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RESPONSABILIDADE CIVIL Na responsabilidade civil, o agente, em todos os casos precisa ter cometido ato ilícito, tem o dever de reparar o dano patrimonial ou moral causado, a fim de restaurar a situação anterior ao seu surgimento (status quo ante). FALSA A responsabilidade civil tem o intuito de restaurar o equilíbrio patrimonial e moral lesado. A reparação do dano pode ser compensatória (reparatória) para vítima e punitiva para o ofensor, fala-se em caráter punitivo com enfoque puramente patrimonial, já que o ofensor sofre diminuição em seu patrimônio, não se confundindo com a punição estabelecida no direito penal. A reparação não é punitiva, mas reparatória, já que trabalha com a ideia de que todo o dano é reparável, seja em pecúnia, seja in natura. Por não ser possível determinar uma quantia exata da indenização do dano moral, pois não tem como retornar ao status quo nesse tipo de dano, à reparação é atribuído um caráter satisfatório. O esquema que compõe a responsabilidade civil nos elementos conduta, dano e nexo de causalidade, aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto a extracontratual, bem como a responsabilidade subjetiva e objetiva. VERDADEIRA Os atos ilícitos são aqueles que contrariam o ordenamento jurídico lesando o direito subjetivo de alguém. É ele que faz nascer à obrigação de reparar o dano e que é imposto pelo ordenamento jurídico. O Código Civil Brasileiro estabelece a definição de ato ilícito em seu artigo 186: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”. Através da análise deste artigo é possível identificar os elementos da responsabilidade civil, que são: a conduta culposa do agente, nexo causal, dano e culpa. Este artigo é a base fundamental da responsabilidade civil, e consagra o princípio de que a ninguém é dado o direito de causar prejuízo a outrem. A responsabilidade civil subjetiva é a decorrente de dano causado em função de ato doloso ou culposo. VERDADEIRA A responsabilidade civil, conforme o seu fundamento, pode ser dividida em responsabilidade subjetiva ou objetiva. Diz-se subjetiva a responsabilidade quando se baseia na culpa ou no dolo do agente, que deverão ser comprovados para gerar a obrigação indenizatória. Trata-se da teoria clássica, também chamada teoria da culpa. Diz-se objetiva a responsabilidade quando se prescinde a comprovação da culpa para a ocorrência do dano indenizável. A lei impõe, entretanto, em determinadas situações, a obrigação de reparar o dano independentemente de culpa. É a teoria dita objetiva ou do risco. Na responsabilidade objetiva imprópria a culpa é presumida. O Código Civil Brasileiro adota como regra a responsabilidade subjetiva, porém no art. 927, parágrafo único, prevê a responsabilidade objetiva decorrente do risco. Assim, a nova concepção que deve reger a matéria no Brasil é de que vige uma regra geral dual de responsabilidade civil, em que temos a responsabilidade subjetiva, regra geral inquestionável do sistema anterior, coexistindo com a responsabilidade objetiva, especialmente em função da atividade de risco desenvolvida pelo autor do dano (conceito jurídico indeterminado a ser verificado no caso concreto, pela atuação judicial), ex vi do disposto no art. 927, parágrafo único. No Brasil vige uma regra geral dual de responsabilidade civil, em que temos a responsabilidade objetiva, regra geral inquestionável do sistema anterior, coexistindo com a responsabilidade subjetiva, especialmente em função da atividade de risco desenvolvida pelo autor do dano. FALSA O elemento diferenciador das modalidades de responsabilidade subjetiva e objetiva reside na análise do elemento subjetivo da culpabilidade. Assim, pode-se concluir que a responsabilidade subjetiva investiga a ocorrência ou não ocorrência de culpa por parte do agente causador do dano, na medida em que a responsabilidade objetiva impõe o dever de indenizar independentemente da existência de conduta culposa. A nova concepção que deve reger a matéria no Brasil é de que vige uma regra geral dual de responsabilidade civil, em que temos a responsabilidade subjetiva, coexistindo com a responsabilidade objetiva, especialmente em função da atividade de risco desenvolvida pelo autor do dano. Comentando acerca das duas modalidades, informa que o dever de indenizar nasce na responsabilidade subjetiva em razão da ocorrência de uma conduta avaliada como reprovável pelo ordenamento jurídico, já na responsabilidade objetiva, a sanção será aplicada em face da ocorrência de um fato repudiado pelo ordenamento jurídico. Assim, na primeira situação o dever de indenizar surge de uma conduta ilícita,e no segundo, de uma situação de fato antijurídica. Cumpre ressaltar, que há casos de responsabilidade objetiva em que não é necessário nem a configuração do ilícito. O fundamento, nesses casos, além do risco da atividade, é a situação de quem sofreu o dano injusto. O dano extrapatrimonial compreende não apenas o que a vitima efetivamente perdeu, como também o que ela razoavelmente deixou de lucrar. FALSA Dano extrapatrimonial, conceituando-o negativamente, é aquele que não tem repercussão sobre o patrimônio da vítima, ou seja, com a ocorrência do dano não há um decréscimo patrimonial. O dano extrapatrimonial (por ele denominado de moral) é qualquer sofrimento que não é causado por uma perda pecuniária. Artigo 402 do Código Civil, o dano emergente compreende aquilo que a vítima efetivamente perdeu. Representa o efetivo prejuízo, a diminuição patrimonial sofrida pela vítima. O lucro cessante vem a ser o que razoavelmente deixou a vítima de lucrar com a ocorrência do fato danoso. Consiste na frustração da expectativa de lucro, na perda de um ganho esperado, na diminuição potencial do patrimônio da vítima. Segundo a corrente teórica adotada pelo código civil de 2002, o elemento imprescindível para a verificação do nexo de causalidade é o exame de se, ao eliminarmos um antecedente da cadeia de acontecimentos, o resultado danoso deixaria de ocorrer. Todo o antecedente que, se eliminado, extinguiria o resultado danoso deixaria de ocorrer. Todo o antecedente que, se eliminado, extinguiria o resultado danoso será considerado como fundamento para a responsabilização na esfera civil. FALSA Como resulta do disposto no artigo 1.060 do Código Civil, a teoria adotada quanto ao nexo de causalidade é a teoria do dano direto e imediato, também denominada teoria da interrupção do nexo causal. Não obstante aquele dispositivo da codificação civil diga respeito à impropriamente denominada responsabilidade contratual, aplica-se ele também à responsabilidade extracontratual, inclusive a objetiva, até por ser aquela que, sem quaisquer considerações de ordem subjetiva, afasta os inconvenientes das outras duas teorias existente: a da equivalência das condições e a da causalidade adequada. A verificação inconteste do chamado “fato de terceiro” elide a responsabilidade civil do agente imediatamente vinculado ao dano em virtude da quebra do liame da causalidade, restando ao terceiro causador a obrigação de indenizar a vítima. VERDADEIRA O fato de terceiro constitui uma das possíveis excludentes da responsabilidade civil. Possível excludente porque, via de regra, ainda que o evento danoso tenha sido resultado da conduta de um terceiro, caberá ainda ao causador direto do dano o ressarcimento da vítima, preservado seu direito de regresso contra aquele que de fato causou o dano. Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes- á direito à indenização do prejuízo que sofreram. Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Responsabilidade civil aquilianaconsiste na responsabilidade civil extracontratual, na qual se constata a violação de dever legal. A vitima, em regra, precisa provar a culpa do lesante e a mora do devedor corre desde o momento da ocorrência do evento danoso ensejador de reparação civil. VERDADEIRA Em relação à Responsabilidade Civil Extracontratual, também conhecida como aquiliana, o agente não tem vínculo contratual com a vítima, mas, tem vínculo legal, uma vez que, por conta do descumprimento de um dever legal, o agente por ação ou omissão, com nexo de causalidade e culpa ou dolo, causará à vítima um dano. Agindo o lesante em situação configurada como “estado de necessidade”, os danos provocados a terceiros não poderão ser cobrados do lesante, uma vez que as ações em “estado de necessidade” não são consideradas ilícitas desde que o ato absolutamente exigido pelas circunstancias e não exceda os limites do indispensável para a remoção do perigo. VERDADEIRA Estado de necessidade: o Código Penal, art. 23, I, prevê a figura em comento, estado de necessidade, sob a égide da exclusão de ilicitude, determinando não haver crime se o agente pratica o ato sob este estado. Contudo, opera a previsão, no § único, do denominado excesso culposo ou doloso, este punível. Na legislação civil, a exceção escusativa de responsabilidade, registra-se no art. 160, II do CC, pelo qual, restarão afastados da ilicitude os atos que acarretarem a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de remover perigo iminente. Trata-se exatamente da autorização legal endereçada a escusar ofensa a direito alheio impedir a concreção de perigo iminente. O dispositivo legal, porém, adverte que o ato só se apresentará assim, lícito, se as circunstâncias demonstrarem sua absoluta necessidade, sem exceder os limites do indispensável à remoção do perigo. TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES Nos termos do artigo 260 do código civil, havendo pluralidade de credores em obrigação de natureza indivisível, poderá o devedor adimplir de forma a se liberar de sua obrigação somente se pagar a todos os credores conjuntamente ou se, ao pagar a um único credor, este (credor) fizer deposito judicial garantidor do equivalente ao percentual de participação de cada um dos demais credores, a chamada caução de ratificação. FALSA Uma vez que, havendo pluralidade de credores ou de devedores, muito se assemelham, visto que cada devedor se obriga pela dívida toda e cada credor pode exigir a dívida inteira. As obrigações solidárias tem uma pluralidade de credores ou de devedores e uma corresponsabilidade entre os interessados. Portanto, sob o ponto de vista externo, todos os devedores e todos os credores solidários estão em pé de igualdade, pois no que diz respeito a solidariedade passiva, é que as relações internas do vínculo entre os vários devedores é absolutamente irrelevante para o credor. Após um dos devedores Ter solvido a dívida é que ele vai se entender com os demais companheiros do lado passivo. Dividas de jogo podem ser consideradas obrigações naturais originarias, mas dívidas prescritas devem ser categorizadas como obrigações naturais derivadas, eis que já foram exigíveis antes do escoamento do prazo prescricional. VERDADEIRA As dívidas originárias de jogo e aposta são consideradas dívidas naturais e, como tais, não obrigam ao pagamento. Contudo, também é certo que tais débitos, uma vez pagos, são irrepetíveis (não podem ser recobrados). Com o presente estudo, pretende-se demonstrar que, uma vez que tais dívidas sejam quitadas com um cheque, é lícito que este seja executado judicialmente, haja vista que o pagamento já ocorreu e não há que se discutir eventual vício no título. O pagamento de obrigação natural é irrepetível em consonância com a ideia subjacente à expressão soluti retentio. VERDADEIRA Mesmo tratando-se de uma obrigação moral, o pagamento de obrigação natural é pagamento verdadeiro e o credor pode retê-lo. Então se João paga dívida prescrita e depois se arrepende não pode pedir o dinheiro de volta, pois o credor tem direito à retenção do pagamento (882). Como diz a doutrina, “a obrigação natural não se afirma senão quando morre”, ou seja, é com o pagamento e sua extinção que a obrigação natural vai existir para o direito, ensejando ao credor a soluti retentio. Geise Graciane procura o Dr. Rodolfo Rei para que este realize implante de silicone no seu queixo e maças do rosto, buscando, como resultado, um rosto mais harmônico. Maria Lina, vítima de acidente que lhe desconfigurou a face, procura o Dr. Ivo Catangui, que propõe uma primeira plástica restauradora com o implante de silicone no seu queixo e maças do rosto. Feitos os procedimentos nenhuma das pacientes ficou plenamente satisfeita com o resultado final. Em virtude da natureza da obrigação, todavia, apenas Geise Graciane poderá pleitear a responsabilização do Dr. Rei por inadimplemento, uma vez que o resultado esperado não foi atingido. VERDADEIRA Inadimplemento é o não pagamento/cumprimento da obrigação, enquanto a mora é o atraso do devedor no pagamento ou do credor no recebimento; inadimplemento é só do devedor, mora pode ser de ambas as partes. Efeito do inadimplemento: responsabilizar o devedor por perdas e danos, se este inadimplemento for culposo (389). Se o inadimplemento não for culposo o devedor está isento das perdas e danos, mas é ônus do devedor provar o caso fortuito ou de força maior. O caso fortuito ou de força maior está conceituado no 393; o fato precisa ser superveniente/futuro e imprevisível para justificá-lo. Na obrigação de resultado, quando este não foi atingido, o devedor somente se isentará de responsabilidade caso comprove que não tenha incorrido com culpa, e que, a falha no resultado se deu em razão de caso fortuito ou força maior. Embora as hipóteses cabíveis para exoneração não sejam numerus clausus, é mister ressaltar que se torna extremamente importante a verificação no caso concreto da identidade entre a excludente e a conduta adotada. Obrigações modais consistem nas obrigações onerosas por cláusula acessória que impõe um encargo ao beneficiário de uma liberdade. VERDADEIRA A Obrigação Modal é a que se encontra onerada com um modo ou encargo, isto é, por cláusula acessória, que impõe um ônus à pessoa natural ou jurídica contemplada pela relação creditória. Tal encargo deve ser lícito e possível, caso contrário poderá viciar o ato libertando a obrigação de qualquer restrição, exceto se, apurar ter sido ele a causa determinante do negócio, caso em que se terá a anulação do ato. (F) Obrigações líquidas são obrigações de dar coisa incerta, ou seja, necessitam de um ato de escolha para que possa haver seu adimplemento. FALSA Obrigação líquida é aquela determinada quanto ao objeto e certa quanto à sua existência. Expressa por um algarismo ou algo que determine um número certo. A cessão de crédito tem como requisitos de validade, dentre outros, a anuência do devedor originário e a celebração mediante instrumento público ou particular nos termos do paragrafo único do artigo 654 do código civil. FALSA Cessão de crédito é a venda de um direito de crédito; é a transferência ativa da obrigação que o credor faz a outrem de seus direitos; corresponde à sucessão ativa da relação obrigacional. Cessão de crédito é o negócio jurídico onde o credor de uma obrigação, chamado cedente, transfere a um terceiro, chamado cessionário, sua posição ativa na relação obrigacional, independentemente da autorização do devedor, que se chama cedido. Tal transferência pode ser onerosa ou gratuita, ou seja, o terceiro pode comprar o crédito ou simplesmente ganhá-lo (= doação) do cedente. A cessão de crédito será caracterizada como sendo pro soluto nos casos em que o cedente do crédito ficar responsável não apenas pela existência do crédito, mas também pelo seu adimplemento, assumindo o risco da insolvência do devedor. A cessão prosoluto precisa ser expressamente estipulada pelas partes conforme o artigo 296 do código civil. FALSA A cessão pode também ser “pro soluto” ou “pro solvendo”; na pro soluto o cedente responde pela existência e legalidade do crédito, mas não responde pela solvência do devedor. Ana Lisa nota que seu irmão Gastón está muito estressado e, ao investigar o motivo, descobre que ele precisa pagar R$ 30.000,00 para Mefistófeles em fevereiro do próximo ano. Ana Lisa então conversa diretamente com Mefistófeles, com quem celebra negocio jurídico para assumir o débito de seu irmão Gastón. Tratando-se de assunção de debito por expromissão, não se faz necessária a concordância de Gastón para que a cessão de débito se perfectibilize. VERDADEIRA A assunção de dívida pode efetivar-se por dois modos: Mediante contrato entre o terceiro e o credor, sem a participação ou anuência do devedor, denominada expromissão; E mediante acordo entre terceiro e o devedor, com a concordância do credor, denominada delegação. A redação do art. 299 – CC, não dispôs sobre as espécies de assunção; parece revelar a intenção do legislador de disciplinar somente a delegação, na qual o consentimento expresso do credor constitui requisito de eficácia do ato.
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