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Resumo - Farmacologia: introdução, farmacodinâmica, farmacocinética e SNA

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Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz
FARMACOLOGIA
 
 
 
GABRIEL BAGAROLO PETRONILHO
MEDICINA TXVI I I
Gabriel Bagarolo Petronilho
Resumos para P1
Farmacologia - Introdução 
Nessa disciplina estudaremos a base molecular, mecanismo 
de ação, farmacocinética, farmadinâmica e farmacologia 
sistêmica. 
● Farmacocinética ➝ estuda todo o movimento que o 
fármaco faz pelo organismo. Vemos também um pouco das 
vias de administração, absorção, distr ibuição, 
biotransformação e eliminação. Resumindo, estudamos a 
ação do corpo sobre a droga. 
● Farmacodinâmica ➝ estuda o mecanismo geral de ação 
dos fármacos, em uma visão bem molecular/bioquímica. 
Envolve local de ação, mecanismo de ação e efeitos. Isso 
significa que estudaremos a ação da droga no organismo. 
Farmaco/logia: pharmakón vem do grego que significa 
veneno; logie significa estudo. É o estudo dos fármacos. 
A farmacologia é uma ciência tão antiga quanto a existência 
humana e sempre se buscou formas de aliviar o sofrimento. A 
ideia principal é o estudo de substâncias químicas usadas 
para o tratamento, diagnóstico ou prevenção de doenças. 
Essas substâncias ainda podem ser utilizadas para a 
prevenção/interrupção da gravidez. 
Quais aspetos dessas substâncias que serão estudados? 
- Estruturas químicas 
- Apresentação da substância 
- Vias de administração 
- Mecanismos de ação 
 - Eventos moleculares 1
● Farmacoeconômica ➝ ramo da farmacologia que analisa 
economicamente uma decisão terapêutica. Possui grande 
importância no Brasil. 
➝ Conceitos 
• Droga: qualquer substância química que em contato com o 
organismo vivo altera o seu funcionamento. Exceto o 
alimento. Dentro da classificação de drogas possuímos 
subclassificações e as drogas de abuso, que são as de 
cunho social pejorativo, como a cocaína, crack, LSD, 
êxtase, doce, entre outras. Mas saibam que nem toda 
droga é uma droga de abuso. 
• Fármaco: qualquer substância química, com estrutura 
química definida, que em contato com o organismo vivo 
altera o seu funcionamento de maneira específica. ‘Todo 
fármaco é uma droga, mas nem toda droga é um 
fármaco’. Fármaco também é sinônimo de princípio ativo. 
• Medicamento: fármaco com uma forma farmacêutica. O 
que vocês vão prescrever para o paciente chama-se 
medicamento. É o que se consegue comprar nas 
farmácias, o que o paciente engole, é o composto que eu 
consigo colocar em uma seringa - que provavelmente vem 
em um frasco - e injetar no paciente. É a soma de um 
princípio ativo e um princípio inerte alocado em uma forma 
farmacêutica. ‘Todo medicamento é um fármaco, mas 
nem todo fármaco é um medicamento’. 
Rimonabanto ➝ exemplo de fármaco que não é um 
medicamento. É um antagonista dos receptores CD1, só que 
não existe na forma de medicamento, apesar de já ter sido de 
2002-2006. Ele era vendido no Brasil com nome de Acompia. 
Hoje em dia ele não possui mais uma forma farmacêutica e 
só conseguimos compras na forma de pó, para pesquisas. A 
comercialização dele na forma de medicamento foi proibida. 
História do rimonabanto: ele é um antagonista CD1 de um 
sistema de neurotransmissnao (o qual não vamos estudar), 
chamado de sistema endocanabinoide. Esse sistema possui 
3 sistemas de receptores clássicos: CD1, CD2 e CD3. 
Se quando alguém fuma maconha, tem a chamada ‘pira’, 
significa que de maneira endógena nós temos um receptor 
para aquilo. Então, foi descoberto que existe um sistema 
endógeno que reconhece o delta-9 que é HC e faz agonismo 
naqueles receptores. Uma das reações mais adversas da 
‘brisa’ de fumar maconha é a fome. Se o delta-9 THC é 
agonista CD1 e como resultado disso temos fome, a indústria 
farmacêutica pensou que se caso inibisse esse receptor, 
também inibiríamos a fome. Portanto, criaram o SB601, o 
antagonista CD1 de nome rimonabanto e deram o nome 
comercial de Acompia e lançaram no mercado. O que 
aconteceu? O rimonabanto não era só tão bom como 
antagonista CD1 como, também, antagonista CD3. Ele inibia 
a fome sim, e ativava a lipólise abdominal. Então, de 2-3 
meses a pessoa sacava. Em 6 meses o tratamento estava 
completo com o rimonabanto, mas um mês depois a pessoa 
se suicidava. Foi tirado do mercado, pois percebeu-se que o 
CD1 também está no sistema límbico e age como 
antidepressivo, ou seja, bloqueá-lo causa depressão. 
• Remédio : qualquer recurso, químico ou não, utilizado 2
para aliviar alguma doença. ‘Todo medicamento é um 
remédio, nem todo remédio é medicamento’. 
• Forma Farmacêutica: maneira de apresentação dos 
medicamentos e podem ser de uso enteral ou parenteral. 
Depressão ➝ o tratamento da depressão apenas com o uso 
de fármacos tem um resultado de apenas 33%. O fármaco 
associado com atividade física de rotina, essa taxa sobre 
para 70%. A atividade física nesse paciente está funcionando 
como um remédio. Assim como o medicamento está 
funcionando como um remédio também. 
 Eventos moleculares (dentro de mecanismos de ação) nos propicia saber quais serão os eventos separados que podem 1
acontecer como, eventos adversos, tóxicos, prever quais os níveis de interação entre as substâncias químicas, etc.
 O professor pede que em nossa área acadêmica não utilizemos o termo remédio no lugar de medicamento.2
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Obs.: Nenhuma empresa brasileira produz fármaco/
princípio ativo. Somente quem produz são China, EUA e 
Europa. Dipirona Comprimido 500mg - excipiente (qsp) para um 
comprimido 
Sabemos que ali dentro tem 500mg, porém o peso do 
comprimido é cerca de 2g, do que é constituído? O 
princípio ativo é a dipirona. Ali dentro tem 500mg de 
dipirona, só que também tem o princípio inerte, tem o 
veículo/excipiente, farinha/amido/talco. 
➝ Uso Enteral - a nível do TGI 
• Comprimido: feito de ‘pó’ comprimido/prensado que fica 
na forma física do recipiente no qual ele foi comprimido. 
Pode ser de liberação simples (com sulco; pode ser 
partido) ou de liberação modificada ( não pode ser partido; 
possui liberação/desintegração programada; medicamentos 
que precisam passar pela barreira ácida do estômago; são 
mais caros). 
• Drágea: invenção farmacêutica para evitar o gosto de ruim 
de alguns comprimidos. Possui revestimento de açúcar. 
Tem forma arredonda e lisa, o que ajuda na deglutição. 
Não pode ser partida. 
• Cápsula: pó envolvo por cápsula de gelatina. A gelatina 
pode ser especial ou simples. Possuem cor padronizada 
(omeprazol: branco e azul; fluoxetina: amarelo e verde). 
Podem ser capsulas duras ou moles. As moles são mais 
redondas e, geralmente, são utilizadas para suplementos, 
como ômega3, óleo de côco, etc. 
• Supositório: é um corpo estranho produzido de glicerina, 
portanto, o princípio inerte é a glicerina. A glicerina é 
osmótica (aumenta a motilidade do TGI). Alguns são 
formados somente por glicerina, mas podemos associar 
outros compostos, como dipirona, diazepam, etc. A 
vantagem do uso do supositório é não ter a necessidade 
acesso venoso. Por isso em um paciente com dificuldade 
de deglutição, inconsciente ou outro trauma, podem 
administrar e ter uma boa absorção sem deglutição ou 
acesso. 
• Pastilha: semelhante a uma bala. O princípio ativo mais 
comum é o amidalin que possui um antisséptico (alivia a 
microbiota intestinal) e anestésico local (alivia a irritação). 
A pastilha não deve ser engolida. 
• Pó: normalmente vendido quando ele não tem estabilidade 
para estar diluído ou quando se quer ‘impressionar’ o 
consumidor/paciente, como o sal de frutas. O sal de frutas 
é algo que não é necessário a utilização. Bastaria toma o 
bicarbonato em pó que causaria o mesmo efeito. No sal de 
frutas há um ácido, uma base e um bicarbonato em pó. 
Quando é adicionado água, o ácido e a base reagem 
formando bolhas e o bicarbonato fica boiando. Portanto, a 
existência do pó não diluído é somente para a manutenção 
da estabilidade do medicamento. 
• Solução: é um líquido. O soluto está dissolvido no solvente 
em apenas 1 fase. São de administração via oral(VO) e 
podem ser em gotas, como dipirona, luftal, paracetamol e 
buscopan. 
• Suspensão: o princípio ativo não se dissolve, não 
solubiliza no veículo dele. A suspensão de uso oral 
necessita, obrigatoriamente, de agitação. Exmplos: 
cataflan em gotas e amoxil infantil. O amoxil infantil vem na 
forma de pó e precisa ser dissolvido para sua 
administração. Ao fazer uma prescrição de amoxil, deve-se 
recomendar ferver a água, esperar ela esfriar, colocar ela 
fria no antibiótico, manter o medicamento resfriado e agitar 
antes de fazer o uso, se não a concentração do antibiótico 
vai variar, devido a sua precipitação no recipiente, ao longo 
das doses e a bactérias criarão resistência. 
• Xarope: o veículo do xarope é composto por 3/4 de açúcar. 
Essa composição o torna uma medicamento viscoso que 
ajuda na retirada da irritabilidade, por ação mecânica, da 
faringe. O xarope é um veículo muito útil para fármacos 
com ação antitussígena e antigripal. Deve-se tomar 
cuidado na prescrição de xarope para pacientes 
diabéticos. Para esse tipo de paciente deve-se prescrever 
xaropes com outro tipo de composto na forma de seu 
veículo. Além disso, com pacientes diabéticos é necessário 
a verificação se o paciente não o toma por conta própria 
em casa, já que ele é de fácil acesso nas farmácias. 
• Elixir: é um tipo de formulação no qual o veículo é do tipo 
alcóolico. Possuímos alguns poucos exemplos, como o 
elixir paregórico que algum tempo atrás saiu do mercado. 
O elixir paregórico é derivado a papoula, mas não causa 
alucinação. Um dos efeitos dos opióides é a alteração do 
TGI, causando constipação. Então, o elixir paregórico era 
utilizado com anti-diarreico, porém, ele só se dissolve em 
um certo ter alcóolico. 
➝ Uso Parenteral 
• Adesivos: a vantagem do adesivo é que não irrita a 
mucosa do TGI, não causando irritabilidade, desconforto e 
náusea. Os problemas que podem causar são irritabilidade, 
em algumas pessoas, coceira ou descolamento (pode ser 
resolvido com o uso de esparadrapo). Exemplos: adesivos 
de nicotina, anticoncepcional, entre outros. 
• Solução e Suspensão (injetáveis): a suspensão é mais 
para depósito e não deve ser feita intravenosa e sim, 
intramuscular. Já as soluções podem ser administrada via 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
intravenosa. Exemplos: suspensão - benzetacil e solução - 
soro fisiológico e insulina. 
• Pomada: uso tópico externo. Tem característica de ser 
mais espessa, adere mais e de utilização para pequenas 
extensões. 
• Creme: uso tópico externo. É feito a partir da emulsão de 
H₂O em óleo sendo bem indicado para pele seca. 
• Gel: geralmente é produzido com derivados de celulose. 
Indicados para pele oleosa. A maioria dos fármacos 
possuem diluição alcóolica, por isso quando se passa na 
pele o álcool evapora levando o calor da pele e causando 
a sensação de gelado. 
• Spray: pode ser em pó ou líquido. O mais conhecido é o 
miconazol, vendido com nome de Vodol, sendo de fácil 
aplicação. Além disso, há alguns anti-inflamatórios 
utilizados na prática esportiva. 
➝ Registro dos Medicamentos 
 Os medicamentos possuem um código do princípio ativo 
ou código do fármaco. Um nome químico (internacional). A 
partir do nome químico é possível a montagem orgânica da 
estrutura. Além disso, possuem um nome genérico, que é o 
princípio ativo (Diazepan) e um nome comercial ( Valium). 
 A empresa Roche, na década de 50, sintetizou um derivado 
de benzodiazepínico com um determinado desenho químico. 
Então tinha um nome químico, foi dado um código, e entanto 
a empresa registrou com o nome de Diazepan. A Roche 
começou a vender o Diazepan com o nome comercial Valium. 
Com isso, o Valium passou a ser novidade, então ele é a 
referência. Nessa é poca não era obrigado a divulgar o nome 
químico. Ficava em segredo industrial. O segredo ficava com 
a empresa por um período de 10 anos. Até hoje, 10 anos é o 
tempo de patente. Depois de 10 anos a empresa era 
obrigada a divulgar o nome químico. Assim que o nome 
químico fosse divulgado, qualquer outra empresa poderia 
sintetizá-lo. Quando outras empresas começaram a sintetizar 
o diazepam, elas colocavam outros nomes, surgiam, então, 
os nome similares, como por exemplo o Dienpax. Na 
embalagem vem o nome comercial (Dienpax) em cima e o 
nome do princípio ativo (Diazepan) embaixo. 
 A patente funciona até hoje. Então se alguém fizer uma 
descoberta capaz de inativar qualquer transmissão ou 
reprodução do HIV, poderia vender isso. Para vender é 
necessário registrar, criar uma patente. Hoje, por ordem da 
OMS, para registrar é preciso apresentar a estrutura química 
desse composto. A patente garante que só o descobridor 
pode vender por 10 anos, mas qualquer um pode produzir. 
 No Brasil, em 2002, inventaram o genérico. Indústrias 
fa rmacêu t i cas c redenc iadas poder iam p roduz i r 
medicamentos utilizando apenas a nomenclatura do princípio 
ativo, ou seja, a empresa que produzisse o Diazenpan 
genérico não gastaria com propaganda, marketing e afins, 
tornando o medicamento com um custo menor. Isso se 
chamaria medicamento genérico. No entanto, a ANVISA 
obriga o genérico a possuir a bioequivalência daquele 
denominado medicamento de referência. Então, se depois de 
tomar um Valium de 5mg comprimido, ele demora 15 minutos 
para se desintegrar e em 1 hora eu tenho 10 µgramas dele 
no meu sangue. Depois de 6 horas eu elimino na urina 15 
µgramas por 100 mL de urina. Obrigatoriamente deve 
acontecer a mesma coisa quando um paciente tomar um 
Diazepan genérico. Ou seja, o tempo de desintegração deve 
ser o mesmo. Lembrando que o Valium dá sono, então o 
genérico também deveria dar sono. 
Todas as características do medicamento de referência 
devem ser asseguradas no medicamento genérico em uma 
série de testes denominados de bioequivalência. Com a 
obrigatoriedade de todos esses testes, o genérico teve um 
aumento de preço, quase assemelhando-se ao de referência. 
As empresas que produziam medicamentos similares 
começara a ganhar em cima disso, pois até algum tempo 
atrás eles não precisavam assegurar bioequivalência. No 
entanto, depois a ANVISA obrigou a bioequivalência e esse 
lucro caiu. 
➝ Utilização da Nomenclatura em Sala de Aula 
Em nossas aulas, o professora utilizará como sinônimo de 
genérico, princípio ativo. Além disso, quando ele disser que é 
o ético ou de referência, subentendam que é o primeiro 
medicamento daquela classe que foi patenteado. Por 
exemplo, quando ele mencionar Tilenol é o nome comercial 
para o princípio ativo do paracetamol. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Medicamento de Referência/Ético: Valium 
Medicamento Similar: Dienpax 
Medicamento Genérico/Princípio Ativo: Diazepan 
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Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Vias de Administração
Considerar
Efeito local ou sistêmico
Propriedade e forma administrada
Tempode tratamento
Idade do paciente
Via Oral
Sólidos
Comprimido
Líquidos
Via RetalAção sistêmica
Via Parenteral
Subcutânea
Intradérmica
Intratecal
Intra-arterial
Peridural
Intracardíaca
Intrassinovial
Intravenosa
Epidural
Drágea
Cápsula
Via Sublingual
Absorção mais 
rápida que a via oral
Intramuscular
Via 
Tópica
Via Transdérmica
Via Intrauterina
Eficácia depende 
do tamanho das 
partículas
Via Inalatória
Via Intra-óssea
Efeitos locais
Inadequado para 
efetividade sistêmica
Alternativa a via oral
Comatosos
Enemas
Crianças
Pacientes não colaborativos
Intolerantes 
a dieta oral
Supositórios
Atenção à metabolização 
hepática de 1ª passagem
Farmacologia - Introdução; Cap. 1 - Goodman e 
Gilman 
● Farmacologia ➝ pharmakón (grego): veneno; logie: estudo. 
A diferença entre o tratamento e o prejuízo se diferencia 
somente em sua dose. Não existe medicamento inofensivo. 
É uma das ciência mais antigas da humanidade, mesmo que 
não, inicialmente, conhecida por esse termo. A utilização de 
plantas fez com que ela ganhasse esse título. Plantas eram 
utilizadas como forma de melhorar sua saúde, propriamente 
dita, ou para intervenção espiritual. Já que antigamente as 
doenças eram relacionadas com ‘maldições dos deuses’. 
Atualmente é definida como, uma ciência que estuda os 
medicamentos utilizados para tratar, prevenir ou 
diagnosticar doenças. 
● Medicamento ➝ substância química com finalidade 
terapêutica possuidor de forma farmacêutica. Se o 
medicamento é uma substância química é porque existe uma 
interação entre ele e algo (nosso organismo). 
A palavra terapêutica só pode ser utilizada no contexto de 
tratamento, previnir ou diagnosticar. 
No Brasil, temos 3 tipos de medicamentos: referência, similar e 
genérico. Do ponto de vista legal (ANVISA), não há nenhuma 
diferença entre os 3. 
● Medicamento de Referência ➝ é o inovador; o primeiro do 
mercado. A patente do medicamento é detida pelo seu 
criador por durante 10 anos. Após esse tempo pode haver a 
criação de um similar ou genérico. Possui um nome 
comercial. Rivotril® (nome comercial) - Clonazepam. 
Sempre com o custo maior. 
● Medicamento Similar ➝ é o medicamento parecido com o 
de referência. Possui um nome comercial, porém, diferente 
do de referência. Sonobom® - Clonazepam 
● Medicamento Genérico ➝ deve ser bioequivalente ao 
medicamento de referência. Genérico - clonazepam. 
Mesma aparência, mesma dose, etc. Isso significa que todos 
os parâmetros devem ser iguais no intervalo de 95%. 
● Droga ➝ qualquer substância química que em contato com 
o organismo causa alterações em seu funcionamento. 
Exceto: alimentos. 
● Fármaco ➝ droga que possui mecanismo de ação 
esclarecido. 
➝ Pesquisas - o desenvolvimento de um medicamento 
geralmente demora em torno de 20 anos. 
Não há mais pesquisas escondidas para formulação de 
medicamentos. Ela deve ser esclarecida para que haja 
credibilidade. 
● Pré-clínico - não possui envolvimento humano (6 anos): 
teste feito em computadores, químicos, animais e cultura de 
células . Testa ação (no organismo), via de adm, 
teratogênico (produção de alteração em feto de mamífero), 1
carcinogênico e IT (índice terapêutico - avalia a dose tóxica 2
ou lesiva dividida pela dose efetiva - quanto maior o índice 
terapêutico, mais seguro é o fármaco) . 
● Clínico - em humanos: Fase I (1 ano) , Fase II (1-3 anos) , 
Fase III (3-5 anos) e Fase IV (mínimo 10 anos). O 
medicamento já está apto a partir da aprovação na fase III 
para ir para a IV. O produto recebe selos do FDA e depois 
passa pela aprovação da ANVISA. 
Fase I ➝ realizada em humanos saudáveis para analisar a 
farmaco cinética (o movimento do medicamento pelo corpo); 
analisa eliminação, metabolização, etc. 
Fase II ➝ realizada em humanos com a condição (doença) 
que o medicamente deve tratar; comparado com o padrão ouro. 
Fase III ➝ realizadas em 1.000-10.000 humanos pelo mundo. 
Se aprovado nessa fase, está liberada para entrar no mercado. 
Fase IV ➝ A partir daí se o médico é da farmacovigilância ele 
já pode prescrever o medicamento para seu paciente, porém, 
uma equipe acompanhará. Então, poderá ser relatado reações 
adversas extras e interações médicas. 
No início da pesquisa temos cerca de 250.000 ‘candidatos’, na 
fase de pré-clínico sobram somente cerca de 10.000 aprovas 
para por fim cerca de 250 chega a fase de clínico e somente 1 
chegar ao mercado. 
➝ Termos 
● Droga: é qualquer substância química que altera o 
funcionamento do organismo, exceto alimentos. Ex.: crack. 
● Fármaco: é uma droga com estrutura química definida e com 
mecanismo de ação conhecido. Ex.: maconha (THC), 
cocaína. 
● Medicamento: é um fármaco com utilidade terapêutica com 
uma forma farmacêutica. Ex.: maconha (CBD - canabidiol; 
xarope). 
● Remédio: qualquer substância ou técnica que produza alívio 
ao paciente. 
● Droga de abuso: é qualquer substância que possa ser 
usada de maneira recreativa. Ex.: crack, cocaína, maconha, 
morfina, ritalina, venvanse, rivotril, etc. 
● Bioequivalência: conjunto de testes que garante a 
similaridade entre os medicamentos genérico, similar e ético. 
A fórmula química deve ser a mesma, inclusive o sal antes 
do princípio ativo, a potência ou concentração, apresentação 
e vias de administração. 
● Veículo/Inerte: substância que compõe o comprimido e 
transporta o medicamento pelo organismo. O veículo não 
pode reagir com o princípio ativo. q.s.p ➝ quantidade 
suficiente para. Não há uma legislação que regula qual deve 
ser o veículo. 
 Talidomida - 1957 Alemanha (entrada no mercado); retirada por ser teratogênico.1
 Anti-tumorais mesmo que possuam fatores carcinogênico são introduzidos ao mercado2
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
● Nimesulida para tratamento de faringite: ela dirá o que 
é nimesulida e o que é uma faringite. Além disso, sabendo 
que a faringite provém da COX (inflamação PGE - IL1) e a 
nimesulida inibe a COX, então concluiremos que ela seria 
uma forma de tratamento. 
● Metilfenidato (ritalina) ➝ TDAH 
● Clonazepam (rivotril) ➝ Insônia 
● Sinvastatina ➝ trata hipercolesterolemia; prevenção 
evento isquêmico (trombolítico) 
● Tropicamida ➝ não trata e não previne nada. Só 
promove midríase.
● Princípio ativo: substância que funciona de medicamento de 
organismo. O Brasil não possui capacidade de produzir 
princípios ativos. 
● Biodisponibilidade: nesse conceito é preciso entender qual 
é a diferença entre a quantidade de fármaco administrado e a 
quantidade de fármaco que realmente atinge a circulação 
sistêmica. A biodisponibilidade refere-se a quantidade ou 
concentração de medicamento que alcança essa circulação 
sistêmica/sangue. Além disso, esse conceito pode ser um 
pouco mais específico como, a biodisponibilidade no SNC, 
dependendo do local de ação do fármaco. 
● Dose: quantidade de medicamento administrado a cada vez 
a fim de produzir efeito terapêutico.. 
● Posologia: concentração em determinado tempo. Estudo 
das doses. 
● DE50 - DOSE EFETIVA 50%: pode significar a dose que 
produz metade de um efeito ou a dose que produz efeito em 
metade da população testada, depende do contexto. Se for 
algo mensurável de maneira quantitativa é metade do efeito, 
se for mensurável de maneira qualitativa é metade da 
população. 
● DL50 - DOSE LETAL 50%: é a dose máxima. Metade da 
população morre com ela. 
● ➝ índice terapêutico: é um indicativo de 
quão seletivo é o efeito benéfico da droga em relação à sua 
toxicidade. Quanto maior esse índice, mais segura a droga é. 
● Janela Terapêutica: é o intervalo de prescrição. Entre 
concentração efetiva mínima e concentração máxima 
segura. A concentração efetiva mínima é a que vai ditar a 
ideia do efeito do medicamento no organismo. 
➝ Efeitos 
● Placebo: seu efeito não é devido ao fármaco e sim ao ato 
da pessoa estar tomando aquele ‘medicamento’. Existe para 
comparar a funcionalidade de um medicamento. 
● Esperados: são os que estão representados na bula. 
Desejados(o motivo pelo qual você prescreveu) e 
indesejados (o que vem junto). Os indesejados podem ser 
de dois tipos: efeito colateral ou efeito adverso. Efeito 
colateral: pode ser ruim. Efeito adverso: SEMPRE é ruim. 
● Inesperados: idiossincrasia. Também pode ser chamado de 
idiossincrasia um efeito contrário do esperado. Por exemplo, 
pessoas que são alérgicas ao anti-alérgico. 
➝ Curva Dose x Efeito (Resposta) 
A curva dose-resposta é a representação gráfica da expressão 
matemática da relação entre a dose de um princípio 
farmacologicamente ativo e o seu efeito. Da análise dessa 
curva surgem indicadores farmacodinâmicos, tais como Dose 
Efetiva 50 (DE50), Potência Relativa e Efeito Máximo. A 
intensidade da resposta dada por um fármaco é proporcional à 
dose administrada. 
A curva S ou sigmoide é observada na maioria dos gráficos de 
dose x efeito. 
➝ Curva em U invertida 
É observada quando ocorre dessensibilização de receptores 
após exposição a um ligante ou quando ocorre um efeito 
negativo distinto ou adicional em uma concentração acima da 
qual se acontece o efeito primário positivo. 
Ex.: O estrógeno pode ter efeitos máximos em níveis altos. 
Porém, em níveis suprafisiológicos, seus efeitos são reduzidos 
devido a dessensibilização dos receptores de estrógeno em 
nosso organismo. 
Muitos desreguladores endócrinos possuem curva em U 
invertida como o estrógeno. 
➝ AUC: área sob a curva 
Me dá um valor numérico sobre a dose x efeito. 
➝ Pico de Disponibilidade 
Quanto e quando chega o máximo de medicamento no sangue. 
O pico/máximo da concentração daquele medicamento no 
sangue 
IT =
DL50
DE50
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➝ Tempo de Meia Vida 
É o tempo necessário para que as concentrações plasmáticas 
ou a quantidade do fármaco presente no organismo sejam 
reduzidas em 50% Não dita o efeito do medicamento. Cada 
medicamento possuem seu tempo de meia vida. É usada para 
tomar decisões relativas à posologia dos fármacos. A 
considerações dessas meia-vidas terminais mais longas para 
alguns fármacos pode estar relacionado com sua acumulação 
nos tecidos durante uso crônico, ou períodos mais curtos de 
tratamento com doses altas.
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(t1/2)
Aula 02 - Farmacocinética 
➝ Farmacocinética 
É o ramo da farmacologia que estuda o movimento do 
medicamento pelo corpo. É tudo o que o corpo faz com o 
fármaco desde a entrada do medicamento no corpo até sua 
saída. Durante esse movimento o medicamento pode passar 
por diferentes locais, como cérebro, fígado, tecido adiposo, etc. 
O corpo absorve, distribui, metaboliza e elimina. 
Cada medicamento possui sua farmacocinética. 
Nem todo medicamento passa por todas as etapas 
farmacocinética (absorção, metabolização e eliminação). Se o 
medicamento passar por todas as etapas, obrigatoriamente, 
absorção deve ser a primeira e eliminação a última. 
Absorção é chegar ao compartimento central (sangue da 
grande circulação - Veia cava). Nem todo medicamento precisa 
chegar ao sangue. Por exemplo, um medicamento de uso 
tópico como, shampoo. 
Metabolismo possui função de alterar o medicamento. Há 
medicamentos que são eliminados de forma inalterada. 
Eliminação é a saída do medicamento. Nem todo 
medicamento precisa ser eliminado do organismo, mas não 
significa que ele não será eliminado em alguma momento. Ex.: 
Paciente com anemia e administração de sulfato ferroso. Se 
todo medicamento administrado fosse eliminado não 
aconteceriam intoxicações por fármacos. 
➝ Absorção 
É um processo no qual há a saída do medicamento do local 
que foi administrado e a sua chegada ao compartimento 
central. Isso impõe que administração IV não há absorção, já 
que ‘pula’ essa etapa. 
Administração IV ➝ biodisponibilidade: 100% e absorção: 0% 
Anestésico local ➝ quanto mais for absorvido, menos ele fará 
efeito. 
➝ Fatores de Absorção Relacionados ao Fármaco 
Tamanho 
Em peso molecular. Quanto maior for o fármaco, mais difícil 
será de absorvê-lo. A unidade de medida é em kDa. 
Fármacos pequenos: AAS, nicotina, cafeína. 
Fármacos grandes: anfotericina B. 
Solubilidade 
Quanto mais lipossolúvel um fármaco, mais ele será absorvido. 
Se ele tiver uma característica muito hidrossolúvel depende de 
outras característica de absorção (tamanho, membrana, etc). 
pH 
Existem medicamentos ácidos, básico e neutros. A maioria 
possuem caráter ácido ou básico. Os fármacos possuem uma 
característica própria que é uma constante relacionada a 
dissociação/ionização do fármaco (pKa - ácido e pKb - básico). 
Quanto mais carrega eletricamente o fármaco for, menos ele 
atravessará membranas. 
Se um fármaco ácido está em um local ácido, ele não ioniza. 
Agora ele se ele está em um local básico, ele ionizará e vice-
versa. 
➝ Fatores de Absorção Relacionado ao Meio 
pH 
Estômago: variação do pH de 1-3; 
Intestino: variação do pH de 5-8; 
Inflamação: possui pH ácido. 
Idade 
AAS: VO de pKa = 3,5. Colocando na fórmula do pH para cada 
molécula com carga (A⁻), no estômago, eu teria 1.000 
moléculas sem carga. Então, ele atravessa membrana e vai 
para o estômago e temos para cada molécula sem carga (AH) 
temos 1000 moléculas com carga (A⁻). Isso chama-se 
aprisionamento iônico. O medicamento não consegue voltar 
ao estômago por ter muitas moléculas com cargas e não 
atravessa a membrana. 
➝ Regra 
Fármacos básico: são melhores absorvidos em ambientes 
básicos porque ionizam menos e menos ionizados absorve 
melhor. 
Fármacos ácidos: são melhores absorvidos em ambientes 
ácidos porque ionizam menos e menos ionizados absorve 
melhor. 
➝ Fatores de Absorção Relacionados ao Meio 
Vascularização 
Quanto maior a vascularização do local, mais o medicamento 
será absorvido. 
IM é muito mais efetiva do que a SC. 
Pele íntegra é menos efetivo do que mucosa. 
Tempo 
Quanto mais tempo o medicamento ficar em determinado local, 
mais ele será absorvido. 
Medicamentos tópicos necessitam de reaplicação por conta 
disso. 
Consideramos o trânsito do TGI quando administração VO. 
Área 
Quanto maior a superfície de contato, maior a absorção e vice-
versa. 
➝ Fatores de Absorção Relacionados ao Tipo de 
Membrana 
Quanto mais complexa a membrana, mais difícil de transpor. 
Por exemplo, barreira hematoencefálica e barreira placentária. 
Transporte 
Difusão simples: transporte passivo. O medicamento vai do 
lugar onde ele está mais concentrado para o lugar menos 
concentrado. O medicamento precisa ser pequeno e estar sem 
carga. Quanto mais lipossolúvel mais atravessa. 
Difusão facilitada: transporte passivo. Existe um canal/proteína 
que facilita o transporte do medicamento. Cada medicamento 
tem sua capacidade de passar por um transportador ou não. 
Fármacos maiores, hidrossolúveis utilizam esse transporte. 
Transporte Ativo: o medicamento necessitará de alguma 
transporte com gasto de ATP. São transportados juntamente 
com algum íon em nossas bombas. Podem ser por sódio-
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pH : pKa + log
[A−]
[AH ]
potássio ATPase, prótons, SGLT2. Quando o medicamento 
passa por transporte ativo ele pode acumular em determinado 
local porque ele vai contra o gradiente de concentração. 
➝ Distribuição 
É a saído do medicamento do sangue e a chegada em outros 
tecidos. O medicamento circular no sangue não é sinônimo de 
distribuição em farmacocinética. O medicamento circula 
enquanto ele estiver no sangue. 
Nem todo medicamento precisa se distribuir. Por exemplo, 
anticoagulante. 
Acúmulo: o medicamento acumulado precisa sair do sangue, 
então, ele sofreu uma grande distribuição. 
Presença de Proteína - Fármaco livre e ligado 
O fármaco pode estar livre no sangue para transpor a barreira 
de certo local ou pode estar ligado a uma proteína. O fármaco 
livre é mais fácil de transpor a barreira/distribuir, porém, o 
fármaco ligado a proteína vai para todos os lugares com ela, 
fazendo uma maior circulação no sangue. 
Além disso, o fármaco livre consegueinteragir com um alvo 
mais facilmente, já que o fármaco ligado possui um 
impedimento físico da proteína. 
Resumindo: O fármaco livre é distribuído, eliminado e possui 
ação, seja ela terapêutica ou adversa. Enquanto o fármaco 
ligado a uma proteína plasmática ele melhor circular somente. 
Taxa de Ligação a Proteínas 
Vem escrito na bula. Se um medicamento possui uma taxa de 
ligação a proteínas de 99% significa que a cada 100mg que 
chega ao sangue 1mg somente fica livre. Depois que esse 1mg 
livre for eliminado, restará somente 98% no sangue então, fica 
98mg ligada a proteína e mais 1mg livre e assim 
sucessivamente. 
Albumina: se ligam medicamento de caráter ácido. 
Glicoproteína alfa ácida: se ligam medicamentos de caráter 
básico. 
Volume de Distribuição (Vd) em L 
Cada fármaco possui o seu. É uma medida de capacidade do 
medicamento sair do sangue. 
Medicamento que possuem baixo vd, tem uma mais 
probabilidade de ser filtrado pelo rim e ser eliminado é maior. 
Clopidogrel: Vd= 5L 
Diazepam: Vd= 120L 
Acúmulo 
Se o medicamento possui um Vd alto, ele também possui uma 
maior probalidade de ser acumulado. 
Locais com maior taxa de acúmulo de medicamento: gordura, 
osso e músculo. 
➝ Metabolismo 
É um conjunto de reações químicas que o medicamento sofre. 
Essas reações são dividas em reações de fase 1 e fase 2. 
Fármaco passa por um metabolismo e dá origem a um 
metabólito. 
O principal local de ocorrência do metabolismo é o fígado, 
onde ocorre o metabolismo xenobiótico. Podem ocorrer 
também no plasma, pele, TGI e pulmão. 
O metabólito pode ser ativo, tóxico ou inativo. Se o 
medicamento for eliminado pela urina esse metabólito deve ser 
mais hidrossolúvel. 
A principal função do metabolismo é metabolizar o fármaco, 
tornar ele um metabólito mais hidrossolúvel para ser eliminado 
pela urina, ou seja, favorecer a eliminação. 
Se o metabólito for ativo ou tóxico ele precisa ser metabolizado 
novamente até dar origem a um metabólito inativo para pode 
ser eliminado. 
Reações 
Se for no fígado é divido em reações de fase 1 e fase 2. Ele 
pode passar por fase 1 e ser eliminado, ou, passar por fase 2 e 
ser eliminado. Porém, ele não pode passar por fase 1 e voltar 
para fase 2. 
Fase 1: ocorre por um conjunto de enzimas CYP450 (CYP3A4, 
CYP2D6 ). Essa fase é a das reações mais bruscas, pois 
haverá mudança na função orgânica (oxidação, redução, 
hidrólise, hidroxilação, etc). As isoenzimas da CYP são 
moduladas por medicamentos e são chamados de indutores 
ou inibitores. 
Fase 2: são reações de conjugação/síntese que acontecem 
pelo conjunto de enzimas transferases. Elas ligam o fármaco 
a conjugados. Os conjugados mais comuns são: glutationa, 
sulfato (sulfatação) e ácido glucurônico. Eles são 
extremamente hidrossolúveis. As reações de fase 2 são 
saturáveis porque ela para quando acaba o ‘estoque’ de 
conjugado. Nós temos por dia certa quantidade de conjugado 
para juntá-los ao fármaco. 
Efeito ou Metabolismo de Primeira Passagem 
Quando uma droga é administrada em certa dose 
(concentração) ela percorre o TGI e chega ao fígado. Então, 
ele fará alguma alteração química no fármaco e das 100mg 
ingeridos, o fígado metabolizará 30mg, por exemplo. Então, 
esses 30mg, nós chamados de metabolismo/efeito de primeira 
passagem, porque não chegará onde ele deveria causar seu 
efeito. 
Esse efeito é para noção anatômica das vias orais e via retal. 
Esse conceito faz com que a indústria farmacêutica saiba 
quantos mg o comprimido precisa ser produzido ou se ele 
precisa ser trocado de via de administração. 
Eliminação 
Os medicamentos podem ser eliminados de diversas maneiras, 
mas a principal via é a renal através da urina. Segundo lugar 
mais importante é a via biliar. As drogas são depositas nos sais 
biliares e daí quando há o estimulo ele será eliminado. Certas 
drogas são eliminadas somente pela via biliar. É o caso dos 
macrolídeos, como a azitromicina. 
A via de eliminação do pulmão acontecem para eliminar gases 
anestésicos, como sevofluorano. 
Além disso, o suor, saliva, leite e lágrimas também são vias de 
eliminação de fármaco. Alguns antipsicóticos causam o 
aumento da produção de leite, porém, se ele estiver sendo 
eliminado juntamente com o leite a criança poderá nascer com 
Parkinson. 
Fatores que Afetam Metabolismo do Fármaco 
Variabilidade interindividual no perfil de metabolização e 
excreção: polimorfismo genético, doenças, sexo, idade e 
determinações ambientais. 
Ex.: Paracetamol mediado pela CYP (Fase I) e vira anilina 
(causa metahemoglobinemia) e ácido mercaptúrico (causa 
necrose), mas no organismo eles passam pela Fase II mediado 
pela glutationa e viram conjugados. CEATOX é o centro onde 
são encaminhados os pacientes de intoxicação. A intoxicação 
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mais comum é a por paracetamol. O corpo só produz 10g de 
glutationa para poder fazer essa desintoxicação. Quando 
diagnosticado, CETOX, administra-se N-acetilcisteína 
(Fluimucil) que é um regulador de gluationa. 
➝ CYP (CYP2D6, CYP3A4, CYP450) 
Promove principalmente a eliminação do fármaco. 
O propranolol (controle de hipertensão) precisa passar por 
reações de Fase I pela CYP2D6. 
Existem drogas que são chamadas de indutoras da CYP, 
porque quando elas passam pelo fígado elas induzem essa 
atividade de maneira adversa. 
Rifampicina induz a atividade de todas as CYP. Se uma pessoa 
utiliza propranolol e rifampincina juntamente é provável que 
haja necessidade de aumento da dose do propranolol por 
causa dessa indução da atividade da CYP. 
Agora, se utilizarmos duas drogas juntamente que induzem 
CYP diferentes, não há necessidade de reajuste de doses 
porque elas não influenciam em suas atividades. 
Tabaco é um indutor de CYP não seletivo por induzir a 
atividade de qualquer CYP. Ex.: Mulher que toma 
anticoncepcional e começou a fumar pode ficar descoberta nos 
primeiros meses. 
Além disso, existem drogas inibidores da CYP. Cetoconazol é 
uma droga que inibe todas as CYP. 
➝ Eliminação Renal 
A concentração plasmática de creatinina não pode ultrapassar 
de 1,2mg/dL 
A taxa de filtração glomerular é a indicação de funcionamento 
do rim. TFG ≦ 120mL/min. 
➝ Clearance (Cl - mL/min ou L/h) ou Depuração 
É uma eliminação com ‘número’. Medida da eficiência do 
organismo em eliminar o fármaco. 
➝ Cinética de 1ª Ordem 
Sistemas de metabolização e eliminação não saturados. 
Quanto maior a concentração no sangue, maior a eficiência em 
eliminar a droga. 
➝ Cinética de Ordem Zero 
Sistemas de metabolização e eliminação saturados. Há uma 
taxa constante. Então, a eliminação dessa droga é elimina 
constantemente independente de quanto tiver no sangue. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Farmacocinética 
Fatores que influenciam 
na absorção das drogas
Trato respiratório
Locais de absorção 
TGI
Pele
Fluxo sanguíneo no 
local da absorção
pH
Área disponível 
para absorção
Modalidades de absorção
Pinocitose e fagocitose (endocitose)
Passiva
Transporte ativo
Ativa
Não há interferência ativa das 
membranas e nem gasto energético
Difusão facilitada
Mucosa gástrica
Mucosa oral
Mucosa do 
intestino delgado
Mucosa retal
Mucosa nasal
Alvéolos pulmonares
Regiões 
subcutânea e 
intramuscular
Mucosa Geniturinária
Mucosa conjuntival
Peritônio
Medula óssea
Difusão simples ou passiva
Filtração
Há interferência ativa das 
membranas e gasto energético
Tempo de contato com 
a superfície de absorção
Expressão da 
glicoproteína P
Lipossolubilidade
Hidrossolubilidade
Estabilidade 
química
Peso molecular
Carga 
elétrica
Forma 
farmacêutica
Velocidade de dissolução
Concentração da 
droga no local de 
absorção
Aula 03 - Farmacodinâmica 
➝ Farmacodinâmica 
Também pode ser chamada de mecanismo geral da ação dos 
fármacos. 
Estuda a interação em que um fármaco tem sobre um ou mais 1
constituintes das células para promover uma respostas 
farmacológica. 
As moléculasde medicamento/fármacos/drogas precisam 
interagir, essa interação é uma influência química e promove 
uma resposta farmacológica. Essa repostas farmacológica é 
qualquer resposta, tanto desejáveis, quanto indesejáveis. 
Princípio Básico da Farmacodinâmica 
A interação ou influência química pode ser forte ou fraca, 
porém, a maioria acontece por meio de interações fracas, uma 
vez que o fármaco encontra o alvo, interage, mas precisa 
desligar-se, sair daquele local. 
Alguns fármacos interagem de maneira covalente e isso não é 
algo bom. Porque toda vez que houver uma ligação covalente 
entre o fármaco e o alvo, eu perco o alvo. Já que o fármaco 
ocupará um determinado loca, faz uma ligação covalente e não 
‘desgruda’ mais. A maioria dos agrotóxicos ou tudo aquilo que 
é tóxico para o ser humano faz em nosso organismo ligação 
covalente. Com isso ele continua no receptor causando sua 
resposta farmacológica. Se não houver um antídoto ou uma 
droga que faça uma reciclagem química, o organismo perde 
aquele alvo, que nesse caso seria os constituintes da células, 
que seria fisiológico (desenvolvem respostas para nossas 
funções biológicas). 
A maioria dos fármacos possuem ligação do tipo chave-
fechadura que são não covalente. 
Ligação Não Covalente 
São atrações eletrostáticas entre cátion e ânion. 
Podem ser dipolo e um íon, dipolo e um dipolo e Van der 
Waals. A principal é a característica do dipolo, no qual não há 
trocas de carga e sim, apenas, uma região no qual ela é mais 
eletronegativa ou não e há a interação entre polos opostos. 
Uma ou outra é de ponto de hidrogênio. 
O fármaco interage com o receptor, causa sua resposta, 
desliga e, se tiver fármaco suficiente, outra molécula do 
fármaco se liga novamente nesse receptor e assim 
sucessivamente. 
A probabilidade da interação fármaco-receptor depende muito 
da concentração do fármaco. 
Ligação Covalente 
Há um compartilhamento de elétrons entre a substância (pode 
ser uma fármaco) e o receptor fazendo com que fiquem 
permanentemente ligados. 
Não é bom para o organismo, já que causa perda de 
receptores fisiológicos. 
A interação entre o fármaco e o receptor acontece em uma 
escala de milissegundos. ‘Liga e desliga’ e quem estiver em 
maior concentração tem a maior probabilidade de fazer esse 
processo repetidamente. 
Hoje em dia os fármacos são projetados, pela química 
farmacêutica, para ter o mesmo valor de carga, mas em sinais 
opostos para que haja uma afinidade quase que perfeita de 
aproximação. 
 
➝ Alvos Farmacológicos 
 São todos os constituintes das células em que existe a 
probabilidade de uma determinada droga interagir. 
Existem 4 alvos que são mais comuns na farmacodinâmica: 
canais iônicos, enzimas, transportadores e receptores 
(ionotrópicos, metabotrópico, tirosinacinase e nuclear) . 
Todos esses 4 são alvos fisiológicos. Além desses, ainda temos 
as tubulinas, DNA e imunofilinas. 
Tubulina 
A tubulina está relacionada a polimerização de microtúbulos, 
consequentemente, ao movimento celular. Seja contração 
muscular ou contração de cílios e flagelos. Quando há inibição 
da tubulina por algumas drogas eu inibo a mitose (anti-tumoral), 
o movimento de espermatozoide (esterilidade) e diapedese 2
(anti-inflamatório). 
DNA 
Já o DNA, como receptor, a única utilidade na sua inibição seria 
para casos de câncer. Porque nessa situação há multiplicação 
nuclear desenfreada e, então, bloqueando a replicação do 
DNA, automaticamente, aquele tumor para de crescer. Mas a 
discussão de todos esses efeitos para o câncer não cabe aqui. 
Canais Iônicos 
Há uma determinada membrana que separa o meio externo do 
interno (pode ser a nível celular ou intracelular) com canais que 
possuem sistema de controle, a maioria deles são voltagem 
dependente. 
Em sua forma de repouso sua comporta está fechada e quando 
há uma descarga elétrica (um estímulo), ela abre e os íons 
podem adentrar a nível celular. 
Pensando em uma fibra nociceptiva, uma fibra delta, por 
exemplo, quando houver sinal elétrico abrirá a comporta, 
entrará sódio, despolarizará a fibra e há o efeito da dor. 
Para cada canal iônico entra um determinado íon ou uma 
determinada classe de íons. Existem canais iônicos que 
passam somente sódio (a fibra delta, por exemplo), cálcio (as 
fibras cardíacas) e canais catiônicos que entram sódio e cálcio 
de uma vez só. 
O canal mais importante para nós agora é o canal iônico da 
fibra delta. 
A maioria das drogas que possuem capacidade de interagir 
com canais iônicos são bloqueadores de canal. Esse 
bloqueador de canal faz um impedimento físico estéril. A 
droga (bloqueador de canal) é projetada para encaixar no canal 
iônico. Isso acontece com anestesias. Se é feito por exemplo, 
uma anestesia raquidiana, o estímulo no paciente acontece 
(corte do bisturi, por exemplo) mas ele sobe até a medula e não 
consegue prosseguir para o encéfalo efetivar o sintoma de dor. 
 Substância química que, quando aplicada a um sistema fisiológico afeta seu funcionamento de um modo específico.1
 Migração das células brancas do sangue para tecido alvo.2
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Exemplo de bloqueador: lidocaína - anestésico local. 
Além disso, existem os moduladores de canais. Eles agem 
através da mudança do diâmetro do canal. Portanto, eles 
podem tanto, aumentar ou diminuir o diâmetro do canal 
iônico. Chamamos esse tipo de inibição de inibição 
alostérica. 
Utilizando de exemplo, agora, a fibra cardíaca: o trânsito 
elétrico de mudança rápida de carga e comunicação de carga 
entre uma célula e outra, como acontece nessa fibra, para que 
haja o ritmo cardíaco normal, chamamos de dromotropismo . 3
Dromotropismo positivo acontece com uma rápida abertura e 
fechamento de canal, em sua maioria, com característica 
despolarizante. O canal de cálcio causa a contração sustentada 
ventricular, principalmente. Então, posso utilizar uma droga, 
como a nifedipina - anti-hipertensivo - , que pode bloquear 
canais iônicos (o de cálcio, nessa caso) para que haja menos 
contração do coração (contração menos sustentada), menor 
débito cardíaco e, consequentemente, menor pressão arterial. 
Transportadores 
Podem ser proteínas integrais ou parciais de membrana no 
qual farão transporte. Tanto de fora para dentro, quanto de 
dentro para fora. 
A diferença do transportador para o canal iônico é que o canal 
só transporta íons, o transportador leva substâncias inteiras e 
maiores. 
Glut ➝ transportador de glicose. Glut 4: transporta a glicose do 
sangue para o músculo. 
A n íve l de s is tema nervoso cent ra l , possuímos 
transportadores neurais e transportadores vesiculares. 
● Transportadores Neuronais: estão presentes nos neurônios e 
transportam NT. 
● Transportadores Vesiculares: estão presentes nas vesículas 
dentro dos neurônios e transportam diferentes substâncias. 
Por exemplo: acetilcolina (hemicolínio) e dopamina (DAT). 
O fármacos serão inibidores dos transportadores, via de 
regra. Porém, os que inibem o transportador neural, não inibirá 
o vesicular. Porém, posso ter, também, um inibidor de 
transporte vesicular que não inibe o neural. 
 
 Definição da cardiologia: é um termo da cardiologia para a capacidade de condução de estímulos através das diferentes uniões presentes entre nos discos intercalares das células 3
musculares cardíacas (miocárdio).
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
Obs.: Se o bloqueador atingir somente a fibra delta, ele 
poderá inibir somente o sentido nociceptivo (dor), fazendo 
com que todos os outros sentidos continuem normais, 
como o SNA.
Obs.: O fato de locais inflamados não ‘pegarem’ anestesia 
com facilidade é devido à mudança do pH que a inflamação 
causa do local, dificultando esse encaixe do bloqueador no 
canal iônico. Isso faz com que haja a necessidade de uma 
dose um pouco maior da tradicional. 
Ex.1: Se eu tiver uma droga que fosse inibidor do 
transportador vesicular, não iria parar de produzir 
acetilcolina. Porque a colina ainda estásendo internalizada, 
já que o transportador é outro, como mostra a imagem 
abaixo. Porém, não haveria liberação de Ach, porque as 
vesículas estariam vazias e vesícula vazia não é liberada. 
Ex.2: Se bloquear o transportador neural na fenda, ela 
estaria fazia de Ach. Porém, nesse caso, não haveria nem 
a produção de Ach. 
Ex.3: Neurônio serotoninérgico: a serotonina, é 
produzida por um neurônio serotoninérgico, é empacotada 
pelo transportador vesicular (V5HT), ela é liberada na 
fenda, porém, ao contrário da Ach, essa serotonina da 
fenda pode ser recaptada por um transportador de 
recaptação. Isso acontece quando há um excesso de 
serotonina. Precursor da serotonina: triptofano. 
Depressão: existem teorias que existe algum erro na 
produção de serotonina, causando sua diminuição e é 
liberada pouca. Além disso, o pouco liberado é recaptado 
pelo neurônio depressivo que reutiliza e libera a mesma. 
Uma ideia de antidepressivo é fazer o bloqueio da 
recaptação para que o neurônio tenha que produzir nova.
Inibidores Seletivos das Recaptação de Serotonina (ISRS): 
fluoxetina, escitalopram, sertralina, etc. São orientados 
quimicamente para interagir com transportador neural de 
recaptação da serotonina (SERT). Então, podemos dizer que a 
farmacodinâmica da fluoxetina é a inibir o SERT. 
Existem outros medicamentos que são menos seletivos, como 
para a noradrenalina. A noradrenalina/noraepinefrina também 
é liberada e também é recaptada, por um transportador 
chamado NET (transportador de noraepinefrina). Alguns 
antidepressivos tricíclicos inibem tanto o SERT, quanto o 
NET. 
Exemplo de antidepressivo tricíclico: amitriplina e 
imipramina. 
Comparando um tricíclico com a fluoxetina (ISRS), os dois 
possuem a mesma classe de alvo (um transportador), porém, a 
consequência molecular do uso deles é diferente. Na fenda, a 
fluoxetina aumenta a concentração de serotonina, porque 
bloqueia apenas o SERT. Já o tricíclico, aumenta a serotonina 
e a noradrenalina. Portanto, o tricíclico causaria mais efeito 
colateral, já que ele modula dois neurotransmissores. 
Enzimas 
Enzimas são proteínas catalíticas que tem a capacidade de 
pegar um substrato e dar origem a um produto. Além disso, 
elas, ainda, podem pegar produtos, realizar um processo 
enzimático e degradam o produto. 
A maioria dos medicamentos de interesse nesse momento são 
inibidores enzimáticos. Cada fármaco é quimicamente 
projetado para ligar-se a uma enzima. Quanto maior o número 
de enzimas o fármaco se ligar, menos seletivo ele é e mais 
problemas ele causará. O ideal é que o fármaco encontre 
somente uma enzima para inibi-lá, porque quanto mais 
enzimas ele interagir, menos produtor eu terei e poderia ser um 
produto de interesse fisiológico. 
Se eu inibir a 1ª enzima, eu diminuo a concentração do 
produto. Agora, se eu inibir a 2ª enzima, eu ‘reduzo a 
diminuição do produto’ (concentra mais - aumenta). 
A dopamina é sintetizada a partir da tirosina. Temos e enzima 
tirosina hidroxilase que converte a tirosina em DOPA. Se 
inibirmos essa enzima 1 (tirosina hidroxilase), através da 𝞪-
metiltirosina haverá a diminuição da dopamina. Agora se eu 
usar outro medicamento que inibir a enzima 2 (DEAA - 
descabroxilase dos aminoácidos aromáticos), através de 
Carbidopa a dopamina aumenta. 
● Parkinson ➝ a pessoa tem pouca dopamina. Então, 
devemos inibir a DEAA para que haja aumento da dopamina no 
organismo. 
● Inflamação ➝ possui como um dos mediadores o PGE 
(prostaglandinas). Ela é produzida por uma enzima chama 
COX. Então, se eu quero ter uma droga anti-inflamatória, eu 
poderia inibir a COX. É o que fazer os anti-inflamatório não 
esteroidal (AINEs), como a nimesulida. Prostaglandina é 
uma substância fisiológica, porém, quando há grande 
quantidade ela se torna patológica. 
● Pressão arterial ➝ é regulada pela angiotensina II (ANG II). 
Porém, se eu tiver muita ANG II, a pressão aumenta muito, 
causando hipertensão. A ANG II é convertida por meio da 
ECA (enzima conversora da angiotensina) a partir da ANGI. 
Se eu inibir essa enzima, eu diminuo a produção de ANG II. 
Captopril faz essa inibição. 
Dentro do conceito enzimático de alvos farmacológicos, ainda 
temos os conceitos de pró-fármaco e falso substrato. São 
trazidos juntamente com alvo enzima, não pelo fato de inibirem 
uma enzima, mas sim por utilizarem uma enzima para 
determinada ação. 
● Pró-fármaco: é um fármaco inativo que precisa de uma 
enzima para tornar-se um fármaco ativo. Quando a pessoa 
ingere, ela ingere uma droga inativa que precisa encontrar uma 
enzima específica para se transformar na droga efetiva. 
Exemplo: Enalapril (anti-hipertensivo, inativo) que se 
transforma em Enalaprilato (metabolito ativo do enalapril). Isso 
é utilizado porque no fígado o enalaprilato sofria muito efeito de 
primeira passagem, então ele era metabolizado e eliminado. 
Agora com o precursor (enalapril) quando ingerido ele que 
sofrerá o efeito de primeira passagem e isso fará com que o 
precursor seja ativado no fármaco efetivo. Então, o enalaprilato 
sai do fígado, passa por todo organismo causando seu efeito 
farmacológico e só depois é eliminado pelo fígado. 
● Falso substrato: temos uma via metabólica. Por exemplo: 
tirosina➝ DOPA➝ dopamina ➝ noradrenalina. A 
noradrenalina aumenta PA. Esse processo todo envolve 
diversas enzimas (tirosina hidroxilase, descarboxilase de 
aminoácido aromático, beta-hidroxilase). O falso substrato é 
um medicamento que entra na via e é reconhecida como se 
fosse o substrato endógeno (produzido pelo organismo). 
Nessa via exemplificada, há a metildopa (falso substrato) 
que entrará na via metabólica e será reconhecida como se 
fosse a DOPA endógena e haverá a produção de 
metildopamina e metilnoradrenalina, que não encaixa no 
receptor, por causa do seu grupamento metil, tendo como 
efeito a não elevação da PA. 
Nome comercial da metildopa: Aldomet. Único anti-
hipertensivo que causa menos problemas para uma 
hipertensão pontual importante mortal, chamada Eclâmpsia - 
aumento da PA durante a gestação. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
Receptores 
São entidades bioquímicas com característica de sinalização. 
Pode trazer um sinal de fora para dentro ou estimular/dar 
gatilho para que haja desencadeamento de algum processo. 
Essa sinalização é importante porque o fármaco pode estar 
longe do seu local de ação/resultado final. 
Existem 4 grandes famílias de receptor. 
Para ser um receptor ele precisa ter dois domínios. 
Primeiro domínio: domínio de ligação do ligante endógeno. 
Esse primeiro domínio é o lugar onde quem for ligar ‘liga’. 
Segundo domínio: domínio efetor. Esse segundo domínio é 
quem executa alguma coisa nesse determinado local. 
O que muda entre as 4 famílias de receptor é o domínio efetor. 
1➝ Receptor Ionotrópico (transmembrana ) 4
É um receptor ligado ao canal iônico. Não confunda com um 
canal iônico apenas! Receptor muito rápido (ms). 
O domínio efetor é um canal iônico. 
No receptor ionotrópico o fármaco não liga no canal. Ele liga no 
domínio de ligação do ligante, muda a conformação do receptor 
e o receptor então pode abrir ou fechar o canal através de seu 
domínio efetor, dependendo do canal e do lugar 
O canal iônico transmembrana possui o domínio de ligação do 
ligante (onde alguém vai ligar) e é distante e diferente do 
domínio efetor que é o próprio canal. 
Receptor ionotrópico faz a transmissão rápida em escala de 
milissegundos. Geralmente para NT. 
Exemplo 1: Receptor nicotínico da Ach ➝ quando duas 
moléculas de Ach se ligar no receptor (uma, depois a outra) o 
canal abre e acontece influxo de sódio. Se eu pensasse a nível 
elétrico, entrar Na⁺ em uma células é despolarizar. 
Pancuronio ➝ liga exatamente no lugar onde a Ach ligaria. 
Então, a AchM (acetilcolina de placa motora) que se ligaria no 
receptor para causar influxo de Na⁺ e o músculo contrair, não 
consegue mais porque teve o lugar tomado. Com isso, não há 
ligação da AchM, não influxo, não há contração muscular,causando um ‘relaxamento’ por conta do impedimento da 
contração. Esse fármaco é um exemplo de antagonista. 
Exemplo 2: Receptor para GABA A ➝ quando o GABA A se 
ligar no receptor o canal abre e temos influxo de Cl⁻. A célula 
hiperpolariza. 
Quem modula o GABA são os fármacos chamados BDZ 
(benzodiazepínico - induzem ao sono, diminuem 
ansiedade, diminuem alerta, diminuem noção). Rivotril é 
um BDZ que liga no GABA A, abre canal de Cl⁻ e o neurônio 
hiperpolariza , dando sono. Já que para eu estar acordado ele 5
precisa despolarizar. BDZ são exemplos de fármacos 
agonistas. 
 Nesse momento serão transmembrana. Significa que o medicamento fica fora da célula e o resultado final, dentro.4
 Hiperpolarização neuronal é diminuição da atividade neuronal, causa sono.5
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
Pergunta: Poderíamos prescrever Aldomet para um 
paciente de 30 anos diagnosticada com hipertensão para 
uso contínuo pelo resto da vida? 
Resposta: Não. Porque se eu usar uma droga por muito 
tempo que diminui noradrenalina causará depressão. 
Ele é utilizado apenas para eclâmpsia e pré-eclâmpsia. Se 
no fim da gestação a paciente continuar hipertensa há a 
substituição do Aldomet. 
Exemplo 3: Receptor 5HT3 ➝ 5HT é serotonina, 3 é o número 
do receptor. Quando a serotonina liga nele, ele abre, entra Na⁺ 
e Ca⁺⁺. A célula despolariza. 
Vonau ➝ fármaco antagonista. 
Exemplo 4: Receptor NMDA/Glutamatérgico➝ quando o 
glutamato liga, há influxo de Na⁺ e Ca⁺⁺. Célula despolariza. 
Memantina ➝ fármaco antagonista. 
2 ➝ Receptor Metabotrópico (transmembrana⁴) 
O domínio efetor é uma proteína G. Receptor pouco rápido(s). 
No receptor metabotrópico o fármaco não liga na proteína G. 
Ele liga no domínio de ligação do ligante, estimula ou inibe o 
domínio efetor, que é uma proteína G, e a proteína G, 
dependendo de seu tipo, ela executa uma determinada cascata 
que vai combinar no aumento ou na diminuição de algum 
mediador bioquímico intracelular. 
As proteínas G possuem um clico básico em comum mas 
mudam seu efetor, segundo mensageiro e efeito nas demais 
proteínas. 
Gs ➝ estimula. Enzima relacionada: adenilato ciclase; Forma 
AMPc; ativa proteína cinase A. 
Gi ➝ inibe. Enzima relacionada: adenilato ciclase. 
Gq ➝ estimula/ativa. Enzima relacionada: fosfolipase C. 
Gt ➝proteína transducina; relacionada ao fotoreceptor da 
retina. 
G0 ➝ inibe/regula canais de cálcio ou seja fecha. 
Gk ➝ inibe/regula canais de potássio ou seja abre. Isso 
porque o sentido de inibir é deixar a células mais negativa e 
para essa proteína ser inibitória ela tem que fazer com que o 
potássio saia da célula e ela hiperpolarize. 
Maneiras de Hiperpolarizar uma célula: entra cloro ou sai 
potássio. 
Agonista ➝ quem estimula um receptor. 
Antagonista ➝ quem inibe um receptor. 
Pensando a nível muscular geral, Gs contrai e Gi relaxa. Além 
disso, posso alcançar um relaxamento através da inibição de 
Gs e Gq, já que as duas causam contração. Ainda, agonista Gs 
causa contração e antagonista Gs causa relaxamento. 
Pensando a nível do miocárdio, Gs aumenta o débito 
cardíaco e Gi inibe/diminui o débito cardíaco. 
Pensando a nível do SNC, Gs estimula (alerta, melhora 
aprendizado, agitado, etc) e Gi inibe (sonolência, letargia, etc). 
Essa regra vale para todo e qualquer órgão do corpo. 
Caráter da Proteína G 
Formadas por 3 polipeptídeos que são partes importantes: 
subunidade 𝞪 e subunidade 𝞫𝜸. Interagem com guanosina di e 
trifosfato. 
A proteína G fica em repousa, é constituída das subunidades 
citadas acima que estão unidas, ligadas a uma molécula de 
GDP. Diante de um estímulo, como por exemplo a ligação do 
ligante no domínio de ligação, se esse ligante for um agonista, 
a molécula de GDP sairá e entrará a molécula de GTP. Quando 
houver a molécula de GTP é o estímulo para que haja a 
dissociação da subunidade 𝞪 da subunidade 𝞫𝜸. Se for um 
receptor Gs, Gi ou Gq a subunidade 𝞪 vai interagir em algum 
desses locais e vai fazer uma ação na proteína alvo. Se for 
uma proteína G0 ou Gk é a subunidade 𝞫𝜸 que vai interagir 
com alguma outra coisa. Já sabemos que se for uma proteína 
G0 o alvo 2 seria um canal de cálcio ou se fosse Gk seria um 
canal de potássio, como explicado anteriormente. 
Dimerização de Receptor: Para ser de maneira sinérgica, 
alguns receptores Gi são encontrados em livros Gi/G0 ou Gi/
Gk. Porque enquanto a subunidade 𝞪 está interagindo 
(inibindo) com adenilato ciclase devido ao Gi, a subunidade 𝞫𝜸 
está interagindo (inibindo) alguma outra coisa ( canal de 
potássio se for Gk, canal de cálcio se for G0). Essa atividade 
simultânea é a dimerização de receptor. 
Funcionamento da Proteína G: Mecanismos de Controle 
Primeiro Mecanismo de Controle 
A proteína inicialmente está em repouso, após a ligação de um 
ligante desloca o GDP e entra o GTP que é o sinal para que 
haja a dissociação de 𝞪 e 𝞫𝜸. A subunidade 𝞪 fica no alvo 1 
(target 1) e 𝞫𝜸 vai para o alvo 2 (target 2). Enquanto o ligante 
está no receptor, há o estímulo para o GTP permanecer. 
Quando o ligante for ‘embora’, é um estímulo para que haja 
uma ação fosfatase no qual há a quebra do GTP a GDP + P. 
Quando há GDP, esse é o sinal para que as 3 subunidades se 
juntem e voltem ao repouso. 
Resumindo de maneira fisiológica: a saída do ligante é o 
primeiro estímulo para que haja uma série de enzimas com 
ação fosfatase. Essa ação é dada por proteínas da família GAP 
(Proteínas de Ação GTPase).*DECOCAR 
Segundo Mecanismo de Controle 
Se o ligante ficar por muito tempo conectado (uma ligação 
covalente, por exemplo), a família GAP começa a trabalhar 
sozinha e quebra o GTP. Porém, mesmo assim há a perda de 
receptor. Então é necessário a internalização desse receptor, 
reciclar tudo para que ele volte e funcione novamente. 
Sistemas Efetores Ligados a Proteína G 
Sistema AC/AMPC - Gs (excitatória): Há um receptor 
acoplado a uma proteína Gs que tem alfa, beta e gama. Em 
estado de repouso a subunidade alfa está acoplada a um GDP. 
Então, chega um ligante e ele provoca uma alteração 
conformacional dissociando as subunidades por causa da 
entrada molécula de GTP, a subunidade alfa GTP ativa a 
Adenilato ciclase, ela converte ATP em AMPc e o aumento da 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
ATENÇÃO: Ionotrópico é ≠ de inotrópico. 
Ionotrópico é o receptor ligado a canal iônico. 
Inotrópico significa força de contração cardíaca.
quantidade de AMPc estimula uma proteína cinase A (PKA). O 
aumento dessa PKA depende da célula. Se for em uma vaso, 
ele vai contrair. Se for no fígado, ele aumenta a produção de 
glicose e assim por diante. 
Exemplo de receptores Gs: receptores adrenérgicos 𝞫-1, 𝞫-2 
e 𝞫-3. 
Sistema AC/AMPC - Gi (inibitório): Há um receptor acoplado 
a uma proteína Gi que tem alfa, beta e gama. Em estado de 
repouso a subunidade alfa está acoplada a um GDP. Então, 
chega um ligante e ele provoca uma alteração conformacional 
dissociando as subunidades por causa da entrada molécula de 
GTP e a subunidade alfa GTP inibe a Adenilato ciclase. Como 
resultado haveria a diminuição do AMPc, causando a 
diminuição da atividade da PKA. 
Exemplo de receptore Gi: receptor colinérgico M2. 
Sistema Gq (excitatório): Nesse caso a proteína efetora é a 
Fosfolipase C. Então, a subunidade alfa GTP ativa a fosfolipase 
C. A fosfolipase C quebra PIP₂ em DAG (diacilglicerol) e IP₃. O 
IP₃ vai para o retículo sarcoplasmático e aumenta a 
concentração de cálcio intracelular. Como resultado do 
aumento do cálcio intracelular há a contração muscular e 
aumento da secreção glandular. Já o DAG, agora junto com o 
cálcio, ativa uma proteína cinase C (PKC) e essa proteína 
fosforila quem for necessário. 
Resumindo: A fosfolipase C aumenta IP₃ e DAG. O IP₃, 
aumenta cálcio e o DAG aumenta mais ainda o cálcio, 
aumentando a PKC. 
Exemplo de receptor Gq: receptor adrenérgico 𝞪-1 e receptor 
colinérgico M3. 
Mecanismo Geral 
3➝ Receptor Tirosinacinase (transmembrana⁴) 
O domínio efetor é umacascata cinase (múltiplas 6
fosforilações). 
Receptor de efeito considerado lento (horas). 
A ligação do ligante no domínio de ligação do ligante causa a 
fosforilação de alguma substância. Mais tarde, há a ligação de 
outro ligante e há mais fosforilação. Essas 2 fosforilação 
formam um dímero. Então, há a fosforilação do dímero, em 
seguida ligação de uma proteína com terminal tiol e a 
fosforilação dessa proteína. Com essa última etapa, o receptor 
atinge a capacidade de ativar uma outra cascata que realiza 
mais diversos processos de fosforilação. 
Quando é um receptor tirosina cinase, eu espero que irá 
acontecer uma sequência de fosforilações e quando eu tiver 
 Cascata: é uma sequência de eventos em que um depende do outro (o próximo depende do anterior).6
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Dantroleno ➝ droga que impede a saída de cálcio do retículo. 
Então, se eu utilizar uma droga igual a essa e estimular o M3 e o 
𝞪-1 não faz efeito. Porque a via final desses receptores depende 
da saída do cálcio do retículo. 
Portanto, de maneira geral, se eu modular um mediador 
intermediário, os agonistas ou antagonistas de ponta não 
causarão efeito.
uma determinada quantidade delas, há desencadeamento de 
uma determinada cascata. 
*Não há necessidade de estudar as cascatas nesse momento, 
nem uma via específica deles, na farmacologia, por enquanto.* 
O crescimento celular (ptnas Ras e Raf), arquitetura celular, a 
exposição de transportadores na membrana (ptnas arrestinas), 
indução de apoptose (ptnas NF-kB), via de síntese das MAP 
quinase, processos depressivos do BDNF (fator neurotrófico 
derivado do cérebro) dependem de cascata de fosforilação. 
Exemplo 1: Insulina (GLUT 4) ➝ o receptor da insulina é um 
receptor tirosina cinase. Lá no fim dos processos quando a 
insulina se liga, ela sozinha não possui a capacidade de captar 
glicose, mas o resultado de uma cascata cinase vai arrastar um 
transportador na membrana, o GLUT 4. Ou seja, a cascata 
‘pega’ o transportador que estava pronto e ancora na 
membrana para que a glicose seja captada e internalizada. 
Exemplo 2 : Fator de Crescimento Epidermal (Ras/Raf) 
Exemplo 3: Via JAK/STAT 
4 ➝ Receptor Nuclear 
Está no núcleo da célula, ‘nadando’ pelo nucleoplasma. Não 
precisa estar necessariamente ligado a alguém. 
O domínio efetor, em última análise, é o DNA. 
Um fármaco projetado para um receptor nuclear será um 
medicamento muito lipolissolúvel, pequeno e pouco 
ionizável para atravessar todas as membrana e, inclusive, a 
carioteca. Esse fármaco pode ser, às vezes, translocado 
(carregado) até o núcleo por proteínas. 
No receptor nuclear o fármaco não liga no DNA. Ele liga no 
domínio de ligação do ligante, esse domínio muda a 
conformação do receptor e o receptor por meio de seu domínio 
efetor executa uma ação no seu DNA. 
Lá no núcleo o fármaco + receptor, primeiramente, aumenta ou 
diminui a ação de transcrição gênica. Depois, um RNAm (que 
foi muito ou pouco transcrito) sai do núcleo e vai para o 
citoplasma para que produza com o ribossomo, muita ou 
pouca, proteína. Esse aumento ou diminuição de proteína irá 
aumentar ou diminuir uma ação fisiológica que não precisa, 
necessariamente, ser naquela célula, podendo ser em uma 
outra mais distante. 
Esse receptor é considerado muito lento(horas/dias). 
Para hormônios esteroides e tiroideanos. 
Exemplo de fármacos com receptores nucleares: 
anticoncepcionais e corticóides ( como anti-inflamatório, diminui 
a transcrição gênica das quimiocinas e citocinas - moléculas de 
comunicação citotóxicas). 
➝ Resumo de Receptores 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
➝ Regulação dos Receptores 
Dessensibilização 
Alteração nos receptores por doença ou perda de receptores 
por exposição prolongada a agonistas. 
A dessensibilização pode acontecer pela diminuição na 
quantidade de receptor ou a redução da eficiência. 
Analisando um gráfico tempo x efeito, como o abaixo, se fosse 
administrado a mesma dose, quando há dessensibilização, 
haveria a diminuição do efeito. 
Análise do gráfico: Ao longo do tempo, utilizando a mesma 
dose, houve a diminuição do efeito. Essa diminuição do efeito 
pode ser porque a célula define aquele efeito como anormal e 
para ela parar de responder, há a diminuição de receptor. Ela 
dessensibiliza. 
Dessensibilização é um dos motivos para que ocorra a 
tolerância. 
Tolerância: é quando para eu ter o mesmo efeito, eu preciso 
fazer o aumento da dose. Utilizando o gráfico acima como 
ilustração, para tolerância, se eu quiser manter o mesmo efeito 
da primeira administração, eu teria que aumentar de 10mg (a 
dose inicial) para 15mg (dose secundária), por exemplo. A linha 
vermelha (reta) caracteriza a tolerância. 
Os benzodiazepínicos (BDZ) são fármacos que comumente os 
pacientes desenvolvem intolerância e há a necessidade de 
aumento da sua dose. 
Supersensibilização 
Ocorre supersensibilização quando a célula aumenta o número 
de receptor (mais comum) ou os receptores tornam-se mais 
responsivos para uma mesma dose. 
Hipertensão: é uma doença crônica não transmissível 
assintomática. O organismo hipertenso reconhece uma pressão 
de 15/10cmHg como normal. Então, talvez ele esteja liberando 
adrenalina a mais, a célula reconhece a adrenalina e o efeito é 
a pressão nesse valor (alta). 
Tto anti-hipertensivo: umas das terapias é a utilização de um 
antagonista. Ele reconhece os receptores, liga-se nele e, então, 
a adrenalina possui apenas um receptor para se ligar. O 
resultado dessa terapia medicamentosa é a diminuição da 
pressão, por exemplo, para 13/09cmHg. 
No ponto de vista clínico, o tratamento, melhorou a 
hipertensão. Porém, no organismo do paciente, está anormal. 
Já que para ele o normal seria 15/10cmHg. No início do 
tratamento, então, o organismos vai supersensibilizar para que 
volte ao normal dele, sendo bem provável que haja a 
expressão de alguns receptores a mais. Se houver isso, a 
adrenalina terá mais receptores e nesse primeiro momento a 
pressão tende a voltar para o seu valor sem a medicação. 
Esse fato é clinicamente importante porque no começo do 
tratamento (1º e 2º mês) se o paciente esquecer de tomar 
co r re tamente a med icação e o s i s tema es t i ve r 
supersensibilizado, terá mais receptores disponíveis e se 
acontecer algo com ele que libere adrenalina, a pressão dele 
subirá agressivamente, por exemplo, para 18/15cmHg. 
➝ Ligação Covalente de um Agonista em Receptor 
Se houver uma ligação covalente de uma droga em um 
receptor, via de regra, a droga inicia o efeito e, se ele for mais 
prolongado do que a célula espera, por via das GAP (proteínas 
arrestinas) haverá, inicialmente, a interrupção do efeito e 
depois a internalização do receptor ou se necessário síntese de 
novos receptores. Existe a necessidade dessa internalização 
se houver a ligação covalente para que haja uma reciclagem do 
mesmo e ele volte a ser funcional. 
Existem alguns receptores que conseguem fazer esse ciclo de 
internalização e síntese em cerca de 1h e 30 min ou 2h. Assim, 
como também, há receptores que demorar de 2- 4 meses. 
➝ Interação Fármaco-receptor 
A interação fármaco-receptor segue a lei de ação das massas 
no qual, quanto maior a quantidade (concentração) de 
fármaco, maior será a probabilidade dele encontrar o seu 
receptor e interagir com o mesmo. 
O fármaco vai encontrar seu receptor, vai interagir com ele e 
desencadear uma cadeia, que pode ser uma das cadeias que 
estudamos em proteína G. A duração do processo, desde a 
interação do fármaco com o receptor até a ativação da 
proteína, acontece em escalas de milissegundos. 
Se eu tiver um fármaco A e um fármaco B, em mesma 
concentração, diante de um receptor, quem interagirá primeiro 
com o receptor dependerá de algo chamado afinidade. 
Afinidade ➝ é a capacidade/probabilidade do fármaco de 
interagir com um determinado receptor. É atração química. 
K+1 é a constante de afinidade. 
Após a interação do fármaco com o receptor,forma-se um 
complexo (complexo fármaco receptor - AR). Com isso, o 
receptor pode ser tornar ativo (AR*) e se isso acontecer, 
chamamos de eficaz. Se o receptor se tornar ativo, há uma 
cascata e uma resposta que depende do receptor (ionotrópico, 
metabotrópico, tirosina cinase ou nuclear). 
● Fármaco Agonista ➝ é qualquer substância que possui 
afinidade e eficácia. 
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1ª adm
2ª adm
TEMPO
ATENÇÃO: Eficácia Farmacodinâmica ≠ Eficácia Clínica 
Eficácia farmacodinâmica: é quando uma droga tem a 
capacidade de ativar um receptor . 
Eficácia clínica: é o efeito no paciente e para isso não há 
necessidade de um receptor. Pode ser uma desativação do 
receptor.
● Fármaco Antagonista ➝ é qualquer substância que possui 
afinidade mas não há eficácia (não tem ativação do 
receptor). Eficácia = 0. 
● Agonista Pleno ➝ é quando um agonista tem a capacidade 
de fazer com que o tecido produza um efeito máximo com o 
aumento da sua dose. Eficácia = 1. 
 Exemplo: Adrenalina. 
● Agonista Parcial ➝ é quando um agonista, mesmo com o 
aumento da dose, não possui capacidade de fazer com que o 
tecido produz um efeito máximo. 0 < Eficácia < 1. 
 
● Potência ➝ é uma grandeza que relaciona dose e efeito. 
Posso analisar os agonistas ou outros, independente do alvo. 
Ou seja, qualquer fármaco é passível de ter potência. 
É mais potente o medicamento que fizer mais efeito na menor 
dose. No exemplo do gráfico anterior, colocando como 
hipótese que ele representa analgesia, o medicamento A 
promove uma analgesia em uma dose de 10mg e o 
medicamento B promove a mesma analgesia em uma dose de 
100mg. Isso significa que o medicamento A é mais potente que 
o medicamento B. 
Potência é sempre relativa. Ela é relacionada a afinidade e 
eficácia, mas qualquer medicamento, independente desses 
dois conceitos prévios, podemos comparar potência. 
➝ Antagonismo 
Antagonismo de Inibição ou Contrário 7
Esses antagonismos são importantes quando há a prescrição 
de um fármaco A e um fármaco B ao mesmo tempo. São os 
antagonismos químicos, farmacocinético e fisiológico. 
● Químico: dois fármacos (contrários) se combinam e o efeito 
do fármaco ativo é perdido. Acontece quando há ingestão de 
um fármaco ácido e um básico na presença de água. Um 
anulará o funcionamento outro. 
Exemplo: Aspirina e sal de frutas. Fármacos quelantes (uma 
droga gruda/ligam/quelam na outra). 
● Farmacocinético: uma droga interfere na cinética da outra, 
reduzindo efetivamente a concentração da droga ativa em seu 
sítio de ação. 
Exemplo: Anticoncepcional e Rifampicina ➝ a rifampicina 
favorecerá o metabolismo e a eliminação do anticoncepcional. 
Medicamento básico + suco de abacaxi (para ingestão) ➝ o 
suco deixa o TGI mais ácido fazendo com que o fármaco 
básico seja menos absorvido. 
● Fisiológico: duas drogas que possuem ação fisiológica 
oposta. Uma anula o efeito da outra. 
Exemplo: Adrenalina + atenolol ➝ adrenalina aumenta a PA e 
o atenolol diminui a PA. 
Droga hemostática + droga anti-coagulante. 
Antagonismo Farmacodinâmico (Eficácia = 0) 
Diz respeito a interação fármaco-receptor. 
Exemplo: Temos o receptor muscarínico da Ach, a Ach 
endógena e administração de uma outra droga antagonista, por 
exemplo, buscopan. 
 O antagonista pode ser do tipo competitivo e não competitivo. 
● Competitivo: é quando o o antagonista compete com o 
ligante endógeno e que se ele se ligar no receptor o ligante 
endógeno não há sítio de ligação. A afinidade do antagonista é, 
pelo menos, 1.000x maior que a do agonista. Então se 
houvesse a administração da mesma dose, eles iriam competir. 
Porém, o antagonista com certeza se ligaria. 
O competitivo ainda pode ser do tipo: 
- Reversível ➝ o antagonista se liga por alguns 
milissegundos, e desliga. Então, religa novamente e desliga, 
mais uma vez. E assim por diante. Se a afinidade do 
agonista e do antagonista for 1 para 1, o próximo a ocupar o 
lugar no receptor é quem estiver em maior concentração. 
Nesse caso, o sistema é um sistema superável com o 
aumento da dose. 
 Muita atenção na hora do entendimento desses 3 antagonismos, porque eles não possuem a mesma tradução do antagonismo da farmacodinâmica (eficácia = 0), mas sim o de ser 7
contrário de um medicamento.
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
- Irreversível ➝ o antagonista se liga através de ligação 
covalente no receptor e não se desliga nunca mais. Nesse 
caso, se eu tiver um sistema de agonista + antagonista, ele 
é considerado um sistema insuperável. Porque o 
antagonista se ligará no receptor e não adianta fazer um 
aumento da dose do agonista que ele não possuirá sítio de 
ligação para ligar. 
● Não Competitivo: é quando um antagonista não compete 
com o agonista por um receptor mas mesmo assim influência 
na ação do receptor. 
Exemplo: Receptor colinérgico M3 da Ach (Gq) e receptor 
adrenérgico 𝞪-1 da noradrenalina (Gq). No receptor M3 liga 
Ach, no receptor 𝞪-1 liga noradrenalina e ativam a fosfolipase 
C. Ela converte PIP₂ em IP₃ e DAG. Independente se foi a Ach 
ou se foi noradrenalina, o resultado, nessa célula, é o mesmo. 
O antagonista não competitivo, nesse exemplo, seria uma 
droga que destruísse o PIP₂. É não competitivo, porque se eu 
aumentar a dose tanto de noradrenalina, como de Ach não vou 
ter um efeito maior. A droga consegue se ligar no receptor dela, 
mas não compete pelo receptor da Ach ou noradrenalina. 
Do ponto de vista clínico, o gráfico do antagonista não 
competitivo é igual ao gráfico do antagonista competitivo 
reversível. Por quê? Porque nas duas situações, não adianta 
aumentar a dose do agonista que não haverá maior efeito. 
➝ Agonismo Inverso (Eficácia = -1) 
Regido pela teoria dos dois estados. Essa teoria diz que 
qualquer receptor, mesmo em repouso, funciona. 
Agonista inverso possui eficácia, o receptor muda, porém, seu 
efeito é para pior. 
Exemplo: Receptor GABA A (ionotrópico - canal de cloro) ➝ 
Segundo a teoria, quando não há ninguém ligado no receptor/
repouso, ele está funcionando em, por exemplo, uma taxa de 
influxo de 2 Cl⁻/min. 
Quando ligar um agonista o receptor seria mais eficiente, por 
exemplo, com influxo de 10 Cl⁻/min. 
Quando ligar um antagonista, o influxo permaneceria igual o 
de repouso (2Cl⁻/min), porque o antagonista não possui 
eficácia farmacodinâmica. 
Quando administrado um agonista inverso, ele tem afinidade 
e eficácia, mas o receptor possui uma mudança de 
conformação ‘para pior’. Então, ao invés do influxo ser de 2Cl⁻/
min, seria de 1Cl⁻/min. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII - MEDICINA FAG
Farmacodinâmica
Efeitos adversos 
das drogas
Dose
Padrão
Respostas 
ausentes ou fracas
Reações alérgicas e 
pseudoalérgicas
Fatores genéticos
Transgressão terapêutica
Fatores 
ambientais
Eficaz individual
De ataqueBólus
De manutenção
Titulada
Cronofarmacologia
Efeitos secundários 
ou indiretos
Intolerância
Antagonismo
Sensibilização
Efeitos 
secundários 
ou indiretos
Sinergismo
Efeitos 
colaterais
Toxicidade 
por superdose
Tolerância 
cruzada
Reações 
idiossincrásicas
Biodisponibilidade
Dose
Padrão
Eficaz individual
De ataque
Bólus
De manutenção
Titulada
Tipo de ação das 
drogas
Estimulação
DepressãoIrritaçãoReposição
Citotóxica
Potência das drogas
Concentração do 
fármaco que produz 50% 
do efeito máximo CE50
Efeito dos fármacos
Índice terapêutico ou 
margem e segurança =
dose mediana letal
dose mediana efetiva
Janela terapêutica
Variação das 
respostas às 
drogas
Aula 04 - Farmacologia e SNA 
➝ Sistema Nervoso Autônomo/Visceral (SNA) 
É importante na farmacologia porque diversos alvos estão 
presentes no sistema autonômico, como, o controle das 
funções orgânicas básicas. 
Ele regula os grandes sistemas (TGI, coração e pulmão) e por 
isso abrande grande parte da farmacologia. 
Estudaremos a função e a divisão do SNA ao ponto de vista 
farmacológico, a transmissão química no SNA (nesse

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