - Distância dos centros de distribuição; -Falta de produtos; -Capacidade inadequada das gôndolas; - Negligência funcional - Erros nos abastecimentos; - Colocação de itens nãovendáveis; - Baixa rotatividade dos produtos; - Controle de estoque mal feito - Vendas perdidas por desabastecimentos - RUPTURAS - Embalagens inadequadas. Para a distribuição se processar de forma correta e organizada, sem avaria proveniente de: transporte, armazenagem, manipulação, etc, são necessários alguns cuidados especiais: •Transporte compatível com o produto •Embalagem adequada •Armazenagem correta