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1FA08 09/12/08 Mecânica dos Fluidos Bibliografia Básica Brunetti, F., Mecânica dos Fluidos , São Paulo, Prentice Hall, 2ª ed. 2009. Fox, R.W., Pritchard, P.J; McDonald, A.T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, LTC, 2010. Potter, M.C., Wiggert, D.C., Ramadan, B.H. Mecânica dos Fluidos, CENGAGE Learning, 4ª ed., 2012. Bibliografia Complementar White, F. M., Mecânica Dos Fluidos, McGraw-Hill, 4ª ed. 2010. Munson, B. R., Young, D.F., Okiishi, T.H., Fundamentos da Mecânica dos Fluidos, Edgard Blucher, . 2004 Schiozer, D., Mecânica dos Fluidos. Ed. LTC, 2006. Bistafa, Sylvio, R., Mecânica Dos Fluidos Noções E Aplicações, Ed. Edgard Blucher, 2010. Çengel, Y.A. e Cimbala, J.M., Mecânica dos Fluidos – Fundamentos e Aplicações, McGraw-Hill, 2008. 2FA08 09/12/08 O que é um Fluido? É uma substância que não tem forma própria e que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão cisalhante (tangencial), não importando o quão pequeno possa ser essa tensão. 3FA08 09/12/08 O que é um Fluido? 4FA08 09/12/08 Tensões A deformação de um fluido sob influência da ação de tensão tangencial denomina-se Escoamento. A tensão normal exercida por um fluido é também conhecida como Pressão. 5FA08 09/12/08 Unidades 6FA08 09/12/08 Unidades 7FA08 09/12/08 Unidades 8FA08 09/12/08 Unidades 9FA08 09/12/08 Unidades 10FA08 09/12/08 Massa Específica ou densidade absoluta (ρ) : é definida como massa por unidade de volume. ∀ = 3m kg S.I volume massaM ρ Propriedades dos fluidos Volume Específico ( ) : é definido como o volume ocupado por unidade de massa. ∀ 3mvolume ∀ = kg m S.I 3 massa volume M υ υ 11FA08 09/12/08 � Líquidos: são praticamente fluidos incompressíveis, só sofrem variações significativas a altas pressões; Propriedades dos fluidos � Gases: são geralmente fluidos compressíveis. Efeitos significativos de p em ρ são observados. 12FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Peso Específico ( ): é definido como o peso por unidade de volume. Onde g= aceleração da gravidade. = ∀ = ∀ = 3m N . ISg mgP ργ γ Densidade relativa (d) : é definida como a razão entre a massa específica do fluído e a massa específica da água numa certa temperatura. Usualmente 4°C (nesta temperatura ρágua=1000 kg/m³) . água d ρ ρ = 13FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Viscosidade absoluta ou dinâmica (µ): é definida como a resistência do fluido ao escoamento, ou seja, é a resistência que todo fluido oferece ao movimento relativo de suas partes. � Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. � Tem um papel primário na geração de turbulência. 14FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos A viscosidade absoluta de gases e líquidos apresenta comportamento diferente em relação a dependência da temperatura, conforme o quadro abaixo. 15FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Viscosidade cinemática (ν): É a razão entre a viscosidade absoluta e a massa específica. ρ µ ν = Principais unidades de medida: m2 s-1; ft2 s-1; centistokes (cSt) = 10-2 cm2 s-1. ρ 16FA08 09/12/08 Entendendo a viscosidade Forças tangenciais (forças de cisalhamento) arrastam o fluido no sentido do movimento. Propriedades dos fluidos A velocidade de escoamento é diferente para cada lamina de fluido, pois quanto mais próximo a parede, a velocidade tende a zero. 17FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Matematicamente Lei da viscosidade de Newton: As forças de resistência viscosa agentes nas faces de uma lâmina têm intensidade proporcional à área das faces, e ao gradiente de velocidade entre elas: ττττ - é a tensão cisalhante; µ - é a viscosidade absoluta; ∆∆∆∆v/∆∆∆∆x - é o gradiente de velocidade, chamado taxa de cisalhamento, ou ainda, de taxa de deformação. x v ∆ ∆ == µτ A F 18FA08 09/12/08 Exemplo O pistão da figura tem uma massa de 0,5 kg. O cilindro de comprimento ilimitado é puxado para cima com velocidade constante. O diâmetro do cilindro é 10 cm e do pistão é 9 cm e entre os dois existe um óleo de e Com que velocidade deve subir o cilindro para que o pistão permaneça em repouso? Supor diagrama linear e g = 10m/s2.permaneça em repouso? Supor diagrama linear e g = 10m/s2. 19FA08 09/12/08 Exercício Um pistão de peso G=4N cai dentro de um cilindro com uma velocidade constante de 2 m/s. O diâmetro do cilindro é 10,1 cm e o do pistão é 10,0 cm. Determine a viscosidade do lubrificante colocado na folga entre o pistão e o cilindro. 20FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Os fluidos que obedecem a lei da viscosidade de Newton são os fluidos newtonianos, e eles englobam a maior parte dos fluidos. Ex: ar, água e óleo. 21FA08 09/12/08 Propriedades dos fluidos Fluidos não Newtonianos, não seguem a lei linear de Newton e são tratados em livros sobre Reologia. Exemplos: �Creme Dental (Pasta de dente) �Lamas de Perfuração�Lamas de Perfuração �Tintas �Ketchup, Mostarda e Chocolate �Polímeros �Sangue �Pseudoplásticos: Nata, Clara de Ovo 22FA08 09/12/08 Dinâmica dos fluidos (Regime de escoamento) A dinâmica dos fluidos é responsável pelo estudo e comportamento dos fluidos em regimeestudo e comportamento dos fluidos em regime de movimento acelerado no qual se faz presente a ação de forças externas responsáveis pelo transporte de massa. 23FA08 09/12/08 Dois aspectos importantes na Mecânica dos fluidos são: a natureza viscosa dos fluidos e a sua compressibilidade. 24FA08 09/12/08 Tridimensional → campo de velocidade varia em três dimensões. Bidimensional → campo de velocidade varia em duas Classificação do Escoamento Bidimensional → campo de velocidade varia em duas dimensões. Unidimensional → o campo de velocidade varia em uma dimensão. 25FA08 09/12/08 Regime Permanente: propriedades dos fluidos e sua velocidade não variam no tempo. Classificação do Escoamento Regime Transiente: propriedades dos fluidos e sua velocidade variam no tempo. 26FA08 09/12/08 Fluxo laminar: linhas de correntes formam lâminas. Baixa velocidade do escoamento. Classificação do Escoamento Fluxo turbulento: linhas de corrente formam turbilhões. Alta velocidade do escoamento. 27FA08 09/12/08 Fluxo Uniforme: velocidade constante para todos os pontos da trajetória. Classificação do Escoamento Fluxo Variado: velocidade varia ao longo dos pontos. 28FA08 09/12/08 Através do nº de Reynolds verifica-se o escoamento: Número de Reynolds 29FA08 09/12/08 É um parâmetro adimensional que relaciona forças viscosas com as forças de inércia, e é dado por: νµ ρ VDVD == Reou Re ρ = massa específica; V= velocidade; D = diâmetro; Número de Reynolds Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico: � Re < 2.300 (Regime laminar) � 2.300 <Re< 4000 (Transiente) � Re > 4000 (Turbulento) νµ == Reou Re D = diâmetro; µ = viscosidade dinâmica v= viscosidade cinemática 30FA08 09/12/08 Dinâmica dos fluidos Lei da Conservação da Massa 31FA08 09/12/08 • Lei da Conservação de Massa; • Lei da Quantidade de Movimento (q.d.m) (2ª Lei de Newton); Leis Fundamentais Newton); • Lei da Energia (1ª Lei da Termodinâmica). 32FA08 09/12/08 As leis fundamentais na forma integral de um volume de controle são úteis quando o interesse é no comportamento genérico de um campo de escoamento e nos efeitos sobre dispositivos quaisquer. Análise Integral dispositivos quaisquer. O Teorema do Transporte de Reynolds (T.T.R) é o teorema fundamental utilizado na formulação das leis fundamentais da dinânima dos fluidos. 33FA08 09/12/08 T.T.R Volume de controle (VC): analisar onde há fluxo de massa. Superfície de controle (SC): análoga à fronteira do sistema, porém com a possibilidade de existir fluxo mássico através dela. Propriedade (N): define o estado termodinâmico do sistemaPropriedade (N): define o estado termodinâmico do sistema (massa , energia ou quantidade de movimento). 34FA08 09/12/08 T.T.R-Demonstração Considereque para um dado instante t0 a superfície de controle seja coincidente com a fronteira do sistema. Volume de controle Sistema 1 Sistema 2 Sistema 3 controle t0 35FA08 09/12/08 Em um tempo t+ δ δ δ δt uma parte do sistema 2 permaneceu dentro do V.C(II) e outra parte deixou o V.C.(III). Parte do sistema 1 entrou no V.C. (I): T.T.R-Demonstração 36FA08 09/12/08 T.T.R Para volume de controle fixo: dAnVd tdt dN SCVCsistema ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = r ηρηρ Taxa de variação da propriedade extensiva N do sistema Taxa de variação da propriedade extensiva N dentro do volume de controle Taxa líquida de fluxo da propriedade extensiva N através da superfície de controle SCVCsistema 37FA08 09/12/08 T.T.R Aplicando o Teorema de Transporte de Reynolds para as 3 Leis Conservativas da Mecânica dos Fluidos: dAnVd tdt dN SCVCsistema ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = r ηρηρ Lei de Conservação N � Massa M 1 Continuidade Quantidade de Movimento 2° Lei de Newton Energia E e 1° Lei da Termodinâmica P r V r 38FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa dAnVd tdt dM SCVCsistema ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = r ρρ Pelo Teorema do Transporte de Reynolds aplicado a Conservação da Massa: Lei de Conservação N � Massa M 1 Continuidade Quantidade de Movimento 2° Lei de Newton Energia E e 1° Lei da Termodinâmica P r V r tdt SCVCsistema ∂ 39FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa A variação da massa num sistema é nula ( não há perda ou ganho de massa). Ou seja: Portanto: 0= sistemadt dM Portanto: dAnVd t SCVC ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = r ρρ0 Variação da massa no VC depende do quanto entra e/ou sai na SC 40FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa Sendo o volume de controle fixo e indeformável (regime permanente). Ou seja: Portanto: 0∫ =∀∂ ∂ VC d t ρ Portanto: Fluxo de massa na SC é nula dAnV SC ∫ → = r ρ0 41FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa Caso: Uma entrada e uma saída. A equação anterior fica: dAVdAVdAnVdAnV ∫∫∫∫ →→→→ +−=↔+= 212211 00 ρρρρ rr Supondo o escoamento uniforme por seção : Área constante. Temos que: dAVdAVdAnVdAnV AAAA ∫∫∫∫ +−=↔+= 2121 212211 00 ρρρρ 22110 AVAV →→ +−= ρρ 42FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa Assim , num escoamento em regime permanente e uniforme (uma entrada e uma saída: ↔= →→ 2211 AVAV ρρ 21 •• = mm AVm →• = ρ = • s kg tempo massa t m m Generalizando, para varias entradas e saídas: VAZÃO MÁSSICA que entra no sistema é igual a que sai do sistema ∑∑ •• = saídaentrada mm stempot 43FA08 09/12/08 Equação da Conservação da Massa Para fluidos incompressíveis (ρ constante), a equação anterior fica: ↔= →→ 2211 AVAV 21 •• = QQ → = VAQ . ∀ = s m tempo volume t Q 3 Generalizando, para varias entradas e saídas: ∑∑ = entradaentrada QQ VAZÃO VOLUMÉTRICA que entra no sistema é igual a que sai do sistema. = stempot Q 44FA08 09/12/08 Exemplo 1 Água escoa em um tubo convergente. O diâmetro na seção (1) é 0,04 m e a área na seção (2) é 5cm2 . Determine a vazão em volume, em massa e a velocidade média na seção (2). 45FA08 09/12/08 Exemplo 2 O tanque cilíndrico é alimentado pelas seções (1) e (2) com as vazões indicadas na figura. Determine a velocidade média na seção de descarga do tanque, sabendo que o nível da água no tanque permanece constante ao longo do tempo. 46FA08 09/12/08 1) Água flui para dentro e para fora de um aparelho, como mostrado na Figura. Calcule a taxa de variação da massa de água ( dm / dt ) no aparelho. Exercícios de Aplicação 47FA08 09/12/08 2 ) Água flui a uma velocidade uniforme de 3 m/s para dentro de um bocal que tem seu diâmetro reduzido de 10 cm para 2 cm. Calcule a velocidade da água que sai pelo bocal e a vazão.
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