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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO Prof. Rogério Rocha Objetivos, conhecer e debater: PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA A ESCOLA CLÁSSICA A TEORIA NEOCLÁSSICA A TEORIA KEYNESIANA O PERÍODO RECENTE ABORDAGENS ALTERNATIVAS 2.1 Introdução Início da teoria econômica de forma sistematizada a partir da publicação de “A riqueza das nações” de Adam Smith (1776). Em períodos anteriores, a atividade econômica era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética. 2.2 Precursores da teoria econômica 2.2.1 Antiguidade: CRÉCIA, ...ATÉ A ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS; 2.2.2 Mercantilismo (Séc. XVI.....XVIII); 2.2.3 Fisiocracia (Séc. XVIII... Antiguidade: GRÉCIA, ...ATÉ A ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS; 2.2.1 Antiguidade: CRÉCIA Na Crécia Antiga, as primeiras referências conhecidas à Economia aparecem no trabalho de Aristóteles(384-322a.C.)=>Política; Também encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão =>República e Xenofontes. 2.2 Precursores da teoria econômica 2.2.1 Antiguidade: ROMA até ... Roma não deixou nenhum escrito notável na área de Economia; Nos séculos seguintes até a época dos descobrimentos, encontramos poucos trabalhos de destaque, permeados de questões referentes a justiça e a moral (lei da usura, lucro justo, etc...) Mercantilismo (Séc. XVI.....XVII) 2.2.2 Mercantilismo Primeira escola econômica voltada para a acumulação de riquezas de uma nação e forte presença do Estado em assuntos econômicos; Não representava um conjunto técnico homogêneo; O governo de um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos; Fisiocracia (Séc. XVIII) 2.2.3 Fisiocracia Nasce a escola de pensamento francesa que coloca que a terra é a única fonte de riqueza e há uma ordem natural que faz o universo ser regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais; Fisiocracia => regras da natureza; Dr. François Quesnay (1694-1774) Elaborou o Tableau Economique que caracterizava um fluxo circular de bens e de moeda em uma economia ideal livremente competitiva. A ESCOLA CLÁSSICA A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social; Iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX; foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. 2.2.4 A ESCOLA CLÁSSICA (1776.... O início, com a publicação da grande obra A Riqueza das Nações; O livro é um tratado muito abrangente sobre questões econômicas que vão desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendações políticas; Adam Smith (1723-90): O mercado é como que guiado por uma “mão invisível”, a partir da livre iniciativa (laissez-faire); A riqueza das nações é o trabalho humano, aumento da produção <= divisão de trabalho (produtividade) <= trocas <=ampliação dos mercados; O papel do Estado apenas na proteção à sociedade; 2.2.4 Os Outros Pensadores clássicos.. David Ricardo (1772-1822): Partindo das idéias de Smith, desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico; Aprimora a tese de que todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda; Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista. 2.2.4 Os clássicos.... Jean-Baptiste Say (1768-1832): retomou a obra de Smith, ampliando-a; Subordinou o problema das trocas de mercadorias a sua produção; Populariza a lei de Say, “a oferta cria sua própria procura”; A lei de Say é um dos pilares da macroeconomia clássica. 2.2.4 Os clássicos Thomas Malthus (1766-1834): sistematiza uma teoria geral sobre a população, assinalando que o crescimento da população dependia da oferta de alimentos; Deu apoio à teoria dos salários de subsistência e levantando o problema do excesso populacional; A causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos seguia em progressão aritmética. 2.2.4 Os clássicos... John Stuart Mill (1806-1873): sintetizador do pensamento clássico; Sua obra consolida o exposto anteriormente e avança ao incorporar elementos institucionais e ao definir melhor restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. A TEORIA NEOCLÁSSICA SEC. XIX 2.3 A teoria neoclássica Teve início na década de 1870, privilegiam-se os aspectos microeconômicos da teoria, pois a economia de mercado com a sua capacidade auto-reguladora não preocupava o planejamento macroeconômico; Alfred Marshall (1842-1924): principal pensador desta escola. Publica “Princípios da economia” e levanta questões do comportamento do consumidor, teoria marginalista e teoria quantitativa da moeda. A TEORIA KEYNESIANA SEC. XX A CRISE DE 1929/1930 A Grande Depressão, também chamada de Crise de 1930, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930; É considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, ... 2.4 A teoria keynesiana Inicia com a publicação em 1936 da“Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”=>REVOLUÇÃO KEYNESIANA; Jhon Maynard Keynes (1883-1946): constrói uma teoria que acredita na crise como problema temporário, mostrando combinações políticas econômicas e soluções para a recessão; Bases da Teoria: nível de produção nacional; demanda agregada ou efetiva(inverte a Lei de Say); fim do laissez-faire; Diferentes Correntes: monetaristas: privilegiam o controle da moeda. fiscalistas: uso de políticas fiscais e certo grau de intervenção do Estado na economia; pós-keynesianos: enfatizam o papel da especulação financeira e defendem um papel ativo do Estado. Período recente SEC. XIX .... 2.5 Período recente Mudanças na teoria econômica, principalmente, após duas crises do petróleo; Pontos: existe uma consciência maior das limitações e possibilidades de aplicações da teoria; avanço do conteúdo empírico da economia; e consolidação das contribuições anteriores; O controle e o planejamento macroeconômico permitem antecipar muitos problemas e evitar algumas flutuações desnecessárias na economia; A teoria econômica caminha em muitas direções: exemplo, área de finanças empresariais mercados futuros e de derivativos. ABORDAGENS ALTERNATIVAS 2.6 Abordagens alternativas Criticam a abordagem pragmática da economia e propõe enfoque analítico; Os marxistas: pilar ->“O Capital” de Karl Marx(1818-83); A teoria do valor-trabalho; A teoria da exploração, o conceito de mais-valia (= vlr da mercadoria – vlr da força de trabalho vendida aos capitalistas, pelos operários); Hostil ao capitalismo competitivo e à livre concorrência. 2.6 Abordagens alternativas Os Institucionalistas: Críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais; Rejeitam que o comportamento humano seja racionalmente dirigido; eles são influenciados pelas instituições dominantes e o desenvolvimento tecnológico; *Thornstein Veblen (1857-19290; e *John Kenneth Galbraith (1917-2007); PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA EM 1969 foi instituido o Prêmio; A importância da teoria econômica como corpo científico próprio; seus primeiros ganhadores: *Ragnar Frisch (1895-1973); e *Jan Tinbergen (1903-1994) Ganhadores do Prêmio Nobel (Período Recente) 2015 – Angus Deaton - Análise do consumo, pobreza e bem-estar 2016 - Oliver Harte Bengt Holmström - Teoria dos contratos, que têm múltiplas aplicações em diversos contextos da vida real. 2017 - Richard H Thaler - Teoria da contabilidade mental, explicando como as pessoas simplificam a tomada de decisões financeiras. 2018 - William D. Nordhaus e Paul M. Romer - Estudos sobre mudança climática e inovações tecnológicas com a análise macroeconômica