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Resumo história Questão 1 TRANSAMAZÔNICA COMPLETA 45 ANOS A rodovia federal Transamazônica (BR−230) completou 45 anos em outubro de 2015, mas ainda não é asfaltada na sua totalidade. A rodovia começou a ser implantada ainda em 1970, no governo do general Emílio Garrastazu Médici. Dois anos depois, ela foi inaugurada. O trecho entre Marabá e Altamira é o que está em melhor estado atualmente. Um dos diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse que, durante esse período de mais de quatro décadas, muita coisa já foi feita, mas explicou que o país viveu uma mudança de filosofia: “Antigamente, o que era símbolo de desenvolvimento era um trator V8 derrubando uma árvore, uma castanheira; hoje, isso é um crime”, disse. A mencionada “mudança de filosofia”, entre a década de 1970 e a atualidade, refere-se às seguintes prioridades em cada um desses momentos históricos, respectivamente: a)estimular a presença militar – valorizar a proteção estrangeira b)solucionar a disparidade inter-regional – expandir a atividade extrativista c)garantir o crescimento econômico – promover o equilíbrio socioambiental d)controlar o deslocamento populacional – redimensionar a propriedade fundiária Explicação Milagre Econômico ou "milagre econômico brasileiro" corresponde ao crescimento econômico ocorrido no Brasil entre os anos de 1968 a 1973.Esse período foi caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e inflação baixa. Contudo, por trás da prosperidade, houve o aumento da concentração de renda, corrupção e exploração da mão de obra. Foi no governo do presidente Emílio Médici (1905-1985), que o milagre econômico chegou ao ápice.Origem do Milagre EconômicoO início do milagre econômico está na criação do Programa de Ação Econômica do Governo(Paeg) na gestão do presidente Castelo Branco (1964-1967). O Paeg previa incentivo àsexportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária efinanceira. Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual Paracentralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da mesma forma, a fim defavorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o governo instituiu o SFH (SistemaFinanceiro Habitacional), formado pelo BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela CEF(Caixa Econômica Federal).A principal fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS (Fundo de Garantiado Tempo de Serviço). Este imposto, criado em 1966, era descontado do trabalhador e foiusado para estimular a construção civil. Também se favoreceu a criação de bancos paraestimular o mercado de capitais e a abertura de crédito para o consumidor melhorando,entre outros, o desempenho da indústria de automóvel.Além disso, nada mais que 274 estatais, como a Telebrás, Embratel e Infraero foram abertasneste período. Na época, o ministro da Fazenda, Delfim Neto, justificou essas medidas comofundamentais para impulsionar o crescimento do País. Delfim Neto utilizava a metáfora que“o bolo precisava crescer para depois ser repartido”.Obras durante o Milagre EconômicoAlém das medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras de grande, porte como estradas e hidrelétricas.Entre estas podemos citar a rodovia Transamazônica (que une o Pará até a Paraíba), a Perimetral Norte (Amazonas, Pará, Amapáe Roraima) e a ponte Rio-Niterói (ligando as cidades do Rio de Janeiro e Niterói).Podemos mencionar também a Usina de Itaipu, as usinas de energia nuclear de Angra e a zona Franca de Manaus.Os recursos para essas obras foram obtidos por meio de empréstimos internacionais, queelevaram a dívida externa. O financiamento internacional também foi empregado paraalavancar projetos de mineração, como os das usinas de Carajás e Trombetas, ambas noPará.De igual maneira receberam recursos internacionais as indústrias de bens de consumo(máquinas e equipamentos), farmacêutica e agricultura. O setor agrícola voltou-se para amonocultura, visando o mercado internacional.Estas obras de infraestrutura eram necessárias em um país em crescimento e com as dimensões do Brasil. No entanto, foram feitas de maneira pouco transparente e consumirammuito mais recursos do que o previsto inicialmente.Para atrair o empresariado, o governo federal achatou os salários dos trabalhadores. Comoos sindicatos estavam sob intervenção, as negociações quase sempre favoreciam oempresário. Nesta época, com fiscalização deficiente, os acidentes de trabalho semultiplicaram.Fim do Milagre EconômicoNo cenário externo, a situação mudou a partir de 1973, quando aconteceu o PrimeiroChoque do Petróleo. Neste ano, os países produtores pararam de vender petróleo parapaíses quem fossem aliados de Israel. Assim, o preço do barril quadruplicou em apenas umano, encarecendo a produção industrial.Para encarar esta subida de preços, os Estados Unidos elevaram os juros do mercadointernacional na década de 70 e reduziram as remessas de dinheiro para os países emdesenvolvimento.O Brasil parou de receber empréstimos e passou a pagar juros exorbitantes da dívidaexterna. Em consequência, houve arrocho salarial, desvalorização cambial e redução dopoder aquisitivo da população.O salário mínimo chegou ao menor valor da história, ficando abaixo dos US$ 100, resultandoem aumento da pobreza e da miséria.A política econômica privilegiou as exportações e impôs pesados encargos às importações. Aestratégia resultou no sucateamento das indústrias nacionais.Por estes motivos, o setor industrial não podia importar máquinas e modernizar os fábricasque, obsoletas, perderam competitividade.Resumo do Milagre EconômicoAté hoje a herança do "milagre econômico" é muito discutida entre historiadores e economistas. Isto se deve, em parte, pela própria propaganda que o governo do general Emílio Médici (1970-1974) fazia do crescimento econômico brasileiro.A vitória da seleção masculina de futebol, por exemplo, auxiliou a passar esta imagem positiva no Brasil.Apesar de ter sido realizado num ambiente autoritário e que prejudicou os trabalhadores, o “milagre econômico” deixou marcas que sobrevivem até hoje. Vejamos:Pontos Positivos* Construção de obras importantes, como a ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu *Aceleração da industrialização *Incentivo à indústria da construção civil com a criação do Sistema Financeiro Habitacional Pontos Negativos*Aumento da pobreza*Aumento da inflação*Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre*Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social*Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar*Aumento da dívida externa*Corrupção e favorecimento a empreiteiras ligadas ao governo*Dependência de empréstimos do exterior, principalmente dos Estados UnidosConsequências do Milagre EconômicoA política econômica do regime ditatorial foi centralizadora, privilegiou o aumento damáquina pública e favoreceu as camadas mais ricas com isenção de impostos.Assim, houve elevado déficit do salário mínimo e a redução da renda das camadas maispobres da população. Em contrapartida, os mais ricos acumularam proventos.Os serviços de áreas como a saúde, educação e previdência social ficaram prejudicadas, poisnão acompanharam o crescimento populacional e não receberam investimentos. Destamaneira, foram perdendo a qualidade e eficiência.Década PerdidaOs anos 80 são considerados uma década perdida para o Brasil e para a América Latina. Adenominação é utilizada para explicar os efeitos do fim do período do milagre econômico.Durante este decênio, o governo deixou de ser o principal investidor e o empresariado nãotinha como fazer frente às despesas. Houve, ainda, aumento da dívida externa, da pobreza eredução das exportações. O Brasil ficou mais dependente do capital estrangeiro e a indústriaestagnou.Também ocorreu intensa redução dos salários,com a consequente queda do poderaquisitivo da população. O PIB caiu e o desemprego aumentou, bem como a miséria. Questão 2O filme “O nascimento de uma nação”, lançado em 1915, foi baseado no livro The clansmen,publicado em 1905, de autoria do reverendo Thomas Dixon. Assim como Dixon, o diretor dofilme, D. W. Griffith, foi um admirador da Ku Klux Klan.Ainda hoje atuando nos E.U.A., a Ku Klux Klan defende o seguinte princípio:a)ética capitalista b)destino manifesto c)supremacia racial d)cultura individualistaA Ku Klux Klan é uma organização terrorista formada por supremacistas brancos que surgiunos Estados Unidos depois da Guerra Civil Americana com o intuito de perseguir epromover ataques contra afro-americanos e defensores dos direitos desse grupo. Ficaramconhecidos por suas vestimentas peculiares e por promoverem o espancamento de pessoas.O grupo chegou a possuir quatro milhões de membros na década de 1920 e existe até hoje,mas bastante enfraquecido.ExplicaçãoA Ku Klux Klan é uma organização terrorista que surgiu nos Estados Unidos, na virada de1865 para 1866, logo após a Guerra Civil Americana. Esse grupo foi criado para promover osideais do supremacismo branco, ideais racistas que promovem a segregação e o ódio contranegros. O grupo surgiu com o intuito de atacar negros e defensores dos direitos civis para osafro-americanos.O Klan, como é chamado, foi responsável por cometer atos violentos, como incêndio decasas habitadas por afro-americanos, espancamentos, enforcamentos etc. Seus membrosutilizavam capuzes e uma vestimenta branca e tinham como símbolo uma cruz. Em suasreuniões e ataques, também incendiavam cruzes.A atuação do Klan aconteceu em três fases distintas, sendo a terceira a fase do atualfuncionamento da organização. O Klan hoje é um grupo terrorista bem pequeno. Possuialgumas dezenas de células espalhadas no território americano e alguns milhares demembros.A Ku Klux Klan é uma organização terrorista que foi criada nos Estados Unidoslogo após a Guerra Civil Americana, durante a fase conhecida como Reconstrução, queaconteceu entre o fim do conflito, em 1865, e estendeu-se até 1877. Também conhecida como “KKK” ou apenas “Klan”, essa organização surgiu com base nos ideais desupremacistas brancos que eram contrários às leis que estavam sendo debatidas na épocaem benefício dos afro-americanos. O nome da organização (Ku Klux Klan) faz menção àpalavra do idioma grego kyklos, que significa “círculo”, e à palavra do inglês clan.A Ku Klux Klan ficou conhecido pela perseguição que promovia contra negros no sul dosEstados Unidos, cometendo atos de violência, como espancamentos até a morte eenforcamentos de suas vítimas. O Klan também perseguia outras pessoas (inclusiveamericanos brancos) que se mostrassem favoráveis à concessão de direitos civis aos negros.O Klan é classificado pelos historiadores como um movimento da extrema-direita,sobretudo pelos ideais que motivaram a criação desse grupo: o supremacismo branco. OKlan, ao longo de sua história, possuiu três grandes fases de atuação.Fases de atuação da Ku Klux KlanA primeira fase de atuação do Klan ocorreu entre 1865 e 1869 (alguns estendem até 1871). Surgiu logo após a Guerra Civil Americana e promoveu intensa violência no sul dos Estados Unidos contra aqueles que defendiam os direitos civis para os negros libertos. Essa fase encerrou-se quando foi decretada uma lei contra o grupo em 1871, o Klan Act.A segunda fase do Klan ocorreu a partir de 1915 e estendeu-se até meados da década de 1940. Foi o período em que o Klan possuiu maior poder, tornando-se uma força política influente em alguns estados norte-americanos e possuindo milhões de membros. Nessa fase,continuavam sua perseguição contra os afro-americanos, mas focaram sua violência também contra católicos e judeus.A influência da Ku Klux Klan nessa segunda fase foi tamanha que o grupo chegou a contar com quatro milhões de membros. O enfraquecimento do grupo nessa fase aconteceu em razão de disputas internas pelo poder, além de escândalos envolvendo o grupo que foram divulgados pela mídia norte-americana da época. A terceira fase do Klan iniciou-se em meados da década de 1950 em resposta ao crescimento do movimento afro-americano que lutava pelos direitos civis dessa comunidade nos Estados Unidos. Essa fase do Klan estende-se até hoje, e a atuação dessa nova fase ocorreu visando, principalmente, aos ativistas que lutavam pelos direitos civis dos afro-americanos e seus aliados.A fundação da Ku Klux Klan aconteceu entre 1865 e 1866 em Pulaski, uma pequena cidade do interior do Tennessee. Os fundadores do Klan eram seis ex-membros do Exército Confederado, as tropas que lutaram pelos estados sulistas que buscavam a separação durante a Guerra Civil Americana. A criação do Klan relacionou-se diretamente com as transformações que a sociedade sulista sofreu após a Guerra Civil Americana. Essa guerra foi travada no período de 1861 a 1865 entre os estados do norte (chamados de União) e os estados do sul (chamados de Confederados). Na época, havia uma disputa política intensa entre nortistas e sulistas a respeito da expansão da mão de obra escrava para os novos territórios conquistados.Em virtude do impasse dessa disputa e da vitória de Abraham Lincoln na eleição de 1860, osestados sulistas declararam a secessão, isto é, a separação. A guerra foi iniciada em 1861 emresposta à separação dos sulistas. A guerra acabou em 1865 com a derrota dos Confederados e sua reintegração à União. Iniciou nesse momento uma nova disputa política, agora a respeito de como a integração desses estados aconteceria.Uma das consequências diretas da derrota dos sulistas na guerra foi a abolição do trabalho escravo dos negros nos Estados Unidos. Com a abolição, começou a ser debatida a extensão de direitos políticos e civis para os negros libertos. Esse período ficou conhecido como Reconstrução e foi nesse contexto em que os negros libertos estavam ganhando novos direitos que surgiu a Ku Klux Klan.Nessa época, debatiam-se, por exemplo, a extensão do direito de voto aos negros, a possibilidade de que eles pudessem ter direito à propriedade privada e que tivessem garantias que resguardassem seus direitos civis. A reação conservadora dos sulistas brancose contrários à concessão de mais direitos para os negros libertos pode ser exemplificada pelos Black Codes, leis aprovadas pelos estados do Sul dos EUA que tiravam a liberdade dos negros em diversos aspectos.Assim, foi nesse contexto em que o Congresso americano travava uma luta política para ampliar os direitos dos negros libertos que nasceu a Ku Klux Klan. Os seis fundadores do Klan, conforme mencionado, eram seis ex-oficiais do exército confederado. Seus nomes eram: Frank McCord, John Kennedy, Richard Reed, Calvin Jones, John Lester e James Crowe.Os símbolos dessa organização terrorista era um capuz cônico e uma vestimenta, ambos na cor branca. O objetivo dessa roupa, além de esconder a identidade dos que se envolviam nosatos de violência, era o de intimidar as vítimas. Na segunda fase do Klan, os membros da organização também adotaram a cruz em chamas como símbolo. A cruz também só se tornou um símbolo oficial no emblema do Klan durante a segunda fase.Ku Klux Klan hojeO Klan é uma organização terrorista que existe até hoje, e sua atuação é acompanhada por entidades como o Southern Poverty Law Center (SPLC), responsável pelo estudo de organizações extremistas nos Estados Unidos. Segundo essa entidade, existem atualmente 72 células do Klan nos Estados Unidos, que agrupam, aproximadamente, de 5 mil a 8 mil membros|1|.A atuação do grupo atualmente é bem enfraquecida porque muitas das células ramificaram-se e deram origens a novos grupos de supremacistas brancos. Há também muitas disputas internas pelo poder nas células do Klan, e o combate do governo contra essa organização terrorista também contribuiu para o seu enfraquecimento.O Klan atualmente está diretamenteligado com ideais supremacistas, anticatólicos, antissemitas, antiliberais, anticomunistas, além de promoverem discurso de ódio contra muçulmanos e LGBTs e terem envolvimento com movimentos de neonazistas.Questão 3 Os relatos sobre as ondas epidêmicas de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro apareceram com frequência nos periódicos, especialmente a partir da década de 1850. De acordo com o documento acima, no início da década de 1870, o alastramento da doença era associado ao seguinte fator: a)elevação de taxas de natalidade b)variação das condições climáticas c)ingresso de estrangeiros com infecção d)insalubridade das residências populares REVOLTA DA VACINA Manifestação contra campanha de vacinação obrigatória A Revolta da Vacina aconteceu no Rio de Janeiro, quando ainda era capital do Brasil, entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. O povo insatisfeito protestou contra a Lei da Vacinação Obrigatória e também contra os serviços públicos prestados. A anti-varíola foi a vacina responsável por essa revolta. Foi uma rebelião popular contra a campanha de vacinação obrigatória para todo brasileiro maior que seis meses de vida. Trata-se de um protesto popular que ocorreu no começo do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Foi o sanitarista Oswaldo Cruz (1872 – 1917) que colocou o projeto em prática. O Rio de Janeiro não era uma cidade planejada, em partes por causa do período do Brasil Colônia e do Império, e não comportava mais o fato de ser a capital do Brasil e grande centro econômico. A cidade possuía acentuados problemas de saúde pública e também graves doenças que atingiam a população, como: a varíola, a febre amarela e a peste bubônica. A Lei da Vacinação Obrigatória impôs ao povo a obrigação de se vacinar contra a varíola e o povo se rebelou contra isso. O protesto também estava ligado à insatisfação do povo com os serviços básicos de utilidade pública. Era uma insatisfação total contra as campanhas de saneamento básico comandadas pelo médico Oswaldo Cruz e também contra as obras de reformas urbanas do prefeito da época Pereira Passos. Atividades como alargamento de ruas, destruição de cortiços e remoção da população pobre de suas moradias, foram algumas mudanças arquitetônicas provocadas pelo também engenheiro, Pereira Passos. O médico Oswaldo Cruz, ao assumir a diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, promoveu a campanha de saneamento básico da cidade e tomou a decisão de erradicar as doenças como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Em junho de 1904, o governo tornou a vacinação da população obrigatória e apesar da campanha contrária, foi aprovada em 31 de outubro. Essa lei acabou causando um motim e provocando vários debates exaltados entre o povo e os legisladores. O presidente Rodrigues Alves interviu para controlar as epidemias e modernizar a cidade. Foram tomadas medidas de reformas urbanas e sanitárias pelo então presidente e isso acabou modificando a geografia natural da cidade e a vida cotidiana das pessoas. Causas e consequências da Revolta da Vacina A grande quantidade de lixo acumulado pelas ruas do Rio de Janeiro causou a proliferação do vírus da varíola e também de ratos e mosquitos que são os transmissores de doenças graves, como a febre amarela e a peste bubônica. Essas doenças provocaram a morte de muitas pessoas anualmente. A intenção principal e de extrema importância da campanha era eliminar os focos de lixos acumulados pela cidade para conseguir combater os transmissores das principais doenças que atormentavam a população naquela época. O governo propôs então, realizar pagamentos para aquelas pessoas que se dispusessem a caçar ratos e entregar para as autoridades. Essa atitude promoveu um desastre como resultado, pois surgiram criadores de roedores com o único interesse de adquirir renda extra. Por conta dessas fraudes, resultado da medida impensada, o governo decidiu suspender a oferta de prêmio pela captura de ratos. Apesar disso, a campanha de saneamento seguiu firme, só que em um regime autoritário onde as pessoas eram surpreendidas com suas casas sendo invadidas e reviradas sem nenhuma explicação. A população não teve nenhum acesso à informação de alerta e esclarecimento sobre a vacina, nem sobre formas de higiene e até mesmo sobre as maneiras de se prevenir. Então, ficou indignada e, por conta disso, houve uma insatisfação generalizada contra as atitudes do governo, o que fomentou a Revolta da Vacina. Os funcionários de Saúde Pública invadiram as casas das pessoas com a proteção da polícia, utilizando a força para vacinar. A população, por sua vez, enfrentou e resistiu à bala com a frase de ordem que dizia que ser direito do cidadão a opção de recusar o líquido desconhecido para preservar seu próprio corpo. As camadas populares cariocas e os agentes de saúde e a polícia se enfrentaram. O centro da cidade do Rio de Janeiro se transformou em uma praça de guerra com bondinhos derrubados, edifícios depredados, além de um tumulto generalizado na atual Avenida Rio Branco. O estopim da Revolta da Vacina O jornal A Notícia publicou no dia 09 de janeiro de 1904, o projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória. Nesse projeto estava explícita a obrigatoriedade de comprovação da vacina para se casar, se empregar, viajar, se hospedar e até se matricular em escolas. Caso a determinação de vacinação obrigatória não fosse atendida, o cidadão estaria sujeito à multa. Quando essa notícia vazou pela imprensa, a revolta da população foi ainda maior, o que provocou uma série de manifestações com conflitos generalizados por volta de uma semana. O estopim para a onda de protestos foi a vacinação obrigatória, mas logo a população direcionou sua revolta contra outras camadas do poder como: serviços públicos em geral e também aos representantes do governo, explicitamente contra as forças repressivas. Florianistas e Positivistas, apoiados por alguns setores civis, se aproveitaram da situação e na madrugada de 15 de novembro usou a prerrogativa da revolta popular para tentar dar um Golpe de Estado, evento esse que não teve um fim positivo para eles. Florianismo O florianismo foi o primeiro fenômeno político de expressão que se formou em torno da figura de uma personalidade republicana no Brasil. O título foi dado quando se consolidou o Brasil República, o movimento político de apoio ao Marechal Floriano Peixoto durante a Revolta da Armada, no ano de 1893. Positivismo O positivismo como escola filosófica ganhou força na segunda metade do século XIX e início do século XX, na Europa. Trata-se de uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Seus principais idealizadores foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Auguste Comte (1798 – 1857) se propôs a coordenar as ciências experimentais, fundamentando como modelo por excelência do conhecimento humano, em detrimento das pesquisas metafísicas ou teológicas, denominado de Comtismo. Fim da Revolta da Vacina Foi proclamado o Estado de Sítio e o cancelamento da vacinação obrigatória no dia 16 de novembro. Depois disso, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada e a utilização da vacina tornou-se opcional. O governo desmanchou aquele que nomeou como movimento rebelde, ou seja, a Revolta da Vacina e prendeu muitas pessoas suspeitas ou não do tumulto. O saldo total desse episódio foi de 30 mortos, 110 feridos, 461 deportados para o estado do Acre e 945 pessoas presas na Ilha das Cobras. Questão 4 Na esfera das relações internacionais, o contexto histórico ao qual a personagem faz referência era marcado por uma divisão do mundo decorrente sobretudo do seguinte fator: a)disputa religioso-cultural b)antagonismo étnico-linguístico c)bipolaridade político-ideológica d)rivalidade financeiro-comercial Cortina de ferro A expressão cortina de ferro foi criada pelo político britânico Wiston Churchill. Ele a usou, pela primeira vez, durante um discurso que pronunciou na cidadede Fullton, Missouri, em 1946. Com este termo, o ex-ministro britânico alertava que o governo de Stalin continuaria a influenciar os territórios que havia libertado durante a Segunda Guerra Mundial e os isolaria da Europa Ocidental. A expressão "Cortina de Ferro" seria usada durante o período da Guerra Fria para caracterizar o mundo divido em países capitalistas e socialistas. Questão 5 No início da noite de 26 de janeiro de 1893, por ordem do prefeito do Distrito Federal, Cândido Barata Ribeiro, a polícia ocupou o mais célebre dos cortiços cariocas, conhecido como Cabeça de Porco, no centro da cidade. A estalagem, conjunto de casinhas onde viviam de 400 a 2000 pessoas, foi em seguida desocupada, sem que se desse aos moradores o tempo necessário para recolherem suas coisas. Em poucas horas, foi demolida. Não tardou para que a expressão “cabeça de porco” se impusesse como sinônimo de cortiço. Adaptado de projetomemoria.art.br. A ordem de desocupação e demolição do famoso cortiço em 1893, ironizada em capa de revista da época, representou mudanças na ação do então prefeito com relação aos problemas sociais da cidade do Rio de Janeiro. Um desses problemas sociais e o objetivo dessa demolição estão indicados, respectivamente, em: a) déficit escolar – planificação da expansão urbana b) fluxo migratório – integração de novos logradouros c) criminalidade elevada – reordenação da ação repressora d) crescimento demográfico – erradicação de habitações populares Revolta da Vacina Manifestação contra campanha de vacinação obrigatória A Revolta da Vacina aconteceu no Rio de Janeiro, quando ainda era capital do Brasil, entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. O povo insatisfeito protestou contra a Lei da Vacinação Obrigatória e também contra os serviços públicos prestados. A anti-varíola foi a vacina responsável por essa revolta. Foi uma rebelião popular contra a campanha de vacinação obrigatória para todo brasileiro maior que seis meses de vida. Trata-se de um protesto popular que ocorreu no começo do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Foi o sanitarista Oswaldo Cruz (1872 – 1917) que colocou o projeto em prática. O Rio de Janeiro não era uma cidade planejada, em partes por causa do período do Brasil Colônia e do Império, e não comportava mais o fato de ser a capital do Brasil e grande centro econômico. A cidade possuía acentuados problemas de saúde pública e também graves doenças que atingiam a população, como: a varíola, a febre amarela e a peste bubônica. A Lei da Vacinação Obrigatória impôs ao povo a obrigação de se vacinar contra a varíola e o povo se rebelou contra isso. O protesto também estava ligado à insatisfação do povo com os serviços básicos de utilidade pública. Era uma insatisfação total contra as campanhas de saneamento básico comandadas pelo médico Oswaldo Cruz e também contra as obras de reformas urbanas do prefeito da época Pereira Passos. Atividades como alargamento de ruas, destruição de cortiços e remoção da população pobre de suas moradias, foram algumas mudanças arquitetônicas provocadas pelo também engenheiro, Pereira Passos. O médico Oswaldo Cruz, ao assumir a diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, promoveu a campanha de saneamento básico da cidade e tomou a decisão de erradicar as doenças como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Em junho de 1904, o governo tornou a vacinação da população obrigatória e apesar da campanha contrária, foi aprovada em 31 de outubro. Essa lei acabou causando um motim e provocando vários debates exaltados entre o povo e os legisladores. O presidente Rodrigues Alves interviu para controlar as epidemias e modernizar a cidade. Foram tomadas medidas de reformas urbanas e sanitárias pelo então presidente e isso acabou modificando a geografia natural da cidade e a vida cotidiana das pessoas. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/brasil-colonia https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/brasil-colonia https://www.guiaestudo.com.br/rodrigues-alves Causas e consequências da Revolta da Vacina A grande quantidade de lixo acumulado pelas ruas do Rio de Janeiro causou a proliferação do vírus da varíola e também de ratos e mosquitos que são os transmissores de doenças graves, como a febre amarela e a peste bubônica. Essas doenças provocaram a morte de muitas pessoas anualmente. A intenção principal e de extrema importância da campanha era eliminar os focos de lixos acumulados pela cidade para conseguir combater os transmissores das principais doenças que atormentavam a população naquela época. O governo propôs então, realizar pagamentos para aquelas pessoas que se dispusessem a caçar ratos e entregar para as autoridades. Essa atitude promoveu um desastre como resultado, pois surgiram criadores de roedores com o único interesse de adquirir renda extra. Por conta dessas fraudes, resultado da medida impensada, o governo decidiu suspender a oferta de prêmio pela captura de ratos. Apesar disso, a campanha de saneamento seguiu firme, só que em um regime autoritário onde as pessoas eram surpreendidas com suas casas sendo invadidas e reviradas sem nenhuma explicação. A população não teve nenhum acesso à informação de alerta e esclarecimento sobre a vacina, nem sobre formas de higiene e até mesmo sobre as maneiras de se prevenir. Então, ficou indignada e, por conta disso, houve uma insatisfação generalizada contra as atitudes do governo, o que fomentou a Revolta da Vacina. Os funcionários de Saúde Pública invadiram as casas das pessoas com a proteção da polícia, utilizando a força para vacinar. A população, por sua vez, enfrentou e resistiu à bala com a frase de ordem que dizia que ser direito do cidadão a opção de recusar o líquido desconhecido para preservar seu próprio corpo. As camadas populares cariocas e os agentes de saúde e a polícia se enfrentaram. O centro da cidade do Rio de Janeiro se transformou em uma praça de guerra com bondinhos derrubados, edifícios depredados, além de um tumulto generalizado na atual Avenida Rio Branco. O estopim da Revolta da Vacina O jornal A Notícia publicou no dia 09 de janeiro de 1904, o projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória. Nesse projeto estava explícita a obrigatoriedade de comprovação da vacina para se casar, se empregar, viajar, se hospedar e até se matricular em escolas. Caso a determinação de vacinação obrigatória não fosse atendida, o cidadão estaria sujeito à multa. Quando essa notícia vazou pela imprensa, a revolta da população foi ainda maior, o que provocou uma série de manifestações com conflitos generalizados por volta de uma semana. O estopim para a onda de protestos foi a vacinação obrigatória, mas logo a população direcionou sua revolta contra outras camadas do poder como: serviços públicos em geral e também aos representantes do governo, explicitamente contra as forças repressivas. Florianistas e Positivistas, apoiados por alguns setores civis, se aproveitaram da situação e na madrugada de 15 de novembro usou a prerrogativa da revolta popular para tentar dar um Golpe de Estado, evento esse que não teve um fim positivo para eles. Florianismo O florianismo foi o primeiro fenômeno político de expressão que se formou em torno da figura de uma personalidade republicana no Brasil. O título foi dado quando se consolidou o Brasil República, o movimento político de apoio ao Marechal Floriano Peixoto durante a Revolta da Armada, no ano de 1893. Positivismo O positivismo como escola filosófica ganhou força na segunda metade do século XIX e início do século XX, na Europa. Trata-se de uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Seus principais idealizadores foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Auguste Comte (1798 – 1857) se propôs a coordenar as ciências experimentais, fundamentando como modelo por excelência do conhecimento humano, em detrimento das pesquisas metafísicas ou teológicas, denominado de Comtismo. Fimda Revolta da Vacina Foi proclamado o Estado de Sítio e o cancelamento da vacinação obrigatória no dia 16 de novembro. Depois disso, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada e a utilização da https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/positivismo https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/brasil-republica vacina tornou-se opcional. O governo desmanchou aquele que nomeou como movimento rebelde, ou seja, a Revolta da Vacina e prendeu muitas pessoas suspeitas ou não do tumulto. O saldo total desse episódio foi de 30 mortos, 110 feridos, 461 deportados para o estado do Acre e 945 pessoas presas na Ilha das Cobras. Questão 6 Para boa parte do mundo, a cidade nigeriana de Maiduguri é conhecida apenas como o local de origem do Boko Haram, o grupo extremista que mata desenfreadamente e trata mulheres e meninas como propriedades, obrigando-as a cozinhar, limpar, parir filhos e morrer, se necessário. Mas existe outra Maiduguri totalmente diferente, que ajuda a entender a batalha ideológica que está ocorrendo no norte da Nigéria: trata-se de uma capital regional, reconhecida por acolher pessoas de todas as crenças e etnias, uma cidade universitária há muito conhecida por sua vida noturna e por sua energia, com uma juventude ousada e muitas vezes liberal que oito anos de guerra parecem não conseguir extinguir. Adaptado de noticias.uol.com.br, 27/12/2017. Grupos extremistas instauram guerras civis em diversas sociedades contemporâneas, inclusive com ações terroristas como as realizadas pelo Boko Haram. Com base na reportagem, a batalha ideológica na cidade de Maiduguri está associada ao confronto entre as seguintes ideias: a) identidade de raça – pluralismo político b) liberdade de expressão – nacionalismo africano c) superioridade de classe – culturalismo ocidental d) igualdade de gênero – fundamentalismo religioso O Boko Haram é um grupo terrorista surgido na Nigéria que, muitas vezes, é denominado como “grupo radical islâmico”, pois as suas ações correspondem ao fundamentalismo religioso de combate à influência ocidental e de implantação radical da lei islâmica, a sharia. O nome Boko Haram significa “a educação não islâmica é pecado” ou “a educação ocidental é pecado” na língua Hausa, um idioma bastante falado no norte do território nigeriano. O surgimento do Boko Haram ocorreu em 2002 como uma seita religiosa, fundada por https://brasilescola.uol.com.br/historia/terrorismo.htm Mohammed Yusuf na cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, na Nigéria. Para Yusuf e os seus seguidores, a cultura ocidental reproduzida na sociedade seria a principal razão para os males do país, sendo necessária a sua erradicação para combater a corrupção e o descaso das autoridades para com o povo. O líder atual do Boko Haram é Abubakar Shekau. Com o passar do tempo, o Boko Haram foi se tornando um grupo militar cada vez mais bem armado, recebendo vários treinamentos e ações de formação por parte da Al-Qaeda do Magreb e de alguns outros grupos militares radicais existentes na região setentrional da África. Em 2009, com a morte de Mohammed Yusuf durante um confronto armado, o Boko Haram tornou-se uma organização militar totalmente radical. No entanto, somente em 2013 os Estados Unidos passaram a considerar, oficialmente, o Boko Haram como grupo terrorista, que é hoje um dos maiores da atualidade. O principal objetivo do Boko Haram atualmente, além de combater os princípios e legados ocidentais deixados pela colonização britânica no país, é a construção de uma república islâmica. Para conseguir esse objetivo, o grupo terrorista utiliza muitos métodos radicais, incluindo a realização de atentados e o sequestro para realizar avanços territoriais. O Boko Haram também age por meio do sequestro de mulheres, utilizando-as para a obtenção de resgates e, principalmente, negociando-as como escravas sexuais. A ação mais notória do grupo até hoje ocorreu em abril de 2014, quando o Boko Haram sequestrou cerca de 276 mulheres entre 16 e 18 anos. Segundo relatos de algumas das que conseguiram escapar, os militantes utilizavam-nas como escravas sexuais e vendiam-nas para membros da organização a um preço médio de 12 dólares. Indícios posteriores também afirmaram que boa parte das mulheres foi utilizada em diversos combates. Não há números concretos sobre a ação do Boko Haram, mas estima-se que o grupo terrorista já tenha executado mais de três mil pessoas, número que se eleva continuamente a cada conflito ocorrido. O grupo já tomou boa parte do território da Nigéria, sobretudo as suas áreas ao norte e a nordeste, em um mapa difícil de ser representado, pois, a cada mês ou semana, um nova cidade é tomada ou perdida para as tropas do governo nigeriano, realinhando as fronteiras da república radical islâmica. Os milhares de combatentes e militantes do Boko Haram vêm lutando não tão somente contra as tropas governamentais da Nigéria, mas também contra o apoio de outros países. Chade e Níger, que formam uma coalização africana, vêm atuando no território nigeriano para combater as ações da milícia terrorista, que eventualmente realiza atividades fora da Nigéria e ameaça, com uma possível expansão, os países circunvizinhos, principalmente Camarões, que já sofreu alguns atentados. As ações do Boko Haram são uma demonstração da expansão da atividade de grupos terroristas pelo mundo, algo que se intensificou nos períodos posteriores à Guerra Fria. O líder Abubakar Shekau jurou, inclusive, uma lealdade a outro grupo terrorista radical, o Estado Islâmico. Essa postura não se trata, ao menos por enquanto, de uma aliança entre https://brasilescola.uol.com.br/historiag/o-radicalismo-islamico-grupo-terrorista-eiis.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/grupos-terroristas-mundo.htm os dois grupos, mas pode indicar um paralelo sem igual para o crescimento da ação de grupos radicais pelo mundo. Questão 7 A ROSA DE HIROSHIMA Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada viniciusdemoraes.com.br Coreia do Norte realiza seu maior teste nuclear A Coreia do Norte realizou seu maior teste nuclear em setembro de 2016 e informou ter dominado a habilidade de montar uma ogiva em míssil balístico. O teste aumenta a instabilidade na Ásia e preocupa os países da região, sobretudo Coreia do Sul, China e Japão. E.U.A., Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU) também condenaram o teste nuclear. A explosão, no dia da comemoração dos 68 anos da fundação do país, foi mais poderosa que a bomba detonada em Hiroshima, de acordo com estimativas do Ministério de Defesa da Coreia do Sul. A explosão foi tão forte que provocou um terremoto de 5 graus na escala Richter no local do teste. Adaptado de veja.abril.com.br, 09/09/2016. O poema de Vinícius de Moraes alude ao lançamento da primeira bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945. Mesmo com os acordos de restrição ao uso desse tipo de armamento, os dispositivos nucleares ainda desestabilizam as relações internacionais, como descreve a reportagem. Com base nos textos, a principal motivação do governo da Coreia do Norte em testar esses dispositivos e o efeito que esses testes provocam são, respectivamente: a) expansão do território no Extremo Oriente − agressão à população civil b) preservação das fronteiras políticas nacionais − ruína da produção agrícola c) competição da indústria local com outros países asiáticos − poluição do meio ambiente d) demonstração de poder aos governos vizinhos − impacto duradouro da radioatividade Os testes nucleares realizados pelo governo norte-coreano tem a finalidade de demonstar o poder desse país à comunidade internacional, forçando osdemais países a retirarem as sanções econômicas estabelecidas contra o regime ditatorial. O resultado desses testes é a alta incidência de radioatividade no ar que pode ser sentido por países vizinhos, como Coréia do Sul, China e Japão. Questão 8 O fóssil de Lucy foi encontrado em uma das margens do rio Awash, no interior da Etiópia, porção continental conhecida como “Chifre da África”, marcada por problemas sociais graves. O problema social representado no mapa tem como explicação: a) desavenças políticas entre potências globais que restringem as ações de ajuda e apoio b) conflitos bélicos entre grupos locais que desestruturam as redes de produção e circulação c) intervenção militar das alianças regionais que limitam as iniciativas de empresas e governos d) tamanho reduzido dos imóveis rurais que inviabilizam as atividades de agricultura e pecuária Resposta: Um problema recorrente em terras africanas são os conflitos entre diferentes povos que ali habitam, fruto das fronteiras impostas pelos colonizadores europeus que não respeitaram a autonomia dessa população que já vivia nessas terras há muito tempo. Esses conflitos, muitos armados, ultrapassam as fronteiras oficiais, desestabilizando a produção agropecuária, a economia local, a circulação de alimentos e consequentemente agravando o problema da fome na região. É uma região localizada no nordeste do continente africano. São quatro países que pertencem ao Chifre da África: Somália, Djibuti, Etiópia e Eritréia. Etiópia Com a federação formada pela Etiópia e a Eritréia, em 1952 teve inicio uma época de grandes golpes de Estado na história política da Etiópia. Hailé Salassié permaneceu no governo de 1930 a 1974, sendo que durante o período de 1935 a 1941 o país esteve dominado pela Itália. O ano de 1975 foi marcado pelo golpe militar que derrotou o governo de Hailé Salassié, deixando o país mais próximo da URSS, e cada vez mais envolvido na Guerra Fria. A partir de 1987, com a Proclamação da República Popular e Democrática da Etiópia, a guerra civil se torna mais intensa. No ano de 1991 chega ao fim a União Soviética e o socialismo, e com isso o governo esquerdista da Etiópia é destruído, e a província do norte se torna independente. Durante 10 anos (1975/85) ocorreram sucessivos movimentos separatistas em diversas partes do país. 1977 e 1978 foram os anos em que a Etiópia e a Somália estiveram em guerra, que foi causada pela disputa do Deserto de Ogadem. Os anos da década de 80 ficaram marcados na história da Etiópia, pois o país estava sendo castigado pela fome e pela seca que deixou quase metade da população subnutrida. Com a independência da Eritréia, conquistada em 1993, a Etiópia acabou ficando sem o seu ponto estratégico, que era a saída pelo Mar Vermelho. A partir de 1998, Eritréia e Etiópia entraram em confronto, que gerou uma guerra que permaneceu até o ano de 2000, deixando milhares de mortos e agravando a economia da Etiópia, que já não era considerada estável, além disso, a fome e a subnutrição também continuaram sendo os fatores agravantes para a situação do país. Eritréia Como já vimos anteriormente, a Eritréia é um país recente, pois teve a sua independência conquistada em maio de 1993, quando o governo da Etiópia anunciou a sua liberdade que foi ratificada em plebiscito por praticamente toda a população. A Eritréia não queria ter problemas com a Etiópia, portanto o país decidiu liberar o acesso de alguns portos para os etíopes. Porém, mesmo após a esses acordos o clima entre os dois países ainda era tenso. E no ano de 2000, a Etiópia invade a Eritréia justificando que os guerrilheiros do exército eritreu também haviam invadido o território deles. Guerra com a Etiópia No fim de 1997, a ligação entre a Etiópia e a Eritréia começou a se arruinar quando a Eritréia, que usava a moeda da Etiópia passou a usar a sua própria moeda, a nakfa. A guerra entre os dois países eclodiu oficialmente em 1998, quando houve a invasão territorial de ambos os países. Somente, no ano de 2000 é que o conflito foi controlado, quando um acordo de paz foi assinado pelos dois países. A Etiópia era um grande aliado comercial da Eritréia, mais da metade das exportações do país eram compradas pela Etiópia. E com o fim da guerra, a economia da Eritréia ficou derrotada. E a Etiópia tomou a decisão de exportar pelo Djibuti. Além disso, o ano de 2002 ficou marcado pela intensa seca que afetou o país, que teve que enfrentar o problema da fome. Somália A década de 90 ficou marcada na Somália como um período de grandes dificuldades causadas pelas guerras internas que pioravam o quadro de fome no país. Até o ano de 1991, a Somália era governada em regime ditatorial, quando houve a derrota da ditadura de Siad Barre. Com isso, muitas tribos se organizaram em partidos para lutar pelo poder do país. O conflito se espalhou, agravando a situação da fome, deixando o país em situação de emergência, sendo preciso que a ONU fizesse intervenções enviando suas tropas para o país, porém as ações dos soldados foram infelizes, e as tropas foram retiradas em 1995. Assim, a guerra civil prosseguiu até 1998, quando no Egito foi assinado um acordo para a criação de um governo de transição a fim de solucionar a causa a guerra. Mesmo assim, os problemas não foram resolvidos, e os conflitos continuaram no país. Questão 9 Primo Levi, judeu e antifascista, no fim de 1943, aos 24 anos, foi preso pela polícia italiana e entregue às forças de ocupação alemãs. Logo se fechava atrás dele o portão do campo de Auschwitz com a inscrição “O trabalho liberta”, e Levi compreendeu: “Então isto é o inferno”. Adaptado de WEINRICH, H. Lete: arte e crítica do esquecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001 No decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), campos de concentração foram criados em vários países europeus, sendo um dos maiores o complexo de Auschwitz, na Polônia. Para lá, eram enviados em massa aqueles considerados inimigos da nação alemã. De acordo com a imagem e com o texto, a frase “O trabalho liberta” apontava para a seguinte estratégia do projeto nazista: a) treinamento de capitais humanos b) controle de recursos de pesquisas c) exclusão de operários improdutivos d) exploração da mão de obra dos reclusos Resposta: Com a ascensão do nazismo em território europeu durante a Segunda Guerra Mundial, se iniciou uma perseguição não somente aos inimigos políticos do Estado Alemão, mas também àqueles considerados de raça inferior, como judeus, ciganos e homossexuais. A construção dos campos de concentração foi fundamental para aprisionamento dos inimigos, mas também como forma de se utilizar mão de obra escrava, já que os prisioneiros eram explorados e tratados de maneira desumana, não só para trabalho, mas também como cobaias para experimentos variados. Questão 10 Tínhamos a incumbência de reelaborar nosso passado sombrio, contribuindo assim para tratar um povo traumatizado e ferido. Uma tarefa grandiosa, já que todos os sul-africanos tinham suas lesões. Queríamos obter a unidade da nação e a reconciliação. DESMOND TUTU Adaptado de dw.com, 29/10/2008. O arcebispo Desmond Tutu dirigiu a Comissão da Verdade na África do Sul, entre 1996 e 1998, durante o governo do presidente Nelson Mandela. Ao propor “a unidade da nação e a reconciliação”, o arcebispo buscava enfrentar os problemas causados pela vigência do regime de: a) segregação racial b) natureza totalitária c) ordenamento cultural d) disciplinarização social O Apartheid, na África do Sul, entre 1950 e 1990, foi um regime de segregação racial entre brancos e negros que gerou grande desigualdade e exclusão social. Seu fim, gerado pelos grandes movimentos sociais antirracistas resultou na liberdade de Nelson Mandela, posteriormente eleito presidente, que instalou a Comissão da Verdade, objetivando trazer à luz os crimes cometidos durante o período de segregação que viveu o país e consequentementefazer justiça. Questão 11 No dia 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachov vivia suas últimas horas no Kremlin. Aquele foi um dia de esperança para milhões de pessoas na Rússia, que viam o futuro com otimismo. Também foi um momento de luto para outros milhões, agora ex-cidadãos soviéticos. O novo mapa significou para muitos ter de abandonar o lugar em que haviam nascido, deixar lá familiares e relíquias. “Quando foi arriada a bandeira vermelha fiquei em estado de choque”, lembra Serguei Kosarev, que tinha então 37 anos. “Eu, nascido em Sochi, tinha terminado o ensino médio no Cazaquistão. De repente, meus amigos, minha juventude, ficaram para trás em outros países. Pensei que tudo isso fosse para o mal, e no começo foi duro. Mas o pior não foi o primeiro ano da reforma econômica, e sim mais tarde, quando na Rússia deixaram de pagar em dia os salários, e havia atrasos de seis meses ou mais”, conta. “No final, no meu caso tudo foi para o bem, recuperei a religião dos meus antepassados, como outros milhões de ortodoxos, e vi meio mundo; nem uma coisa nem outra teriam sido possíveis na U.R.S.S.”, conclui. Adaptado de brasil.elpais.com, 23/12/2016. De acordo com a reportagem, o fim da U.R.S.S. trouxe as seguintes mudanças significativas para alguns de seus ex-cidadãos: a) recuperação da liberdade sindical e perda da ideologia comunista b) liberalização da iniciativa industrial e abandono da unidade comercial c) ampliação do direito trabalhista e enfraquecimento do poderio militar d) fragmentação do território nacional e redimensionamento da identidade cultural Resposta: Com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), vários países retomaram sua independência, resultando na fragmentação do território da extinta URSS. Com a dissolução da União Soviética foram retomadas identidades culturais perdidas pelo sistema totalitário vigente, como Serguei Kosarev relata no texto. Questão 12 As imagens acima reproduzem a capa de um livreto de 1823 e o cartaz de um filme de 2015 que contam a história de Hugh Glass, caçador e guia que se tornou referência no contexto da conquista do Oeste norte-americano, no século XIX, tendo enfrentado diversos perigos, incluindo o ataque de um urso. A narrativa dos feitos de Hugh Glass insere-se em uma concepção nacionalista que promove a valorização do seguinte aspecto a) ideal civilizatório b) progresso material c) miscigenação étnica d) ação preservacionista Resposta: Comentário: A questão aborda a figura de um “herói” na época da expansão dos territórios estadunidenses. A colonização daquele país se deu a partir das Treze Colônias, localizadas ao leste do território. Após o processo de unificação do país, uma “Marcha para o Oeste” teve início sob a justificativa da necessidade de conquistas de outros territórios, sobretudo aqueles ainda “atrasados”, onde predominavam a pequena propriedade. Também pode se considerar um fator ideológico: a ideia do “Destino Manifesto”, ou seja, a crença de que os habitantes do país tinham recebido como tarefa divina a expansão de suas terras (o que mais tarde também seria usado na sua relação com a América Latina). O enunciado da questão, no entanto, indaga sobre qual aspecto a concepção nacionalista do herói está baseada. Entre as alternativas, a de “LETRA A” é a única que atende ao que é pedido. A noção de civilização, de superioridade e de primazia sobre os demais povos, foi um fator preponderante do nacionalismo naquela conjuntura. A construção de uma narrativa heróica dos feitos de Hugh Glass evidencia uma tentativa de se criar uma memória de heróis nacionais que lutaram pela expansão dos Estados Unidos e pela consolidação dos seus territórios, pautado na ideia de um "ideal civilizatório" levado às regiões habitadas por nativos americanos. Esse ideal foi influenciado pela teoria do "Destino Manifesto", no qual os estadunidenses seriam o povo escolhido por Deus para guiar as nações do mundo à paz e à justiça. Questão 13 Antecipando-nos à derrocada das forças subversivas, acionadas por dispositivos governamentais, que visavam à destruição do primado da democracia e à implantação de um regime totalitário, tivemos a lucidez e o patriotismo de alertar os poderes constituídos da República para a defesa da ordem jurídica e da Constituição, tão seriamente ameaçadas. Podemos hoje, erradicado o mal das conjuras com uno sindicalistas, proclamar que a sobrevivência da Nação Brasileira se processou sob a égide intocável do Estado de Direito. Adaptado de Ata da Reunião Ordinária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, 07/04/1964. O apoio da Ordem dos Advogados do Brasil à deposição do presidente João Goulart (1961-1964), como indicado no texto, insere-se no contexto de intensas polarizações de opiniões entre partidos e associações. Essas polarizações expressavam posicionamentos distintos acerca da seguinte proposta do governo João Goulart: a) implementação das reformas de base b) política de desvalorização monetária c) cerceamento da liberdade de imprensa d) controle orçamentário dos poderes estaduais Resposta: Esta questão traz um trecho de um comunicado assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil quando do Golpe de Estado que retirou do poder o presidente João Goulart, em 1964. O trecho procura justificar legalmente o Golpe, ou seja, procura dar sustentação jurídica ao ato de impedimento do mandato do presidente. A pergunta, então, indaga ao candidato qual ação e o resultado da polarização política narrada no trecho. Certamente a “LETRA A” é a resposta correta porque foi a partir das Reformas de Base que as forças políticas brasileiras radicalizaram os discursos, ou seja, foi a partir daquele momento que setores mais à Esquerda passaram a dar maior sustentação ao presidente Goulart, bem como setores do empresariado, apoiados também pela OAB, optaram por um discurso mais à Direita, atacando as Reformas como atos próximos às políticas de países sob as lideranças dos Partidos Comunistas. Explicação As Reformas de Base eram um conjunto de medidas que objetivavam reestruturar as instituições políticas, jurídicas e econômicas do país. Pretendia-se, por meio dessas reformas, atenuar o quadro de desigualdade social do país, contudo, sem ultrapassar os marcos do liberalismo político e econômico. Entre as principais Reformas de Base estavam: a agrária, a administrativa, a constitucional, a eleitoral, a bancária, a tributária (ou fiscal) e a universitária (ou educacional). Resumidamente, segue abaixo o que se pretendia realizar com cada uma dessas reformas: • Reforma Agrária: distribuição mais equitativa das propriedades rurais, desapropriando terras improdutivas; prioridade da produção agrícola que visasse o mercado interno; • Reforma Administrativa: a reestruturação da administração pública federal, para tal foram editadas leis para reorganização de materiais e do sistema de méritos, além da Lei Orgânica do Sistema Administrativo Federal; • Reforma Eleitoral: garantir o direito do voto aos militares de baixas patentes e aos analfabetos; • Reforma Bancária: controle da inflação por meio de um órgão central; • Reforma Tributária: modernização da arrecadação tributária para evitar fraudes fiscais; • Reforma Universitária: abolição da vitaliciedade de cátedra e a liberdade no exercício da docência; • Reforma Constitucional: a reforma constitucional era necessária para a viabilização das principais reformas como a agrária, a eleitoral e a universitária. (Cf. MENANDRO) As Reformas de Base foram criadas durante o mandato presidencial de Juscelino https://www.infoescola.com/historia/governo-de-juscelino-kubitschek/ https://www.infoescola.com/filosofia/liberalismo-politico/ https://www.infoescola.com/sociologia/desigualdade-social/ Kubitschek (1956-1961) pelo partido do então vice-presidente da República, João Goulart. OPartido Trabalhista Brasileiro (PTB) era, à época, presidido por Goulart e as Reformas de Base constituíram o programa do partido. Desse modo, as Reformas de Base foram a plataforma política da candidatura de João Goulart para reeleição à vice- presidência da República, em 1960, pleito do qual saiu vitorioso. Já o candidato à presidência eleito, Jânio Quadros, era antípoda ao projeto político, herdeiro do varguismo, das Reformas de Base. Apesar de possuírem plataformas políticas opostas, Jânio Quadros e João Goulart compuseram o mesmo governo, pois os cargos de presidente e vice-presidente eram votados separadamente na época. Nesse ano da reeleição de Goulart (1961), entre os dias 5 e 17 de agosto, as Reformas de Base foram objeto de discussão política na Reunião Extraordinária do Conselho Interamericano Econômico e Social (CIES), realizada no Uruguai, em Punta Del Leste. O governo de Jânio Quadros foi marcado por reveses e inconsistências políticas. O mesmo presidente que estabeleceu uma política cambial favorável aos negócios estadunidenses no Brasil, condecorou o revolucionário cubano Ernesto Che Guevara com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. A instabilidade política do governo de Jânio Quadros levou-o à renúncia do cargo de presidente da República, em 25 de agosto de 1961. Assim, caberia ao vice-presidente João Goulart assumir o posto presidencial. No entanto, Goulart estava em missão diplomática na China, atrasando a tomada de posse. No Brasil, os ministros militares do governo de Jânio Quadros (ministro da guerra general, Odílio Denis; da Marinha, vice-almirante Sílvio Heck; e da Aeronáutica, brigadeiro Gabriel Grün Moss) tentaram impedir que Goulart tomasse posse. Eles alegavam que as relações de Goulart com os países socialistas comprometeriam a segurança nacional. O Congresso Nacional não aceitou a proposta dos ministros militares de impedimento a Goulart, e votou a contraproposta da alteração do regime presidencialista para o parlamentarista. Em 7 de setembro de 1961, João Goulart foi empossado presidente em regime parlamentarista. Como presidente da República, João Goulart encampou as Reformas de Base como programa político do mandato. E contou com o apoio de grupos de esquerda e nacionalistas favoráveis às reformas: sob a liderança de Leonel Brizola foi criada a Frente de Mobilização Popular (FMP) para a defesa das reformas, também corroboravam para a implantação das reformas a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), o Pacto de Unidade e Ação (PUA) e a Frente Parlamentar Nacionalista (FPN). (Cf. Idem) O encampamento das Reformas de Base tornou-se ainda mais efetivo quando após o plebiscito de 6 de janeiro de1963 o regime presidencialista voltou a vigorar. A maioria de votos para o regime presidencialista foi compreendida como endosso popular às https://www.infoescola.com/educacao/uniao-nacional-dos-estudantes/ https://www.infoescola.com/biografias/leonel-brizola/ https://www.infoescola.com/historia/governo-de-janio-quadros/ https://www.infoescola.com/china/ https://www.infoescola.com/formas-de-governo/presidente/ https://www.infoescola.com/biografias/che-guevara/ https://www.infoescola.com/historia/governo-de-juscelino-kubitschek/ Reformas de Base. Dessa maneira, a atuação do governo de João Goulart passou a ser mais incisiva na implantação das Reformas. Em 1963, Goulart enviou ao Congresso Nacional anteprojetos de reforma agrária e de reforma bancária. (Cf. Idem) A Emenda nº 4 elaborada pelo PTB acerca da reforma agrária foi vetada pelo Congresso. A maioria no Congresso não se alinhava aos partidários das Reformas de Base, e a reforma que mais incomodava a esses parlamentares era justamente a Reforma Agrária. Devido a essa recusa à aprovação da Reforma Agrária, as demais reformas não conseguiam respaldo no Congresso. Por conta do rechaço da maioria dos congressistas, os grupos de apoio uniram-se ao poder Executivo para pressioná-los a validarem as reformas. A CGT ameaçava mobilizar uma greve geral em prol das reformas e de 70% do aumento dos salários de servidores públicos, e sargentos e suboficiais reivindicavam o direito ao voto, mesmo que para isso fosse necessário pegar em armas. (Cf. Idem) Além de não assentirem as emendas necessárias às reformas, os congressistas também se recusavam a regulamentar a Lei de Remessa de Lucros que controlaria e limitaria o envio anual de lucros de empresas estrangeiras para o exterior. A Lei de Remessa de Lucros somente foi regulamentada em janeiro de 1964 pelo presidente. Em virtude da contrariedade do Congresso Nacional em ratificar as Reformas de Base, João Goulart planejou ir às ruas em Comícios de Base para arregimentar forças populares pela implantação das reformas. Em 13 de março de 1964, foi realizado o Comício de Base em frente à Central do Brasil, no Rio de Janeiro, reunindo cerca de duzentas mil pessoas. Durante o Comício, Goulart anunciou a desapropriação de terras improdutivas e retomada de refinarias ao poder público. O Comício de Base e o comunicado do presidente impulsionaram as conspirações de setores conservadores e de direita que desencadearam o Golpe Militar de 1964. Questão 14 Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (1967) Era um garoto Que como eu Amava os Beatles E os Rolling Stones Girava o mundo Sempre a cantar https://www.infoescola.com/historia/golpe-militar-de-1964/ https://www.infoescola.com/historia/golpe-militar-de-1964/ https://www.infoescola.com/direito/desapropriacao/ https://www.infoescola.com/direito/poder-executivo/ https://www.infoescola.com/politica/congresso-nacional/ https://www.infoescola.com/politica/congresso-nacional/ https://www.infoescola.com/historia/governo-de-joao-goulart/ As coisas lindas Da América Cantava viva à liberdade Mas uma carta sem esperar Da sua guitarra o separou Fora chamado na América Stop! Com Rolling Stones Stop! Com Beatles songs Mandado foi ao Vietnã Lutar com vietcongs Eu te amo, meu Brasil (1970) As praias do Brasil ensolaradas O chão onde o país se elevou A mão de Deus abençoou Mulher que nasce aqui tem muito mais amor O céu do meu Brasil tem mais estrelas O sol do meu país mais esplendor A mão de Deus abençoou Em terras brasileiras vou plantar amor Eu te amo, meu Brasil, eu te amo Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil Eu te amo, meu Brasil, eu te amo Ninguém segura a juventude do Brasil A banda brasileira Os Incríveis marcou época ao cantar acontecimentos e ideias que afetavam especialmente a vida dos mais jovens no final da década de 1960, como ilustram as letras citadas. Essas letras estão relacionadas, respectivamente, aos seguintes contextos internacional e brasileiro daquele momento: a) declínio do liberalismo − patriotismo militarista b) apogeu do imperialismo − naturalismo romântico c) bipolaridade da Guerra Fria − nacionalismo ufanista d) política da coexistência pacífica − conservadorismo ambiental Resposta: A primeira letra da música evidencia um movimento de insatisfação com a Guerra Fria, representada no final da década de 1960 com a Guerra do Vietnã, movimento esse que ganhou força com o Movimento Hippie e com a cobertura televisa do conflito. Já a segunda letra expõe uma tentativa do governo em incitar o ufanismo nos brasileiros, que estavam sob o Milagre Econômico e em plena Ditadura Militar, com a finalidade de ampliar o apoio popular ao regime. A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um conflito entre os dois governos estabelecidos que lutavam pela unificação do país sob sua liderança. O conflito no Vietnã iniciou-se poucos anos depois de um primeiro conflito ter se encerrado: a Guerrada Indochina. No percurso da Guerra do Vietnã, os Estados Unidos envolveram-se diretamente no conflito e, em 1969, chegaram a enviar mais de 500 mil soldados ao país asiático. A participação americana e a motivação ideológica do conflito são consequências das tensões da bipolarização do período da Guerra Fria, no qual as ideologias do comunismo e do capitalismo disputavam a hegemonia do mundo. Após anos de guerra, acredita-se que de 1,5 milhão a 3 milhões de pessoas tenham morrido no Vietnã. Além disso, o conflito ficou marcado por cenas de violência contra civis que chocaram o mundo e pelo uso de armas químicas pelos Estados Unidos, o que causou grave contaminação do solo e até hoje afeta o país, pois aumentou o número de casos de doenças como o câncer. Como começou a Guerra no Vietnã? A Guerra do Vietnã é consequência direta da Guerra da Indochina. Durante esse conflito, que aconteceu entre 1946 e 1954, vietnamitas (em geral, comunistas) lutaram contra o domínio colonial francês na Indochina Francesa – colônia da França que agrupava Vietnã, Laos e Camboja. Depois desse guerra, o Vietnã garantiu sua independência em duas https://brasilescola.uol.com.br/geografia/guerra-fria.htm entidades ideologicamente distintas. A independência vietnamita foi estabelecida durante a Conferência de Genebra, em 1954, na qual foi definido também que o Vietnã seria dividido em duas nações distintas. O Vietnã do Norte, de orientação comunista, seria governado por Ho Chi Minh e teria Hanói como capital. Já o Vietnã do Sul seria governado por Bao Dai (substituído por Ngo Diem Dinh em 1955) e teria Saigon como capital. Cada governo seria apoiado por União Soviética e Estados Unidos, respectivamente. Na Conferência de Genebra, definiu-se ainda que o Vietnã seria reunificado a partir de eleições marcadas para 1955, no entanto, o governo de Diem Dinh rejeitou participar das eleições alegando que não acreditava ser possível conduzir eleições livres no Norte do Vietnã. Ambos os governos existentes no Vietnã eram caracterizados por violações dos direitos humanos. Como a tensão entre os dois governos estava alta, o governo de Ho Chi Minh convocou milhares de guerrilheiros comunistas no Sul do Vietnã a rebelarem-se contra o governo de Diem Dinh. Assim, inúmeros ataques começaram a acontecer e levaram ao início da guerra em 1959. O governo do Norte construiu uma série de estradas ligando o norte ao sul para dar suporte aos guerrilheiros, conhecidos como vietcongues. Como foi a participação americana no conflito? Desde a Guerra da Indochina, os Estados Unidos viam com preocupação o crescimento do comunismo na região. Em razão disso, o governo americano começou a tomar medidas para impedir que isso acontecesse também no Vietnã a partir de 1949, quando a China tornou-se uma nação comunista. A provável influência dos chineses sobre o Vietnã levou os Estados Unidos a apoiarem os franceses na Guerra da Indochina. Com a derrota dos franceses e a divisão do Vietnã, os Estados Unidos passaram a apoiar o governo ditatorial instalado no Vietnã do Sul. Com o início da guerra em 1959, os norte- americanos começaram a fornecer armamentos e treinamento militar para os exércitos sul-vietnamitas. Essa siitução persistiu até 1965. A mudança na postura americana na guerra decorreu de transformações ocorridas na presidência dos Estados Unidos, aliadas à incapacidade do Vietnã do Sul de conter o avanço comunista. Em 1963, o presidente americano John F. Kennedy foi assassinado na cidade de Dallas e a presidência americana foi ocupada por Lyndon Johnson. Com Lyndon Johnson, a atuação dos Estados Unidos na guerra alterou-se, principalmente após o Incidente do Golfo de Tonquim, usado como pretexto para o país participar diretamente do conflito em 1965. Nesse incidente, uma embarcação americana chamada USS Maddox foi supostamente atacada duas vezes por um torpedeiro norte-vietnamita em agosto de 1964. https://brasilescola.uol.com.br/china/a-revolucao-chinesa-1949.htm A participação americana no conflito foi marcada por polêmicas, com as cenas dos combates chocando a opinião pública americana e mundial. O exército americano foi intensamente criticado por promover massacres contra civis de pequenas aldeias vietnamitas sob a alegação de abrigarem guerrilheiros comunistas. Além disso, o uso de napalm e de armas químicas também gerou críticas aos americanos. Esses itens eram a resposta estratégica dos Estados Unidos para a tática de guerrilha adotada pelos vietcongues. O napalm incendiava grandes trechos de floresta, e o agente laranja (herbicida) era usado para desfolhar trechos da floresta. O objetivo disso era impedir que os vietcongues usassem a floresta densa como esconderijo. Imagens da violência dos combates, como os que aconteceram durante a Ofesiva do Tet (ataques organizados pelos vietcongues contra algumas cidades no Vietnã do Sul), e o crescimento no número de soldados americanos mortos levaram a intensos protestos nos Estados Unidos pelo fim da guerra. Esses protestos eram organizados, principalmente, pelos movimentos de contracultura. Esses fatores pressionaram o presidente Richard Nixon a negociar um cessar-fogo com o governo do Vietnã do Norte. Esse acordo foi assinado no dia 27 de janeiro de 1973 e oficializou a saída dos Estados Unidos da Guerra do Vietnã. O exército americano teve 58 mil soldados mortos nessa guerra. A saída dos Estados Unidos da guerra intensificou o enfraquecimento do Vietnã do Sul, que, em 1973, era governado por Nguyen Van Thieu. Com a saída americana, as forças comunistas iniciaram ofensivas que resultaram na conquista da cidade de Saigon, em 1975, e na derrubada do governo sul-vietnamita. Isso pôs fim ao conflito, e o Vietnã foi unificado e governado pelos comunistas a partir de 1976. Questão 15 O cartão-postal é o melhor veículo de propaganda e reclame de que podem dispor os homens, as empresas, a indústria, o comércio e as nações. Olavo Bilac A cartophilia, 15/06/1904. A frase de Olavo Bilac assinala a ampliação da produção de cartões-postais no início do século XX, que animou colecionadores e o trabalho de editores, fotógrafos e gravuristas. As imagens dos cartões do Rio de Janeiro, capital brasileira naquele momento, associaram-se à propaganda das ações governamentais indicadas em: a) modernização e progresso material de espaços públicos b) planejamento e racionalização do crescimento urbano c) valorização e preservação dos monumentos arquitetônicos d) remodelamento e expansão das vias de transportes coletivos O cartão postal evidenciando as transformações ocorridas no Rio de Janeiro, traz consigo o ideal de modernização que se propagou na capital carioca durante o início do século XX, que motivada pela Belle Époque caracterizou-se pela construção de grandes centros de exposições culturais, além da política de saneamento que culminara na Revolta da Vacina. Explicação: O período da história republicana do Brasil, envolto na República Oligárquica, foi marcado por tentativas de reurbanização modernizadora de algumas cidades. O caso mais notório foi a reurbanização do Rio de Janeiro, ocorrida na última década do século XIX e nas primeiras do século XX. Entretanto, se a modernização significava o embelezamento da cidade, na prática ela proporcionou a expulsão de boa parte da população pobre e trabalhadora da região central da capital do Brasil. A reurbanização do Rio de Janeiro se inseria em uma política de transformação da capital federal, com vistas à erradicação de várias epidemias e de embelezamento urbano afrancesado, criando assim um melhor cartão de visitas aos visitantes estrangeiros interessados em investimentos no Brasil. A principal ação nesse sentido se deu no governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906), cuja proposta de reforma da capital envolvia três frentes de trabalho: a modernização do porto, a reformaurbana e o saneamento básico. Nas ações de saneamento básico, fazia-se necessário na cidade erradicar diversas epidemias decorrentes da má qualidade sanitária na cidade, principalmente na região central. Habitada por aproximadamente um milhão de pessoas no início do século XX, a capital federal era alvo constante de surtos de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola. A solução proposta, além das vacinações obrigatórias e da fiscalização compulsória das residências, era a demolição das habitações coletivas existentes na cidade, como cortiços, estalagens e casas de cômodos. O argumento era que, em face das condições insalubres, as habitações coletivas eram propícias à propagação de doenças. O cortiço Cabeça de Porco chegou a ter 2000 habitantes. A isso somava a visão conservadora e moralizadora sobre a vida desses estratos da população. Everardo Beckheuser, na obra Habitações populares, de 1906, definia da seguinte forma essa situação: “E assim reunida, aglomerada, essa gente, trabalhadores, lavadeiras, costureiras de baixa freguesia, mulheres de vida reles, entopem ‘as casas de cômodos’, velhos casarões de muitos andares, divididos e subdivididos por um sem número de tapumes de madeira, até nos vãos de telhados, entre a cobertura carcomida e o ferro carunchoso. Às vezes, nem as divisões de madeira; nada mais que sacos de aniagem estendidos verticalmente em septo, permitindo quase a vida em comum, em uma promiscuidade de horrorizar”. Essa ação ia ao encontro dos objetivos da classe dominante da cidade, desejosa de expulsar da área central a população pobre e explorada da capital, considerada um elemento perigoso para a ordem e disciplina urbana almejada. A maior parte dessa população era formada por ex-escravos africanos e imigrantes, principalmente portugueses. As demolições dos casarões foram realizadas sem o consentimento dos habitantes e sem o pagamento de indenizações, obrigando os moradores a encontrarem novos locais para a construção de suas habitações. Isso ocorreu principalmente nos morros arredor da região central, onde foram construídos barracões de madeiras, que deram origem às favelas cariocas. Sobre os escombros dos casarões derrubados, grandes avenidas foram construídas, em uma tentativa de assemelhar a cidade do Rio de Janeiro à capital francesa, Paris. Na década de 1870, Paris passou por uma reformulação urbana com a criação de grandes bulevares, praças e jardins, sob a liderança do barão Haussmann, então prefeito da cidade. No Rio de Janeiro tal iniciativa coube ao engenheiro Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906. Com plenos poderes dados pelo presidente Rodrigues Alves, Passos promoveu uma profunda reformulação urbana, cujos principais exemplos foram a construção da Avenida Central, a reforma do porto e a iluminação pública. Construíram- se luxuosos palacetes, praças e jardins no lugar de 600 edificações. O processo de reurbanização do Rio de Janeiro exemplifica o aspecto autoritário e excludente das políticas estatais verificadas durante a República Oligárquica, expulsando da área de expansão da modernidade capitalista os grupos sociais considerados perigosos à ordem. Porém, esses grupos não aceitariam passivamente a situação, e a Revolta da Vacina de 1904 deu mostras da resistência da população explorada do Rio de Janeiro a essa situação. Questão 16 Em 2007, na Espanha, aprovou-se uma lei que possibilitou indenizar vítimas da Guerra Civil (1936-1939) e do governo de Francisco Franco (1939-1975). A ação retratada na fotografia também é decorrente dessa lei. No contexto das denúncias e apurações acerca dos crimes cometidos pelo governo franquista, a retirada da estátua equestre está associada à seguinte proposta: a) rejeição da história política b) reforço da identidade nacional c) redistribuição do patrimônio cultural d) redimensionamento da memória social Resposta: No regime franquista houve grande opressão a opositores, em uma época de grande polarização ideológica. Após a democratização espanhola, houve a apuração de crimes cometidos durante esse regime, chamando a atenção da opinião pública para os acontecimentos do governo do General Francisco Franco. Com a reparação das vítimas desse governo, ocorreu também a retirada de símbolos do regime franquista, como ocorre na imagem do enunciado, onde há a retirada de uma estátua de uma praça pública, caracterizando um redimensionamento da memória do povo espanhol. Só uma dica: na academia, não é considerável ESQUECER a história, mas sim repudiar alguns eventos colocados em reflexão para n cair no erro novamente. Um bom exemplo disso, foi a marcha dos suprematistas de Charlottesville que protestaram contra a decisão da Prefeitura ? impedida pela justiça ? de retirar uma estátua de Robert E. Lee , general do Exército Confederado durante a Guerra Civil. Alguns consideram a peça uma homenagem ao passado escravista a ser apagado, e outros, uma peça de história a ser respeitada. O conflito em si mostra as feridas ainda abertas de um país em que negros e brancos continuam separados por enormes barreiras socioeconômicas. Questão 17 A Europa passou por grande número de reconfigurações territoriais, em virtude das disputas seculares entre os povos do continente. No mapa abaixo, elaborado em 2014, estão assinalados, para cada país europeu, o nome da última potência estrangeira a desocupar aquele espaço nacional e o ano em que isso ocorreu. A desocupação estrangeira na Europa Oriental, após a Segunda Guerra Mundial, está associada ao seguinte contexto geopolítico: a) fim da Guerra Fria b) fundação da União Europeia c) término da Crise dos Mísseis d) início da Coexistência Pacífica Alternativa "A". O fim da Guerra Fria é fortemente marcado, não só, pela queda do muro de Berlim, mas também, pela dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A partir da década de 80, os países da União Soviética, se encontravam em gaves crises econômicas. No início da década de 90, com a implementação da Glasnost e da Perestroika (reformas que visavam a liberdade política e a reestruturação econômica), as repúblicas participantes da URSS retomaram a independência política. Diversos movimentos separatistas aconteceram após o término da Guerra Fria. Grande exemplo é a Iugoslávia que foi um grande país que existiu na região dos Bálcãs na Europa durante a maior parte do século XX e que hoje, em virtude das disparidades étnicas, constitui uma série de nações independente entre si. Questão 18 Big Science (Grande Ciência) é um tipo de pesquisa científica realizado por grupos numerosos de cientistas e técnicos, com instrumentos e insumos em larga escala, financiados por fundos governamentais e por agências internacionais. No momento de seu surgimento, durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos da Guerra Fria, a Big Science integrou esforços econômicos e políticos do governo dos E.U.A. visando à segurança nacional. Adaptado de global.britannica.com. O apoio a projetos de Big Sciencepelo governo dos E.U.A., no contexto da Guerra Fria, esteve diretamente relacionado ao desenvolvimento do seguinte aspecto: a) globalização dos mercados financeiros e de trabalho b) cooperação tecnológica entre países periféricos e centrais c) Integração entre conhecimentos científicos e mudanças demográficas d) modernização dos sistemas de informação e comunicação aeroespacial Com o fim da primeira Grande Guerra, os países focaram-se no desenvolvimento armamentista para se defender de uma possível outra Grande Guerra. Quando a segunda Guerra Mundial acabou, os países se concentraram em outros investimentos, mesmo que sem deixar de lado o desenvolvimento bélico. Durante a Guerra Fria, EUA e URSS se concentraram em desenvolvimento científico e de pesquisa d forma muito acentuada, por
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