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Resumo - Competência - TGP

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COMPETÊNCIA - RESUMO
7 – O Poder Judiciário: é uno, assim como é uma sua função precípua – a jurisdição – por apresentar sempre o mesmo conteúdo e a mesma finalidade.
- É tradicional a assertiva, na doutrina pátria, de que o Poder Judiciário não é federal nem estadual, mas nacional. É um único e mesmo poder que se positiva através de vários órgãos estatais – estes, sim, federais e estaduais.
- No brasil, é errônea a afirmativa de existência de contencioso administrativo, pois desde os primórdios da República, se visou abolir tal sistema. Com ele não se confundem tribunais administrativos, cujos procedimentos estão sempre sujeitos à revisão pelo Poder Judiciário e que existem mesmo no sistema de jurisdição una, como é o nosso. 
- Órgãos não jurisdicionais: não detêm competência jurisdicional, mas, mesmo assim, são órgãos do Poder Judiciário. Ex.: CNJ (fiscaliza e adm o PJ e seus integrantes); Ouvidorias de Justiça (receber denúncias contra os membros do PJ); Escolas de Magistratura (preparação, aperfeiçoamento, promoção de magistrado etc.).
7.1 – Independência do Poder Judiciário: independência política do PJ e de seus órgãos, através das garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos. Ainda, com o intuito de assegurar às partes a imparcialidade do juízo, há vedações/impedimentos para o exercício de determinadas atividades. 
- No tocante à independência jurídica dos juízes, podemos dizer que o juiz subordina-se apenas à lei, sendo inteiramente livre na formação do seu convencimento e na observância dos ditames de sua consciência. Assim, a hierarquia dos graus da jurisdição nada mais traduz do que uma competência de derrogação e nunca uma competência de mando da instância superior sobre a inferior. 
7.1.1 – Garantias de independência:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
- Obs.: essa é a grande diferença para com a estabilidade dos demais funcionários públicos, uma vez que o juiz, salvo nas hipóteses de estágio probatório, só perderá o cargo mediante sentença judicial, ou seja, não perderá o cargo por procedimento administrativo. Essa garantia abrange os membros do Ministério Público e Tribunal de Contas.
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
- Consiste em não se permitir, sem seu consentimento, a remoção de um juiz, de um lugar para outro, nem mesmo nas hipóteses de promoção.
- O art. 93, VIII, da CF, diz que “o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”.
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
7.1.2 – Impedimentos como garantia de imparcialidade:
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
7.2 – Competência: os atos praticados fora dos limites do exercício de competência serão nulos, por vício de incompetência.
a) Absoluta x relativa: esta poderá ser modificada pelas partes ou prorrogada pela não arguição a tempo, enquanto aquela é improrrogável e inalterável; os atos praticados por juiz relativamente incompetente são anuláveis, podendo convalescer, enquanto os atos de juízo absolutamente incompetente são nulos de pleno direito. Em regra, as competências de foro são relativas, enquanto as demais não.
b) Competência de Jurisdição: natureza da relação jurídica de direito: b.1) material: comum ou especializada; b.2) Qualidade das pessoas: federal, estadual ou militares.
c) Competência Originária: uma ação geralmente se inicia no Juiz Singular, mas por determinação constitucional, pode se iniciar em qualquer dos Tribunais.
d) Competência de Foro: é a competência territorial. Local onde o crime se consumou, domicilio do réu, local da prestação trabalhista. Essa é a regra geral.
Será vista nos códigos de processo. Determina em qual comarca ou seção judiciária uma ação deve ser distribuída. 
e) Competência de Juízo: resulta da distribuição de processos em diversos juízos em um mesmo foro. Ex.: fazenda pública estadual, família, sucessões, criminais. São varas especializadas. 
f) Competência Interna: mais de um juiz ou grupo de câmaras. A legislação infraconstitucional e os regimentos internos de cada tribunal irão resolver essas questões. Ex.: 4 juízes cíveis na comarca. 5 grupos de câmaras nos tribunais de justiça. 
g) Competência Recursal: em regra essa competência pertence aos tribunais.
- O processo pertence ao ramo do direito público, pois suas regras não aceitam transação. São regras de interesse público, pois asseguram a Ordem Jurídica. Os atos processuais realizados fora da competência são nulos por vício de incompetência. Sendo que os juízes devem declarar a incompetência de ofício. Contudo, há atos processuais, que praticados fora da competência territorial cível ou trabalhista, não geram nulidades.
7.3 – Órgãos do Poder Judiciário
 
7.3.1 – Supremo Tribunal Federal – STF: a competência do STF restou atribuída pela CF/88 (vide art. 102 da CF).
- Em suas principais atribuições, está a de julgar as seguintes ações: a) ação direta de inconstitucionalidade (ADI), de lei ou ato normativo federal ou estadual; b) ação declaratória de constitucionalidade (ADC), de lei ou ato normativo federal; c) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), decorrente da própria Constituição; d) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
           
- Na área penal, destaca-se a competência para julgar: nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros.
           
- Em grau de recurso, sobressaem-se as atribuições de julgar: a) em recurso ordinário: o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) em recurso extraordinário: as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição.
- Súmulas Vinculantes (EC n. 45/2004): o Supremo Tribunal Federal pode aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (art. 103-A da CF/88):
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
7.3.2 – Superior Tribunal de Justiça: sua competência está prevista no art. 105 da Constituição Federal, que estabelece os processos que têm início no STJ (originários) e os casos em que o Tribunal age como órgão de revisão, inclusive nos julgamentos de recursos especiais. 
- O STJ julga crimes comuns praticados por governadores dos estados e do Distrito Federal, crimes comuns e de responsabilidade de desembargadores dostribunais de justiça e de conselheiros dos tribunais de contas estaduais, dos membros dos tribunais regionais federais, eleitorais e do Trabalho. 
- Julga também habeas-corpus que envolvam essas autoridades ou ministros de Estado, exceto em casos relativos à Justiça eleitoral. 
- Pode apreciar ainda recursos contra habeas-corpus concedidos ou negados por tribunais regionais federais ou dos estados, bem como causas decididas nessas instâncias, sempre que envolverem lei federal. 
*** Em 2005, como parte da reforma do Judiciário, o STJ assumiu também a competência para analisar a concessão de cartas rogatórias e processar e julgar a homologação de sentenças estrangeiras. Até então, a apreciação desses pedidos era feita no Supremo Tribunal Federal (STF).
7.3.3 – Justiça Federal Comum: (CRFB) 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
7.3.4 – Justiça do Trabalho:
(CRFB) Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
7.3.5 – Justiça Militar: (CRFB) Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.
7.3.6 – Dos Tribunais e Juízes dos Estados:
(CRFB) Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. 
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. 
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
 
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. 
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

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