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Direito Constituconal 1

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Aula 00 
Curso: Noções de Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
Curso: Noções de Direito Constitucional 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 83 
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 Queridos amigos e amigas! 
 
É com enorme prazer que inicio este curso aqui no Exponencial 
Concursos. Trata-se de um curso de Direito Constitucional com o conteúdo 
resumido e muitas questões, para o cargo de Técnico do INSS. 
Os rumores de um novo edital só se avolumam e não há tempo a perder! 
Quanto mais cedo começarmos nossa preparação para esse concurso bastante 
concorrido melhores serão nossas chances. 
 
Dito isso, passemos às apresentações. 
 
Meu nome é Jonathas de Oliveira, bacharel em Turismo e graduando em 
Direito, e minha história nos concursos se iniciou aos 23 anos, quando em 2012, 
sem maior pretensão, fui aprovado para um concurso de nível municipal em 
Armação de Búzios (RJ). 
Alguns meses depois, dei início à minha preparação, focado desde o 
começo para a área fiscal. No início de 2013 fui aprovado para Oficial de Fazenda 
da Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro e, em outubro daquele 
ano, para Auditor Fiscal da Receita do Estado do Espírito Santo, em 3º 
lugar, cargo que exerço atualmente, atuando como Subgerente na gerência 
responsável pelo julgamento de processos administrativos fiscais. 
Ao longo dos meus 11 meses de estudo como concurseiro, e com quase 
5 anos de atuação como professor para concursos, pude travar contato com 
diferentes materiais e metodologias e constatar a dificuldade que os candidatos 
(com as mais diversas formações) ao almejado cargo na administração pública 
encontram para conciliar, resumir e esquematizar conteúdos vastos e muitas 
vezes demasiadamente prolixos. 
É nesse sentido que a formatação deste curso visa a ser não apenas um 
instrumento de transmissão de informações com eficiência, eficácia e 
efetividade, mas também uma ferramenta metodológica ao amigo e à amiga 
concurseiros, contribuindo para que o estudo para concursos públicos seja 
feito com a maior praticidade possível, obtendo os melhores resultados, 
sem desperdício de tempo. 
 
Na quase totalidade dos grandes concursos, a disciplina Direito 
Constitucional é um verdadeiro “pilar” que não pode ser negligenciado. É dela e 
das demais disciplinas-chave que o candidato vai extrair pontos que blindarão 
sua eliminação e o manterão na zona de competitividade. 
APRESENTAÇÃO 
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Curso: Noções de Direito Constitucional 
Resumo + Questões comentadas 
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Pois bem. 
Nosso curso conta com resumos dos pontos do conteúdo de Noções de 
Direito Constitucional cobrados nos editais anteriores, assim como cerca de 70 
mapas mentais e cerca de 120 questões comentadas, optando-se por 
aquelas que melhor representam o estilo do CESPE/CEBRASPE, nossa 
banca organizadora. 
 
 É preciso destacar também que este curso é direcionado para os 
concurseiros que já possuem um conhecimento básico da disciplina 
Direito Constitucional. 
 Uma vez que nosso foco é a fixação de pontos centrais do conteúdo e sua 
revisão por meio da resolução de exercícios, as aulas trarão melhores resultados 
para aqueles que já tiveram um primeiro contato com nossa matéria. 
Se você estiver partindo do zero, recomendamos nosso curso de 
teoria, jurisprudência e questões comentadas. 
 
Por fim, merece destaque que, suplementarmente, vamos nos valer de 
questões de grandes bancas (como a ESAF, a FCC, a FGV, dentre outras). 
Isso nos permitirá explorar melhor um ou outro tópico da matéria coberto 
por poucas questões (ou questões repetitivas) do CESPE/CEBRASPE. 
Assim, para que nosso estudo possa ser o mais completo e robusto 
possível, podemos nos socorrer de questões de outras bancas com 
características parecidas, o que nos possibilitará ampliar o alcance das nossas 
revisões. 
 
 
Aula Tópico 
00 Introdução ao Direito Constitucional. O Direito Constitucional e os 
demais ramos do Direito. Estrutura da Constituição Federal de 1988. 
Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres individuais e 
coletivos; direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade. 
01 Direitos sociais. Nacionalidade. Direitos políticos. Partidos políticos. 
02 Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. 
(artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal de 1988 e 
atualizações) 
 
* Confira o cronograma de liberação das aulas na página do curso no nosso site. 
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Sumário 
1- Introdução ao Direito Constitucional ............................................... 5 
2- Fundamentos, objetivos e princípios nas relações internacionais .... 8 
3- Direitos e deveres individuais e coletivos. Remédios constitucionais.
 .......................................................................................................... 10 
4- Questões Comentadas ................................................................... 31 
5- Lista de Exercícios ......................................................................... 41 
6- Gabarito ........................................................................................ 83 
7- Referencial Bibliográfico................................................................ 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 – Princípios fundamentais. Direitos e garantias 
fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos. Direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
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file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Resumo%20+%20questões%20-%20Técnico%20INSS/Aula%2000%20-%20Noções%20de%20Direito%20Constitucional%20-%20Resumo%20e%20questões%20Técnico%20INSS%20-%20Direitos%20e%20garantias%20fundamentais.docx%23_Toc533965554
Curso: Noções de Direito Constitucional 
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Vamos começar com uma pergunta. 
 O que é o Direito Constitucional? 
 Direito Constitucional é o ramo do Direito Público Interno que tem 
por objeto a Constituição dos Estados nacionais. 
 
 
 
 Em sentido jurídico – aquele a que devemos dar mais atenção – a 
Constituição é o fundamento de validade normativa dos Estados 
nacionais. 
 Vale dizer, no plano jurídico-positivo (o Direito produzido pelo Estado, 
vigente, que rege nosso dia a dia), a nossa Constituição Federal de 1988, situa-
se no topo da pirâmide normativa. Essa pirâmide é um recurso visual 
consagrado com base na teoria de Hans Kelsen e que traduz o princípio da 
supremacia da Constituição. Em última instância, é à Constituição que todo 
o agir público se reporta, numa relação de verticalidade hierárquica. 
As normas de um ordenamento não estão todas em um mesmo 
plano/hierarquia. Há normas superiores e inferiores, sendo que as normas 
inferiores devem observância às superiores. 
 Temos, portanto, a seguinte relação de hierarquia: 
 
DIREITO
Direito Público
Direito Público
Interno
D. Constitucional
D. Administrativo
D. Tributário
D. Financeiro
D. Econômico
D. Processual
D. Penal
D. Urbanístico
Direito Público 
Externo
Direito 
Internacional 
Público
Direito 
Difuso/Social
D. do Trabalho
D. Ambiental
D. Previdenciário
Direito Privado
D. Civil
D. Empresarial
D. Internacional
Privado
1- Introdução ao Direito Constitucional 
 
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* A norma hipotética fundamental não é positivada, mas sim pressuposta. É uma 
premissa jurídica e o referencial de produção das normas do ordenamento jurídico, uma 
espécie de consciência jurídica (ou ânimo jurídico) que por ele perpassa. 
 
 Nossa Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, 
compreende um preâmbulo, nove títulos (divididos em capítulos, seções e 
subseções), além do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
 
Vejamos o que dispõe o preâmbulo constitucional: 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
 São três as posições apontadas pela doutrina em relação ao preâmbulo, 
vejamos: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo está no âmbito da 
política e não possui relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: o 
preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das demais normas constitucionais; 
c) tese da relevância jurídica indireta: o preâmbulo tem parte das 
Norma Hipotética Fundamental*
Constituição Federal de 1988 (normas 
originárias)
Constituição Federal de 1988 (emendas) e 
tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos aprovados na forma do 
art. 5º, §3º
Outros tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos (status supralegal)
Leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos, resoluções, tratados e 
convenções internacionais gerais, decretos 
autônomos (status legal)
Normas infralegais (decretos 
regulamentares, portarias, ordens de 
serviço, instruções normativas e outras)
*É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
 
*É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
 
*É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
 
*É a ideia 
lógica que 
su2- 
Fundamentos
, objetivos e 
princípios 
nas relações 
internacionai
s 
 
 
1- 
Fundamentos
, objetivos e 
princípios 
nas relações 
internacionai
s 
 
 
1- 
Fundamentos
, objetivos e 
princípios 
nas relações 
internacionai
s 
 
 
1- 
Fundamentos
, objetivos e 
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características jurídicas da Constituição Federal, entretanto, não deve ser 
confundido com as demais normas jurídicas desta. 
O Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a questão concluiu que o 
preâmbulo constitucional não se situa no âmbito do direito, mas no 
âmbito da política, transparecendo a ideologia do constituinte. Desta forma, o 
STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância jurídica. 
 
Além do preâmbulo e das normas gerais da Constituição (Título I a IX), 
temos o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT contém 
normas jurídicas, em grande parte, efêmeras, temporárias, que possibilitaram 
a passagem da ordem constitucional anterior para a atual. 
Sua função central, pois, é harmonizar as pendências da ordem anterior 
com a nova ordem. 
Nesse sentido, válido dizer que suas normas possuem o mesmo grau de 
positividade jurídica das normas centrais da Constituição. A natureza jurídica é 
a mesma. Não por outro motivo, o ADCT pode inclusive estabelecer exceções 
às normas centrais da CF/88. 
 
Esquematicamente, e desconsiderando as subdivisões dos Títulos, temos 
a seguinte anatomia constitucional: 
PREÂMBULO 
 
TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais (art. 1º a 4º) 
TÍTULO II– Dos Direitos e Garantias Fundamentais (art. 5º a 
17) 
TÍTULO III – Da Organização do Estado (art. 18 a 43) 
TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes (art. 44 a 135) 
TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas (art. 136 a 144) 
TÍTULO VI – Da Tributação e Orçamento (art. 145 a 169) 
TÍTULO VII – Da Ordem Econômica e Financeira (art. 170 a 
192) 
TÍTULO VIII – Da Ordem Social (art. 193 a 232) 
TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais (art. 233 
a 250) 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS 
TRANSITÓRIAS (art. 1º a 97) 
Natureza 
político-
ideológica 
 
Natureza 
político-
ideológica 
 
Natureza 
político-
ideológica 
 
Natureza 
político-
ideológica 
 
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O texto constitucional sofreu diversas alterações desde sua promulgação. 
Modificações estas, fruto dos poderes constituintes derivados de revisão 
(esgotado) e de reforma, conceitos a serem abordados mais adiante. Além 
disso, embora não promova mudança físico-formal da Carta Magna, destaque-
se o fenômeno da mutação constitucional, conferindo-lhe novos sentidos 
interpretativos.
Fundamentos da República Federativa do Brasil 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
 
Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
 
 
 
2- Fundamentos, objetivos e princípios nas relações internacionais 
 
MNEMÔNICO 
SO-CI-DI-VA-PLU 
 
MNEMÔNICO 
CON-GA-ERRA-
PRO 
 
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Princípios da República Federativa do Brasil nas relações internacionais 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
FUNDAMENTOS 
 
OBJETIVOS 
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
I- Soberania 
II- Cidadania 
III- Dignidade da 
pessoa humana 
IV- Valores 
sociais do 
trabalho e da livre 
iniciativa 
V- Pluralismo 
político 
I- Construir uma 
sociedade livre, justa e 
solidária 
II- Garantir o 
desenvolvimento nacional 
III- Erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e 
regionais 
IV- Promover o bem de 
todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras 
formas de discriminação 
I- Independência nacional 
II- Prevalência dos direitos 
humanos 
III- Autodeterminação dos povos 
IV- Não-intervenção 
V- Igualdade entre os Estados 
VI- Defesa da paz; 
VII- Solução pacífica dos conflitos 
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao 
racismo 
IX- Cooperação entre os povos 
para o progresso da humanidade 
X- Concessão de asilo político 
 
 
MNEMÔNICO 
IN-PRE-AUTO-NÃO-IGUAL-
DEFE-SO-RE-CO-CO 
 
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A Constituição Federal classifica o gênero “direitos e garantias 
fundamentais” em cinco espécies: 
 
 
 
Muito embora se concentrem no art. 5.º da CF/88, o STF já se posicionou 
no sentido de que os direitos e deveres individuais e coletivos não se limitam 
ao rol ali estabelecido, espraiando pelo texto constitucional e para além dele 
(ADI 939-7/DF). 
Ou seja, o rol do art. 5º não é exaustivo! 
 
 
Direitos x garantias fundamentais 
 A distinção entre ambos é relativamente simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos e garantias 
fundamentais
direitos e 
deveres 
individuais e 
coletivos
direitos 
sociais
direitos de 
nacionalidade
direitos 
políticos
direitos dos 
partidos
políticos
Direitos prestações positivas consagradas pela Constituição
Garantias 
instrumentos assecuratórios da adequada prestação 
de direitos ou da reparação de eventual lesividade a eles 
causada
3- Direitos e deveres individuais e coletivos. Remédios 
constitucionais. 
 
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Dimensões de direitos fundamentais 
 
 
Eficácia dos direitos fundamentais 
O Supremo Tribunal Federal coleciona diversos julgados em que é 
reconhecida também a eficácia horizontal dos direitos fundamentais. E 
o que é isso? 
Vejamos: 
 
 
 O STF entende que violações a direitos fundamentais não ocorrem 
somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente 
nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. 
1ª dimensão:
LIBERDADE – Direitos civis e políticos 
(primeira dimensão)
Delimitação do individual e do público.
Transição entre Estado Autoritário e 
Estado Liberal de Direito.
Direitos de resistência/oposição perante o 
Estado.
2ª dimensão:
IGUALDADE – Direitos sociais, 
econômicos e culturais (SEC -
segunda dimensão)
Transição entre Estado Liberal e 
Estado Social.
Igualdade real e não meramente 
formal.
3ª dimensão:
FRATERNIDADE –
Direitos coletivos e 
difusos 
(desenvolvimento, 
meio ambiente 
equilibrado, 
comunicação etc.)
Transição entre 
Estado Social e 
Estado Democrático.
Proteção do gênero 
humano.
4ª dimensão: 
Democracia direta, 
pluralismo e acesso à 
informação
5ª dimensão: 
Paz (universal), 
direitos virtuais, 
transconsitucionalismo
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
 
Eficácia 
Vertical 
 
Vertical 
 
Vertical 
 
Vertical 
 
Vertical 
 
Vertical 
 
Horizontal 
 
Horizontal 
 
Horizontal 
 
Horizontal 
 
Horizontal 
 
Horizontal 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações 
particular-Estado 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações 
particular-Estado 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações 
particular-Estado 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais às relações 
entre particulares 
(privadas) 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais às relações 
entre particulares 
(privadas) 
 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais às relações 
entre particulares 
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Características dos direitos e garantias fundamentais 
 
 
Eficácia, aplicação e aplicabilidade das normas constitucionais 
 
De antemão, vamos registrar a distinção entre os três termos. 
Aqui nos perfilhamos à classificação proposta por José Afonso da Silva, 
sem dúvidas, a mais adotada nos concursos. 
 
Características 
dos direitos e 
garantias 
fundamentais
Universalidade
Destinam-se às coletividades e 
não meramente aos indivíduos
Inalienabilidade
Não podem ser cedidos, 
transferidos ou negociados sob 
qualquer forma como ativo
econômico-financeiro
Imprescritibilidade
Seu usufruto não é perecível
com o passar do tempo
Irrenunciabilidade 
/ 
Indisponibilidade
Não é possível que seu titular os 
rejeite. No máximo, poderá não 
usufruí-los
Concorrência
O usufruto de diferentes direitos e 
garantias pode ser cumulativo e
simultâneo por um mesmo 
indivíduo 
Historicidade
São produto de processos sociais 
históricos e estão em constante 
processo de mutação
Vedação ao 
retrocesso
Sua mutação não pode implicar 
em evolução recionária. Ou seja, 
seu núcleo não pode
ser suprimido 
ou extinto
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 A partir da clara definição desses termos, podemos estabelecer um 
quadro geral da eficácia jurídica das normas jurídicas do nosso ordenamento. 
 Nem todas as normas têm a mesma eficácia, vale dizer, nem todas, após 
serem introduzidas no sistema jurídico, produzem, ao mesmo tempo e com a 
mesma completude, seus efeitos. 
De igual modo, nem todas têm a mesma aplicabilidade, podendo ou não 
depender de outra (ou outras) normas complementares para que sejam 
plenamente aplicáveis. 
 
Assim, sob o ponto de vista da eficácia (amplitude legal da produção 
de efeitos da norma), podemos classificar as normas em: 
• Amplitude legal da produção de efeitos da
norma. Quanto mais eficaz a norma, mais
plena a geração dos seus efeitos jurídicos
pretendidos.
Eficácia
• Temporalidade legal da produção de
efeitos da norma. Vale dizer, em que
momento a norma está apta a produzir
efeitos concretos.
Aplicação
• Instrumentalidade legal da produção de
efeitos da norma. A norma por si só pode
produzir todos seus efeitos ou depende de
outra(s)?
Aplicabilidade
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Vamos ver alguns exemplos. 
Norma de eficácia 
plena 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Norma de eficácia 
contida 
[Art. 5º] XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; [...] 
Norma de eficácia 
limitada 
[Art. 18] § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar 
 
Ter a distinção acima em mente é de suma importância para o estudo da 
Constituição Federal. 
 
 
 Costumeiramente as normas de eficácia contida e limitada são objeto de 
confusão, não sendo de todo claro se a intenção do legislador foi estabelecer se 
elas são restringíveis (eficácia contida) ou se precisam de uma legislação para 
que possam gerar efeitos (eficácia limitada). 
 Sob esse aspecto, podemos pensar que na norma de eficácia contida 
quase todos os efeitos possíveis da norma são sentidos desde que ela 
entra em vigor, ou seja, são sentidos “a priori“. 
Eficácia das 
normas 
constitucionais
Plena
- Produzem
integralmente seus 
efeitos a partir da 
vigência da 
Constituição;
- Desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade plena
e imediata. 
Contida
- A produção de efeitos
também é integral. No 
entanto, há margem
para que norma 
constitucional ou 
infraconstitucional os 
limite;
- A priori, 
desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade plena
e imediata.
Limitada
- A produção de efeitos
é reduzida (apenas os 
mais gerais são notados 
a partir da vigência da 
Constituição);
- Necessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade
reduzida e mediata.
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Já no que diz com as normas de eficácia limitada os efeitos próprios 
da norma necessariamente só serão sentidos após haver edição de 
normas complementares, vale dizer, serão sentidos “a posteriori“. 
Perceba-se que ambas abrem margem para atuação de lei posterior. 
Ocorre que quando se trata de eficácia contida a lei vai apenas ordenar 
ou restringir certos efeitos da norma. Já quando se trata de eficácia limitada 
apenas com a lei e outros atos normativos supervenientes seus efeitos serão 
sentidos de fato. 
 
Por fim, válido aduzir que, consoante consagrada classificação de José 
Afonso da Silva, as normas de eficácia limitada subdividem-se em dois 
subgrupos: as normas de princípios institutivos (ou organizativos, ou 
ainda, orgânicos) e as normas de princípios programáticos. 
 
 
 
O art. 5º, da Constituição Federal de 1988 – parte 1 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
Normas de eficácia limitada
Princípios institutivos 
(organizativos/orgânicos)
Esboçam a organização de 
instituições e órgãos, e 
estabelecem ainda 
competências, limites e 
vedações aos entes.
Exemplos: art. 25; 33; 37, VII, 
113; 121; 146; 161, I, dentre 
outros. 
Princípios programáticos
Esboçam programas e 
compromissos que o Estado 
deve implementar, 
especialmente no âmbito dos 
chamados "direitos sociais".
Exemplos: art. 6º; 196; 205; 
215, dentre outros. 
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 (1) Para o STF (HC 94.016/SP) a simples presença de pessoa no território 
nacional, mesmo que estrangeiro e sem domicílio no Brasil, é elemento 
habilitador de direitos e garantias fundamentais, tais como o de ser 
processado por meio do devido processo legal. 
(2) Como já vimos, o princípio da isonomia (insculpido no caput do art. 5º), 
implica em tratar de forma desigual os desiguais, na medida de sua 
desigualdade. Grosso modo, é a chamada igualdade material. Nesse 
sentido, por exemplo, já dispôs o STF que a lei pode distinguir situações a fim 
de conferir a uma situação tratamento diverso do que atribui a outra, desde que 
a discriminação seja compatível com o conteúdo do princípio em que se sustenta 
(ADI 2.716/RO). 
(3) Como salienta Lenza (2012, p. 970), o direito à vida “abrange tanto o direito 
de não ser morto [quanto] o direito de ter uma vida digna”. Dessa compreensão 
decorrem diversas disposições constitucionais, sendo uma das mais evidentes a 
proibição de pena de morte, salvo em caso de guerra declarada (art. 5º, XVLII, 
“a”). 
Questão não pacificada (e de improvável incidência em concursos) é a 
extensão da significação do termo vida. Como definir quando ela começa e o 
que lhe é elemento fundamental? 
Nessa seara, o STF já declarou a constitucionalidade das pesquisas com 
células-tronco embrionárias (ADI 3.510/DF) e do aborto de fetos anencefálicos 
(ADPF 54/DF), observados determinados elementos reguladores e limitadores. 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
 
 (1) Este inciso recai também no princípio da isonomia. Desta forma, 
igualdade não impede tratamento diferenciado na medida das diferenças! Foi 
assim que o STF já declarou constitucional a adoção de critérios diferenciados 
para a promoção de integrantes das Forças Armadas, em razão do gênero (RE 
498.900-AgR/BA), dentre outras medidas afins. 
Essa linha de raciocínio também serve de parâmetro para a aplicação das 
denominadas discriminações positivas ou ações afirmativas. 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
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(1) Aqui está insculpida a formulação genérica do princípio da legalidade, 
vetor de todos os Estados de Direto (o Estado é “de
Direito” justamente porque 
sua atuação é vinculada ao ordenamento jurídico-normativo). 
(2) Cabe fazer uma distinção entre dois conceitos comumente cobrados: 
reserva legal e legalidade. 
 
 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
 
(1) STF – Súmula Vinculante nº 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos 
de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e 
penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
(2) Importante tema diz respeito à análise da recepção da chamada Lei da 
Anistia (Lei 6.683/1979) – que tornou impuníveis, dentre outros, todos os que 
cometeram crimes políticos e eleitorais entre os anos de 1961 e 1979 –, levada 
ao STF pela Ordem dos Advogados do Brasil na ADPF 153. 
 O STF entendeu como não admitida a revisão jurisdicional daquela 
lei por ter sido uma decisão política assumida naquele momento. 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
LEGALIDADE
• Termo mais genérico
• Compreende tanto o uso de leis
formais, como o uso de atos
infralegais, nos limites da lei
RESERVA LEGAL
• Termo mais específico
• Necessariamente lei formal (ou
equivalente, como medida
provisória)
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VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em 
lei; 
 
 (1) Percebam que a medida de privação do inciso VII exige dupla recusa: 
 
(2) Além disso, a própria CF/88 estabelece um limite circunstancial à norma, 
ao definir que não é permitida escusa de consciência para serviço militar 
em tempo de guerra (cf. art. 143). 
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
 
 Ver o inciso XIII. 
(1) A liberdade de expressão, assim como outros direitos fundamentais, é 
direito não absoluto. 
Por exemplo, é dever do Estado zelar pela moralidade, proibindo a 
divulgação de notícias injuriosas, caluniosas, mentirosas e difamantes, 
tipificadas inclusive como crimes pelo Código Penal. 
Além disso, leis federais podem regular as diversões e os espetáculos 
públicos (como programas de televisão), cabendo ao poder público informar 
sobre sua natureza, definir as faixas etárias a que se destinam, e locais e 
horários em que sua apresentação eventualmente se mostre inadequada. 
 
Há privação de 
direitos por 
convicção subjetiva?
REGRA Não
EXCEÇÃO
Se for invocada para o 
afastamento de obrigações 
impostas a todos
Não for prestada obrigação 
alternativa
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
 (1) “Casa” aqui é um conceito amplo. Não se limita aos lugares de habitação 
individual. Pelo contrário, abrange até mesmo um quarto de hotel (RHC 
90.376/RJ) ou local reservado ao exercício de atividade profissional (MS 
23.642/DF). 
(2) 
 
(3) A prisão em flagrante independe de mandado judicial, qualquer que 
seja sua natureza (RHC 91.189). 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
(1) Um clássico exemplo de norma constitucional de eficácia contida. A 
produção de efeitos é plena desde sua vigência. No entanto, pode lei 
infraconstitucional posterior restringir alguns deles. É o que ocorre, por 
exemplo, por meio do exame de ordem da OAB, cuja constitucionalidade já foi 
aceita pelo STF (RE 603.583/RS). 
Quando o 
domicílio pode 
ser adentrado?
COM
consentimento 
do morador
Sempre
SEM
consentimento 
do morador
Qualquer hora
Flagrante
Desastre
Socorro
De Dia
Determinação 
Judicial
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(2) A esse respeito, entende o STF que não são todos os ofícios ou 
profissões que podem ser sujeitos ao cumprimento de condições legais 
para o seu exercício. A regra é a liberdade. Por exemplo, somente quando 
houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em 
conselho de fiscalização profissional (RE 414.426/SC). 
 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
 
(1) Não confundir com a vedação ao anonimato prevista no inciso IV. 
No exercício da liberdade de manifestação do pensamento e de 
informação não é permitido o anonimato. É, no entanto, assegurado e 
respeitado o sigilo quanto às fontes ou origem de informações recebidas ou 
recolhidas pelos jornalistas. 
 O sigilo da fonte jornalística, mais do que instrumento assecuratório 
daquela prática profissional, possui imensa relevância para toda a coletividade, 
que, assim, pode ter o conhecimento de fatos de grande relevância que por 
outra via não seriam publicizados. 
 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com 
seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o 
trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade;
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XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade 
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 
(1) Observe-se de imediato que o direito de propriedade (inciso XXII) é 
relativizado pelos dois incisos subsequentes, além dos art. 182 e 184 do texto 
constitucional. 
 Em suma, trata-se de direito não absoluto. 
Diversos são os meios de intervenção do Estado na propriedade privada: 
 
 Para um estudo detalhado sobre o tema, remetemos os alunos ao curso 
de Direito Administrativo. 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes 
de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar; 
In
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Servidões administrativas
Ocupação temporária
Limitações administrativas
Requisição
Tombamento
Desapropriação
Intervenções do poder público municipal na forma da 
Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade)
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XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da 
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem 
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário 
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade 
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em 
vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
 
 (1) Notem que a Constituição distingue duas categorias para fins de direito 
autoral: 
 
 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
AUTORES (GERAIS)
• Direitos de propriedade
perduram pelo menos até a
morte do autor
AUTORES DE INVENTOS 
INDUSTRIAIS
• Direitos de propriedade
perduram em caráter mais
temporário
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XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
 
(1) Aqui temos consagrado o princípio da inafastabilidade da jurisdição. 
 O Brasil adota o sistema jurisdicional inglês (de unicidade da 
jurisdição). Simplificadamente, apenas um Poder, no caso, o Judiciário, é 
competente para firmar em definitivo o direito aplicável nos litígios (fazer coisa 
julgada). 
 Isso não implica a inexistência de mecanismos de solução de litígios em 
âmbito administrativo. Contudo, qualquer conflito de interesses, mesmo que já 
tenha sido iniciado (ou concluído) na esfera administrativa pode ser levado ao 
Poder Judiciário. 
 
 
 São exceções parciais ao princípio da inafastabilidade da jurisdição: 
 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a 
lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
Requerem 
esgotamento 
prévio da via 
administrativa
Ações relativas à disciplina e às competições desportivas (CF, art. 
217)
Reclamação de ato administrativo, ou de omissão da 
administração pública, que contraria Súmula Vinculante (Lei nº 
11.471/06)
Habeas-data (exige prova de indeferimento prévio do pedido de 
informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo - HD 
22/DF)
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 (1) A regra é que a lei penal somente incida sobre fatos ocorridos a partir de 
e durante a sua vigência. 
Mas vamos abrir um parêntese e ilustrar alguns marcos cronológicos do 
ciclo de vida de uma lei. Esquematicamente, temos a seguinte sequência de 
fatos ao término do processo legislativo1: 
 
 
 
Excepcionalmente, para benefício do réu (reformatio in mellius), a lei 
penal pode incidir sobre fatos ocorridos antes da sua vigência, 
inclusive sobre ato jurídico perfeito e coisa julgada!!! 
Por outro lado, a lei penal que agrave a situação do réu (reformatio in 
pejus) não pode retroagir. 
Exemplo: 
 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito 
à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
 
1 Vamos pular aqui os procedimentos de iniciação, revisão, e deliberação. O estudo do processo 
legislativo será detalhado na aula pertinente. 
Promulgação
Publicação
Vigência e Eficácia (regra)
Condenado em 10 anos por 
homicídio doloso tem a pena 
máxima do tipo penal legalmente 
reduzida para 5 anos.
Pode retroagir
(reformatio in mellius)
Condenado em 10 anos por 
homicídio doloso tem a pena 
máxima do tipo penal legalmente 
ampliada para 15 anos.
Não pode retroagir
(reformation in pejus)
Vacatio legis 
 
Vacatio legis 
 
Vacatio legis 
 
Vacatio legis 
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e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
 
(1) Inciso bastante visado em concursos. Estudaremos detidamente os 
aspectos constitucionais relativos à nacionalidade ao anotarmos o art. 12 da 
CF/88. De todo modo, temos resumidamente: 
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LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos 
a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa 
da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
por seu interrogatório policial; 
Brasileiro
Nato Nunca é extraditado
Naturalizado
Pode ser extraditado 
em caso de
Crime comum 
anterior à 
naturalização
Envolvimento a 
qualquer tempo 
com tráfico ilícito 
de drogas
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LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel; 
[...] 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que 
ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. 
 
 
Os remédios constitucionais 
Os writs são instrumentos, na forma de ações judiciais, que se prestam a 
garantir o devido usufruto dos direitos fundamentais, sua proteção ou 
reparação. Compõem, pois, o gênero das garantias constitucionais. 
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Antes de prosseguir, vamos esclarecer um aspecto terminológico que será 
útil também para o estudo de todos os remédios constitucionais. 
 
Impetrante (legitimado ativo) É o autor da ação. 
Paciente É o indivíduo a ser beneficiado pela ação. 
Coator (impetrado) É o sujeito contra o qual se impetra a ação. 
 
 
Habeas corpus 
[art. 5º] LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou 
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
 
Remédios 
constitucionais
(writs)
Habeas corpus
Habeas data
Ação Popular
Mandado de 
injunção 
(individual e 
coletivo)
Mandado de 
segurança 
(indivudal e 
coletivo)
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É importantíssimo que o candidato fixe que a razão de ser do writ é 
agir preventiva ou repressivamente contra ato que ameace ou restrinja a 
liberdade de locomoção. Esse é o macete do habeas corpus. 
 
 
Mandado de segurança (individual e coletivo) 
 
Ao contrário do habeas corpus o mandado de segurança é ação de 
natureza eminentemente civil que pode ser aplicada, em determinados 
casos, também no âmbito penal. 
 No habeas corpus, a pessoa ou entidade coatora não é necessariamente 
pública ou revestida de atribuições do Poder Público (pensem numa clínica 
H
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b
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c
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r
p
u
s
Objeto e objetivo
Proteção ou restauração da liberdade de 
locomoção
Impetrante
Qualquer pessoa física (nacional ou 
estrangeira) ou jurídica (em pouquíssimas 
circunstâncias). Pode também ser concedido 
de ofício por juiz ou tribunal.
Paciente Pessoa física (nacional ou estrangeira)
Coator
Pessoa ou entidade, pública ou privada, 
cujo ato é ativo ou omissivo (HC 95.563) 
Competência para 
julgar
Varia em função da pessoa ou entidade 
coatora ou em função do paciente
Não é cabível 
para questionar 
(dentre outros)
- Punições disciplinares militares (CF/88, art. 
142, §2º)
- Penas de multa (Súmula 693)
- Procedimentos judiciais em que não se 
discute, nem indiretamente, a liberdade de ir 
e vir (HC 90.378/MS)
- Sequência de Processo Administrativo 
Disciplinar (HC 100.664/DF)
- Suspensão de direitos políticos (REsp 
19.663/SP)
- Dilação probatória
(HC 68.397-5/DF)
- Perda de patente ou de função pública 
(Súmula 694)
Admite liminar? Sim
Outros aspectos
É ação gratuita e imune de taxas (art. 5º, 
LXXVII)
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particular de reabilitação que impede a saída de um paciente enquanto este não 
quitar o tratamento). Já no mandado de segurança esse é um dos elementos 
exigidos para a procedência da ação. 
Ok, e o objeto? Também é distinto. 
 
[art. 5º] LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
 
Direito líquido e 
certo 
É aquele que pode ser provado de imediato (não 
necessita dilação probatória) e se sustenta em fatos 
sobre os quais inexiste incerteza. 
 
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As diferenças entre o mandado de segurança coletivo e o mandado de 
segurança individual se concentram nos elementos “objeto” e “impetrantes”. 
(i) Objeto 
M
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Objeto e 
objetivo
Proteção, preventiva ou repressiva, de direito 
líquido e certo, desde que não amparado por 
habeas corpus ou habeas data
Impetrante
- pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou 
estrangeiras
- universalidades reconhecidas por lei e que 
tenham capacidade processual, mesmo sem 
personalidade jurídica (ex.: o espólio, a sociedade 
de fato etc.)
- alguns órgãos públicos
- o Ministério Público
Paciente O detentor do referido direito
Coator
Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público
Competência 
para julgar
Varia em função da pessoa ou entidade coatora e 
sua sede (federal, estadual, distrital ou municipal)
Não será 
concedido
contra
- ato do qual caiba recurso administrativo com 
efeito suspensivo, independentemente de caução;
- decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo;
– decisão judicial transitada em julgado (STF -
Súmula nº 268).
- lei em tese (geral e abstrata), exceto se 
produtora de efeitos concretos (STF - Súmula nº 
266)
- atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de 
sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público 
Admite 
liminar?
Como regra, sim!
Outros 
aspectos
Não é ação gratuita ou imune de taxas
Como regra, o prazo para impetração do mandado 
de segurança é de cento e vinte dias, contados 
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado 
(art. 23).
É vedada a concessão de medida liminar que tenha por objeto (Lei 12.016/09, art. 
7º, § 2º): 
a) a compensação de créditos tributários; 
b) a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior; 
c) a reclassificação ou equiparação de servidores públicos; 
d) a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer 
natureza. 
 
3- Questões ComentadasÉ vedada a concessão de medida liminar que tenha 
por objeto (Lei 12.016/09, art. 7º, § 2º): 
a) a compensação de créditos tributários; 
b) a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior; 
c) a reclassificação ou equiparação de servidores públicos; 
d) a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer 
natureza. 
 
3- Questões Comentadas 
 
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Os direitos líquidos e certos protegidos pelo mandado de segurança 
coletivo podem ser: 
I - coletivos os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular 
grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos os decorrentes de origem comum e da 
atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou 
membros do impetrante. 
(ii) Impetrantes (legitimação ativa) 
 
 
Mandado de injunção (individual e coletivo) 
 
O mandado de injunção (MI) é uma ferramenta que guarda semelhanças 
com a ADO e que também tem por objetivo combater a inefetividade das normas 
constitucionais de eficácia limitada (que precisam de regulamentação 
infraconstitucional para a produção plena de efeitos). 
 
[art. 5º] LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
 
 Apesar da CF/88 não falar expressamente em mandado de injunção 
coletivo, o STF coleciona julgados (MI 73/DF, MI 361/RJ, MI 472/DF, dentre 
outros) em que admite, por analogia, como impetrantes (legitimados ativos) do 
MI coletivo, o rol do inciso LXX. 
Vejamos os aspectos gerais do writ: 
Impetrantes
Partido político 
com 
representação 
no Congresso 
Nacional
Defesa de interesses legítimos relativos a 
seus integrantes ou à finalidade partidária
A representação se configura mesmo com 
apens 1 membro em qualquer das Casas 
(ver ADI 2.060-MC/RJ)
Organização 
sindical e 
entidade de 
classe
Defesa de direitos líquidos e certos da 
totalidade, ou de parte, dos seus membros 
ou associados, na forma dos seus 
estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, 
autorização especial
Associação
O mesmo que as organizações sindicais e 
entidades de classes. No entanto, é 
obrigatório que as associações (e 
somente elas) estejam constituídas há 
pelo menos 1 ano
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Lenza (2012) nos esclarece que a jurisprudência e a doutrina em torno 
do assunto têm adotado historicamente os seguintes posicionamentos: 
 
 
“Professor, mais um esquema para memorizar!?” 
Calma... Não é necessário memorizar. 
 
Vamos pensar da seguinte forma: em termos de efeitos práticos, a 
posição não concretista se assemelha àqueles da ADO, ou seja, a decisão 
decreta a mora da autoridade omissa, podendo ou não definir-lhe um prazo para 
que esta produza as normas necessárias. 
M
a
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a
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Objeto e 
objetivo
Viabilizar o exercício de direito e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania
Impetrante
Mandado de injunção individual:
- Pessoa física ou jurídica titular dos direitos e 
liberdades
Mandado de injunção coletivo:
- Partido político com representação no Congresso 
Nacional;
- Organização sindical e entidade de classe;
- Associação que esteja constituída há pelo menos 
1 ano
Paciente O titular dos referidos direitos e liberdades
Coator
Poder, órgão, entidade ou autoridade
competente para regulamentar a norma de eficácia 
limitada
Competência 
para julgar
Varia em função da pessoa ou entidade coatora, 
podendo ser de competência do STF, STJ ou TJs 
locais
Admite 
liminar?
Não
Outros 
aspectos
Não
é ação gratuita ou imune de taxas
Posição
Concretista
Geral
Individual
Direta
Intermediária
Não 
concretista
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Por outro lado, a posição concretista geral, viabiliza que o Judiciário 
“legisle” no caso concreto até que o agente legislativo suprima as lacunas 
existentes por falta de norma. 
No meio do caminho estão os demais. 
 
 
 
Nos seus posicionamentos mais recentes (vide MI 712/PA), o STF adotou 
a via concretista geral! 
 
 
Habeas data 
 
O habeas data surgiu no Brasil, pois, até algumas décadas atrás, os 
órgãos públicos ligados à segurança nacional tinham registros de dados pessoais 
(verdadeiros dossiês) de diversas pessoas. Isso não raro era utilizado para todo 
tipo de perseguição pessoal, inclusive desprovida de lastro em qualquer 
processo legal. 
Com a redemocratização, os constituintes entenderam por bem 
disponibilizar aos cidadãos uma ação que os permitisse acessar tais registros e, 
eventualmente, promover sua retificação. Nesse contexto “nasceu” o habeas 
data. 
POSIÇÃO NÃO CONCRETISTA
A decisão judicial se limita a decretar a mora do poder público omisso.
POSIÇÃO CONCRETISTA INDIVIDUAL INTERMEDIÁRIA
A decisão judicial apenas reconhece a inércia e fixa um prazo para a 
integração da norma.
POSIÇÃO CONCRETISTA INDIVIDUAL DIRETA
A decisão judicial “cria” o direito pleiteado, mas apenas para o paciente 
(efeitos inter partes), enquanto não houver integração legislativa.
POSIÇÃO CONCRETISTA GERAL
A decisão judicial “cria” o direito pleiteado, com efeitos erga omnes, 
enquanto não houver integração ("feitura") legislativa.
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[art. 5º] LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 
Apesar do inciso XXXIII assegurar o direito à informação de interesse 
particular ou de interesse coletivo, ele não se confunde com a informação 
protegida pelo habeas data, que é sempre relativa à pessoa do 
impetrante (HD 87-AgR/DF). 
O direito à informação que se exerce naquele inciso é mais amplo 
que o exercido por meio de habeas data e pode dizer respeito a diversos 
conteúdos, porém não se refere a dados sobre a própria pessoa do impetrante. 
Além disso, para a proteção do direito líquido e certo de receber 
informações de interesse pessoal ou coletivo de órgãos públicos, o 
remédio adequado é o mandado de segurança! 
 
 
 
 
 
H
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b
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Objeto e 
objetivo
- Assegurar o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
- Retificar de dados, quando não se prefira fazê-lo 
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Impetrante
Qualquer pessoa física ou jurídica de cuja 
informação se trate
Paciente O impetrante
Coator
Entidade pública ou privada na qual estejam 
registrados os dados
Competência 
para julgar
STF, STJ, TRFs e juízes federais
Admite 
liminar?
Não
Outros 
aspectos
É ação gratuita e imune de taxas
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Ação popular 
[art. 5º] LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
 Dois elementos já saltam à vista numa primeira leitura. Primeiro, o 
impetrante é qualquer cidadão. Pessoa jurídica não é cidadão, logo, não pode 
propor ação popular (STF – Súmula 365). 
 Em segundo lugar, a capacidade eleitoral ativa é facultativa para pessoa 
física que tenha mais que dezesseis e menos que dezoito anos. Sendo detentor 
de título de eleitor, não há impedimento legal para que um indivíduo menor de 
idade proponha a ação. 
 Passemos a analisar a ação: 
 
 
A ação popular é uma ação civil regulada pela Lei nº 4.717/1965. 
 
Lembrando que o cidadão (qualquer que seja) não propõe diretamente a 
ação, mas o faz por meio de advogado devidamente constituído. 
De todos os writs estudados apenas o habeas corpus dispensa a 
impetração por meio de advogado. Nos demais prevalece a regra geral de 
processo que estabelece como pressuposto para a prática de atos processuais 
A
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Objeto e 
objetivo
Anular o ato lesivo à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural (CF/88) e reparar o dano (Lei nº 
4.717/65).
Impetrante Qualquer cidadão (brasileiro nato ou naturalizado)
Paciente O impetrante
Coator
Pessoas físicas ou jurídicas que pratiquem ou se 
beneficiem do ato lesivo (ou potencialmente lesivo)
Competência 
para julgar
STF e juízes de 1º grau
Admite 
liminar?
Sim
Outros 
aspectos
É ação gratuita e imune de taxas, salvo 
comprovada má-fé
O prazo prescricional da ação civil pública é de 5 
anos, ressalvada ação de ressarcimento ao erário
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em juízo a capacidade postulatória da parte, em outros termos, esta não age 
diretamente no processo mas sim representada por algum agente que seja 
legalmente revestido de tal capacidade, de regra, o advogado devidamente 
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
 
Ação civil pública 
 
A Constituição Federal dispõe a respeito do Ministério Público que: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: [...] 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos; [...] 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas 
neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo 
o disposto nesta Constituição e na lei. [...] 
 
O que são direitos difusos e coletivos? 
 
Titulares são indeterminados
e indetermináveis
Exemplo: No caso da poluição
dos rios de uma cidade, por
lançamento de esgoto in natura
por uma indústria da região,
todos seus moradores, de
forma indeterminada e
indeterminável, têm seu direito
ao meio ambiente violado.
Titulares são indeterminados,
porém determináveis
Exemplo: No caso de um defeito
mecânico de uma marca de
automóvel, de determinado ano
de fabricação, o direito é
coletivo, mas os sujeitos são
determináveis (os adquirentes
do veículo).
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O art. 5º da Constituição Federal de 1988 – parte 2 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que 
ficar preso além do tempo fixado
na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na 
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. 
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Objeto e 
objetivo
Tutelar, dentre outros interesses difusos e coletivos 
(rol não taxativo), ações relacionadas:
- ao meio ambiente;
- ao consumidor;
- a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico;
- à ordem econônima;
- à ordem urbanística.
Legitimados 
ativos
- o Ministério Público; 
- a Defensoria Pública; 
- a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
- a autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista;
- a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção aos objetos acima relacionados.
Legitimados 
passivos
Pessoas físicas ou jurídicas que lesionem ou 
ameaçem lesionar os bens tutelados
Competência 
para julgar
O foro do local onde ocorrer o dano
Admite 
liminar?
Sim
Não é 
cabível para
Pretensões que envolvam:
- tributos e contribuições previdenciárias;
- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 
ou outros fundos de natureza institucional cujos 
beneficiários podem ser individualmente 
determinados
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LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. 
 
 Lembremos que: 
 
 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. 
Eficácia das 
normas 
constitucionais
Plena
- Produzem
integralmente seus 
efeitos a partir da 
vigência da 
Constituição;
- Desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade
plena e imediata. 
Contida
- A produção de 
efeitos também é 
integral. No entanto, 
há margem para que 
norma constitucional 
ou infraconstitucional 
os limite;
- A priori, 
desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade
plena e imediata.
Limitada
- A produção de 
efeitos é reduzida
(apenas os mais gerais 
são notados a partir da 
vigência da 
Constituição);
- Necessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade
reduzida e mediata.
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Tratado e convenção que versa sobre direitos
humanos aprovado segundo o rito do art.
5º, § 3º
Status constitucional (equivale às
emendas constitucionais)
Tratado e convenção que versa sobre direitos
humanos aprovado em rito ordinário de
internalização
Status supralegal (abaixo da Constituição,
porém acima da legislação
infraconstitucional)
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1- (CESPE / Polícia Federal – Conhecimentos Básicos 
/ 2014) No que se refere aos princípios fundamentais e à organização do 
Estado brasileiro, julgue o próximo item. 
O estabelecimento pela CF de que todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos seus termos, evidencia 
a adoção da democracia semidireta ou participativa. 
Resolução: Correto! 
Na democracia direta o próprio povo exerce a condução do governo. 
Já nas democracias classificadas como indiretas, representativas ou 
semidiretas, o povo, que por diversas razões não conduz os assuntos do Estado 
diretamente (complexidade econômica, sócio-cultural, extensão territorial etc.), 
outorga as funções de governo aos seus representantes, os quais elege 
periodicamente, ao mesmo tempo em que, vez ou outra, atende à institutos de 
participação direta, tais como o referendo e o plebiscito. 
 
2- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015) 
No que se refere aos princípios fundamentais estabelecidos na Constituição 
Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta. 
a) O princípio da construção de uma sociedade livre, justa e solidária está 
contemplado na CF de forma implícita. 
b) Em decorrência do princípio da defesa da paz e da resolução pacífica dos 
conflitos, o Brasil é proibido de participar de qualquer guerra externa, devendo-
se posicionar como país neutro em conflitos bélicos. 
c) Conforme o princípio da democracia representativa, explicitamente previsto 
na CF, todo o poder emana do povo, e seu exercício ocorre exclusivamente por 
meio dos representantes eleitos. 
d) Os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são o Executivo, 
o Judiciário, o Ministério Público e o Legislativo. 
e) A integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, com a finalidade de constituir uma comunidade latino-americana de 
nações, constitui um princípio fundamental da República brasileira. 
Resolução: Alternativa E. É o disposto no art. 4.º, parágrafo único, da CF/88. 
 Vejamos as demais. 
4- Questões Comentadas 
 
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Curso: Noções de Direito Constitucional 
Resumo + Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
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a) O princípio da construção de uma sociedade livre, justa e solidária está 
contemplado na CF de forma implícita explícita (art .3º, I). 
b) Em decorrência do princípio da defesa da paz e da resolução pacífica dos 
conflitos, o Brasil é proibido de participar de qualquer guerra externa, devendo-
se posicionar como país neutro em conflitos bélicos Errado. O Brasil deve prezar 
pela pacificidade. No entanto, em casos extremos, como o de agressão armada 
estrangeira, a própria CF/88 (vide art. 84, XIX) prevê a declaração de guerra. 
c) Conforme o princípio da democracia representativa, explicitamente previsto 
na CF, todo o poder emana do povo, e seu exercício ocorre exclusivamente por 
meio dos representantes eleitos e, nos termos da lei, diretamente, mediante 
plebiscito, referendo e iniciativa popular. 
d) Os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são o Executivo, 
o Judiciário, o Ministério Público e o Legislativo. 
 
3- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região 
2016) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil: 
a) a independência nacional. 
b) a solução pacífica de conflitos. 
c) a autodeterminação dos povos. 
d) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
Resolução: Alternativa D. Esse é o estilo predominante na cobrança dos art. 
1º ao 4º: questões literais, decoreba... 
 Daí a importância de se memorizar os mnemônicos. Já deixamos alguns 
sugeridos acima. Vejamos os erros. 
a) a independência nacional  princípio das relações internacionais 
b) a solução

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