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RESUMO PARA ESTUDO – FREUD E A PSICANÁLISE
Sigmund Freud (1856-1939)
Nascido na Áustria, o médico neurologista e pesquisador Sigmund Freud é considerado o “fundador” da psicanálise e foi responsável por popularizar o método de tratamento psicológico através do diálogo entre paciente e médico, tão comum hoje em dia. Muitas de suas teorias envolviam mecanismos da mente inconsciente, como a interpretação de sonhos, e dividiram os estudiosos da época, embora tenham contribuído para desenvolver técnicas terapêuticas baseadas principalmente na análise clínica.
Suas teorias se espalharam na cultura popular e o tornaram um grande ícone do século XX.
Biografia de Sigmund Freud 
Sigismund Schlomo Freud (mudou seu nome para Sigmund em 1878) nasceu na cidade de Freiburg in Mähren (atual cidade de Příbor), na região da Morávia, hoje parte da República Tcheca, mas naquela época parte do Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. 
Freud foi o primeiro de oito filhos do casal de judeus formado por Jakob Freud e Amalia Nathansohn. Os outros filhos do casal, e irmãos de Freud, chamavam-se Julius, Anna, Regine, Marie, Esther, Pauline e Alexander. Quando ainda era uma criança pequena, os pais de Freud decidiram mudar-se para Viena, local onde Freud passou quase toda a sua vida.
Durante sua fase escolar, Freud ficou conhecido por ser um bom estudante, possuía boas notas, lia muito e tinha enorme facilidade para aprender idiomas. Os biógrafos de Freud falam que ele tinha ótimo desempenho em idiomas como francês, inglês, latim e grego, por exemplo. Em 1873, Freud concluiu o ensino médio e, com 17 anos, ingressou na Universidade de Viena.
Sigmund Freud é conhecido como o “pai da psicanálise”, método utilizado para o tratamento de doenças mentais , por conta da sua extensa contribuição para o surgimento desse campo clínico que tem enfoque na psique humana. Formulou teorias como a do “id, ego e superego” e a do “complexo de Édipo”, que até hoje possuem enorme importância e são extensamente debatidas pelos psicanalistas.
As contribuições de Freud, porém, não se resumem ao campo da psicanálise, uma vez que suas teorias repercutiram bastante no campo científico e influenciaram diretamente áreas como a psicoterapia. A obra de Freud também repercutiu até em campos como a filosofia e a literatura. Até hoje alguns dos métodos de tratamento criados por Freud são utilizados por psiquiatras.
· Início da carreira profissional 
Na Universidade de Viena, Freud estudava medicina e, a princípio, interessou-se pela bacteriologia. Tempos depois, Freud envolveu-se com pesquisas no laboratório de neurofisiologia, dedicando-se à dissecação de enguias macho para estudar o seu sistema reprodutivo. Depois se dedicou a estudos que faziam a comparação da estrutura do cérebro humano com a de outros animais.
Em 1881, depois de quase nove anos de graduação, Freud conseguiu formar-se em medicina e, naquele ano, conseguiu um emprego no Hospital Geral de Viena. Freud continuou realizando suas pesquisas, que eram focadas no campo da neurologia, e logo começou a realizar palestras nessa área do conhecimento da medicina.
O interesse de Freud voltava-se para as doenças psíquicas – chamadas na época de histeria. Freud considerava os tratamentos da época inadequados, pois associavam essas doenças a transtornos físicos.
Um dos primeiros experimentos de Freud foi procurar tratar dores de cabeça e ansiedade por meio do uso de cocaína. Nessa época, drogas como cocaína e metanfetamina não eram proibidas e eram usadas indiscriminadamente por muitos. Freud chegou, inclusive, a autoadministrar cocaína como parte do seu experimento.
Inicialmente, ele acreditava que a cocaína era um meio eficaz de combater a ansiedade, mas acabou abandonando esse tratamento quando passou a ter conhecimento das consequências do uso dessa substância. Outro estudo promovido por Freud nessa fase de sua vida está relacionado com a afasia, distúrbio neurológico em que a pessoa tem grande dificuldade com a formulação e compreensão da linguagem.
Em 1885, Freud foi a Paris para realizar estudos com Jean-Martin Charcot, um importante neurologista da época. Charcot era conhecido por tratar os seus pacientes por meio da hipnose. O que Freud aprendeu com Charcot teve enorme peso para que ele formulasse suas teorias anos depois.
Anna O e o Desenvolvimento da ‘terapia da conversa’
Uma das maiores contribuições de Freud para a psicologia foi a terapia da conversa, a noção de que simplesmente falar sobre nossos problemas pode ajudar a aliviá-los. Foi através da associação com seu amigo e colega Josef Breuer que Freud tomou conhecimento do caso de uma mulher conhecida na história como Anna O. O verdadeiro nome da jovem era Bertha Pappenheim e ela se tornou um paciente de Breuer, depois de sofrer um ataque do que era então conhecido como histeria , que incluía sintomas como visão turva, alucinações e paralisia parcial. Foi durante o seu tratamento que Breuer observou que discutir suas experiências parecia fornecer algum grau de alívio de seus sintomas. Foi Pappenheim aka Anna O, que começou a se referir ao tratamento como a “cura pela fala”.
Enquanto Anna O é frequentemente descrita como uma das pacientes de Freud, os dois nunca realmente se conheceram pessoalmente. Freud muitas vezes discutiu seu caso com Breuer, no entanto, e os dois colaboraram em um livro de 1895 com base em seu tratamento intitulado Estudos sobre a histeria. Freud concluiu que sua histeria foi o resultado de abuso sexual na infância, uma visão que acabou levando a uma ruptura no relacionamento profissional e pessoal de Freud e Breuer.
Anna O pode realmente não ter sido paciente de Freud, mas o caso dela influenciou muito do trabalho e das posteriores teorias de Freud sobre terapia e psicanálise.
· Vida pessoal 
Em 1882, Freud conheceu Martha Bernays, amiga de uma de suas irmãs. Pouco tempo depois, iniciaram um relacionamento e, com dois meses de namoro, ficaram noivos. Em 1886, Freud e Martha casaram-se e, ao longo de sua vida, tiveram seis filhos: Mathilde, Jean-Martin, Oliver, Ernst, Sophie e Anna. Dois filhos de Freud, Ernst e Anna, tiveram grande sucesso em suas carreiras profissionais. O primeiro foi arquiteto, e a segunda seguiu os passos do pai e tornou-se psicanalista.
· Problemas com o nazismo 
Com a ascensão do nazismo, na década de 1930, Freud começou a enfrentar alguns problemas. Em 1933, alguns dos seus livros foram queimados pelos nazistas na Alemanha. Isso aconteceu por conta do antissemitismo do nazismo, que associava as ideias de Freud à decadência do “mundo moderno”. Por conta dessa ocasião, Freud escreveu ironicamente para um amigo dizendo: “Que progresso estamos fazendo! Na Idade Média, teriam me queimado na fogueira. Agora eles se contentam em queimar meus livros”.
Em 1938, Freud foi obrigado a fugir da Áustria, por conta do Anschluss, nome como ficou conhecida a anexação da Áustria à Alemanha Nazista. Como era judeu, Freud acabou tendo que se mudar para Londres, na Inglaterra, local onde faleceu pouco mais de um ano depois.
A princípio, Freud estava relutante da ideia de se mudar de Viena, mas se convenceu da necessidade de abandonar a Áustria depois que sua filha, Anna Freud, foi presa temporariamente pela Gestapo, a polícia política do nazismo. Tempos depois, quatro das irmãs de Freud foram mortas em campos de concentração.
· Morte 
Durante sua juventude, Freud adquiriu o hábito de fumar – primeiro cigarros, depois, charutos. Esse hábito acabou fazendo com que Freud adquirisse câncer de boca na década de 1920. Freud passou por mais de 30 intervenções cirúrgicas no combate à doença e acabou tendo que retirar parte de sua mandíbula, passando a viver nos seus últimos anos com uma prótese.
O câncer na boca de Freud passou a causar-lhe dores intensas. Por essa razão, convenceu seu amigo, Max Schur, a aplicar-lhe doses excessivas de morfina, que o levaram à morte em 23 de setembro de 1939. As casas em que Freud viveu em Freiberg in Mähren, Viena e Londres foram transformadas em museus em homenagemao seu legado.
Livros
Ao longo de sua carreira como psicanalista, Freud escreveu uma série de livros que são hoje um grande legado de sua obra. Dentre os livros escritos por Freud, podem ser destacados, em ordem de importância para ler/conforme a disciplina deste semestre:
· Estudos sobre a Histeria, em coautoria com Josef Breuer (1893-1895)
· Fragmentos de uma análise de histeria – o caso Dora;
· A interpretação dos sonhos (1900);
· Sobre a psicopatologia da vida cotidiana (1901);
· Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1901-1905);
· Cinco lições de psicanálise (1910);
· Além do princípio do prazer (1920);
· O futuro de uma ilusão (1927);
· O mal-estar na civilização (1930);
· Introdução ao Narcisismo, Ensaios de Metapsicologia e outros textos (1914-1916);
· Compêndio da Psicanálise;
· Conferências Introdutórias à Psicanálise (1916-1917)
· A mente segundo a teoria de Sigmund Freud 
Ao longo de sua carreira, Freud ficou conhecido por formular inúmeras teorias que influenciaram de maneira considerável o campo da psicologia. 
Sigmund Freud foi o fundador da psicanálise e da abordagem psicodinâmica da psicologia. Essa escola de pensamento enfatizava a influência da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana era composta de três elementos: o id, o ego e o superego.
Muitas das observações e teorias de Freud foram baseadas em casos clínicos e estudos de casos, o que dificultou sua generalização para uma população maior. Independentemente disso, as teorias de Freud mudaram a forma como pensamos sobre a mente e o comportamento humanos
O que é psicanálise?
 Em primeiro lugar, uma teoria que pretende explicar o funcionamento da mente humana. Além disso, a partir dessa explicação, ela se transforma num método de tratamento de diversos transtornos mentais, moldado pela teoria psicanalítica - algumas vezes descrita como a “psicologia profunda”. 
É comum a confusão entre psicanálise e psicologia, porém são coisas bastantes distintas, é possível que um psicólogo seja psicanalista, da mesma maneira que um psicanalista pode não ser um psicólogo.
A psicanálise promove a consciência de padrões de emoções e comportamentos inconscientes, desadaptativos e habitualmente recorrentes. Isso permite que aspectos anteriormente inconscientes do self se integrem e promovam um ótimo funcionamento da mente, cura e expressão criativa.
Depois de ter contato com a hipnose como forma de tratamento, Freud procurou utilizá-la em seus pacientes. Isso aconteceu depois de ter aberto um consultório em Viena para tratar de “doenças nervosas”. O contato com a hipnose levou Freud a concluir, tempos depois, que as doenças mentais eram, de fato, causadas por distúrbios em uma parte que ele chamou de inconsciente.
Freud passou a defender a ideia de que a forma de tratar essas doenças deveria acontecer por meio das palavras. Inicialmente, Freud hipnotizava seus pacientes e os incentivava a falar sobre todos os seus traumas. Esse procedimento ficou conhecido como “cura pela palavra” e foi resultado da influência de um neurologista chamado Josef Breuer.
Breuer era um dos mais importantes neurologistas de Viena, e o relato dele a respeito de uma de suas pacientes teve grande impacto em Freud. Essa paciente, que sofria de depressão, era Bertha Pappenheim, também conhecida como Anna O. Breuer hipnotizava sua paciente e a orientava a falar sobre os seus sintomas e traumas, tendo como resultado a melhora do quadro de Anna O.
Após esse caso, Freud passou a aplicar a “cura pela palavra” em seus próprios pacientes. Ele os incentivava a falar sobre os traumas e anotava tudo o que era dito pelos seus pacientes. Com o tempo, começou a identificar que a parte consciente da mente humana não tinha acesso a todas as lembranças e grande parte dos pensamentos ficava reprimida no “inconsciente”. Assim, o tratamento por meio da psicanálise só seria de fato eficaz se fosse possível acessar os pensamentos e traumas do inconsciente, levando-os para a consciência do paciente.
Os atendimentos realizados por Freud aconteciam em um apartamento localizado no mesmo prédio (Berggasse 19) que ficava sua casa. Freud colocava seus pacientes em um sofá (chamado de divã), em uma posição em que não havia contato visual com os pacientes. Os resultados foram  mostrando-se satisfatórios, e Freud começou a ganhar popularidade. Esses resultados foram importantes porque conseguiram provar a teoria de Freud a respeito da existência do inconsciente na mente humana.
História da Psicanálise
Outro teórico associado à psicanálise é Erik Erikson. Erikson expandiu as teorias de Freud e enfatizou a importância do crescimento ao longo da vida. A teoria do estágio psicossocial da personalidade de Erikson permanece influente hoje em nossa compreensão do desenvolvimento humano.
De acordo com a American Psychoanalytic Association, a psicanálise ajuda as pessoas a se entenderem, explorando os impulsos que muitas vezes não reconhecem porque estão escondidos no inconsciente. Hoje, a psicanálise engloba não apenas a terapia psicanalítica, mas também a psicanálise aplicada (que aplica princípios psicanalíticos a configurações e situações do mundo real), bem como a neuropsicanálise (que aplica a neurociência a tópicos psicanalíticos, como sonhos e repressão).
Enquanto as abordagens freudianas tradicionais podem ter caído em desuso, as abordagens modernas da terapia psicanalítica enfatizam uma aproximação não crítica e empática.
Os clientes são capazes de se sentir seguros enquanto exploram sentimentos, desejos, memórias e estressores que podem levar a dificuldades psicológicas. Pesquisas também demonstraram que o auto-exame utilizado no processo psicanalítico pode ajudar a contribuir para o crescimento emocional a longo prazo.
Pressupostos da psicanálise
Em resumo, Freud acreditava que as pessoas podiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim percepção. O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, isto é, conscientizar o inconsciente. É ter uma experiência catártica, de cura, para que a pessoa pode ser ajudada.
Psicólogos psicanalistas veem problemas psicológicos como enraizados na mente inconsciente. Os sintomas manifestos são causados por distúrbios latentes (ocultos). Causas típicas incluem problemas não resolvidos durante o desenvolvimento ou trauma reprimido. O tratamento se concentra em trazer o conflito reprimido à consciência, onde o cliente pode lidar com isso.
Como podemos entender a mente inconsciente?
A psicanálise, além de ser uma teoria, é uma terapia. Esse estudo é comumente usado para tratar depressão e transtornos de ansiedade.
Na psicanálise como terapia, Freud teria um paciente deitado em um sofá para relaxar e ele se sentaria atrás deste tomando notas enquanto contava sobre seus sonhos e memórias de infância. A psicanálise seria um processo demorado, envolvendo muitas sessões com o psicanalista.
Devido à natureza dos mecanismos de defesa e à inacessibilidade das forças determinísticas que atuam no inconsciente, a psicanálise, em sua forma clássica, é um processo demorado. Isso geralmente envolve de duas a cinco sessões por semana durante vários anos.
Essa abordagem pressupõe que a redução dos sintomas por si só é relativamente irrelevante. Se o conflito subjacente não fosse resolvido, sintomas mais neuróticos seriam simplesmente substituídos. O analista geralmente é uma “tela em branco”, revelando muito pouco sobre si mesmo, a fim de que o cliente possa usar o espaço do relacionamento para trabalhar em seu inconsciente, sem interferência externa.
Terminologias chave
A psicanálise envolve diversos termos e idéias diferentes relacionados à mente, personalidade e tratamento. Em um estudo de caso, o pesquisador tenta observar muito intensamente todos os aspectos da vida de um indivíduo. Estudando cuidadosamente a pessoa tão de perto, a esperança é que o pesquisador possa entender como a história dessa pessoa contribui para seu comportamentoatual. 
Embora a esperança seja de que os insights obtidos durante um estudo de caso possam se aplicar a outros, muitas vezes é difícil generalizar os resultados porque os estudos de caso tendem a ser tão subjetivos. Para isso, utiliza conceitos como os que você verá a seguir. 
A Mente Consciente e Inconsciente
A mente inconsciente inclui todas as coisas que estão fora da nossa percepção consciente. Estes podem incluir memórias da primeira infância, desejos secretos e impulsos ocultos. Segundo Freud, o inconsciente contém coisas que podem ser desagradáveis ​​ou até mesmo inaceitáveis ​​socialmente. Porque essas coisas podem criar dor ou conflito, elas são enterradas no inconsciente.
Embora esses pensamentos, memórias e impulsos possam estar fora de nossa consciência, eles continuam a influenciar o modo como pensamos, agimos e nos comportamos. Em alguns casos, as coisas fora da nossa consciência podem influenciar o comportamento de formas negativas e levar a sofrimento psicológico.
A mente consciente inclui tudo o que está dentro da nossa consciência. Os conteúdos da mente consciente são as coisas de que estamos cientes ou que podem facilmente levar à consciência.
Técnicas psicanalíticas
O psicanalista usa várias técnicas como incentivo para o cliente desenvolver insights sobre seu comportamento e os significados dos sintomas, incluindo borrões de tinta, parapraxias, associação livre, interpretação (incluindo análise de sonhos), análise de resistência e análise de transferência.
1) Teste de Rorschach – NÃO ESTUDAMOS ISSO NA DISCIPLINA (COLOQUEI SÓ PARA CONHECIMENTO)
Devido à natureza dos mecanismos de defesa e à inacessibilidade das forças determinísticas que operam no inconsciente, a mancha de tinta em si não significa nada. Ela é ambígua e pouco clara. É o que o paciente lê nela que é importante. Pessoas diferentes verão coisas diferentes dependendo de quais conexões inconscientes elas fazem.
O borrão de tinta é conhecido como um teste projetivo, pois o paciente “projeta” informações de sua mente inconsciente para interpretar a mancha de tinta.
No entanto, psicólogos comportamentais como B.F. Skinner criticaram este método como sendo subjetivo e não científico.
2) Deslizamento Freudiano (TEMA DO LIVRO - Sobre a psicopatologia da vida cotidiana)
Um deslize freudiano, também chamado de ato falho, é um erro no discurso, memória, ou ação física que é interpretado como ocorrendo devido à interferência de um inconsciente desejo moderada ou interna linha de pensamento. O conceito é parte da clássica psicanálise. Exemplos clássicos envolvem lapsos de linguagem , mas a teoria psicanalítica também abrange misreadings, mishearings, esquecimentos temporários e o extravio e perda de objetos.
Os pensamentos e sentimentos inconscientes podem ser transferidos para a mente consciente na forma de parapraxias, popularmente conhecidas como lapsos freudianos ou lapsos de língua. O deslizamento Freudiano acontece quando nós revelamos o que realmente está em nossa mente dizendo algo que não pretendíamos.
Um exemplo disso é quando uma pessoa chama o novo parceiro pelo nome de um anterior. Freud acreditava que os deslizes da língua forneciam uma percepção da mente inconsciente e que não havia acidentes. Todo comportamento (incluindo os deslizes da língua) era significativo (ou seja, todo o comportamento é determinado).
3) Associação Livre
Uma técnica simples de terapia psicodinâmica é a associação livre. Nela, um paciente fala sobre o que quer que venha à mente. Essa técnica envolve um terapeuta lendo uma lista de palavras (por exemplo: mãe, infância, etc.) e o paciente responde imediatamente com a primeira palavra que vem à mente. Espera-se que fragmentos de memórias reprimidas surjam no curso da livre associação.
A associação livre pode não ser útil se o cliente demonstrar resistência e relutar em dizer o que está pensando. Por outro lado, a presença de resistência (por exemplo, uma pausa excessivamente longa) geralmente fornece um forte indício de que o cliente está se aproximando de alguma idéia reprimida importante em seu pensamento, e que uma sondagem adicional do terapeuta é necessária.
Freud relatou que seus pacientes associavam ocasionalmente uma memória emocionalmente intensa e vívida, como se quase revivessem a experiência. Isso é, como um “flashback” de uma guerra ou uma experiência de estupro. Uma lembrança tão estressante, tão real que parece que está acontecendo de novo, é chamada de ab-reação. 
Se uma lembrança tão perturbadora ocorresse na terapia ou com um amigo, e a pessoa se sentisse melhor após ela, aliviada ou limpa, isso seria chamado de catarse. Frequentemente, essas experiências emocionais intensas forneceram a Freud uma visão valiosa sobre os problemas do paciente.
4) Análise dos Sonhos
De acordo com Freud, a análise dos sonhos é “a estrada real para o inconsciente”. Ele argumentou que a mente consciente é como um sensor, mas é menos vigilante quando estamos dormindo. Como resultado, as idéias reprimidas vêm à tona, embora o que lembramos possa ter sido alterado durante o processo do sonho.
Como resultado, precisamos distinguir entre o conteúdo do manifesto e o conteúdo latente de um sonho. O primeiro é o que realmente nos lembramos. O último é o que realmente significa. Freud acreditava que, muitas vezes, o significado real de um sonho tinha um significado sexual e, em sua teoria do simbolismo sexual, especulava sobre o significado subjacente dos temas comuns do sonho.
Aplicações clínicas
A psicanálise é um exemplo de terapia, e têm como objetivo ajudar os clientes a produzir uma mudança importante em toda a sua perspectiva de vida.
Isso se baseia na suposição de que a atual perspectiva desadaptativa está ligada a fatores de personalidade profundamente arraigados. As terapias globais contrastam com abordagens que se concentram principalmente na redução de sintomas, como abordagens cognitivas e comportamentais, as chamadas terapias baseadas em problemas.
Transtornos de ansiedade, como fobias, ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático, são áreas óbvias em que a psicanálise pode ser considerada como trabalho. O objetivo é ajudar o cliente a chegar a um acordo com seus próprios impulsos id ou reconhecer a origem de sua ansiedade atual nas relações da infância que estão sendo revividas na idade adulta. 
A depressão pode ser tratada com uma abordagem psicanalítica até certo ponto. Os psicanalistas relacionam a depressão à perda que toda criança experimenta ao perceber nossa separação de nossos pais no início da infância. A incapacidade de chegar a um acordo com isso pode deixar a pessoa propensa a depressão ou episódios depressivos mais tarde na vida.
O tratamento envolve, então, em encorajar o cliente a lembrar-se dessa experiência inicial e a desvendar as fixações que surgiram em torno dela. Um cuidado especial é tomado com a transferência quando se trabalha com clientes deprimidos, devido à sua grande necessidade de depender dos outros. O objetivo é que os clientes se tornem menos dependentes e desenvolvam uma maneira mais funcional de compreender e aceitar a perda, rejeição ou mudança em suas vidas.
Fundamentos da teoria psicanalítica: 
1) Os processos psíquicos são em sua imensa maioria inconscientes, a consciência não é mais do que uma fração de nossa vida psíquica total; 
2) os processos psíquicos inconscientes são dominados por nossas tendências sexuais.
· Freud explica: entenda sete conceitos básicos da psicanálise 
O campo de conhecimento estudado por Sigmund Freud busca entender os significados do inconsciente humano 
Entre os artigos publicados por Freud, alguns desvendaram e transformaram a visão da psicologia sobre a sexualidade, o desenvolvimento da mente humana e o significado de diversos comportamentos inconscientemente “fabricados” durante a infância. Entenda os principais conceitos e estudos deixados pelo psicanalista:
1 - Nossa sexualidade se desenvolve por vários estágios durante a infância
De acordo coma teoria de desenvolvimento psicossexual de Freud, as crianças percorrem várias fases de amadurecimento centradas em zonas erógenas. Se completasse todos esses períodos, o neurologista acreditava que o indivíduo seria capaz de desenvolver uma personalidade saudável, mas a fixação em qualquer um dos estágios poderia atrapalhar a evolução até a vida adulta.
Cinco fases determinam essas transições: oral, anal, fálico, latência e genital. No primeiro ano de vida, a boca é o objeto central de prazer, razão pela qual os bebês nascem com um “reflexo de sucção” e o instinto de mamar nos peitos da mãe — se essa necessidade não for preenchida, a criança pode crescer com hábitos como roer unhas ou chupar o dedo; até os três anos, as crianças passam a exercer o controle sobre suas necessidades fisiológicas e qualquer desenvolvimento impróprio desta fase pode resultar em uma criança excessivamente organizada e preocupada com a ordem; entre três e seis anos, surge o prazer concentrado nos genitais e com ele o chamado Complexo de Édipo, que envolve o desejo de um menino por sua mãe e sua vontade de substituir seu pai, visto como um rival; já no período de latência, os instintos sexuais costumam ser reprimidos e, a partir dos 12 anos, a fase final leva o indivíduo a direcionar seu interesse para membros do sexo oposto. Muitos aspectos dessa teoria, no entanto, já foram substituídos por conceitos mais modernos da psicanálise.
Complexo de Édipo - Entre dois e cinco anos, aproximadamente, a criança desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo. Tais sentimentos geralmente são vividos com grande ambivalência. O conflito costuma declinar por volta dos cinco anos, e uma boa estruturação da personalidade depende de sua resolução satisfatória.
Freud continuou a dedicar-se ao estudo da mente humana e passou a se autoanalisar. Aplicando a psicanálise sobre si mesmo, ele conseguiu acessar memórias da sua infância, e essa autoanálise lhe permitiu formular a teoria do Complexo de Édipo. Freud realizou essa autoanálise após associar pesadelos e períodos depressivos que enfrentou com a morte de seu pai.
No Complexo de Édipo, Freud argumentou que crianças do sexo masculino passam por uma fase em que se apaixonam pela sua mãe e, por isso, criam sentimentos hostis em relação a seus pais. Tempos depois, Carl Jung, famoso psicanalista influenciado por Freud, teorizou que isso também acontecia na relação de filhas com seus pais, o que ficou conhecido como Complexo de Electra. (Atenção – complexo de Electra foi criado por Jung).
Freud também teorizou que, durante o Complexo de Édipo, o desejo sexual surge nas crianças e essa experiência se dá por meio de diferentes sintomas em meninos e meninas. Os meninos, segundo Freud, experimentam o “complexo da castração”, e as meninas experimentam a “inveja do pênis”. Essas teorias de Freud foram, posteriormente, bastante criticadas por outros psicanalistas.
Com base nessa metáfora, formulou os conceitos de id, ego e superego. O id é o local da mente onde ficam os nossos impulsos e instintos. O ego é a parte lógica e racional da psique e é responsável pela tomada de decisões. O superego, por sua vez, é a parte da psique responsável pela repressão aos impulsos que são contrários às normas sociais.
2 - A psique humana é dividida em três partes (Teoria freudiana da personalidade: Id, Ego e Superego)
Em alguns de seus trabalhos propostos durante a década de 1920 (em 1923, no livro "O Ego e o Id"), Freud sugeriu que a mente humana (personalidade do ser humano) é dividida entre o Id, Ego e Superego: o primeiro representa o inconsciente completo, parte impulsiva da psique que, durante a infância, proporciona apenas as capacidades básicas. O Id citado pelo psicanalista é formado pelo princípio do prazer, que busca preencher vontades sem considerar qualquer aspecto da realidade. (Muito importante ler o livro O PRINCÍPIO DO PRAZER, para compreender que não está relacionado com o desejo sexual)
Os três termos alemães empregados por Freud, em sua língua materna, eram "Ich", "Es" e "Überich", que se traduzem também por eu, isso e supereu.
O Ego observa que nem sempre nosso Id é capaz de obter aquilo que deseja, já que essa expectativa pode por vezes causar problemas. Em outras palavras, nosso Ego existe para sempre levar a realidade em consideração. Também é papel do Ego ponderar as exigências do Id e o aspecto autocrítico do Superego, que surge a partir dos cinco anos e compõe a parte moral da mente humana.
Id - O 1º aspecto a emergir contém todos os desejos inconscientes, básicos e primitivos, e é a fonte da energia psíquica, formado por pulsões e desejos inconscientes - isto é, os impulsos múltiplos da libido, dirigidos sempre para o prazer. 
Sua interação com as outras instâncias é geralmente conflituosa, porque o ego, sob os imperativos do superego e as exigências da realidade, tem que avaliar e controlar os impulsos do id, permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente. É a parte mais primitiva de personalidade que é a fonte de todos os nossos impulsos mais básicos. Esta parte da personalidade é totalmente inconsciente e serve como fonte de toda a energia libidinal. Se identifica com o inconsciente.
Ego - O 2º aspecto a emergir, e é a parte da personalidade que deve lidar com as exigências da realidade. Ela ajuda a controlar os impulsos do id e nos faz se comportar de maneiras que são realistas e aceitáveis. Em vez de nos envolvermos em comportamentos destinados a satisfazer nossos desejos e necessidades, o ego nos força a satisfazer nossas necessidades de maneiras socialmente aceitáveis ​​e realistas. Além de controlar as demandas do id, o ego também ajuda a encontrar um equilíbrio entre nossos impulsos básicos, nossos ideais e a realidade.
 A parte organizada do sistema psíquico que entra em contato direto com a realidade e tem a capacidade de atuar sobre ela numa tentativa de adaptação. O ego é mediador dos impulsos instintivos do id e das exigências do superego. É o componente da personalidade que é acusado de lidar com a realidade e ajuda a garantir que as exigências do id são satisfeitas de maneira que sejam realistas, seguras e socialmente aceitáveis. O ego que se identifica à nossa consciência. 
Superego - O aspecto final da personalidade a emergir, e contém nossos ideais e valores. Os valores e crenças que nossos pais e a sociedade inculcam em nós são a força orientadora do superego e se esforçam para nos fazer se comportar de acordo com essas morais. O superego, que seria a nossa consciência moral, ou seja, os princípios sociais e as proibições que nos são inculcadas nos primeiros anos de vida e que nos acompanham de forma inconsciente a vida inteira - é formado a partir das identificações com os pais, dos quais assimila ordens e proibições. Assume o papel de juiz e vigilante, uma espécie de autoconsciência moral. É o controlador por excelência dos impulsos do id e age como colaborador nas funções do ego. Pode tornar-se extremamente severo, anulando as possibilidades de escolha do ego. É a parte da personalidade que mantém todas as normas morais internalizadas e padrões que adquirimos de nossos pais, família e sociedade em geral.
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A influência que Freud exerceu em várias correntes da ciência, da arte e da filosofia foi enorme. Mas não se deve deixar de dizer que muitos filósofos, psicólogos e psiquiatras fazem sérias objeções ao modo como o pai da psicanálise e seus discípulos apresentam seus conceitos: como realidades absolutas e não como hipóteses ou instrumentos de explicação que podem ser ultrapassados pela evolução científica e, em alguns casos, foram mesmo.
A depressão, por exemplo, é um transtorno mental para cujo tratamento a psicanálise pode funcionar somente como co-adjuvante, devido ao caráter bioquímico que está em sua origem. Além disso, em uma de suas últimas obras "O Mal-Estarna Civilização", publicado em 1930, Freud tenta explicar a história da humanidade como a luta entre os instintos de vida (Eros) e os da morte (Tanatos), teoria cujo caráter maniqueísta foi apontado por vários críticos.
Os mecanismos de defesa do ego
São uma parte da nossa vida cotidiana, em que aplicamos um auto-engano – não são apenas uma medida de proteção inconsciente para impedi-lo de se conectar com seus desejos institivos vorazes, e irão protegê-lo da ansiedade de enfrentar suas fraquezas.
Um mecanismo de defesa é uma estratégia que o ego usa para se proteger da ansiedade. Essas ferramentas defensivas agem como uma proteção para evitar que os aspectos desagradáveis ​​ou angustiantes do inconsciente entrem na consciência. Quando algo parece excessivo ou mesmo inadequado, os mecanismos de defesa ajudam a impedir que a informação entre na consciência para minimizar o sofrimento.
Quando alguém parece não estar disposto a enfrentar uma dolorosa verdade, que você pode acusá-lo de estar “ewm negação”. Quando uma pessoa tenta procurar uma explicação lógica para o comportamento inaceitável, você pode sugerir que ela está usando a “racionalização”.
Estas coisas representam diferentes tipos de mecanismos de defesa, ou táticas que o ego usa para proteger da ansiedade. Alguns dos mecanismos mais conhecidos de defesa incluem negação, repressão e regressão, mas há muito mais. 
*Anna Freud definiu em detalhes os mecanismos de defesa.
Os principais mecanismos de defesa
1. Negação.
Você pode considerar este o mecanismo de defesa “genérico”, porque aparece por trás de muitos dos outros. Quando você usa a negação, você simplesmente se recusa a aceitar a verdade ou a realidade de um fato ou experiência. “Não, eu sou apenas um fumante social,” é um bom exemplo;
Da mesma forma as pessoas podem aplicar o mecanismo de defesa da negação a qualquer mau hábito que desejam se distanciar incluindo uso excessivo de álcool ou uso de drogas, compras compulsivas ou jogos de azar, e similares. “Apenas diga não”, neste caso, significa que você vai proteger a sua autoestima ao não reconhecer o seu próprio comportamento.
A negação também pode ser utilizada por vítimas de traumatismo ou desastres e pode mesmo ser uma resposta protetora inicial benéfica. No longo prazo, porém, a negação pode impedi-lo de incorporar informações desagradáveis sobre você e sua vida e ter consequências potencialmente destrutivas.
2. Repressão.
Um passo acima da negação no esquema de classificação genérica, a repressão envolve simplesmente esquecer de algo ruim. Você pode esquecer uma experiência desagradável, no passado, como um acidente de carro no qual você foi culpado.
Você também pode usar a repressão quando você “esquecer” de fazer algo desagradável, como ir ao dentista ou ao encontro com um conhecido que você realmente não gosta. A repressão, como a negação, pode ser temporariamente benéfica, especialmente se você se esqueceu de algo ruim que aconteceu com você, mas como acontece com a negação, se você não vir a enfrentar a experiência ela pode voltar para assombrá-lo.
3. Regressão.
Da repressão à regressão o “g” faz toda a diferença. Na regressão, você volta a um estado emocional infantil em que seus medos inconscientes, ansiedades, e “angústia” geral reaparecem.
Na teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud, as pessoas se desenvolvem através de estágios, como o estágio oral, anal e fálico, e as estruturas básicas da personalidade são estabelecidas. No entanto, de vez em quando, uma pessoa quer reverter-se para um estado infantil de desenvolvimento. em particular em condições de tensão.
Essa raiva da estrada que você vê quando os condutores estão presos no trânsito é um grande exemplo de regressão. As pessoas também podem mostrar regressão quando retornam a um estado infantil de dependência. Se encolher sob os cobertores quando você teve um dia ruim é uma instância possível.
O problema com a regressão é que você pode se arrepender de deixar o seu espetáculo infantil de uma forma autodestrutiva. Recusar-se a falar com as pessoas que fizeram você se sentir mal ou triste pode eventualmente chegar em problemas piores do que os que você tinha quando começou.
4. Deslocamento.
No deslocamento você transfere seus sentimentos originais perigosos (geralmente raiva) para longe da pessoa que é o alvo e para uma vítima mais infeliz e inofensiva.
Aqui está o exemplo clássico de deslocamento: Você teve uma interação muito desagradável com seu chefe ou professor, mas você não pode mostrar a sua raiva em relação a ele ou ela. Em vez disso, você chega em casa e, por assim dizer, “chuta o gato” (ou cão).
Toda vez que você mudar seus verdadeiros sentimentos de sua fonte provocadora de ansiedade original para quem você percebe como menos provável de causar-lhe mal, você está muito possivelmente usando deslocamento como mecanismo de defesa do ego. Infelizmente, o deslocamento pode protegê-lo de ser demitido ou expulso da sala de aula, mas não irá proteger sua mão se você decidir deslocar a sua raiva do verdadeiro alvo em uma janela ou parede.
5. Projeção.
Os quatro primeiros mecanismos de defesa eram relativamente fáceis de entender. A projeção é mais desafiadora. Primeiro, você tem que começar com a suposição de que o reconhecimento de uma qualidade particular em si mesmo poderia causar-lhe dor psíquica.
Exemplo: Você sente que uma roupa na qual você gastou demais parece realmente ruim em você. Vestindo a roupa, você entra na sala onde seus amigos olham para você, talvez, por um momento muito longo (em sua opinião). Eles não dizem nada e não fazem nada que na realidade poderia ser interpretado como crítica. No entanto, sua insegurança sobre aroupa (e angústia por ter pago demais nela) te leva a “projetar” seus sentimentos em seus amigos, e você deixa escapar “Por que você está me olhando assim ?” Você não gosta dessa roupa ?”
Em um caso menos bobo, você pode projetar seus sentimentos mais gerais de culpa ou insegurança em seus amigos, ou pior, pessoas que você não sabe que te amam com todas as suas falhas projetadas.
Vamos dizer que você está preocupado que você não seja realmente muito inteligente. Você comete um erro bobo que ninguém diz nada sobre, e acusa os outros de dizer que você é burro, inferior, ou simplesmente estúpido. O ponto é que ninguém disse nada que na realidade poderia ser interpretado como crítica. Você está “projetando” suas inseguranças sobre os outros e, no processo, alienando-os (e, provavelmente, parecendo um pouco bobo também).
6. Formação de reação.
Agora estamos entrando em território avançado dos mecanismos de defesa. A maioria das pessoas têm dificuldade em compreender a formação reativa, mas é realmente muito simples.
Vamos dizer que você secretamente abriga sentimentos lascivos em relação a alguém que você provavelmente deve ficar longe. Você não quer admitir esses sentimentos, e sim expressar o oposto desses sentimentos. Este objeto de sua cobiça agora torna-se o objeto de seu ódio amargo. Este mecanismo de defesa poderia ser exemplificado como a obsessão com a pornografia se revertendo em desprezo extremo para todas as coisas sexuais.
Em suma, formação de reação significa expressar o oposto de seus sentimentos internos em seu comportamento exterior.
7. Intelectualização.
Você também pode neutralizar seus sentimentos de ansiedade, raiva, insegurança ou de uma forma que é menos provável de levar a momentos embaraçosos do que alguns dos mecanismos de defesa acima.
Neste mecanismo de defesa, você se acha afastado de uma reação de emoção ou sentimento que você não gosta. Por exemplo – em vez de enfrentar o intenso sofrimento e rejeição que se sente depois que sua esposa decide se mudar, você realiza uma análise financeira detalhada de quanto você pode gastar, agora que você mora sozinho. Embora você não esteja negando que o evento ocorreu, você não está pensando sobre suas conseqüências emocionais.
8. Racionalização.
Quando você racionaliza algo, você tenta explicá-lo. Como um mecanismo de defesa,a racionalização é um pouco como intelectualização, mas envolve lidar com um mau comportamento de sua parte em vez de converter uma emoção dolorosa ou negativa em um conjunto mais neutro de pensamentos. As pessoas freqüentemente usam racionalização para escorar suas inseguranças ou remorso depois de fazer algo que eles se arrependem.
É mais fácil culpar alguém do que tomar a culpa para si mesmo, especialmente se você se sentir envergonhado ou embaraçado. Por exemplo, digamos que você perde a paciência na frente de pessoas que você gosta e respeita. Agora, para ajudar a se sentir melhor, você atribui mentalmente sua explosão a uma situação fora de seu controle, e as coisas fluindo de modo que você pode culpar alguém por provocar você.
9. A sublimação.
Acabamos de ver que as pessoas podem usar suas emoções para disparar uma resposta orientada cognitivamente. Intelectualização tende a ocorrer no curto prazo, mas a sublimação se desenvolve durante um longo período de tempo, talvez até mesmo durante todo o curso da vida.
Um clássico exemplo de sublimação é o de um cirurgião que leva impulsos hostis e os converte em “cortes” em outras pessoas de uma forma que é perfeitamente aceitável na sociedade. Este é, talvez, um exemplo que coloca as coisas em termos muito extremos.
Mais realisticamente, sublimação ocorre quando as pessoas transformam suas emoções conflitantes em estabelecimentos produtivos. Eles dizem que os psicólogos são inerentemente intrometidos (o que é mentira haha), mas é possível que as pessoas que vão para áreas de serviços humanos para ajudar os outros estão tentando compensar dificuldades experimentadas no início de suas vidas.
*Transferência e sublimação:
A psicanálise, que se faz através da conversação, trata as doenças mentais a partir da interpretação desses fenômenos, levando o paciente a identificar as origens de seu problema, o que pode ser o primeiro passo para a cura. Um dos fenômenos que ocorre durante a terapia psicanalítica é a transferência dos sentimentos (amor ou ódio) do paciente para o seu analista.
Outro conceito agregado à teoria por seu próprio criador foi o de sublimação, que compreende a transferência da libido para outros objetos de natureza não sexual, gerando fenômenos como a arte ou a religião. Além dele, há também o conceito de complexos, mecanismos associativos aos quais devem ser atribuídos as principais perturbações mentais.
Vale lembrar que o conceito "complexo" não é de Freud, mas de seu discípulo Carl G. Jung, que depois rompeu com o mestre e criou teoria própria (a psicologia analítica). De qualquer modo, na obra "A Interpretação dos Sonhos", de 1900, Freud já esboçara os fundamentos do Complexo de Édipo, segundo o qual o amor do filho pela mãe implica ciúme ou aversão ao pai.
Considerações finais
Em suma, os mecanismos de defesa são uma das maneiras mais comuns de lidar com emoções desagradáveis. Embora Freud e muitos de seus seguidores acreditavam que podemos usá-los para combater sentimentos sexuais ou agressivos, mecanismos de defesa se aplicam a uma vasta gama de reações de ansiedade para a insegurança.
Qual mecanismo de defesa é mais adaptável? Em geral, os mecanismos de defesa mais “maduros” incluem intelectualização, sublimação, e racionalização.
De acordo com pesquisa realizada pela George Vaillant, as pessoas que usam esses mecanismos de defesa com mais freqüência do que os outros tendem a experimentar melhores relações familiares e vida profissional. Você nunca pode se livrar de todos os seus mecanismos de defesa, mas pelo menos você pode crescer a partir de entender o que eles podem e não podem fazer por você.
3 - A maioria das emoções e impulsos humanos está “escondida” no inconsciente
O conceito da inconsciência foi essencial para a visão de Freud sobre a mente humana. Ele acreditava que boa parte daquilo que vivemos — emoções, impulsos e crenças — surge através de nosso inconsciente e não é visível pela mente consciente. Lembranças traumáticas, por exemplo, ficam “bloqueadas” na memória de um indivíduo, mas continuam ativas sem sabermos e podem reaparecer em certas circunstâncias.
Já a mente consciente, segundo Freud, define pouco sobre nossa personalidade. Um terceiro nível da psique foi chamado de subconsciente ou pré-consciente: parte da mente que recupera informações das quais nem sempre nos lembramos, mas que podemos acessar quando necessário.
*Inconsciente: Freud demonstrou que a maior parte da vida psíquica se desenrola sem que tenhamos acesso a ela. Ali se encontram principalmente ideias reprimidas que aparecem disfarçadas nos sonhos e nos sintomas neuróticos.
A respeito do inconsciente, disse que a mente humana funciona como um iceberg, em que parte dos pensamentos é perceptível, e a outra parte, não.
4 - Os sonhos são uma representação de desejos reprimidos
Publicada em 1899, sua obra A Interpretação dos Sonhos abordou os processos conscientes e inconscientes dos sonhos e representa o início da teoria sobre o “inconsciente dinâmico”, desenvolvido ainda durante a infância.
Freud argumentava que sonhos funcionam como o cumprimento de um desejo, muitas vezes reprimido, e propôs o “fenômeno de condensação”, ideia de que um simples símbolo ou imagem visto no sonho poderia carregar vários significados e vontades ao mesmo tempo. Sua análise, apesar de ter sido bastante criticada, forneceu modelos para o tratamento de sintomas e mecanismos relacionados à repressão e a comportamentos compulsivos.
*Pulsão: Conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático. A pulsão é a representante psíquica dos estímulos que se originam no organismo e alcançam a mente. É diferente do instinto, pois não apresenta uma finalidade biologicamente predeterminada, e é insaciável, pois tem relação com um desejo, e não com uma necessidade.
*Sonhos: Caminho de ouro para o acesso ao inconsciente. A interpretação do conteúdo dos sonhos revela desejos e percepções que de outro modo não chegariam à consciência.
*Teorias de Freud sobre os sonhos: a mente inconsciente desempenhou um papel fundamental em todas as teorias de Freud, e ele considerou sonhos uma das principais maneiras de dar uma espiada no que está fora da nossa consciência. Ele apelidara sonhos de “a estrada real para o inconsciente” e acreditava que por examinar sonhos, ele podia ver não só como a mente inconsciente operava, mas o que ele estava tentando esconder da consciência.
Na teoria de Freud o conteúdo dos sonhos pode ser dividido em dois tipos diferentes. O conteúdo manifesto de um sonho inclui todo o conteúdo real do sonho – os eventos, imagens e pensamentos contidos dentro do sonho. O conteúdo manifesto é essencialmente o que o sonhador se lembra ao acordar. O conteúdo latente do sonho, por outro lado, são todos os significados ocultos e simbólicos dentro do sonho. Na teoria freudiana os sonhos eram essencialmente uma forma de realização de desejo. Ao pegar pensamentos, sentimentos e desejos inconscientes e transformá-los em formas menos ameaçadoras, as pessoas são capazes de reduzir a ansiedade do ego.
Muitas vezes ele utilizou a análise dos sonhos como um ponto de partida em sua técnica de associação livre. O analista iria incidir sobre um símbolo particular no sonho e, em seguida, usar associação livre para ver outros pensamentos e imagens que imediatamente viriam à mente do cliente.
5 - O luto e a melancolia são duas reações diferentes que envolvem alguma perda
Em um artigo publicado em 1917, Freud explicou a diferença na origem das sensações causadas pelo luto e pela melancolia, dois tipos de resposta a alguma perda. O luto representa o sofrimento de perder algum familiar ou pessoa amada e seu processo ocorre no consciente.
No caso da melancolia, o indivíduo não é capaz de identificar facilmente a razão de sua dor, que ocorre em grande parte na mente inconsciente. Enquanto o luto é considerado um fenômeno saudável e necessário para nos recuperarmos de alguma perda, a melancolia é uma patologia e envolve a perda de autoestima, sem aparentemente envolver aperda de algo concreto ou físico. Sintomas da melancolia também se assemelham a alguns vistos na depressão.
6 - As forças motrizes da Personalidade
De acordo com a teoria psicanalítica de Freud, toda a energia psíquica é gerada pela libido. 
*Sexo e libido:
Freud buscou explicar a vida humana (pessoal e individual, mas também pública e social) recorrendo a essas tendências sexuais a que chamou de libido. Com esse termo, o pai da psicanálise designou a energia sexual de maneira mais geral e indeterminada. Assim, por exemplo, em suas primeiras manifestações, a libido liga-se a outras funções vitais: no bebê que mama, o ato de sugar o seio materno provoca outro prazer além do de obter alimento e esse prazer passa a ser buscado por si mesmo.
Por isso, Freud afirma que a boca é uma "zona erógena" e considera que o prazer provocado pelo ato de sugar é sexual. Portanto, repare bem, a libido pode nada ter em comum com as áreas genitais.
Posto isso, a psicanálise compreende as grandes manifestações da psique como um conflito entre as tendências sexuais ou libido e as fórmulas morais e limitações sociais impostas ao indivíduo. Esses conflitos geram os sonhos, que seriam, segundo a interpretação freudiana, as expressões deformadas ou simbólicas de desejos reprimidos. Geram também os atos falhos ou lapsos, distrações falsamente atribuídas ao acaso, mas que remetem ou revelam aqueles mesmos desejos.
Freud sugeriu que os nossos estados mentais são influenciados por duas forças concorrentes: catexia e anticatexia.
Catexia foi descrita como um investimento de energia mental em uma pessoa, uma ideia ou um objeto. Se você está com fome, por exemplo, você pode criar uma imagem mental de uma deliciosa refeição que você queira. Em outros casos, o ego pode aproveitar alguma energia do id para buscar atividades que estão relacionados com a atividade a fim de dispersar parte do excesso de energia a partir do id. Se você não pode realmente buscar comida para apaziguar a sua fome, você pode, em vez disso, folhear um livro de receitas ou navegar através de um blog de receitas.
Anticatexia envolve o ego bloqueando as necessidades socialmente inaceitáveis do id. Reprimir os impulsos e desejos é uma forma comum de anticatexia, mas envolve um investimento significativo de energia.
Lembre-se, segundo a teoria de Freud, há quantidade limitada de energia libidinal disponível. Quando um monte de esta energia está sendo dedicada à supressão de impulsos através da anticatexia, há menos energia disponível para outros processos.
7 - Comportamento humano: Instintos de vida e morte
De acordo com a teoria de Freud sobre comportamento humano, ele é motivado por dois instintos motrizes: os instintos de vida e os instintos de morte – Eros e Tanatos. Os instintos de vida são aqueles que se relacionam com uma necessidade básica para a sobrevivência, reprodução e prazer. Eles incluem coisas como a necessidade de alimentos, abrigo, amor e sexo. Ele também sugeriu que todos os seres humanos têm um desejo inconsciente de morte, que ele se referiu como os instintos de morte. Comportamento auto-destrutivo, ele acreditava, era uma expressão da pulsão de morte. No entanto, ele acredita que esses instintos de morte são amplamente temperados pelos instintos de vida.
8 - Personalidade: Estrutura Básica
Na teoria freudiana, a mente humana está estruturada em duas partes principais: a mente consciente e inconsciente. A mente consciente inclui todas as coisas que estão conscientes ou podem facilmente levar à consciência. A mente inconsciente, por outro lado, inclui todas as coisas de fora da nossa consciência – todos os desejos, esperanças e memórias que se encontram fora da consciência ainda continuam a influenciar o comportamento. Freud comparou a mente para um iceberg. A ponta do iceberg que é realmente visível acima da água representa apenas uma pequena porção da mente, enquanto a enorme extensão de gelo escondido debaixo da água representa o inconsciente, muito maior.
 
9 - Teorias de Freud sobre o desenvolvimento humano (Os estágios psicossexuais do desenvolvimento)
Teoria freudiana sugere que, como as crianças se desenvolvem, eles progridem através de uma série de estágios psicossexuais . Em cada fase, a energia da busca do prazer da libido é focado em uma parte diferente do corpo.
As cinco fases de desenvolvimento psicossexual são:
1. Estágio Oral : As energias libidinais estão focadas na boca.
2. Estágio Anal: As energias libidinais estão focadas no ânus.
3. Estágio fálico: As energias libidinais estão focadas no pênis ou clitóris.
4. Estágio de latência: Um período de calma em que pouco interesse libidinal está presente.
5. Estágio Genital: As energias libidinais estão focadas nos genitais.
O que é desenvolvimento psicossexual para Freud?
Freud descreveu como a personalidade era desenvolvida ao longo da infância através desta teoria. Embora a teoria seja bem conhecida na psicanálise e na psicologia, é também uma das mais controversas.
Como é que esta teoria psicossexual funciona? As energias da busca do prazer do ID tornam-se focadas em determinadas áreas erógenas. Esta energia psicossexual, ou libido , foi descrita como a força motriz por trás do comportamento.
A teoria psicanalítica sugeriu que a personalidade é mais estabelecida aos cinco anos de idade. As primeiras experiências desempenham um grande papel no desenvolvimento da personalidade e continuam a influenciar o comportamento mais tarde na vida.
Então o que acontece durante cada estágio de desenvolvimento psicossexual? E se uma pessoa não consegue progredir através de um estágio completamente ou favoravelmente? Se essas etapas psicossexuais são concluídas com êxito, uma personalidade saudável é o resultado. Se certas questões não são resolvidas na fase adequada, fixações podem ocorrer. A fixação é um foco persistente em um estágio psicossexual. Até que este conflito seja resolvido, o indivíduo mantém-se “preso” nesta fase. Por exemplo, uma pessoa que está fixada na fase oral pode ser mais dependente dos outros e pode buscar estimulação oral através de fumar, beber ou comer.
A conclusão bem sucedida de cada ligação estágio é de uma personalidade saudável como um adulto. Se, no entanto, continua por resolver um conflito em qualquer fase em particular, o indivíduo pode permanecer fixado ou preso nesse momento particular do desenvolvimento. A fixação pode envolver uma dependência excessiva ou obsessão com algo relacionado a essa fase de desenvolvimento. Por exemplo, acredita-se que uma pessoa com uma “fixação oral” para ser preso no estágio oralde desenvolvimento. Os sinais de uma via oral de fixação pode incluir uma dependência excessiva de comportamentos orais, tais como tabagismo, unhas cortantes ou comer.
Descrição detalhada de cada fase:
1.  O Estágio Oral
· Faixa etária: Nascimento – 1 Ano
· Zona erógena: Boca
Durante o estágio oral, a fonte primária de interação do lactente ocorre através da boca, de modo que o enraizamento e reflexo de sucção é especialmente importante. A boca é vital para comer e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. A criança é totalmente dependente de cuidadores (que são responsáveis pela alimentação dela), e também desenvolve um sentimento de confiança e conforto através desta estimulação oral.
O conflito principal nesta fase é o processo de desmame – a criança deve tornar-se menos dependente de cuidadores. Se ocorrer a fixação nesta fase, Freud acreditava que o indivíduo teria problemas com dependência ou agressão. Fixação oral pode resultar em problemas com a bebida, comer, fumar ou roer as unhas.
Ex.: o hábito de morder objetos / pessoas, e a fixação oral na Psicologia
Interação primária de uma criança com o mundo é através da boca. A boca é vital para comer, e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. Se esta necessidade não é satisfeita, a criança pode desenvolver uma fixação oral mais tarde navida, cujos exemplos incluem chupar o dedo, tabagismo, roer unha e comer demais.
2.  O Estágio Anal
· Faixa etária: 1 a 3 anos
· Zona erógena: entranhas e controle da bexiga
Durante a fase anal, Freud acreditava que o foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O grande conflito nesta fase é o treinamento do toalete – a criança tem de aprender a controlar suas necessidades corporais. Desenvolver esse controle leva a um sentimento de realização e independência.
O aprendizado do uso do banheiro é uma questão primordial com as crianças e os pais. Demasiada pressão pode resultar em uma necessidade excessiva para a ordem ou a limpeza mais tarde na vida, enquanto que muito pouca pressão dos pais pode levar a um comportamento confuso ou destrutivo mais tarde.
De acordo com Freud, o sucesso nesta fase é dependente da maneira com que os pais se aproximam no treinamento do toalete. Os pais que utilizam elogios e recompensas para usar o banheiro no momento oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as crianças a se sentir capazes e produtivas. Freud acreditava que experiências positivas durante este estágio servem de base para que as pessoas tornem-se adultos competentes, produtivos e criativos.
No entanto, nem todos os pais fornecem o apoio e encorajamento que as crianças precisam durante este estágio. Alguns pais vão punir com ridicularização ou vergonha os acidentes das crianças.
De acordo com Freud, as respostas parentais inadequadas podem resultar em resultados negativos. Se os pais levam uma abordagem que é muito branda, Freud sugeriu que poderia se desenvolver uma personalidade anal-expulsiva, em que o indivíduo tem uma personalidade confusa ou destrutiva. Se os pais são muito rigorosos ou começam o treinamento do toalete muito cedo, Freud acreditava que uma personalidade anal-retentiva se desenvolveria, na qual o indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido e obsessivo.
3. A fase fálica
· Faixa etária: 3 a 6 anos 
· Zona erógena: Genitais
Durante a fase fálica, o foco principal da libido (energia do id ) é sobre os órgãos genitais. Nessa idade, as crianças também começam a descobrir as diferenças entre machos e fêmeas.
De acordo com Freud, a experiência do menino é uma experiência de Complexo de Édipo e da menina é Complexo de Electra, ou uma atração para o pai do sexo oposto. Para lidar com este conflito, as crianças adotam os valores e as características do pai do mesmo sexo, formando assim o superego.
Freud também acreditava que os meninos começam a ver seus pais como rivais pelo afeto da mãe. O complexo de Édipo descreve esses sentimentos de querer possuir a mãe e o desejo de substituir o pai. No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por estes sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de castração.
O termo complexo de Electra tem sido usado para descrever um conjunto semelhante de sentimentos vivenciados pelas jovens. Freud, no entanto, acredita que as meninas, em vez disso experimentam a inveja do pênis.
Eventualmente, a criança começa a se identificar com o genitor do mesmo sexo como um meio de vicariamente possuir o outro progenitor. Para as meninas, no entanto, Freud acreditava que a inveja do pênis não foi totalmente resolvida e que todas as mulheres continuam a ser um pouco fixadas neste estágio. Psicólogos como Karen Horney contestam esta teoria, chamando-a de um tanto imprecisa e degradante para as mulheres. Em vez disso, Horney propôs que os homens experimentam sentimentos de inferioridade porque eles não podem dar a luz à filhos, um conceito à que ela se referiu como inveja do útero.
4. O período de latência
· Faixa etária: 6 anos – puberdade
· Zona erógena: sentimentos sexuais são inativos
Durante o período de latência, os interesses da libido são suprimidos. O desenvolvimento do ego e superego contribuem para este período de calma. O estágio começa na época em que as crianças entram na escola e tornam-se mais preocupadas com as relações entre colegas, hobbies e outros interesses - a crianças desenvolvem habilidades sociais, valores e relacionamentos com colegas e adultos fora da família.
O período de latência é um tempo de exploração em que a energia sexual ainda está presente, mas é direcionada para outras áreas, como atividades intelectuais e interações sociais. Esta etapa é importante para o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação e autoconfiança.
5. O Estágio Genital
· Faixa etária: Puberdade à Morte
· Zona erógena: Amadurecendo de Interesses Sexuais
Durante a fase final de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo desenvolve um forte interesse sexual no sexo oposto. Esta fase começa durante a puberdade, mas passa por todo o resto da vida de uma pessoa.
O início da puberdade faz com que a libido se torne ativa novamente. Durante esta fase, as pessoas desenvolvem um forte interesse no sexo oposto. Se o desenvolvimento é bem sucedido neste ponto, o indivíduo irá continuar a evoluir para uma pessoa bem equilibrada.
Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas necessidades individuais, porém o interesse pelo bem estar dos outros cresce durante esta fase. Se as outras etapas foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser bem equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é estabelecer um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.
· Avaliando a Teoria dos estágios de desenvolvimento psicossexual de Freud:
A teoria de Freud ainda é considerada controversa hoje, mas imagine quão audaciosa parecia durante o final dos anos 1800 e início dos anos 1900. Tem havido um grande número de observações e críticas da teoria psicossexual de Freud sobre uma série de motivos, incluindo críticas científicas e feministas:
· A teoria é focada quase exclusivamente no desenvolvimento do sexo masculino com pouca menção do desenvolvimento psicossexual feminino.
· Suas teorias são difíceis de testar cientificamente. Conceitos como a libido são impossíveis de medir, e, portanto, não podem ser testados.
· Previsões futuras são demasiado vagas. Como podemos saber que um comportamento atual foi causado especificamente por uma experiência de infância? O período de tempo entre a causa e o efeito é demasiado longo para assumir que existe uma relação entre as duas variáveis.
· A teoria de Freud é baseada em estudos de caso e pesquisa não empírica. Além disso, Freud baseou sua teoria sobre as lembranças de seus pacientes adultos, não em observação real e estudo dos filhos.
Tabela das fases de desenvolvimento psicossexual segundo Freud:
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· Esclarecimentos importantes:
· O que são doenças, síndromes e transtornos?
→ As doenças
Quando falamos em doenças, vários exemplos surgem em nossa mente, tais como gripe, dengue, febre amarela, zika e conjuntivite. Todas esses exemplos apresentam em comum o fato de afetarem o funcionamento de alguma parte do organismo e possuírem sintomas específicos e causas conhecidas.
Apresentar uma causa bem conhecida, ter as alterações fisiológicas bem estabelecidas e possuir sinais e sintomas específicos definem uma doença. Assim sendo, nem toda situação pode ser assim classificada, pois nem sempre os sintomas apresentados possuem uma única causa ou esta é conhecida.
→ As síndromes
As síndromes provocam um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo e que podem ter causas variadas, assemelhando-se a uma ou a várias doenças. Costuma-se denominar também de síndrome uma condição que ainda não tem uma causa bem definida.
Como exemplo de síndromes, podemos citar a Síndrome de Down, a Síndrome de Turner, a Síndrome de Klinefelter, a Síndrome de Guillain-Barré, a Síndrome de Sjögren e a Síndrome de Reye. Aqui merece destaque a AIDS que, apesar de ser denominada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, trata-se de uma doença, com sinais e sintomas específicos e causa bem definida. O termo síndrome ainda é usado por uma questão histórica.
→ Os transtornos
Os transtornos são condições de ordem psicológica e/ou mental que geram comprometimentona vida normal de uma pessoa. Essas alterações mentais são tratadas, geralmente, por psicólogos e psiquiatras e têm aumentado na atualidade devido a situações do dia a dia, como o estresse. Como exemplo de transtornos, podemos citar o Transtorno Bipolar, Tr
 HYPERLINK "https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/transtorno-deficit-atencao-hiperatividade-tdah.htm" anstorno de D
 HYPERLINK "https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/transtorno-deficit-atencao-hiperatividade-tdah.htm" e
 HYPERLINK "https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/transtorno-deficit-atencao-hiperatividade-tdah.htm" ficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Transtorno de Personalidade.
· O que é Catarse?
A Catarse é um conceito filosófico que significa limpeza e purificação. Esse conceito é muito amplo, uma vez que é utilizado em diversos ramos do conhecimento: artes, psicologia, medicina, religião, educação, dentre outros.
Do grego, o termo catarse (kátharsis) significa “purificação”.
Catarse na Filosofia - purificação das almas. Ela ocorria através de uma grande descarga de sentimentos e emoções, provocada pela visualização de obras teatrais: tragédias ou dramas.
Catarse nas Artes - sensação de “limpeza, leveza, renovação e purificação” que o ser humano atinge quando entra em contato com alguma obra artísticas, representa a liberação da tensão emocional e que proporciona fortes emoções além do sentimento de alívio.
Catarse na Literatura - transmite a sensação de purgação ou purificação provocada pela catarse. Quando lemos algum texto literário que nos causa demasiada emoção e reflexão, podemos ter sido tocados por um processo catártico.
Catarse na Pedagogia e na Educação - ocorre quando os estudantes absorvem e adquirem instrumentalização necessária para agirem como cidadãos, bem como refletirem sobre suas práticas sociais.
Catarse na Religião - representa a purificação da alma, a libertação de todos os pecados e a comunhão com Deus. Pode ocorrer, por exemplo, durante uma oração, celebração religiosa ou confissão. Desse modo, em diferentes cultos é possível visualizar a catarse individual ou coletiva (êxtase religioso).
Catarse na Psicologia e na Medicina - conceito que está intimamente relacionada com a liberdade e a cura dos traumas, medos e doenças. Ocorrem nos pacientes no momento em que eles superam algum trauma, medo ou perturbação, por meio de uma libertação psíquica.
A Catarse para Freud - após ele observar os estados catárticos provocados nos processos hipnóticos realizados em pacientes que buscavam a cura dos medos e traumas. Depois de fundar a “Psicanálise”, ele revê a forma de levar o paciente a catarse (pautada na ideia de explorar a “psique humana” por meio do diálogo e da livre associação de idéias), e conclui que os pacientes não precisavam estar hipnotizados para atingirem a catarse. Ou seja, ela poderia ocorrer durante uma conversa entre o psicanalista e o paciente. Dessa maneira, na conversa com o psicanalista o paciente aliviaria suas perturbações psíquicas, despertadas por diversas emoções e sensações que estavam reprimidas.
· O que é recalcamento (Die Verdringung): 
O recalcamento é o mecanismo de defesa mais antigo, e o mais importante.  Está estritamente ligado a noção de inconsciente e é um processo através do qual se elimina da consciência partes inteiras da vida afetiva e relacional profunda.
Sob seu aspecto estritamente funcional, o recalcamento é indispensável à simplificação da existência corrente e não implica sempre uma presunção mórbida. Quando entra em cena de maneira patológica trata-se de organizações neuróticas ou sistemas defensivos de modo neurótico (mesmo no seio de estruturas diferentes). (Bergeret, 2006)
Freud (1915) em seu artigo metapsicológico sobre o recalcamento se questiona sobre por que deve um impulso pulsional sofrer tal vicissitude (ser recalcada, tendo seu acesso negado), já que a satisfação de um impulso sempre provoca prazer. Seria necessário supor a existência de certas circunstâncias peculiares, algum processo através do qual o prazer da satisfação se transforma em desprazer.
Freud diz que o recalque não é um mecanismo defensivo presente desde o início; só pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a atividade mental consciente e a inconsciente (o recalcamento só está presente a partir da divisão entre sistema consciente/pré-consciente e sistema inconsciente). E que antes da organização mental alcançar essa fase a tarefa de rechaçar os impulsos pulsionais cabia à outras vicissitudes, as quais as pulsões podem estar sujeitas.
Recalque e Sublimação
Nossos impulsos instintivos são grosseiros e chocantes. Os ímpetos de agressividade, os sentimentos de ódio contra tudo o que se opõe aos nossos desejos, os impulsos sexuais violentos e brutais, transformam o homem num ser animalesco e intolerável. A necessidade de viver em sociedade, a necessidade de conviver com os outros homens, nos obriga a adotar uma das duas seguintes soluções: ou bloqueamos e impedimos a exteriorização dos impulsos vindos do id. Ou então, adotamos uma segunda alternativa e transformamos esses instintos baixos e animalescos em ações boas e moralmente elevadas, em ações compatíveis com as necessidades da convivência social. 
A primeira solução chama-se o ato de recalcar, ou recalcamento, ou, simplesmente o recalque. A segunda solução chama-se o ato de sublimar ou a sublimação. Recalque e sublimação são assim os dois processos psíquicos de que lançamos mão para dominar os instintos egoístas do id.
Em relação ao recalque, o superego é o encarregado de realizar esse trabalho. É ele que faz a seleção e a repressão de nossos impulsos instintivos. Sempre que um impulso for reprimido radicalmente, sempre que ele tenta se manifestar, eu o impedirei e recalcarei. A partir daí, será formado o complexo. O Complexo é o conjunto formado por aqueles desejos recalcados e pelas emoções dolorosas que senti todas as vezes que recalquei meus impulsos. Uma vez formado, o complexo passa a agir poderosamente. Todas as vezes que me encontrar em uma situação difícil, que me obrigue a lançar mão de todos os recursos de minha personalidade, o complexo lá estará me atrapalhando. Dificilmente conseguirei resolver a situação, por causa dos distúrbios que o complexo produzirá em mim: em vez de manter a cabeça fria para encontrar uma saída, experimentarei sentimentos de inferioridade, crises de ansiedade, obsessões e estados angustiantes de toda espécie (ESTEVAM, 1969).
Quando o impulso inconsciente é considerado positivo pelo fato de não contrariar nenhuma das convicções do superego, as portas da barreira da censura se abrem para deixá-lo passar a ele segue seu caminho, conseguindo assim manifestar-se na vida consciente. 
A sublimação acontece quando os nossos impulsos malignos fingem e se disfarçam de personagens inocentes e inofensivos e conseguem se manifestar na vida consciente do ego, sem que o ego ou as outras pessoas consigam descobrir sua verdadeira identidade (ESTEVAM, 1969). 
Freud declara que, a maior parte das grandes vidas e dos grandes feitos ocorridos na história da humanidade só foram possíveis graças à sublimação. Os grandes artistas, os grandes cientistas, os grandes líderes políticos, todas as personalidades que conseguiram se erguer acima da média e se tornaram figuras de projeção graças ao talento e à tenacidade que revelaram na realização dos projetos mais extraordinários e audaciosos, todos os grandes homens foram, com frequência, homens cujos instintos não se manifestaram tal como eram, não procuraram apenas se satisfazer de forma direta e imediata e, em vez disso, se sublimaram, deixaram de serem instintos egoístas e sequiosos, se transformaram em forças positivas de grande valor social (ESTEVAM, 1969). 
Observamos que o instinto sexual que não é satisfeito diretamente pode transformar-se numa fonte de energia capaz de impulsionar um grande desenvolvimento da inteligência.
As tendências afetivas, originadas no inconsciente, produzemresultados que a vontade consciente jamais conseguiria. Nós fazemos as coisas mal feitas quando agimos sem paixão: não basta efetuar bem uma atividade para consegui-lo. Quando uma força afetiva está nos impulsionando, podemos ir muito mais longe do que iríamos se estivéssemos impelidos apenas pela vontade. Graças à sublimação, a energia sexual se transforma em energia psíquica de um tipo superior. 
Essa tese foi exposta por Freud mais ou menos nos seguintes termos: Uma tendência humana se apresenta muito intensificada quando incorporou a si, a fim de se fortificar, forças sexuais instintivas, da mesma forma que um pequeno riacho pode ser engrossado extraordinariamente pelas águas de um rio caudaloso. Pode assim acontecer que um homem se dedique ao seu trabalho com o mesmo entusiasmo apaixonado com que outras pessoas se dedicam aos seus amores, pois o trabalho pode representar para ele o que o amor representa para os outros, ou seja, um modo de dar expansão ao seu instinto sexual. A sublimação é essa capacidade que tem o instinto sexual de renunciar ao seu objetivo imediato em troca de outros objetivos não sexuais e mais apreciados pela sociedade (GARCIA-ROZA, 1988). 
· Pulsão (representação do desejo):
Freud desenvolveu a noção de pulsão, o que ocorreu quando ele começou a pensar sobre os comportamentos humanos que além de excederem o instinto, também o contradizem. 
Para que se entenda os fatores relativos a Pulsão faz-se necessário diferenciá-la do que significa instinto, em função de que esses termos podem vir a ser considerados como sinônimos por algumas pessoas. No entanto Pulsão trata-se de uma conduta não advinda de precedentes, e nem possui um objeto em especifico, ou seja, é um comportamento que ocorre em função de fatores próprios e em determinados momentos, enquanto que o instinto diz respeito a uma força biológica que motiva seres de uma determinada espécie a agirem sempre com o mesmo objetivo, sendo então um comportamento oriundo da hereditariedade, e por isso pré-formado. 
Com vista a promover a definição de pulsão, Freud objetivava a realização de três atividades: a) Formulação de um padrão de funcionamento psíquico; b) Estabelecimento de bases fisiológicas do psiquismo; c) Buscava situar os aspectos biológicos da conduta humana.
Nesse ínterim Freud pretendia efetuar o estabelecimento entre a fisiologia pulsional e a esfera psíquica. Sua finalidade era a de estabelecer a psicanálise como ciência da natureza, buscando assim correlacionar os processos psíquicos com estados que sejam determinados de forma quantitativa. 
Em A pulsão e suas vicissitudes (1915), Freud formula sobre a passagem do psíquico para o somático. Ele define a pulsão como um conceito “situado na fronteira entre o mental e o somático” ou ainda, como “o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente”. Neste momento, acontece um conflito acerca do conceito de pulsão. 
Desse modo o processo de pulsão pode ser considerado como sendo algo que tanto pode surgir na esfera mental como também pode ter origem no interior do organismo vindo posteriormente a chegar na mente. O que não deixa claro de onde se origina desse fenômeno psíquico.
Alvo, objeto, pressão e fonte são os quatro termos utilizados por Freud para montagem do conceito de pulsão. O fator pressão é entendido como o fator motor, a soma de força ou a medida de trabalho representada por ela, o que a faz ser considerada como uma quantidade de descarga que resulta na excitação. A satisfação é o alvo da pulsão, cujo alcance ocorre pelo cancelamento do estado que estimulou a fonte pulsional. Alvo este que não é variável, onde somente o que pode ser modificado é o trajeto para se chegar nele. O objeto de um instinto é a coisa relacionada ao instinto ou por meio do qual a finalidade deste é alcançada. A pulsão precisa de um objeto para que consiga ser satisfeita, ainda que parcialmente. Objeto este que não é especificado, mas sim que tenha a capacidade de promover a satisfação da pulsão. A fonte pulsional não é psíquica mas sim corporal, vindo então a se originar no corpo. Por isso condiz a um processo somático que acontece em uma das partes ou órgão do corpo, onde a excitação é representada na mente através da pulsão. 
Na psicanálise, a pulsão é a energia psíquica profunda que direciona a ação até um fim, descarregando-se ao consegui-lo. O conceito refere-se a algo dinâmico que é influenciado pela experiência do sujeito. Isto diferencia a pulsão do instinto, que é congênito (herdado pela genética). 
Dessa forma diz respeito a uma força interna voltada a atingir um determinado objetivo, por parte de uma pessoa, que ao conseguir realizar seu objetivo, esta é descarregada, por isso é algo que acontece em certo momento da vivência do ser humano.
Posto isto, Freud estabeleceu que a pulsão era a tensão corporal que tende para diversos objetos e que se descarrega ao aceder aos mesmos, ainda que momentaneamente, uma vez que a pulsão nunca é completamente satisfeita”. Percebe-se que a pulsão é um fato que pode acontecer em determinados momentos da vida de um indivíduo, e por não ser satisfeita por completo ela tende a voltar a se manifestar.
Freud faz uma distinção de diversos momentos inerentes a pulsão, em que o primeiro é a fonte, a qual é a origem radicada no somático; o esforço, referente a tensão traduzida na pulsão; a meta, que pode ocorrer passivamente ou ativamente no estado; e o objeto, por meio do qual a pulsão é temporariamente reduzida.
· Repressão:
O significado do termo repressão é: “reprimir, esmagar, oprimir, impedir de se manifestar “reprimir sentimentos, refrear”. Observa-se que a repressão é um movimento que acontece na consciência do indivíduo, em que o mesmo estar consciente desse fenômeno, e por isso o controla, e depende de sua vontade para que esse processo ocorra.
A repressão é uma operação do aparelho psíquico que faz desaparecer uma ideia ou um afeto, na maioria das vezes desagradáveis, da consciência. Essa operação é realizada no espaço consciente e irá direcionar o material que deve ser reprimido para o pré-consciente. A atuação ocorre no campo da ‘segunda censura’, situada por Freud entre o consciente o pré-consciente. Para Freud não há como o afeto ser alojado no inconsciente, ou se torna outro afeto ou é reprimido.
Nesse sentido a repressão é uma ação da consciência do sujeito que ao se deparar com algo que lhe incomoda, o qual pode ser em termos ideativos ou afetivos, onde o objeto do desprazer é reprimido para a esfera pré-consciente, ou seja, censurado, mas não é lançado no inconsciente, ficando então no espaço consciente, no entanto em segundo plano da própria consciência.
A repressão trata-se de um processo em que o sujeito inibe de forma espontânea, ou seja, por sua própria vontade, estando consciente da realização desse ato, uma ideia, um afeto, em função do desconforto pela presença de tais conteúdos em sua consciência.
Divergências Conceituais entre Recalque e Repressão:
Mesmo sendo considerados como tendo significado semelhantes por muitos estudiosos da psicanálise, o recalque e a repressão precisam ser analisados em relação a dinâmica em que se processam na estrutura psicanalítica, para que se possa entender que tratam-se de processos diferentes.
Observa-se certa dificuldade de contemplar o conceito de Verdrängung através das duas possibilidades: recalque ou repressão. No entanto, considera-se importante a clareza de que recalque e repressão, no campo psicanalítico, são dois conceitos que podem ser considerados como semelhantes em alguns aspectos, mas que na dinâmica do aparelho psíquico são distintos e se manifestam em espaços diferentes.
Entende-se assim que ambos os termos são mecanismos de defesa, no entanto o que difere um do outro é a questão do espaço em que cada um se processa no aparelho psíquico, pois enquanto o recalque é um ato que faz com que o objeto indesejado seja empurrado para o inconsciente do sujeito a repressão age no sentido de manter o desejo desagradável

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