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1 Disciplina: Experiências de Aprendizagem Autor: D.ra Regina Emiko Shudo Revisão de Conteúdos: Esp. Larissa Carla Costa Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2017 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Regina Emiko Shudo Experiências de Aprendizagem 1ª Edição 2017 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA SHUDO, Regina Emiko. Experiências de Aprendizagem / Regina Emiko Shudo. – Curitiba, 2017. 23 p. Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa. Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. Material didático da disciplina de Experiências de Aprendizagem – Faculdade São Braz (FSB), 2017. ISBN: 978-85-5475-073-2 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da disciplina Nesta disciplina será desenvolvido o processo investigativo nas crianças, utilizando como ferramenta, as experiências, entendendo assim, como as coisas acontecem, com reações químicas e físicas. Quando se começa a investigar, desperta-se a curiosidade, o pensamento crítico, os questionamentos. Sem perguntas não há construção de conhecimento. Construir um conhecimento com as crianças pressupõe que antes tem que se ter indagação. Na Educação Infantil, não se tem a perspectiva de conhecimento científico aprofundado, apenas provocar nas crianças o despertar para a curiosidade. A escola tem que ser indagadora, investigadora, criando assim, alunos curiosos, inquiridores. Ao longo das aulas, serão abordadas situações chave para o desenvolvimento científico com as crianças. 6 Aula 1 – Como despertar mais a curiosidade das crianças Apresentação da aula Nesta aula será estudada a construção do conhecimento através da ciência. A aula de ciências não é só aquela que se faz no laboratório, pois em tudo que nos circunda tem ciência. Quando falamos de exploração do meio natural, podemos fazer um planejamento pedagógico voltado para os fenômenos, despertando a curiosidade e inserindo aprendizado. 1.1 A ciência das coisas Fonte: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/ciencias_ed_infantil.html Construir um conhecimento com as crianças pressupõe que anteriormente tem-se que haver indagações. O processo investigativo das crianças desperta a curiosidade, o pensamento crítico, os questionamentos. Para tanto, firma-se a indagação, a problematização, pois quando se tem a dúvida, a pergunta é o que motiva a procura pela resposta, e essa procura passa pela construção do conhecimento. Todo processo investigativo, em qualquer campo da educação infantil, estimula a criança para a curiosidade, para o questionamento. Após a criança ser indagada, pode-se sensibilizá-la. Depois da sensibilização vem a percepção, depois da percepção vem a compreensão. Depois dessa construção de conhecimento, ela pode argumentar. E assim, passa a ser agente de transformação, porque agora já não é mais a mesma, por ter ocorrido um processo de aquisição de novos saberes. 7 Os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados mais o essencial é que, para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecerá com ela. (PIAGET, 1989, p. 53). Os educadores necessitam ser conhecedores das teorias que norteiam sua prática, especificamente sobre as questões que envolvem o processo de ensino-aprendizagem. Piaget influenciou a educação brasileira com contribuições significativas para pensarmos a aprendizagem. Ele procurou uma nova prática para a Educação, baseada crítica dos processos que perpetuam a alienação, da relação monológica da escola que reproduz o conhecimento, da educação sem criatividade, criticidade, reflexão. Ao se dizer que as pessoas mais velhas são mais sábias, é porque elas construíram mais conhecimentos e aplicam no cotidiano, tentando diminuir a distância entre a teoria e a prática. Na educação infantil, não se tem o objetivo de construir um conhecimento científico aprofundado, apenas provocar nas crianças o despertar para a curiosidade. Um simples passeio com uma lupa pela escola, pode ser uma ótima experiência para os alunos, por exemplo. Nesta fase, descobrimentos interessantes serão lembrados para o resto da vida. Na educação infantil deve-se transformar as situações lúdicas em livres e prazerosas, e assim fazendo-as ricas em conhecimentos, e é através do professor que a criança deverá ser conduzida a qualidade da educação infantil. Sobre o brincar, o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil do Brasil MEC/SEF, no seu volume 01 propõe: Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. (BRASIL, 1988, p. 27). A cada dia que o professor for trazer uma coisa nova para as crianças em sala de aula, deve explorar e pesquisar sobre o assunto, pois pode ser muito produtivo, como por exemplo a construção de novos brinquedos e experiências simples, feitas dentro da sala de aula. 8 Uma boa experiência para se fazer em sala de aula é a massinha de modelar, que os alunos adoram e é simples de fazer. Os próprios alunos podem confeccionar, e só vão dois ingredientes. Massinha de modelar: 1 xícara condicionador. 2 xícaras de amido de milho. Corante. Modo de fazer: Misturar o condicionador e o amido até que não grude mais nas mãos. Em seguida adicionar o corante. Guardar em saco plástico ou vidro bem tampado. Fonte:http://www.staples.com.br/massa-para-modelar-12-cores-faber-castell/p É importante mostrar para as crianças o porquê que os dois ingredientes juntos formaram a massinha de modelar. Além do aprendizado sobre os ingredientes e modo de fazer uma massinha, o preparo desenvolve também a coordenação motora das crianças. Ví deo Como fazer uma Amoeba comestível. Acesse o link e confira: https://www.youtube.com/watch?v=i3ecacf_Je0&t=68s9 Resumo da aula Nesta aula foi estudado o processo de aprendizagem das crianças, como o processo de aquisição de conhecimento pose ser feito através de questionamentos e de experiências em sala de aula, como a confecção de um brinquedo que os alunos adoram, que é a massinha de modelar. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a importância das experiências com os alunos em sala de aula. Aula 2 – Aprender a aprender, imaginar e investigar Apresentação da aula Nesta aula será estudada a curiosidade da criança, ponto de partida para novos conhecimentos e aprendizados. 2.1 A construção do conhecimento científico O ensino de ciências na Educação Infantil é importante para que as crianças possam realizar projetos para explorar o meio social, natural e físico, por meio do aprender, imaginar, investigar. Fonte: Acervo do autor (2017) 10 [...] Ser uma profissional capaz de promover múltiplas interações envolve o acolhimento e a ideia de pertença grupal, a dimensão afetiva, o respeito às necessidades e interesses da criança, aos seus padrões culturais, captando-os para os propósitos do trabalho desenvolvido, a ampliação permanente de seu universo sociocultural, novo dimensionamento para educá-lo, para ensiná-lo e o aprender, a permanente reflexão sobre os propósitos que guiam suas práticas, as concepções que dão suporte às ações e, não menos importante o estímulo à construção de um processo de identidade profissional que possa conduzi-la a olhar o próprio percurso formativo em uma perspectiva de desenvolvimento profissional (GOMES, 2009, p.54). O principal objetivo da ciência é formar cidadãos conscientes, que saibam fazer escolhas, já tendo em vista quais serão as consequências daquilo que ele escolheu, e acima de tudo, tenha base e conhecimento sobre a ligação entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente, já que, de acordo com os PCNs (1997, p.23) “Numa sociedade em que se convive com a supervalorização do conhecimento científico e com a crescente intervenção da tecnologia no dia a dia, não é possível pensar na formação de um cidadão crítico à margem do saber científico”. A criança, desde cedo, pode ser um agente transformador da sociedade, pois quando incorporam a reflexão sobre a ciência no seu dia a dia, são capazes de provocar mudanças em sua comunidade. Aproveitar a curiosidade natural do universo infantil e usá-la para estimular a construção de conhecimento com olhar voltado para o entorno e a visão crítica nas crianças, é a aposta da alfabetização científica. Fonte: Acervo do autor (2017) 11 A capacidade de observação e a curiosidade são características que devem ser constantemente desenvolvidas nas crianças para que elas questionem os fenômenos do mundo. “Por quê”? Essa é uma das perguntas que as crianças fazem com bastante frequência. Elas têm curiosidade em saber a origem das coisas e as causas dos fenômenos da natureza, e em explorar aquilo que lhes parece diferente, intrigante. A área curricular de Ciências, quando bem trabalhada na escola, ajuda os alunos a encontrar respostas para muitas questões e faz com que eles estejam em permanente exercício de raciocínio. Pela importância dessa área de conhecimento para a Educação, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame que mede o nível de ensino em diversos países, de três em três anos - investiga como os estudantes de 15 anos estão em relação ao aprendizado desses conhecimentos. Infelizmente, o resultado do Brasil deixa a desejar: em 2012, o país ficou em 59º lugar (de um total de 65 nações participantes). Uma das principais causas apontadas para o fracasso é a maneira de ensinar a disciplina, que muitas vezes é apoiada em concepções equivocadas e não desperta o interesse das turmas. No exame de ciências, 55,3% dos alunos brasileiros alcança apenas o nível 1 de conhecimento, ou seja, são capazes de aplicar o que sabem apenas a poucas situações de seu cotidiano e dar explicações científicas que são explícitas em relação às evidências. Saiba Mais O que é o Pisa O Programme for International Student Assessment (Pisa) – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 8º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, a coordenação do Pisa é responsabilidade do Inep. Para que serve 12 O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea. As avaliações do Pisa acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas. Em 2000, o foco foi em Leitura; em 2003, Matemática; e em 2006, Ciências. O Pisa 2009 iniciou um novo ciclo do programa, com o foco novamente recaindo sobre o domínio de Leitura; em 2012, novamente Matemática; e em 2015, Ciências. Em 2015 também foram inclusas as áreas de Competência Financeira e Resolução Colaborativa de Problemas. Além de observar tais competências, o Pisa coleta informações para a elaboração de indicadores contextuais que possibilitam relacionar o desempenho dos alunos a variáveis demográficas, socioeconômicas e educacionais. Essas informações são coletadas por meio da aplicação de questionários específicos para os alunos, para os professores e para as escolas. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/pisa O ensino de ciências é importante para a constituição do processo de criação e desenvolvimento da criança. Os estudos de Lev S. Vygotsky e as pesquisas de Haim Eshach, pesquisador israelense, apontam que, o ensino de ciências proporcionam o início do desenvolvimento de conceitos científicos, que serão essenciais para a compreensão da ciência em seus estudos formais futuros. A ciência, embora nos permita conhecer o mundo, é mais que o conhecimento direto deste ensino. O conhecimento científico envolve o desenvolvimento de ideias, conceitos e teorias para a interpretação do mundo, os quais conduz o indivíduo à percepção dos fenômenos e de situações experimentais de maneira particular, além do aprendizado e uso de conceitos científicos. 13 Resumo da aula Nesta aula foi estudada a importância do ensino de ciências nas escolas. Os professores devem estar preparados para realizar experiências com os alunos, pois o aprendizado significativo levará as crianças a compreensão das coisas ao seu redor e do mundo. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a importância dos questionamentos e curiosidades das crianças. Aula 3 - A formação dos conceitos Recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, conduziram uma série de experimentos para descobrir o que exatamente acontece no cérebro quando a nossa curiosidade é despertada. Para esse estudo, os pesquisadores avaliaram quão curiosos os participantes estavam para saber as respostas de perguntas que eles responderam anteriormente. Foram 100 perguntas triviais, simples, como “qual música dos Beatles ficou mais tempo nas paradas?” Ao longo dos estudos, Ressonâncias Magnéticas foram feitas para verificar o que acontecia no cérebro dos participantes quandoeles se sentiam curiosos para saber qual era a resposta de determinada pergunta. Os pesquisadores californianos chegaram à conclusão que: 1. A curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem. Embora não seja uma grande surpresa saber que as pessoas estão mais propensas a lembrar o que se aprende quando o assunto realmente interessa, foi verificado que a curiosidade também ajuda a aprender informações que não se considera tão interessantes ou importantes. 14 Uma vez que a curiosidade é despertada por alguma questão, as pessoas tem mais facilidade de aprendizado e lembram mais informações, mesmo essas sendo completamente independentes. Dr. Matthias Gruber, relata que isso acontece porque a curiosidade coloca o cérebro num estado que permite o aprendizado e a retenção de qualquer forma de informação, o que motiva o aprendizado. 2. A curiosidade faz a aprendizagem mais satisfatória. Ela prepara o cérebro para a aprendizagem e torna o aprendizado uma experiência mais gratificante para os alunos. Os pesquisadores constataram que, quando os participantes tiveram a curiosidade aguçada, foi registrado aumento de atividade no hipocampo, que é a parte do cérebro que cria as memórias, mas também no ponto do cérebro que relaciona prazer e recompensa. Este ponto do cérebro é o mesmo que é estimulado quando se consegue algo que realmente se gosta, como exemplo doces ou dinheiro, e depende da dopamina, substância química do “sentir-se bem”, onde transmite a comunicação entre os neurônios e dá a sensação de euforia. Portanto, instigar a curiosidade dos alunos não só ajuda a relembrar a lições, como também torna a experiência de aprendizagem tão prazerosa quanto comer uma sobremesa bem gostosa ou ganhar dinheiro. Os professores já sabem a importância de instigar mentes curiosas, porém ter embasamento científico é evidentemente mais satisfatório. Vygotsky (2000) explica que, a formação de conceitos: Quando uma criança é exposta a um novo conceito, seu desenvolvimento está apenas começando: no início ele é um tipo de generalização elementar que, vai sendo substituído por generalizações cada vez mais elevadas, à medida que a criança se desenvolve. (...) é mais do que a soma de certos vínculos associativos formados pela memória, é mais do que o simples hábito mental; é um ato real e complexo de pensamento que não pode ser aprendido pela simples memorização, só podendo ser realizado quando o próprio desenvolvimento da criança já houver atingido o seu nível mais elevado (...) em qualquer nível de seu desenvolvimento, o conceito é, em termos psicológicos, um ato de generalização (...), evoluem como o significado das palavras. A essência de seu desenvolvimento é, em primeiro lugar, a transição de uma estrutura de generalização à outra. 15 Em qualquer idade, um conceito expresso por uma palavra representa uma generalização. (VIGOTSKI, 2000, p. 246). Fonte:http://www.megacurioso.com.br/ciencia/40664-7-imagens-de-laboratorios- cientificos-e-seus-equipamentos-tecnologicos.htm Não é preciso esperar que a criança entre no ensino fundamental para poder trabalhar meio social, físico, cultural. Por meio de várias experiências a criança aos poucos vai raciocinando e questionando as coisas. Isso também é um trabalho dos pais e da família. Os conceitos são aprendidos pela criança não em uma forma pronta no processo de aprendizagem escolar; mas são organizados e reelaborados por ela ao longo de suas experiências. Um exemplo de experiência didática, para fazer com os alunos é a tinta de giz de cera, que pode ser usada nas paredes, vidros ou pisos e é facilmente removível. Ingredientes: Meia colher de detergente I giz de quadro Amasse o giz com um pilão até obter um pó. Misture o detergente até obter uma consistência de tinta. 16 Fonte: https://www.thoughtco.com/how-do-i-mix-greens-2578027 Dada a importância de ciência e tecnologia em nossa sociedade, espera- se que o ensino de ciências possa promover uma compreensão acerca do que é a ciência e como o conhecimento científico interfere em nossas relações com o mundo natural, com o mundo construído e com as outras pessoas. Sendo a ciência uma produção cultural, ela representa um patrimônio cultural da humanidade e, nesse sentido, o acesso à ciência é uma questão de direito. O ensino de ciências deve estar comprometido com a promoção de uma crescente autonomia dos alunos, visando seu desenvolvimento pessoal e provendo-os de ferramentas para o pensar e agir de modo informado e responsável num mundo cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia. A interação dos estudantes com um mundo concebido e transformado por essa ciência e tecnologia, apresenta diversos desafios para o ensino. Esses desafios podem ser traduzidos em quatro questões básicas e envolvem características do conhecimento científico e tecnológico: Fonte: Elaborado pelo DI (2017) Resumo da aula Nesta aula foi estudada a relação da curiosidade com o aprendizado, o quão importante são os questionamentos dos alunos para que se aprenda com satisfação. Foi feito ainda um experimento com giz e detergente no qual resultou uma tinta que pode ser usada em vidros, azulejos e paredes, de fácil remoção. 17 Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a formação dos conceitos nas crianças. Aula 4 - Imaginação e investigação sobre a água e o ar Apresentação da aula Nesta aula será estudada a água e o ar, sua importância, e onde se encontra. Será feita ainda uma experiência sobre a densidade da água e das coisas, colocando-as num copo de água, como fazer uma bola pula-pula e como encher uma bexiga com produtos químicos. Fonte: Acervo do autor (2017) 4.1 A água do planeta Terra A água é uma das substâncias mais comuns em nosso planeta. Toda a matéria (ou a substância) na natureza é feita por partículas muito pequenas, invisíveis a olho nu, os átomos. Cerca de 71% da superfície da Terra é coberta por água em estado líquido. Do total desse volume, 97,4% aproximadamente, está nos oceanos. A água dos oceanos é salgada: contém muito cloreto de sódio, 18 além de outros sais minerais. Mas a água em estado líquido também aparece nos rios, nos lagos e nas represas, infiltrada nos espaços do solo e das rochas, nas nuvens e nos seres vivos. Nesses casos ela apresenta uma concentração de sais inferior a água do mar. É chamada de água doce e corresponde a apenas cerca de 2,6% do total de água do planeta. Cerca de 1,8% da água doce do planeta é encontrado em estado sólido, formando grandes massas de gelo nas regiões próximas dos polos e no topo de montanhas muito elevadas. As águas subterrâneas correspondem a 0,96% da água doce, o restante está disponível em rios e lagos. Fonte:http://www.latiendadelosvinilos.com/categoria/vinilos-infantiles-7/varios- 7.html?orden=Nombre&sentido=ASC&pag=6 4.2 Experiência com água, o que afunda e o que flutua Princípio de Arquimedes (287 a.C. - 212 a.C.), maior matemático e físico da antiguidade: “Todo corpo mergulhado num líquido recebe por parte do líquido a ação do empuxo, que é uma força dirigida verticalmente de baixo pra cima. A intensidade do empuxo é igual ao peso do volume do líquido deslocado”. Nem todo corpo flutua ou afunda na água. Alguns mantêm o equilíbrio dentro da água. Se o corpo flutua é porque esse corpo é menos denso que a água. Então o peso do corpo é igual ao empuxo, isto é, o peso do corpo é igual ao peso do volume de água que se desloca. Se o corpo afunda é porque este corpo é mais denso que a água. Então o peso do corpo é maior que o empuxo, isto é, o peso do corpo é maior do que o peso do volume de água que se desloca. 19 Se o corpo fica em equilíbrio no interiordo líquido é porque este tem a mesma densidade da água. Ele nem afunda e nem flutua na água. Ele fica completamente mergulhado na água, sem tocar no fundo, mantendo o equilíbrio. Para um objeto flutuar ou afundar, não importa seu tamanho ou sua massa (o que costumamos chamar de peso): “o que conta é a sua densidade. Se ele for mais denso do que a água, afunda. Se for menos denso, flutua. Mas o que significa "mais denso" e "menos denso?” A bola de gude é um bom exemplo. Imagine que se fabricasse uma bola de gude feita de água. Qual pesaria mais: a bola de gude de verdade ou a bola de gude de água? A de verdade. Isso significa que ela é mais densa do que a água. Portanto, se temos dois volumes iguais, um cheio de água e outro de vidro, o de vidro é mais "pesado". É isso que significa ser mais denso. 4.3 O Ar que respiramos O Ar é um recurso natural composto de diferentes gases, como o oxigênio; é essencial para a vida, pois precisamos dele para respirar, abastecendo nosso corpo das quantidades necessárias para o seu funcionamento. As grandes quantidades de poluição, causadas pelo homem, têm prejudicado a qualidade do ar que respiramos. Por isso é comum vermos pessoas com problemas respiratórios. As indústrias são bastante responsáveis pela poluição do ar, assim como as queimadas e o aumento de automóveis que circulam pelas cidades. “Brincar com as crianças e fazer com que elas percebam sobre a existência do ar, pode ser um despertar pra explorar esse fenômeno. De onde vem o ar? Ele existe? Ou como é que o avião voa?” Não se pode ver o ar, mas os professores podem realizar atividades para mostrar aos alunos que o ar ocupa seu espaço ao nosso redor, mostrando a eles por exemplo, quando se enche uma bexiga, o ar que é utilizado saindo dos pulmões. Pode-se posteriormente, realizar uma experiência de como encher uma mesma bexiga sem soprar. Encher balões de gás usando uma garrafa, vinagre e bicarbonato de sódio ou fermento em pó, pode ser instigante. 20 Experiência com bexiga: Enchendo balões de gás com bicarbonato e vinagre. Materiais: 1 garrafa de plástico de 1 L Balões Bicarbonato de sódio ou fermento Vinagre Funil Modo de fazer: Colocar a água na garrafa, e com auxílio do funil, acrescentar o bicarbonato de sódio ou fermento. Em seguida colocar a bexiga na boca da garrafa. Agite a garrafa pra que os ingredientes se misturem bem. A reação química entre os produtos gera o ácido carbônico. Esse ácido imediatamente se decompõe em dióxido de carbono. Quando se adiciona vinagre ao bicarbonato ou fermento, é o gás carbônico que origina as bolhas. Fonte:https://www.education.com/science-fair/article/balloon-gas-chemical-reaction/ Despertar as crianças para as curiosidades e fazê-la desvendar o mundo, este é o objetivo desse campo de experiência para transformar, brincar, imaginar e criar. 21 4.4 Experiência com confecção de bolinhas de borracha Na Educação Infantil é importante que a criança demonstre curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias. Uma boa dica para trabalhar com os alunos é questionar como são fabricadas as bolas, de que são feitas, como é a borracha e de onde vem. A seguir, a receita de uma bolinha de borracha, fácil para o professor realizar na escola e ensinar os alunos como se faz uma bolinha pula-pula e ainda ensinar aos alunos o passo a passo de como fazer. Bolinha pula-pula Ingredientes: 2 colheres de sopa de água 2 colheres de sopa de vinagre 1 colher de látex líquido Modo de fazer: Colocar numa vasilha a água e o vinagre. Mexer bem com uma colher. Por último acrescentar o látex, mexer rapidamente e retirar a borracha que se formou, enrolando com a palma das mãos. Depois é só brincar e se divertir! Fonte:http://planetadiversoeseentretenimento.com/produtos/vendingmachines/bolinhas /bolinhas.php#imgs/new/ 22 Saiba Mais Fazer brinquedos com as crianças é uma ótima atividade pedagógica. Neste link abaixo, o vídeo do canal Manual do Mundo ensina a fazer uma catapulta de aviões, que as crianças vão adorar brincar e confeccionar. Acesse o site e confira: http://www.manualdomundo.com.br/2014/11/como-fazer-uma- catapulta-de-avioes/ Resumo da aula Nesta aula foi estudada a água e o ar, a importância deles na vida dos humanos. Ainda foram sugeridas experiências para serem feitas com as crianças sobre esses dois temas. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a importância do ensino de ciências na Educação Infantil. Resumo da disciplina O Ensino de ciências é importante para a constituição do processo de criação e desenvolvimento das crianças de Educação Infantil. Pois é nesta aula que os alunos exploram e entendem mais o ambiente que os circunda, compreender essa relação com o ambiente, o meio natural, falar sobre os fenômenos da natureza com as crianças. As experiências em sala de aula são um enriquecimento do conhecimento das crianças, pois além de diversão, trazem a apreensão e a curiosidade, construindo assim um aprendizado significativo. 23 Referências BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Política da Educação Fundamental. Coordenação Geral da Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, vol. 1 e 3. Brasília: MEC/SEF/DPE/COEDI, 1998. GOMES, Marineide de Oliveira. Formação de professores na Educação Infantil. (Coleção Docência em Formação) São Paulo: Cortez, 2009. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. PIAGET, J. A. Formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.
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