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GEO-5 Topografia

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MATERIAL DIDÁTICO 
 
TOPOGRAFIA E 
GEOPROCESSAMENTO APLICADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
U N I V E R S I DA D E
CANDIDO MENDES
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 
 
Impressão 
e 
Editoração 
 
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SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 
 
UNIDADE 2 – GEODÉSIA ...................................................................................... 05 
2.1 A Geodésia – origem e evolução ...................................................................... 05 
2.2 Modelos de representação da Terra ................................................................. 09 
 
UNIDADE 3 – TOPOGRAFIA ................................................................................. 14 
3.1 Definição e conceitos ........................................................................................ 14 
3.2 Objeto, importância e campos de aplicação ...................................................... 14 
3.3 Levantamentos topográficos ............................................................................. 17 
3.3.1 Medição de alinhamentos ............................................................................... 19 
3.3.2 Medição de distância ...................................................................................... 22 
3.4 Goniologia ......................................................................................................... 23 
3.5 Técnicas de levantamento planimétrico ............................................................ 24 
 
 
UNIDADE 4 – APLICAÇÕES DE GEOPROCESSAMENTO .................................. 30 
4.1 Iluminação pública utilizando luminárias de alto rendimento ............................. 30 
4.2 Aplicação do licenciamento ambiental .............................................................. 32 
4.3 Aplicação para gestão de vias públicas............................................................. 35 
 
UNIDADE 5 – CARTOGRAFIA TEMÁTICA ........................................................... 38 
5.1 Mapas temáticos ............................................................................................... 38 
5.2 A questão da dimensão ..................................................................................... 44 
5.3 Altimetria ........................................................................................................... 45 
5.4 Mapas temáticos ............................................................................................... 46 
 
UNIDADE 6 – APLICAÇÃO PRÁTICA DAS CARTAS TOPOGRÁFICAS ............. 55 
6.1 Delimitação de uma bacia hidrográfica ............................................................. 56 
6.2 Medições em cartas topográficas impressas ..................................................... 61 
6.3 A importância do perfil topográfico .................................................................... 65 
6.4 Os mapas de declividade .................................................................................. 67 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 69 
3 
 
 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
Por definição, Topografia é a “descrição de um lugar”, também uma 
ciência aplicada, baseada na geometria e na Trigonometria, de âmbito restrito. É 
um capítulo da Geodésia que tem por objeto de estudo a forma e as dimensões 
da Terra, ou ainda, um modo de representar a forma, a dimensão e a posição 
relativa de uma porção limitada da superfície terrestre. 
Sua aplicação vai da Engenharia Elétrica à Engenharia Sanitária e ao 
Urbanismo passando pela Engenharia de Minas e muitas outras áreas, como 
veremos ao longo deste módulo. 
Didaticamente, podemos dividir a Topografia em Topologia (estudo do 
lugar) e Topometria (medidas de um lugar). 
Falamos que ela “é um capítulo” da Geodésia, ou seja, a Topografia é 
uma técnica aplicada, na forma de uma simplificação da Geodésia, usando como 
base a geometria e trigonometria planas, destinada ao uso cotidiano de 
engenheiros, arquitetos, geógrafos, etc. 
A Topografia, assim como a Geodésia, teve seus procedimentos de 
medição modificados nos últimos anos em função do grande desenvolvimento 
alcançado pela Informática e, consequentemente, pelos equipamentos e 
acessórios utilizados nos levantamentos. Entre estes avanços, pode-se citar: 
 medição eletrônica de ângulos e distâncias; 
 prumo ótico e a laser; 
 registro das medidas em meio magnético e digital (caderneta eletrônica); 
 análise preliminar e compensação de erros executados pelo próprio 
equipamento de medição; 
 possibilidade de comunicação entre equipamentos; 
 resistência a intempéries (BRANDALIZE, 2008). 
 
 
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Pois bem, ao longo deste módulo veremos então detalhes da Topografia, 
indo dos conceitos e definições, passando por sua importância e campos de 
aplicação. Será dada ênfase às diversas aplicações, à Cartografia temática e 
também aplicações das cartas topográficas. 
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha 
como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, 
fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os 
temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos 
científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação 
das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não 
se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático 
da obra, não serão expressas opiniões pessoais. 
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se 
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo 
modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo 
dos estudos. 
 
 
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UNIDADE 2 – GEODÉSIA 
 
As Ciências Geodésicas (Cartografia, Astronomia, Geodésia, 
Fotogrametria e Imageamento por Satélites), que tem como objeto o estudo e 
representação da Terra, podem ser divididas em três subgrupos: a Cartografia, a 
Geodésia (de onde se deriva a topografia) e o Sensoriamento Remoto. Todos 
esses subgrupos tiveram forte evolução tecnológica ao longo das últimas 
décadas, resultando nas modernas tecnologias de SIG (Sistemas de Informações 
Geográficas), Posicionamento e Imageamento por Satélites (ORTH, 2008). 
Veremos primeiramente aspectos relacionadosà geodésia e às formas da 
terra. Na sequência, a topografia, que pretendemos aprofundar neste módulo. 
 
2.1 A Geodésia – origem e evolução 
Ramo da geofísica na atualidade consta que o termo “geodésia” foi usado 
pela primeira vez por Aristóteles (384-322 a.C.). 
Geodésia pode significar tanto divisões (geográficas) da Terra como 
também o ato de dividir a terra, por exemplo, entre proprietários. A Geodésia é 
uma Engenharia que trata do levantamento e da representação da forma e da 
superfície da terra (definição clássica de Helmert1) global e parcial, com as suas 
feições naturais e artificiais, bem como a determinação do campo gravitacional da 
Terra (MEDINA, 1997). 
A matemática também usa o termo para a medição e o cálculo de 
superfícies curvas usando métodos semelhantes àqueles usados na superfície 
curva da terra. 
 
1 Friedrich Robert Helmert, geodesista alemão que viveu em fins do século XIX, falecendo em 
1917, criador dos fundamentos matemáticos e físicos das teorias modernas da geodésia e autor 
da sua definição clássica: ‘A Geodésia é a ciência da medição e representação da superfície da 
terra’. 
Dividiu a geodésia em superior, inferior e matemática. A primeira envolvendo a geodésia física e 
astronômica. A geodésia inferior também é chamada de topografia ou geodésia prática. 
 
 
 
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Voltando um pouco à antiguidade, dentre os fatos que vieram marcando 
presença no desenvolvimento dos estudos geodésicos, está a comprovação da 
esfericidade da Terra por Eratóstenes (276-194 a.C.), matemático, bibliotecário e 
astrônomo grego. Ele comprovou pela trigonometria a esfericidade da Terra e 
mediu com relativa precisão o perímetro de sua circunferência. 
Na era moderna, juntamente com o Renascimento e a ascensão do 
Humanismo, houve grande estímulo à pesquisa científica e intelectual. A 
passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna com a ascensão 
dos estados-nação europeus foi marcada pelos “descobrimentos” ou Grandes 
Navegações. Esta é a designação dada ao período da história que decorreu entre 
o século XV e o início do século XVII durante o qual os europeus exploraram 
intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. Os 
historiadores geralmente referem-se à era dos descobrimentos como as 
explorações marítimas pioneiras realizadas neste período por portugueses e 
espanhóis, que estabeleceram relações com África, Américas e Ásia, em busca 
de uma rota alternativa para as “Índias”, movida pelo comércio de ouro, prata e 
especiarias. 
A passagem entre os séculos XVII e XVIII foi marcada pelo Iluminismo, 
movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França. Nessa 
época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o 
Renascimento, deu origem a ideias de liberdade política e econômica, por 
profundas mudanças na forma de pensar, pelas descobertas científicas e 
tecnológicas e pela Revolução Industrial. Além das ideias iluministas que se 
espalhavam pelo mundo (inclusive no Brasil, com a Inconfidência Mineira), a 
Europa e América do Norte também assistiam a novas descobertas e inventos. O 
avanço científico dessa época mostrou ao homem informações reais quanto à 
descrição da órbita dos planetas e do relevo da Lua, a descoberta da existência 
da pressão atmosférica e da circulação sanguínea, por exemplo. Pois bem, 
enquanto a Idade Média foi a Idade das Trevas, o século XVIII e até mesmo o 
século XIX, podem ser ambos considerados séculos das luzes. 
 
 
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A Astronomia foi um dos campos que deu margem às maiores 
revelações. Seguindo a trilha de estudiosos da Renascença, como Nicolau 
Copérnico, Johann Kepler e Galileu Galilei, o inglês Isaac Newton (1642-1727) 
elaborou um novo modelo para explicar o universo. Auxiliado pelo 
desenvolvimento da Matemática, que teve em Blaise Pascal (1623-1662) um de 
seus maiores representantes, ele ultrapassou a simples descrição do céu, 
chegando a justificar a posição e a órbita de muitos corpos siderais. Além disso, 
anunciou ao mundo a lei da gravitação universal, que explicava desde o 
movimento de planetas até a simples queda de uma fruta. Newton foi ainda 
responsável por avanços na área do cálculo e pela decomposição da luz, 
mostrando que a luz branca, na verdade, é composta por sete cores, as mesmas 
do arco-íris. 
Tanto para o estudo dos corpos celestes como para a observação das 
minúsculas partes do mundo, foi necessário ampliar o campo de visão do homem. 
Os holandeses encarregaram-se dessa parte, descobrindo que a justaposição de 
várias lentes multiplicava a capacidade da visão humana. Tal invento possibilitou 
a Robert Hooke (1635-1703) construir o primeiro microscópio, que ampliava até 
40 vezes pequenos objetos (folhas, ferrões de abelha, patas de insetos). Esse 
cientista escreveu um livro sobre suas observações e criou o termo célula, hoje 
comum em Biologia. 
Nesse contexto de descobertas, invenções e evoluções travou-se um 
grande debate em torno da forma da Terra. Redonda ou achatada? Se achatada, 
no sentido de qual dos polos ou seria do equador? Era uma discordância baseada 
nas diferentes concepções científicas que colocavam em jogo disputas filosóficas 
e políticas. No século XVIII, havia dois países, Inglaterra e França, que 
disputavam a hegemonia mundial em todas as áreas. 
Os franceses, de modo geral, seguiam a linha cartesiana e resolveram 
formar duas expedições para comprovar a hipótese de achatamento no sentido do 
equador: uma expedição foi para a Lapônia e outra para Quito, no Equador. 
Nessas localidades, por meio do método da triangulação e pelo quadrante, eles 
mediram o raio da Terra. 
 
 
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Essa movimentação científica (preparar expedições científicas, 
estabelecer uma nova unidade de medida, comprovar uma hipótese, etc.) não 
pretendia apenas confirmar a forma da Terra, mas, sobretudo ressaltar a 
importância cultural e científica de uma determinada linha de pensamento. 
Esclarecemos que essas exposições acima, embora pareçam 
descontextualizadas, nos mostram que a ciência e o pensamento científico são 
construções sócio-históricas e que a história da ciência contribui sobremaneira 
para uma aprendizagem mais significativa, ou seja, compreender o espaço e o 
tempo em que vivemos hoje com todas as modernidades possíveis e jamais 
imagináveis, só é possível devido ao esforço e inteligência do ser humano. 
Lembremos que, enquanto a geodésia, em seus trabalhos, leva em 
consideração a forma da terra, a topografia tem sua atuação restrita a pequenos 
trechos da superfície terrestre, considerando-se este trecho como sendo plano - 
Plano Topográfico (RODRIGUES, 2006). 
Ainda sobre geodésia, Cintra (1993) diz que costuma-se distinguir a 
topografia da geodésia em função da extensão do levantamento: até 25 ou 30 
quilômetros de raio referem-se ao campo da topografia, e acima deste limite 
refere-se ao campo da geodésia, no qual se faz necessário considerar a curvatura 
da terra. 
Enfim, a Geodésia evoluiu da necessidade de locomoção do homem na 
Terra em diferentes escalas, afinal podemos ver a Terra de maneira esférica, 
elipsoidal e geoidal (MARQUES, 2013). 
Isto quer dizer que devido às irregularidadesda superfície terrestre, 
utilizam-se modelos para sua representação que devem ser simples, regulares e 
geométricos, e que mais se aproximem da forma real do globo. Em uma primeira 
aproximação, as irregularidades da superfície terrestre podem ser negligenciadas, 
reduzindo o problema à determinação das dimensões do modelo geométrico mais 
adequado. Devido a essas irregularidades, adotam-se modelos ou superfícies de 
referência mais simples, regulares e com características geométricas conhecidas 
que permitam a realização de reduções e sirvam de base para cálculos e 
 
 
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representações. As superfícies utilizadas em levantamentos são o plano 
topográfico, a esfera, o elipsoide de revolução e o geoide. 
 
2.2 Modelos de representação da Terra 
No estudo da forma e dimensão da Terra, Brandalize (2008) diz que 
podemos considerar quatro tipos de superfície ou modelo para a sua 
representação. São eles: 
 
Fonte: Veiga; Zanetti; Faggion (2012, p. 24). 
 
a) Modelo Real: 
Este modelo permitiria a representação da Terra tal qual ela se apresenta 
na realidade, ou seja, sem as deformações que os outros modelos apresentam. 
No entanto, devido à irregularidade da superfície terrestre, o modelo real não 
dispõe, até o momento, de definições matemáticas adequadas à sua 
representação. Em função disso, outros modelos menos complexos foram 
desenvolvidos. 
 
b) Modelo Geoidal: 
Permite que a superfície terrestre seja representada por uma superfície 
fictícia definida pelo prolongamento do nível médio dos mares (NMM) por sobre 
os continentes. Este modelo, evidentemente, irá representar a superfície do 
terreno deformada em relação à sua forma e posição reais. O modelo geoidal é 
 
 
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determinado, matematicamente, através de medidas gravimétricas (força da 
gravidade) realizadas sobre a superfície terrestre. Os levantamentos 
gravimétricos, por sua vez, são específicos da Geodésia (BRANDALIZE, 2008). 
O geoide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou 
superfície de nível, utilizado como referência para as altitudes ortométricas 
(distância contada sobre a vertical, do geoide até a superfície física) no ponto 
considerado. 
As linhas de força ou linhas verticais (em inglês “plumb line”) são 
perpendiculares a essas superfícies equipotenciais e materializadas, por exemplo, 
pelo fio de prumo de um teodolito nivelado, no ponto considerado. A reta tangente 
à linha de força em um ponto (em inglês “direction of plumb line”) simboliza a 
direção do vetor gravidade neste ponto, e também é chamada de vertical (VEIGA; 
ZANETTI; FAGGION, 2012). 
 
c) Modelo Elipsoidal: 
É o mais usual de todos os modelos. Nele, a Terra é representada por 
uma superfície gerada a partir de um elipsoide de revolução, com deformações 
relativamente maiores que o modelo geoidal. Entre os elipsoides mais utilizados 
para a representação da superfície terrestre estão os de Bessel (1841), Clarke 
(1858), Helmet (1907), Hayford (1909) e o Internacional 67 (1967). No Brasil, as 
cartas produzidas no período de 1924 até meados da década de 1980 utilizaram 
como referência os parâmetros de Hayford. A partir desta época, as cartas 
produzidas passaram a adotar como referência os parâmetros definidos pelo 
Geodetic Reference System - GRS 67, mais conhecido como Internacional 67. 
São eles: 
DATUM = SAD 69 (CHUÁ); a = 6.378.160 m; f = 1 - b/a = 1 / 298,25 
Onde: 
 DATUM – é um sistema de referência utilizado para o cômputo ou 
correlação dos resultados de um levantamento. Existem dois tipos de 
 
 
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datums: o vertical e o horizontal. O datum vertical é uma superfície de nível 
utilizada no referenciamento das altitudes tomadas sobre a superfície 
terrestre. O datum horizontal, por sua vez, é utilizado no referenciamento 
das posições tomadas sobre a superfície terrestre. Este último é definido 
pelas coordenadas geográficas de um ponto inicial, pela direção da linha 
entre este ponto inicial e um segundo ponto especificado e, pelas duas 
dimensões (a e b) que definem o elipsoide utilizado para representação da 
superfície terrestre; 
 SAD – South American Datum, oficializado para uso no Brasil em 1969, é 
representado pelo vértice Chuá, situado próximo à cidade de Uberaba-MG; 
 a – é a dimensão que representa o semieixo maior do elipsoide (em 
metros); 
 b – é a dimensão que representa o semieixo menor do elipsoide (em 
metros); 
 f – é a relação entre o semieixo menor e o semieixo maior do elipsoide, ou 
seja, o seu achatamento. 
 
d) Modelo Esférico: 
Este é um modelo bastante simples, onde a Terra é representada como 
se fosse uma esfera. O produto desta representação, no entanto, é o mais 
distante da realidade, ou seja, o terreno representado segundo este modelo 
apresenta-se bastante deformado no que diz respeito à forma das suas feições e 
à posição relativa das mesmas. Um exemplo deste tipo de representação são os 
globos encontrados em livrarias e papelarias (BRADALIZE, 2008). 
Em determinadas aplicações, por exemplo, na Astronomia, a Terra pode 
ser considerada uma esfera. Um ponto localizado na superfície desta esfera pode 
ser localizado por meio das coordenadas latitude e longitude astronômicas 
(FREIBERGER; MORAES; SAATKAMP, 2011). 
 
 
 
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e) Modelo plano 
Adotado na Topografia, onde não se considera a influência dos erros 
sistemáticos devidos à curvatura da Terra e ao desvio da vertical. Assume-se que 
a porção de Terra em estudo seja plana. Trata-se de uma simplificação, 
considerada válida dentro de certos limites a fim de facilitar os cálculos 
topográficos. A este plano, denominado plano topográfico local ou superfície de 
projeção, são lançados os pontos medidos na superfície do terreno. As 
características deste plano são: 
a) é horizontal, ou seja, é perpendicular à direção vertical naquele local. 
b) possui os eixos cartesianos: 
- das abscissas (coordenadas x), orientado positivamente no sentido 
leste; 
- das ordenadas (coordenadas y), orientado positivamente no sentido 
norte; 
- eixo z, quando se determinam informações altimétricas, pode ser 
utilizado este terceiro eixo, ortogonal ao plano topográfico e com sentido oposto 
ao do vetor gravidade (ou direção vertical) naquele local. Idealmente, este eixo é 
materializado pelo eixo principal do instrumento, quando de sua instalação sobre 
o ponto. 
c) dimensão máxima limitada a 80 km a partir da origem (NBR 13133/96, 
p. 5; FREIBERGER; MORAES; SAATKAMP, 2011). 
Guarde... 
A Geodésia pode ser dividida em: 
 geodésia global – estuda a determinação da forma da Terra incluindo o 
campo gravitacional; 
 geodésia aplicada – determina com precisão a posição, controle de pontos 
sobre a superfície terrestre para o mapeamento e auxílio em obras de 
Engenharia; 
 
 
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13 na geodésia moderna são consideradas 4 figuras que representam a forma 
física da Terra: 
a) A superfície Topográfica (forma física real). 
b) O Geoide (forma física do campo gravítico real). 
c) O Elipsoide de referência (forma matemática aproximada). 
d) A superfície física da Terra. 
 
 
 São aplicações da Geodésia: 
 construção de mapas e cartas; 
 planejamento Urbano; 
 projetos de Engenharia; 
 demarcação de limites; 
 ecologia; 
 cadastro; 
 geografia; 
 hidrologia. 
 
 
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UNIDADE 3 – TOPOGRAFIA 
 
3.1 Definição e conceitos 
Etimologicamente, topografia deriva de vocábulo grego, sendo que 
“topos” significa lugar, espaço de terreno enquanto “grafia” se reporta a traçar 
sinais para escrever, descrever. 
Topografia é a ciência aplicada que trata os princípios e os métodos de 
determinação do contorno, das dimensões e da posição de uma parte limitada da 
superfície terrestre sem levar em conta a curvatura da Terra (por exemplo: o 
fundo do mar ou do interior de minas). Como já falamos, topografia pode ser 
considerada uma particularidade da Geodésia. Trabalha-se essencialmente com 
medidas angulares (ângulos) e lineares (distâncias) realizadas na superfície física 
(topográfica) a partir das quais são calculadas grandezas geométricas, tais como 
alinhamentos, coordenadas, áreas e volumes. Ao final, possibilita-se representar 
graficamente estes elementos mediante o desenho técnico topográfico 
(BRANDALIZE, 2008). 
 
3.2 Objeto, importância e campos de aplicação 
Podemos dizer que seu objetivo é tirar fotografias da superfície terrestre 
para definir formas e dimensões dos objetos nela contidos. 
De maneira grosseira e resumida, significa descrever com exatidão e 
riqueza de detalhes, um lugar, determinar suas dimensões, quais elementos 
existem ali, quais as variações altimétricas, os acidentes geográficos, etc. 
A topografia é a base de qualquer projeto e de qualquer obra realizada 
por engenheiros ou arquitetos. Por exemplo, os trabalhos de obras viárias, 
núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, 
telecomunicações, sistemas de água e esgoto, planejamento, urbanismo, 
paisagismo, irrigação, drenagem, cultura, reflorestamento, etc., se desenvolvem 
em função do terreno sobre o qual se assentam (DOMINGUES, 1979). Portanto, é 
fundamental o conhecimento pormenorizado deste terreno, tanto na etapa do 
 
 
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projeto, quanto da sua construção ou execução; e, a Topografia, fornece os 
métodos e os instrumentos que permitem este conhecimento do terreno e 
asseguram uma correta implantação da obra ou serviço. 
Dentro de seu campo de atuação, a Topografia adota em seus 
levantamentos regras e princípios matemáticos que permitem obter a 
representação gráfica de uma porção da superfície terrestre, projetada sobre um 
plano horizontal, com a exatidão e os detalhes necessários ao fim a que se 
destina. Estas regras e princípios estabelecem os métodos gerais de 
levantamentos topográficos que relacionam entre si as medidas de ângulos e 
distâncias, com o propósito de definir, com o rigor exigido, a representação 
pretendida. 
Dentre os diversos métodos topográficos, o das coordenadas 
retangulares e o das irradiações são os mais indicados para o levantamento dos 
detalhes, enquanto o método do caminhamento e o das intersecções serve ao 
levantamento do conjunto. De todos, o que oferece maior precisão é o da 
triangulação, por isso é sempre recomendado para o levantamento do conjunto, 
pelas vantagens que oferece na fixação mais rigorosa das posições dos vários 
pontos (vértices dos triângulos) dentro da área a ser representada (FREITAS, 
2011). 
A topografia atua em: 
 levantamento topográfico do perímetro de área urbana e rural; 
 levantamento altimétrico em áreas de interesses; 
 cadastramento de imóveis; 
 perfis rodoviários e de canais ou rios; 
 seções transversais; 
 quantitativos de volumes; 
 volume de aterros; 
 acompanhamento da execução de obras 
 
 
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Quanto à sua importância, esta pode ser evidenciada pelo fato de que as 
obras de Engenharia, Agronomia e Arquitetura se executam sobre o terreno, 
mediante estudos e projetos previamente elaborados, tais como: 
 construção civil – casas, prédios, etc. 
 urbanismo - plano diretor de desenvolvimento de cidade, de uma região 
metropolitana, sistema viário, eletrificação, abastecimento de água, rede 
telefônica, escoamento de águas pluviais, loteamentos novos, etc.; 
 obas de maior vulto – barragens, pontes, rodovias, ferrovias, etc.; 
 agricultura – cadastro de áreas cultivadas, projetos de cultura, drenagens, 
irrigação, etc.; 
 silvicultura – florestamento e reflorestamento, dimensionamentos de 
reservas florestais, etc. 
 
 Quanto à sua divisão, a topografia é dividida em: 
a) Topometria: que trata da medição de distâncias e ângulos de modo que 
permita reproduzir as feições do terreno o mais fielmente possível. A Topometria 
subdivide-se, ainda, em: 
 planimetria – determinação dos ângulos e distâncias no plano 
horizontal, como se a área estudada fosse vista do alto; 
 Altimetria – determinação dos ângulos e distâncias verticais, ou 
seja, as diferenças de nível e os ângulos zenitais. Nesse caso, os 
levantamentos elaborados são representados sobre um plano 
vertical, como um corte do terreno. 
 
b) Topologia: trata das formas do terreno e as leis que regem seu 
modelamento, ou seja, é a parte que trata da interpretação dos dados colhidos 
através da topometria. 
 
 
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c) Taqueometria, a divisão que trata do levantamento de pontos de um 
terreno, in loco, de forma a se obter rapidamente plantas com curvas de nível, que 
permitem representar no plano horizontal as diferenças de níveis. Essas plantas 
são conhecidas como planialtimétricas. 
d) Fotogrametria é a ciência que permite conhecer o relevo de uma região 
através de fotografias. Inicialmente as imagens eram tomadas do solo, mas, 
atualmente elas são produzidas principalmente a partir de aviões e satélites. 
 
3.3 Levantamentos topográficos 
O Plano Topográfico é uma projeção ortogonal da porção da superfície 
terrestre em questão. Serão projetados sobre um plano horizontal os limites desse 
terreno e todas as suas particularidades naturais e artificiais (GIACOMIN, 2009). 
Vejamos algumas definições/orientações contidas na Norma NBR 13133 
a serem respeitadas quando se trata de Levantamento Topográfico, a começar 
pela definição deste: 
Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos 
horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com 
instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e 
materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas 
topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhes visando à sua 
exata representação planimétrica numa escala predeterminada e à sua 
representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância 
tambémpredeterminada e/ou pontos cotados. 
Levantamento topográfico expedito é o levantamento exploratório do 
terreno com a finalidade específica de seu reconhecimento, sem prevalecerem os 
critérios de exatidão. 
Levantamento topográfico planimétrico (ou levantamento planimétrico, ou 
levantamento perimétrico) é o levantamento dos limites e confrontações de uma 
propriedade, pela determinação do seu perímetro, incluindo, quando houver, o 
 
 
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alinhamento da via ou logradouro com o qual faça frente, bem como a sua 
orientação e a sua amarração a pontos materializados no terreno de uma rede de 
referência cadastral, ou, no caso de sua inexistência, a pontos notáveis e estáveis 
nas suas imediações. 
Quando este levantamento se destinar à identificação dominial do imóvel, 
são necessários outros elementos complementares, tais como: perícia técnico-
judicial, memorial descritivo, etc. 
O levantamento topográfico altimétrico (ou nivelamento) objetiva, 
exclusivamente, a determinação das alturas relativas a uma superfície de 
referência, dos pontos de apoio e/ou dos pontos de detalhes, pressupondo-se o 
conhecimento de suas posições planimétricas, visando à representação 
altimétrica da superfície levantada. 
Já o levantamento topográfico planialtimétrico é aquele planimétrico 
acrescido da determinação altimétrica do relevo do terreno e da drenagem 
natural. Este tipo de levantamento pode ser usado para cadastro quando 
acrescido da determinação planimétrica da posição de certos detalhes visíveis ao 
nível e acima do solo e de interesse à sua finalidade, tais como: limites de 
vegetação ou de culturas, cercas internas, edificações, benfeitorias, 
posteamentos, barrancos, árvores isoladas, valos, valas, drenagem natural e 
artificial, etc. 
Estes detalhes devem ser discriminados e relacionados nos editais de 
licitação, propostas e instrumentos legais entre as partes interessadas na sua 
execução. 
Completando, medir direções, segundo a NBR 13133, significa medir 
ângulos horizontais com visadas das direções determinantes nas duas posições 
de medição permitidas pelo teodolito (direta e inversa), a partir de uma direção 
tomada como origem, que ocupa diferentes posições no limbo horizontal do 
teodolito. As observações de uma direção, nas posições direta e inversa do 
teodolito, chamam-se leituras conjugadas. Uma série de leituras conjugadas 
consiste na observação sucessiva das direções, a partir da direção-origem, 
 
 
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fazendo-se o giro de ida na posição direta da luneta e de volta na posição inversa, 
ou vice-versa, terminando na última direção e iniciando-se, aí, a volta sem fechar 
o giro. O intervalo, medido no limbo horizontal do teodolito, entre as posições da 
direção-origem neste limbo, chama-se intervalo de reiteração. 
Assim, para observação de “n” séries de leituras conjugadas pelo método 
das direções, o intervalo de reiteração deve ser 180°/n. Como exemplo, se forem 
três séries de leituras conjugadas, o intervalo de reiteração deve ser 180°/3 = 60°, 
e a direção-origem deve ocupar, no limbo horizontal do teodolito, posições nas 
proximidades de 0°, 60° e 120°. Os valores dos ângulos medidos pelo método das 
direções são as médias aritméticas dos seus valores obtidos nas diversas séries. 
Além destas, são inúmeras as orientações constantes na NBR 13133, que 
pode ser consultada no site: 
http://www.georeferencial.com.br/old/material_didatico/NBR_13133_Execucao_de
_Levantamento_Topografico.pdf 
 
3.3.1 Medição de alinhamentos 
O ponto e linha são dois exemplos de elementos gráficos primitivos que a 
Topografia utiliza para representar uma porção da superfície terrestre por meio de 
desenhos construídos. 
a) Ponto: 
Os pontos definem o fim e o início de linhas, bem como o vértice de 
polígonos. Chamado ponto topográfico, sua materialização é feita com piquetes 
cravados no solo. Ao seu lado é cravada uma estaca testemunha, e nela deve ser 
escrita a identificação do ponto. 
 
 
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Abaixo temos o piquete e a estaca testemunha. 
 
 
b) Linha: 
As linhas unem pontos topográficos em uma sequência lógica a fim de 
formar polígonos planos com dimensão e orientação tomada a partir de um 
alinhamento conhecido. Estes polígonos são a base para as operações 
matemáticas da topografia. Na figura acima, os pontos topográficos A e B definem 
o alinhamento AB, onde a distância dAB é uma das coordenadas deste 
alinhamento. 
Vimos que o plano é a entidade adotada pela Topografia para a 
representação da região medida, ou seja, esta região ou porção de superfície em 
estudo é considerada um plano horizontal no qual são projetadas as grandezas 
de observação, como por exemplos: a distância e o alinhamento entre dois 
pontos. Com base neste conceito topográfico, as distâncias serão representadas 
em planta sempre conforme o valor da projeção dos pontos no plano horizontal 
uma vez que a planta topográfica é uma projeção horizontal. 
Na ilustração abaixo, chama-se distância inclinada d’ a distância entre os 
pontos que definem o alinhamento AB no terreno e distância horizontal ou 
reduzida d a distância entre os pontos que definem a projeção horizontal do 
alinhamento AC. Para efeito de representação planimétrica e cálculo de área, as 
 
 
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distâncias inclinadas devem ser reduzidas às dimensões de suas bases 
produtivas2. 
Distância horizontal (reduzida) d e distância inclinada d’ 
 
Empregam-se balizas para prolongar o ponto topográfico ao longo de sua 
vertical para permitir que a distância horizontal seja tomada com a máxima 
fidelidade possível. Para garantir a verticalidade da baliza durante as medições, 
emprega-se um prumo de bolha acoplado ao corpo do instrumento. Veja a seguir: 
Emprego de balizas para a medição de distâncias horizontais 
 
2
 Entende-se por bases produtivas as dimensões que são aproveitadas de fato. Na agricultura, por 
exemplo, a maioria das plantas se desenvolve procurando o centro da Terra, o que faz com que a 
área utilizada seja a projeção horizontal. O mesmo acontece com as edificações, pois se exige 
que os terrenos sejam aplainados para que elas possam ser construídas. 
 
 
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Fonte: Freiberger; Moraes e Saatkamp (2011). 
 
3.3.2 Medição de distância 
As distâncias podem ser medidas por dois processos: direto e indireto. 
A medida de distâncias de forma direta ocorre quando uma distância é 
determinada a partir da comparação com uma grandeza padrão, ou unidade 
retilínea, denominada diastímetro. De acordo com a natureza do diastímetro, a 
medição dos alinhamentos pode ser classificada em baixa, média e alta precisão: 
 baixa precisão – usada em levantamentos expeditos, quando a precisão é 
pouco exigida. Exemplos: passo do homem ou do animal de monta,rodas 
e câmbios de veículos (odômetro e velocímetro), som e relógio; 
 média precisão – indicada para levantamentos comuns. Exemplos: cadeia 
ou corrente de agrimensor, fitas e trenas de aço, lona ou fibra; 
 alta precisão – designadas para levantamentos geodésicos. Exemplo: fio 
de ínvar, que possui coeficiente de dilatação próximo a zero. 
A operação com trena e baliza exige o trabalho de duas pessoas. No 
piquete mais baixo é obrigatório o posicionamento de uma baliza para garantir a 
projeção horizontal. A medição pode ser feita em lance único quando a distância 
entre os dois pontos é menor que a extensão máxima da trena. Ao contrário, será 
necessária a medição de vários lances (também chamadas trenadas), ou seja, a 
 
 
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distância a ser medida é dividida em segmentos orientados no mesmo 
alinhamento, que no final deverão ser somados. 
As distâncias são obtidas indiretamente a partir de grandezas que se 
relacionam por meio de modelos matemáticos conhecidos, não havendo, 
portanto, necessidade de percorrê-las para compará-las à grandeza padrão. 
Denomina-se Taqueometria o processo indireto de medição de distâncias 
pelo princípio estadimétrico em que se empregam: 
- estádia – régua ou mira estadimétrica graduada em centímetros; e, 
- taqueômetro – instrumento para medição ótica de distância. Exemplos: 
teodolito e nível. 
 
3.4 Goniologia 
Uma vez que em levantamentos topográficos, os ângulos são bem 
presentes, é importante saber que: 
 goniologia é a parte da topografia que estuda os ângulos; 
 goniometria – estuda os processos, métodos e instrumentos utilizados na 
avaliação numérica dos ângulos. Essa medição pode ser do ângulo 
horizontal (plano horizontal) e do ângulo vertical3 (plano vertical); 
 goniografia – trata dos processos, métodos e instrumentos empregados na 
reprodução geométrica (desenho) dos ângulos determinados em campo, 
ou seja, o transporte do ângulo para o desenho; 
 diedros – são os ângulos medidos por meio dos goniômetros; 
 goniômetros – são os instrumentos utilizados para medir ângulos 
(FREIBERGER, MORAES; SAATKAMP, 2011). 
 
3
 O ângulo vertical pode ser: 
- zenital – origem no Zênite (direção contrária ao fio de prumo); 
- nadiral – origem no Nadir (direção do fio de prumo); 
- horizontal – origem no horizonte. 
 
 
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 Nas operações topográficas, o goniômetro comumente empregado é o 
Teodolito. 
 Os goniômetros podem ser de visada direta ou de luneta. Os de luneta 
podem ser de luneta direta ou invertida, sendo que os de luneta invertida 
são melhores. 
 Partes principais de um goniômetro: 
- limbo – é a parte que mede ângulos grosseiros e pode ser horizontal ou 
vertical. Círculo graduado, onde fazemos as leituras dos ângulos horizontais e 
verticais. É a parte especializada dos teodolitos; 
- escala micrométrica (micrômetro) – escala mais precisa, visualiza 
minutos e segundos (sensores eletrônicos); 
- alidade – é a parte móvel do goniômetro; 
- base – parte fixa do aparelho. 
Os limbos podem ser classificados quanto ao sistema de graduação: 
 centesimal (quando o limbo é dividido em 400 unidades – grado); e, 
 sexagesimal (quando o limbo é dividido em 360 unidades – graus, minutos 
e segundos). 
 Ainda podem ser classificados quanto ao sentido de graduação em: 
 dextrógiro – mede ângulos no sentido horário (teodolito); 
 levógiro – mede ângulos no sentido anti-horário (bússola); 
 conjugado – mede ângulos nos dois sentidos; 
 quadrantes – mede ângulos por quadrante de 90°. 
 
 
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3.5 Técnicas de levantamento planimétrico 
 
A poligonação é um dos métodos para determinar coordenadas de pontos 
em Topografia, principalmente para a definição de pontos de apoio planimétricos. 
Uma poligonal consiste em uma série de linhas consecutivas onde são 
conhecidos os comprimentos e direções, obtidos através de medições em campo. 
O levantamento de uma poligonal é realizado através do método de 
caminhamento, percorrendo-se o contorno de um itinerário definido por uma série 
de pontos, medindo-se todos os ângulos, lados e uma orientação inicial. A partir 
destes dados e de uma coordenada de partida, é possível calcular as 
coordenadas de todos os pontos. 
Abaixo temos a ilustração de uma poligonal: 
 
 
Já o Método por Irradiação é um processo utilizado para levantamento de 
pequenas áreas, ou principalmente como método auxiliar à Poligonação, e 
consiste em escolher um ponto conveniente para instalar o aparelho, podendo 
este ponto estar dentro ou fora do perímetro, tomando nota dos azimutes e 
distâncias entre a estação do teodolito e cada ponto visado. 
Além de ser simples, rápido e fácil, ele tem a vantagem de poder ser 
associado a outros métodos (como o do caminhamento, por exemplo) como 
auxiliar na complementação do levantamento, dependendo somente dos cuidados 
do operador, já que não há controle dos erros que possam ter ocorrido. 
 
 
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Devido a esses erros é aconselhável ao operador não abandonar 
imediatamente o ponto de origem para verificar se todos os dados necessários 
foram levantados. A conferência pode ser feita através da soma dos ângulos em 
torno do ponto de origem que deverá dar 360º. 
É importante lembrar que, se houver lados curvos ao longo da poligonal, 
haverá a necessidade de se fazer um maior número de irradiações, de forma que 
estas permitam um bom delineamento das curvas. 
A NBR 13133 (ABNT, 1994) classifica as poligonais em principal, 
secundária e auxiliar: 
 poligonal principal – poligonal que determina os pontos de apoio 
topográfico de primeira ordem; 
 poligonal secundária – aquela que, apoiada nos vértice da poligonal 
principal, determina os pontos de apoio topográfico de segunda ordem; 
 poligonal auxiliar – poligonal que, baseada nos pontos de apoio topográfico 
planimétrico, tem seus vértices distribuídos na área ou faixa a ser 
levantada, de tal forma que seja possível coletar, direta ou indiretamente, 
por irradiação, interseção ou ordenadas sobre uma linha de base, os 
pontos de detalhes julgados importantes, que devem ser estabelecidos 
pela escala ou nível de detalhamento do levantamento. 
No Método por intersecção, é feita a intersecção entre as medidas de dois 
pontos (duas estações). Este método se resume em visar da estação A (que 
chamaremos base) os vértices do polígono, e ler os azimutes de cada um. Logo 
depois transporta-se o teodolito para uma segunda estação B, da qual lê-se 
pontos já visados por A, lendo-se as deflexões. 
Para maior exatidão, escolhe-se uma base que pode ser dos lados do 
polígono, ou então, um ponto no interior do mesmo. A exatidão do processo 
depende essencialmente da escolha da base. Este é o único processo que se 
emprega quando alguns vértices do polígono são inacessíveis. Apresenta 
também a vantagem da rapidez das operações, mas exige que o polígono seja 
livre de obstáculos. 
 
 
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Ele pode ser empregado como um levantamento único para uma área ou 
como auxiliar no caminhamento, desde que as áreas sejam relativamente 
pequenas. Como o método de irradiação não há possibilidade ou controle do erro. 
O processo por caminhamento consiste, na medida dos lados sucessivos 
de uma poligonal e na determinação dos ângulos que esses lados formam entre 
si, percorrendo a poligonal, isto é, caminhando sobre ela. 
Método trabalhoso, porém de grande precisão, o ‘Caminhamento’ adapta-
se a qualquer tipo e extensão de área, sendo largamente utilizado em áreas 
relativamente grandes e acidentadas. Associam-se ao caminhamento, os 
métodos de irradiação e intersecção como auxiliares. Ele ainda se divide em: 
 aberto ou tenso – quando constituído de uma linha poligonal apoiada sobre 
dois pontos distintos e denominados (um, o ponto de origem e o outro, o 
ponto de fechamento). 
 
 
 fechado – quando constituído de um polígono que se apoia sobre um único 
ponto, o ponto de origem, com o qual se confunde o ponto de fechamento. 
 
 
 
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No levantamento por caminhamento as distâncias normalmente são 
obtidas indiretamente, isto é, por estadimetria, a não ser quando são pequenas, 
ocasiões em que se utiliza a trena para obtê-las. Já os ângulos horizontais podem 
ser obtidos por dois processos: pelas deflexões, as quais permitem calcular os 
azimutes, que é o caso mais comum, ou pelos ângulos internos dos vértices do 
polígono. 
Com as medições prontas no campo, pode-se determinar os erros 
acidentais durante o levantamento, tanto nos ângulos como nas distâncias, os 
quais serão comparados com os chamados limites de tolerância, isto é, com os 
erros máximos permissíveis para os ângulos e para as distâncias. 
O estudo de metodologias que possam atender as especificações da 
Norma Técnica do INCRA na realização de serviços de georreferenciamento de 
imóveis rurais é de significativa importância nas discussões acadêmicas, visto que 
a utilização de métodos de posicionamento global no levantamento de imóveis 
rurais tem encontrado grande subsídio nas técnicas convencionais de 
levantamento. Caso haja uma combinação entre métodos de levantamentos, é 
necessária a redução geométrica das distâncias ao plano topográfico (KAHMEN; 
FAIG, 1988 apud SILVA; AZEVEDO; SEIXAS, 2006). 
O método da poligonação é muito empregado no georreferenciamento de 
imóveis rurais, principalmente, nas fases de levantamento do perímetro e 
desenvolvimento da poligonal de apoio à demarcação. A compensação das 
distâncias e dos ângulos é aceita pelo INCRA segundo as informações de 
fechamento da poligonal. No caso de observações ajustadas pelo Método dos 
Mínimos Quadrados (MMQ), deve-se salientar a importância de abundância de 
observações para o ajustamento das observações (SILVA; AZEVEDO; SEIXAS, 
2006). 
O método polar (irradiamento simples) é o método mais empregado pelos 
profissionais para levantamento de detalhes (pontos-objetos). É empregado 
principalmente na determinação das coordenadas dos vértices definidores de 
 
 
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limite de propriedade que devem atender uma precisão de 50 cm em relação com 
o seu vizinho. 
O método da interseção a vante deve ser empregado, de acordo com a 
norma técnica do INCRA (2003), na realização de poligonais por taqueometria, 
onde cada ponto é visado a partir de duas estações distintas. Essa é uma forma 
de obter melhores resultados na determinação do limite da propriedade e este 
procedimento também é importante no emprego do MMQ ao ajustamento das 
observações. 
O método da interseção a ré (resseção) é empregado raramente para 
determinar as coordenadas dos vértices da propriedade, pois geralmente há 
algum obstáculo como cercas ou muros nos limites da mesma. Este método 
poderá ser empregado para a densificação de estruturas geodésicas (campo de 
pontos de referência). O profissional deve levar em conta a configuração 
geométrica das estações para tornar possível o ajustamento das observações 
deste método. 
 
 
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UNIDADE 4 – APLICAÇÕES DE GEOPROCESSAMENTO 
 
 
4.1 Iluminação pública utilizando luminárias de alto rendimento 
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL, 2010), 
iluminação pública é um serviço que tem por objetivo exclusivo prover de 
claridade os logradouros públicos, de forma periódica, contínua ou eventual. 
Aqui cabem dois conceitos básicos e importantes que mais adiante 
justificam-se por si só. 
1º) A iluminâncias (lux) que é a relação entre fluxo luminoso incidente 
sobre a superfície pela sua área e luminância (cd/m2) que é a intensidade 
luminosa que emana de uma superfície. 
2º) A temperatura de cor que expressa a aparência de cor da luz e o 
índice de reprodução de cores que é a correspondência entre cor real de objeto e 
sua aparência diante uma fonte de luz. 
 
 
 
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Alguns devem estar se perguntando qual a relação entre iluminação 
pública e geoprocessamento? Pois bem, muito simples: 
Por meio de um sistema de geoprocessamento, mais especificamente, o 
georreferenciamento permite, com o uso do GPS, a realização de levantamento 
em campo, de vários dados e informações que irão facilitar a gestão da 
iluminação pública, reduzindo desgastes, aumentando eficiência da iluminação, 
enfim, contribuindo com a redução dos custos desse setor que na atualidade vem 
passando por inúmeros problemas. 
Embora existam dificuldades na realização de um projeto de iluminação 
pública, como a distância entre postes, que muitas vezes não é projetada para 
suportar a rede de distribuição de energia, a utilização de um sistema de 
georreferenciamento oferece, dentre outras vantagens: 
 levantamento do parque de iluminação pública existente; 
 facilidade na localização de pontos defeituosos; 
 histórico de intervenções e vinculação de material aplicado ao ponto 
luminoso. 
Schueda (2011) explica que muitos municípios ainda não possuem um 
levantamento do seu parque de iluminação pública ou possuem um cadastro não 
atualizado adequadamente. Isto acaba gerando dificuldades para o levantamento 
de materiais a serem utilizados na manutenção, além de ser mais difícil para a 
 
 
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concessionária de energia elétrica fazer o levantamento de carga de iluminação 
pública para chegar à energia consumida. 
Por este motivo, para um bom gerenciamento da iluminação pública, é 
necessária a realização de um levantamento em campo de todos os pontos 
existentes através do cadastro das coordenadas georreferenciadas dos pontos de 
iluminação que compõe o parque de iluminação pública. Esses dados devem ser 
incluídos em um sistema de forma a permitir descrever todos os dados relativosao ponto luminoso. 
O mesmo autor em seus estudos apontou que a utilização de um sistema 
georreferenciado de iluminação pública é a possibilidade de vinculação de 
material ao ponto luminoso. Pode-se gerar um código de barras para o material 
que sai do almoxarifado e, quando da execução da ordem de serviço em campo, 
o eletricista deve informar, seja através de PDA’s, notebooks ou mesmo ordem de 
serviço impressa, o código de barras do material aplicado a este ponto. Isto 
dificulta eventuais desvios de materiais, além de possibilitar o controle de vida útil 
dos materiais, verificação da durabilidade conforme a marca do equipamento, ou 
mesmo a detecção de defeitos num lote de componentes. 
 
4.2 Aplicação no licenciamento ambiental 
Igualmente para o licenciamento ambiental existem números artigos que 
nos mostram a aplicabilidade prática de ferramentas que compõem o 
geoprocessamento como denotam os trabalhos de Veslaques et al. (2002) e 
Corrêa et al. (2013). 
O uso do sensoriamento remoto, por exemplo, já está consolidado na 
gestão territorial e ambiental, sendo utilizado como uma ferramenta 
especialmente eficaz para uso na gestão pública, tanto no que tange ao 
planejamento do desenvolvimento territorial, quanto para o delineamento e 
execução de políticas públicas, permitindo um vasto aproveitamento na gestão 
dos recursos naturais (SILVA; ALTIMARE; LIMA, 2006; ALMEIDA, A. C., 2010; 
MENKE, et al., 2009). 
 
 
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Quando aplicadas à gestão do uso e ocupação do solo, e dos recursos 
naturais, ferramentas de sensoriamento remoto podem agregar velocidade e 
qualidade às ações. Isto pode ser observado, por exemplo, no que diz respeito à 
fiscalização e ao licenciamento ambiental, este último instituído pela Política 
Nacional de Meio Ambiente, que outorga ao Estado a proteção e adequada 
gestão dos recursos naturais e o controle sobre atividades potencialmente lesivas 
ao meio ambiente (BRASIL, 1981). 
Se pensarmos no sensoriamento remoto, este já vem sendo usado de 
forma bem sucedida no mapeamento de áreas florestais. Diferentes 
fitofisionomias apresentam diversificados índices de reflectância foliar, 
dependente de uma série de fatores, como as espécies presentes, e da taxa de 
clorofila, disposição dos cloroplastos e vacúolos, quantidade de água presente na 
folha e densidade da copa de cada uma delas. Uma vez que se tenham amostras 
destas informações, é possível executar uma busca, através da aplicação de 
softwares adequados, em imagens de satélite apropriadas, em busca de áreas 
com este mesmo espectro (COOPS et al., 2001; CHEN et al., 2007 apud 
CORREA et al., 2013). 
Desta forma, pode-se determinar a distribuição de um ecossistema, em 
função da flora característica do mesmo, possuindo ainda a possibilidade de 
permitir a construção de modelos computacionais de predição probabilística, 
monitoramento de alterações faciais e controle de mudanças. 
Correa et al. (2013) escolheram um manguezal para mapeamento, 
quantificação e monitoramento, justificando que este é um ecossistema que sofre 
crescentes impactos em função de atividades humanas. O processo de 
degradação destas áreas é intenso, levando a uma perda de 1% a 2% destas 
áreas anualmente, principalmente pelo processo de ocupação urbana, poluição e 
instalação de empreendimentos, particularmente de aquicultura. 
Para a realização deste trabalho, os autores utilizaram a seguinte 
metodologia: adquiriram imagens multiespectrais da constelação de satélites 
RapidEye, georreferenciadas e ortorretificadas. Tais imagens apresentaram 
 
 
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resolução de 5 metros e 12 bits, sendo compostas por cinco bandas, duas bandas 
além das que compõem o espectro visível, a infravermelho próximo (0,76 a 0,90 
micrômetros) e a red edge (0,69 a 0,73 micrômetros). As imagens correspondem 
a toda a costa Sergipana, cobrindo uma área de 502.200 ha. 
Para o processamento das imagens, optaram pelo uso do Programa 
ERDAS Imagine Professional. O uso deste programa seguiu o princípio de 
modelagem ecológica, em que a informação vinculada a cada pixel da imagem 
serve de amostra para que seja realizada a identificação de áreas com 
informações similares. No caso específico, foram coletados ao longo do Estado, 
coordenadas geográficas de áreas de manguezal, para servir como banco de 
amostras para o processo, determinando a assinatura imagética do ecossistema 
manguezal. A informação vinculada a esta imagem era o valor de reflectância das 
áreas. 
Dentro do programa, com o uso da ferramenta Model Maker, foram 
retiradas das imagens todas as áreas que não apresentavam biomassa vegetal, 
usando o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). 
As imagens foram classificadas utilizando a ferramenta de classificação 
supervisionada a partir do banco de assinaturas criado com base em 
coordenadas coletadas em campo para a identificação das áreas de manguezal. 
A classificação localizou áreas onde a reflectância foliar da vegetação era similar 
aos valores indicados nas amostras, gerando um modelo da distribuição de 
manguezais no Estado. 
Os autores concluíram que o diagnóstico da extensão e da distribuição 
dos remanescentes de Manguezal no Estado de Sergipe pode ser utilizado como 
ferramenta no monitoramento ambiental do ecossistema, bem como nas ações de 
planejamento e gestão do uso e ocupação do solo, direcionando as atividades 
voltadas ao desenvolvimento humano para zonas onde não causem impactos 
negativos ao meio ambiente. 
A implantação de um sistema automatizado de monitoramento ambiental 
representa um grande ganho para gestão dos ecossistemas, levando à obtenção 
 
 
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de informações acerca de avanços e supressões em áreas de manguezal, 
possibilitando uma maior atuação dos órgãos licenciadores na fiscalização e 
preservação dessas áreas (CORREA et al., 2013). 
 
4.3 Aplicação para gestão de vias públicas 
Diz o parágrafo 2º do artigo 95 do CTB (Lei nº 9.503/97) que nenhuma 
obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e 
pedestre, ou colocar em risco sua segurança será iniciada sem permissão prévia 
do órgão responsável sobre a via. 
Sabemos que para atender às exigências da população quanto às suas 
necessidades de circulação dentro do perímetro urbano, a responsabilidade vem 
a ser um dos grandes desafios que administradores e planejadores municipais 
enfrentam. Nós sabemos, na prática, que aumentam progressivamente tanto o 
número de pessoas circulando, e, por conseguinte, aumenta também a demanda 
do uso de vias públicas, tanto que, são extremamente necessárias por parte dos 
governantes e planejadores, decisões mais eficazes no aspecto operacional e 
principalmente financeiro. 
Concordamos com Santos (2004) quando afirma que os objetivos, de 
certa forma conflitantes, de reduzir custos, por um lado, e de melhorar a qualidade 
do serviço prestado, por outro, exigem uns níveis crescentes de capacitação dos 
técnicos em transportes e trânsito e melhores ferramentas para auxiliar o 
processo de planejamento. Essa necessidade de se atualizar ferramentas que 
auxiliem os tomadores de decisão atuantes nas áreas de planejamento urbano e 
de transportes tem levado a uma procura cada vez maior pelosSistemas de 
Informação Geográficos (SIG). 
Gerar informações corretas e confiáveis é um dos componentes mais 
importantes para uma gestão estratégica e eficiente, sejam as organizações 
públicas ou privadas. No âmbito do setor público, dentre outras vantagens, 
permite-se maior controle dos gastos e otimização dos recursos gerados, o que 
se traduz em satisfação e rapidez no atendimento ao público. 
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Nesse sentido, o geoprocessamento vem sendo utilizado como 
importante instrumento para otimizar o alcance das ações das empresas. Por se 
tratar de um conjunto de técnicas que conta com a axiomática da localização 
espacial e do processamento de dados, o geoprocessamento abstrai do mundo 
real as variáveis estratégicas para as decisões gerenciais e as analisa dentro de 
um espaço predefinido (SANTOS, 2004). 
A pesquisadora acima, objetivando a tomada de uma decisão ou de uma 
série de decisões em diferentes níveis, sugeriu a aplicação do geoprocessamento 
na gestão de transporte e trânsito em um município do Estado de Minas Gerais, 
mais precisamente aplicado no perímetro urbano da área central do município de 
Itabira (MG). 
Ela justifica citando Viviani et al., 1994 e Silva, 2001) que o SIG vem 
sendo largamente utilizado na Engenharia de Transportes, obtendo então a 
denominação de SIG-T. O campo de aplicação dos SIG-T é amplo na área de 
planejamento, como em operações de transporte. Dentre as diversas aplicações 
do SIG em transportes podem ser citadas: projeto geométrico de vias, 
monitoramento e controle de tráfego, oferta e demanda de transportes, prevenção 
de acidentes, otimização de rotas, monitoramento e controle de operações 
rodoviárias, dentre outras. 
As principais vantagens do uso dos SIGs em conjunto com modelos de 
transportes são: 
 a integridade dos dados propiciada pelo SIG que, se também integrado aos 
modelos, permite a maior transparência de aspectos físicos dos dados para 
o usuário; 
 operações pré-incorporadas aos SIGs eliminam ou simplificam tarefas 
realizadas normalmente por processos manuais ou em módulos 
computacionais isolados e não muito integrados; 
 facilidade de edição e representação gráfica; 
 tratamento topológico que facilita operações de edição da base geográfica; 
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 armazenamento e edição a um custo menor; 
 realização de certos tipos de análises e representação antes praticamente 
inviáveis nos processos tradicionais, como, por exemplo, identificação de 
caminhos mínimos entre cada par de zonas origem/destino, entre outros 
(KAGAN et al., 1992). 
Bravo e Cerdá (1995) enfatizam que é importante entender que o SIG não 
é um “fim”, e sim um “meio”, ele é apenas uma ferramenta de análise e otimização 
de processos, portanto a potencialidade do sistema depende dos desenhos dos 
processos ou dos algoritmos que devem solucionar os problemas. É aí que se 
concentram os pontos fortes de um SIG: por um lado nas suas características e 
potencialidades, e por outro e, principalmente, na capacidade dos operadores ou 
especialistas que o utilizam. Deve haver uma organização de pessoas, 
instalações e equipamentos responsáveis pela implantação de um SIG. Além 
disso, esta organização deve ter um objetivo e recursos para atingi-lo. 
O trabalho de Santos (2004), que pode ser encontrado na íntegra no site 
(http://www.csr.ufmg.br/geoprocessamento/publicacoes/MarinalvaSantos2004.pdf)
, mostrou que o SIG, dentre outras aplicações, permite a execução de um projeto 
de interdição, ajudando na elaboração do projeto em tempo hábil para a interdição 
de uma via pública urbana, otimizando a tomada de decisão para mudança de 
itinerário e fazendo uma melhor escolha para o evento sem que cause tanto 
transtorno ao trânsito local. Este sistema fornece informações sobre o local de um 
evento, o sentido do tráfego, largura da via, declividade da via, itinerário e quais 
os coletivos que passam por aquela via, os locais de ponto de parada dos 
coletivos, o tipo de sinalização da via, o nome dos logradouros. 
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UNIDADE 5 – CARTOGRAFIA TEMÁTICA 
 
Enquanto a Cartografia sistemática ou topográfica tradicional trata de um 
produto cartográfico de forma geométrica e descritiva, a Cartografia temática 
apresenta uma solução analítica ou explicativa, como veremos adiante. 
Grosso modo, podemos dizer que a Cartografia temática preocupa-se 
com o planejamento, a execução e a impressão final, ou plotagem de mapas 
temáticos, que são aqueles que possuem um tema principal a ser representado. 
Para obter-se um bom resultado em um mapa temático, alguns preceitos devem 
ser respeitados e, como esses mapas se baseiam em mapas preexistentes, deve-
se ter um conhecimento preciso das características da base de origem (FITZ, 
2008). 
 
5.1 Mapas temáticos 
Os mapas temáticos geralmente utilizam outros mapas como base, tendo 
como objetivo básico fornecer uma representação dos fenômenos existentes 
sobre a superfície terrestre, por meio de uma simbologia específica. De todo 
modo, qualquer mapa que apresente outra informação distinta da mera 
representação da porção analisada pode ser enquadrado como temático, mas 
deve possuir alguns elementos que são de fundamental importância para o bom 
entendimento do usuário. 
Vamos a esses elementos? 
1) O título do mapa: que deve estar realçado, preciso e conciso. 
2) As convenções utilizadas. 
3) A base de origem (mapa-base, dados, etc.). 
4) As referências (autoria, data de confecção, fontes, etc.). 
5) A indicação da direção norte, no caso da inexistência de um sistema de 
coordenadas geográficas ou plano-retangulares. 
 
 
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6) A escala. 
7) O sistema de projeção utilizado. 
8) O(s) sistema(s) de coordenadas utilizado(s) que podem ser gratículas4 e/ou 
quadrículas5. 
Segundo Fitz (2008), a confecção ou construção de um mapa qualquer 
deve levar em consideração, necessariamente, as seis primeiras características 
listadas, sob pena de perda da qualidade do trabalho. 
Outras recomendações do mesmo autor são as seguintes: 
 os sistemas de projeção e de coordenadas devem constar, sempre que 
possível, a fim de validar cientificamente as informações contidas no mapa; 
 quando existir a representação de um sistema de coordenadas por meio de 
quadrículas/gratículas, a indicação da direção norte torna-se opcional; 
 em se tratando de mapas digitais, todas as informações listadas 
praticamente se tornam indispensáveis, pois sua omissão impedirá 
trabalhos com a utilização das técnicas do geoprocessamento. O 
geoprocessamento busca realizar, de uma forma geral, o armazenamento, 
o processamento e a análise de dados georreferenciados, ou seja, de 
informações espacialmente localizadas. Para tal, é necessário dispor de 
mapas altamente qualificados. 
Os mapas temáticos devem apresentar determinadas características 
básicas para que possam ser facilmente entendidos por qualquer usuário.Em um primeiro momento, para que se possa fazer uma leitura correta de 
determinados detalhes, a fim de vinculá-los à realidade vivenciada, necessita-se 
utilizar alguma imaginação, pois se deve lembrar que as cartas são 
representações do terreno, elaboradas com a finalidade de apresentar as 
características dele o mais fielmente possível. 
 
4 Gratículas são entendidas aqui como conjuntos de linhas que se cruzam perpendicularmente, 
em ângulos quaisquer, formando trapézios esféricos. 
5 Quadrículas são entendidas como pares de linhas paralelas que se cruzam perpendicularmente, 
estabelecendo ângulos retos, com a consequente formação de quadrados ou retângulos. 
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Os dados ou informações a serem representados apresentam 
características específicas que devem ser trabalhadas com bastante cuidado. 
Para que um mapa possa traduzir exatamente o que se deseja, é imprescindível o 
uso preciso de determinadas variáveis visuais. 
A primeira delas relaciona-se ao tamanho do elemento a ser 
representado. Nesse sentido, é fundamental sempre manter uma proporção 
adequada à escala do mapa e ao tamanho final do produto impresso. Deve-se 
destacar que, na representação de uma estrada, por exemplo, muitas vezes o 
traçado realizado não condiz com a sua real largura. 
Outra característica diz respeito às tonalidades, hachuras – métodos de 
representação que utilizam traços paralelos de igual espaçamento para dar ideia 
de densidade ou para a representação da estrutura de um relevo –, ou aos 
coloridos utilizados que, para uma boa representação, devem ser de fácil e 
imediata compreensão. 
A execução de um mapa com informações quantitativas deve possuir tons 
diferenciados, do mais claro, ou hachuras mais espaçadas, para valores menores, 
até tons mais escuros, ou hachuramento mais denso, para valores maiores. 
Assim, em um mapa hipsométrico – que representa o relevo com utilização de 
cores para as diferentes altitudes –, utilizam-se duas ou três cores básicas e 
variações tonais intermediárias entre elas (dégradé), a fim de representar melhor 
as diferenças de altitudes. 
Em geral, as áreas baixas são representadas por tons de verde passando 
a amarelo; as médias altitudes, por tons amarelados até avermelhados, e as 
maiores altitudes por tons de vermelho até marrom. Muitas vezes, em tons de 
cinza-claro, acrescenta-se uma área correspondente à linha de neve presente em 
grandes altitudes. Já em mapas políticos, por exemplo, as divisões 
administrativas deverão apresentar cores bem distintas umas das outras, para 
facilitar a localização das fronteiras. 
 
 
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A forma do símbolo utilizado é outra característica fundamental para uma 
informação precisa e objetiva. As informações existentes na realidade da 
superfície devem ser, frisando, de fácil compreensão. 
A utilização de diferentes formas de representação em um mapa, 
passíveis de um reconhecimento imediato pelo usuário, é essencial para a 
satisfação desse requisito básico. São elas: 
 a forma linear – utilizada para informações que, ao serem transportadas 
para um mapa, requerem um traçado característico, sob a forma de linha 
contínua ou não. Na maioria das vezes, a largura da linha desenhada não 
corresponde à largura real do tema. Para melhorar a compreensão dos 
elementos representados, o tracejado pode apresentar cores diversas, ou 
ser descontínuo. Ex.: estradas, rios, etc.; 
 a forma pontual – utilizada para as informações cuja representação pode 
ser traduzida por pontos ou figuras geométricas. Ex.: cidades, casas, 
indústrias, etc.; 
 a forma zonal – usada para representar as informações que ocupam uma 
determinada extensão sobre a área a ser trabalhada. Essa representação é 
feita com a utilização de polígonos. Ex.: vegetação, solos, clima, geologia, 
etc. 
São princípios que devem ser seguidos para se apresentar os temas de 
um mapa cartográfico de forma clara, objetiva e precisa: 
1º) Cada fenômeno deve ser representado por apenas uma simbologia 
específica; assim, para informações qualitativas, há uma mudança na forma dos 
símbolos utilizados. 
As figuras abaixo apresentam exemplos das situações citadas. No 
primeiro caso observe que é facilmente verificável a distinção entre os produtos a 
serem descritos e no segundo caso, a tonalidade da cor utilizada ou o tamanho da 
simbologia traduz as diferenciações representadas. 
 
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Informações qualitativas Informações quantitativas 
 
2º) Os cursos d'água possuem representação na cor azul, com sua 
nomenclatura mais usual. Os rios, de maior porte, possuem, sempre que possível, 
largura compatível a eles. As nascentes são representadas por linhas tracejadas. 
3º) A cobertura vegetal e as plantações normalmente se apresentam com 
colorações esverdeadas, existindo uma diferenciação de tonalidades entre os 
diversos tipos de vegetação e uso da terra. É importante observar que essa 
cobertura poderá apresentar-se bastante modificada, em razão das 
transformações experimentadas pela área desde a elaboração do mapa. 
4º) As cidades e vilas, com área urbana significativa, dependendo da 
escala do mapa, podem ser representadas por um arruamento bastante 
simplificado, com coloração rósea. Conforme a escala do mapa vai aumentando, 
o detalhamento (ruas, avenidas, quarteirões etc.) vai sendo cada vez mais 
aprimorado. 
5º) Pequenos quadrados pretos podem representar quaisquer 
construções existentes. Igrejas e escolas geralmente apresentam ícones 
específicos, e construções como, por exemplo, usinas, cemitérios, fábricas e 
outras, podem receber uma identificação específica ao lado, visando a uma 
localização mais facilitada. 
 
 
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Nos mapas, também são colocados alguns topônimos de lugares de 
conhecimento geral e/ou da população residente nos arredores da região. Ex.: 
nomes de rios, morros, vilas, etc. 
Alguns mapas temáticos podem exibir um detalhamento maior 
patrocinado pela sua base. Assim, por exemplo, alguns apresentam isoípsas, 
conhecidas como curvas de nível, que podem ser apresentadas como linhas na 
cor sépia (marrom-claro), com numeração aparente, normalmente de 100 m em 
100 m. Igualmente, os pontos cotados também podem constar com o seu valor e 
um “X” ao lado, na cor preta, indicando a sua exata localização. Quando o “X” 
estiver na cor sépia, deverá ser interpretado como um ponto cotado obtido por 
interpolação. Um triângulo contendo um ponto em seu centro mostra a localização 
de um marco geodésico ou topográfico existente no terreno. Linhas tracejadas 
contendo um ponto entre os traços representam linhas de transmissão de energia 
(alta/baixa tensão); linhas tracejadas contendo um “x” entre os traços representam 
cercas. 
Qualquer mapa confiável deve apresentar as convenções utilizadas e 
suas devidas explicações. Normalmente, a legenda é localizada em um canto do 
mapa, enquadrada em uma moldura e contendo

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