Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FELv – vírus da leucemia felina INTRODUÇÃO 1964 - William Jarrett e colaboradores - partículas virais na membrana de células neoplásicas em um gato diagnosticado com linfoma. Existem poucos estudos no Brasil - alta ocorrência em gatos domésticos. A realização de teste de diagnóstico é voluntária – não existe um órgão central de coleta de dados. William Jarrett etiologia Gênero: Gammaretrovirus; Família Retroviridae; RNA de fita simples - transcrito pela enzima transcriptase reversa em DNA pró-viral. Subgrupos principais do FeLV: A, B, C e T. Infecção prévia pelo FeLV tipo A > mutação e recombinação com sequências retrovirais celulares ou endógenas contidas no DNA. Ilustração do vírus da FeLV Infecção e transmissão Disseminação viral – transmissão horizontal e vertical; Contatos amigáveis e agressivos; Fômites contaminados; Fatores predisponentes. Patogenia Exposição ao vírus > replicação em linfócitos e macrófagos > via linfática > resto do organismo através de linfócitos e monócitos. Medula óssea > rápida replicação = fase de viremia acontece em semanas ou meses. Esquema de replicação viral Replicação viral Ocorre transcrição dos genes virais: env, pol e gag. env: codifica a glicoproteína de superfície (SU) gp70 – define subgrupo viral, induz a imunidade e determina tropismo. pol: codifica proteínas como a transcriptase reversa e a integrase – replicação. gag: codifica as proteínas estruturais internas do vírus como a p27, que dará origem ao nucleocapsídeo do vírus > sangue > secreções. *teste de ELISA e imunofluorescência. Subgrupos virais FeLV A – encontrado em todos os gatos FeLV +, porém pouco patogênico. FeLV B – sequencia endógena + vírus exógeno (FeLV A) – linfomas. FeLV C – mutação do gene env (glicoproteína SU) do FeLV A = + patogênico: anemia aplásica. FeLV T – mutação do vírus FeLV A – tropismo pelos linfócitos T - imunossupressão. Infecção regressiva Resposta imune eficaz - combate o vírus logo (ATC neutralizante) no início. Período de viremia que dura 3 a 6 semanas – pode ocorrer transmissão do vírus. Ao término da viremia os animais tornam-se imunes contra nova exposição ao vírus e é improvável que apresentem doença relacionada. A detecção do vírus: *2 – 3 semanas: sangue periférico. * >8 semanas: PCR pode detectar pequenas quantidades de DNA pró viral. *Transfusões sanguíneas. Infecção progressiva Imunidade específica ineficaz contra o FeLV; Linfonodos > via linfática > via hematógena > medula óssea > epitélio de mucosas, glândulas. Virêmicos e infecciosos para o resto da vida (secreções). Prognóstico desfavorável. Positivo para pesquisa de antígeno p27, hemocultura do vírus, culturas de tecidos e presença do RNA viral e DNA pró-viral. Sinais clínicos Perda de peso, desidratação e linfoadenomegalia; ou assintomáticos. Dispneia, letargia, anorexia, febre, gengivite, estomatite e abcessos com cicatrização ineficiente; Neoplasias como linfoma e leucemia; Imunossupressão - agentes oportunistas; Distúrbios reprodutivos e neuropatias. Exames laboratoriais Anemia - normocítica e normocrômica ou macrocítica e normocrômica - infecção primária das células precursoras. Anemia hemolítica imunomediada. Linfopenia - replicação do FeLV dentro dos linfócitos, causando destruição dos linfócitos CD4+ e CD8+. Neutropenia – devido a infecção direta dos precursores dos neutrófilos da medula óssea. Trombocitopenia - produção diminuída secundária a infiltração leucêmica. tratamento Não resulta em cura, apenas em remissão; Tratamento paliativo para doenças secundárias (ATB, transfusões); Zidovudina ou azidotimidina (AZT) que é uma inibidora da transcriptase reversa - *; Em casos de neoplasia – quimioterápicos. Prognóstico é reservado - viremia persistente; Expectativa média de vida - dois anos; prevenção Testes diagnósticos profiláticos (ELISA, PCR, IFA); Educação para a população; Evitar compartilhamento de utensílios e sem acesso à rua; Isolamento dos animais soropositivos; vacinação V5: Eficácia questionada – confere certa proteção contra a infecção; Uso deve ser considerado em gatos que ainda não foram expostos ao FeLV A; A vacina ideal deve induzir a produção de anticorpos contra o subgrupo A, mas nenhuma das disponíveis ocasiona isso; A resposta da administração em animais infectados variável. REFERÊNCIAS BIEZUS, G. INFECÇÃO PELOS VÍRUS DA LEUCEMIA (FeLV) E IMUNODEFICIÊNCIA (FIV) EM GATOS DO PLANALTO DE SANTA CATARINA: PREVALÊNCIA, FATORES ASSOCIADOS, ALTERAÇÕES CLÍNICAS E HEMATOLÓGICAS. 2017, Lages, Santa catarina. Disponível em: http://www.cav.udesc.br/arquivos/id_submenu/1034/dissertacao_01.09.pdf. FIGUEIREDO, A. S., JUNIOR, J. P. A., VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA: ANÁLISE DA CLASSIFICAÇÃO DA INFECÇÃO, DAS TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO E DA EFICÁCIA DA VACINAÇÃO COM O EMPREGO DE TÉCNICAS SENSÍVEIS DE DETECÇÃO VIRAL. Ciência Rural, Santa Maria, v.41, novembro de 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cr/v41n11/a17911cr5509.pdf. ALVES, M. C. R., CONTI, L. M. C., JUNIOR, P. S. C. A, DONATELE, D. M., LEUCEMIA VIRAL FELINA: REVISÃO. PUBVET, Maringá, v. 9, n. 2, Fevereiro de 2015. Disponível em: http://www.pubvet.com.br/artigo/70/leucemia-viral-felina-revisao. COELHO, F.M., MAIA, M.Q., LUPPI, M.M., COSTA, E.A., LUIZ, A.P.M.F., RIBEIRO, N.A., BOMFIM, M.R.Q., FONSECA, F.G., RESENDE M., OCORRÊNCIA DO VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA EM FELIS CATTUS EM BELO HORIZONTE. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.63, n.3, p.778-783, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v63n3/v63n3a37.pdf. SILVA, M. R., PREVALÊNCIA DA LEUCEMIA VIRAL FELINA (FeLV) EM FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO ZOOMÉDICA EM DIVINÓPOLIS – MG, NO PERÍODO DE 2015 E 2016. Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária do UNIFORMG, Formiga, 2017. Disponível em: https://bibliotecadigital.uniformg.edu.br:21015/xmlui/bitstream/handle/123456789/466/Referencial%20teorico.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Compartilhar