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Tecnologia em Processos Químicos Disciplina: Corrosão Profa. Juliana P. Foltin Aula 11: Corrosão em Temperaturas Elevadas 1 2 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas Metais (e suas ligas) de uso industrial suscetíveis à corrosão quando expostos a agentes oxidantes como: oxigênio, enxofre, halogênios, dióxido de enxofre, gás sulfídrico e vapor de água. Material metálico em contato com atmosfera oxidante corrói-se quimicamente pela transferência direta dos e- que cada átomo do metal cede a átomos do agente oxidante. 3 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas 4 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas Formação da película de sulfetação 5 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas Formação da película de oxidação Mecanismo químico • Reação de oxidação: (M = metal) M Mn+ + ne- • Reação de redução: (Considerando o oxigênio como oxidante) O2 + 4e - 2O2- • Reação de oxirredução: 4M + nO2 4M n+ + 2nO2- (M4O2n ou M2On) camada fina e de difícil percepção 6 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas 7 Corrosão Mecanismo de Crescimento da Película de Oxidação 8 Corrosão Película de oxidação • Material Metálico • Atmosfera oxidante • Película • Características • Meio Corrosivo • Tempo de exposição 9 Corrosão Película de oxidação 10 Corrosão Película de oxidação 11 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas Difusão no estado sólido 12 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas 13 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas 4) A difusão catiônica (cátions no sentido do meio) é mais frequente porque os íons metálicos são, em geral, menores que os ânions (especialmente o O2-), tornando a passagem dos mesmos pela rede cristalina do óxido mais facilitada e mais provável. 5) Como se trata de difusão no estado sólido, a corrosão é influenciada fundamentalmente pela temperatura, pelo gradiente de concentração do metal e pelas leis de migração em face das imperfeições reticulares e nos semicondutores. 14 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas Eficiência das películas como agentes protetores As propriedades da película formada entre o metal e o meio corrosivo é que determinam a velocidade de corrosão. • Volatilidade • Resistividade elétrica (Al2O3 – alta resistividade – eficiência na proteção) • Transporte catiônico (Al2O3, Cr2O3, ZnO) • Aderência (quanto mais tênue, mais aderente é a película do óxido; semelhança na rede cristalina do metal e dos óxidos protetores) 15 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas • Plasticidade (quanto mais plástica a película, mais difícil a sua fratura) • Solubilidade (películas solúveis nos meios corrosivos não são protetoras) • Porosidade (quanto menor a porosidade, menor a difusão através dela e logo maior a sua ação protetora) • Pressão de vapor (elevada pressão de vapor sublimação do óxido) • Refratariedade (as películas para serem protetoras não devem fundir a baixas temperaturas) 16 Corrosão Corrosão em temperaturas elevadas 17 Corrosão Relações estabelecidas por Pilling-Bedworth (PBV) (1923) Óxido PBV Óxido PBV MgO 0,81 CoO 1,86 Al2O3 1,28 Cr2O3 2,05 ZrO2 1,56 FeCr2O4 2,1 NiO 1,65 SiO2 2,15 FeO 1,7 Ta2O5 2,5 TiO2 1,73 Nb2O5 2,68 M= MM do óxido D= ME do óxido m= MA do metal n= átomos metálicos d= ME metal Características das Películas Protetoras 18 Corrosão Características das Películas Protetoras Relações estabelecidas por Pilling-Bedworth (PBV) (1923) 19 Corrosão Meios corrosivos a altas temperaturas Enxofre e gases contendo enxofre Fe + S FeS Fe + H2S FeS + H2 3 Fe + SO2 FeS + 2 FeO **As películas de sulfeto não apresentam caracterísitcas protetoras, pois: i. muito espaço vazio na rede catiônica; ii. relação entre o volume de sulfeto formado e o volume de metal oxidado é alta (2,5 – 2,9 para FeS, CoS, NiS, CrS e MnS); iii. PF e PE baixos. Trecho de tubo com sulfeto de níquel, causado por gás sulfídrico GENTIL, 2012 20 Corrosão Meios corrosivos a altas temperaturas Carbono e gases contendo carbono • Carbonetação: ocorre quando ligas de ferro são aquecidas em atmosfera contendo hidrocarbonetos ou monóxido de carbono. • Formação de carbetos (Fe3C - cementita) – Endurecimento superficial do material (cementação) CO + 3 Fe Fe3C + CO2 CH4 + 3 Fe Fe3C + 2H2 CO e CH4 – agentes carbonetantes 21 Corrosão Meios corrosivos a altas temperaturas Carbono e gases contendo carbono • Descarbonetação **Retirada da cementita Fe3C + 2H2 3 Fe + CH4 Fe3C + CO2 3 Fe + 2CO H2 e CO2 – agentes descarbonetantes 22 Corrosão Meios corrosivos a altas temperaturas Cinzas Produzidas pela queima de óleos combustíveis (turbinas a gás, motores diesel, caldeiras); Apresentam alto poder corrosivo em temperaturas elevadas (sulfatos alcalinos e V2O5) O ataque é caracterizado pela formação de grossa esfoliação com diminuição de espessura e eventual ruptura. 23 Corrosão Proteção contra corrosão por cinzas Emprego de aditivos no combustível • Minimizar a formação de SO3 nas superfícies aquecidas • Neutralizar os ácidos normalmente formados nas superfícies • Diminuir a tendência de sinterização dos depósitos, elevando o ponto de fusão das cinzas 24 Corrosão Meios corrosivos a altas temperaturas Vapor de água • O vapor de água em temperaturas elevadas ataca certos metais formando os óxidos correspondentes e liberando hidrogênio. 3Fe + 4H2O Fe3O4 + 4H2
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