Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S 2 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S 3 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S 6 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Aline Carneiro Silverol 7 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profissional. 8 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Neste módulo, serão analisados os principais conceitos referen- tes à Topografia, bem como sua relação com a Cartografia e a Geodésia, além da utilização dos dados topográficos no geoprocessamento. A Topo- grafia é uma ciência que tem por objetivo descrever um lugar, ou seja, ca- racterizá-lo conforme as suas características planimétricas e altimétricas, de forma que possa fornecer os subsídios necessários para embasar as modificações e intervenções necessárias no terreno para as diversas apli- cações. A cartografia e a geodésia são essenciais para a Topografia, já que são responsáveis por todo o embasamento teórico que é utilizado por essa ciência, de maneira que seus conceitos essenciais para os levantamentos topográficos estão explicitados neste módulo. Ainda, será abordada a apli- cação da topografia no geoprocessamento, onde é possível perceber a im- portância dos levantamentos topográficos para uma infinidade de projetos. Topografia. Cartografia. Geodésia. Geoprocessamento. Levantamento Topográfico. 9 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA Apresentação do Módulo ______________________________________ 10 12Histórico da Topografia ________________________________________ Divisão da Topografia ___________________________________________ Objetivos e Conceitos Fundamentais em Topografia ___________ Equipamentos e Aplicações em Topografia ____________________ Recapitulando _________________________________________________ 14 16 19 26 CAPÍTULO 02 TOPOGRAFIA E SUAS RELAÇÕES COM A CARTOGRAFIA Topografia e Cartografia _______________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 30 45 Recapitulando _________________________________________________ Fechando a Unidade ___________________________________________ Referências ____________________________________________________ 62 66 69 CAPÍTULO 03 TOPOGRAFIA, GEODÉSIA E GEOPROCESSAMENTO Topografia e Geodésia _________________________________________ Topografia e Geoprocessamento _______________________________ 48 55 10 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S O homem e a sociedade como um todo, a partir do avanço das tecnologias e do uso do espaço geográfico, perceberam a necessidade de estudá-lo e caracterizá-lo, cada vez mais, para que seu uso fosse otimizado. Além disso, há também a necessidade de controle do espaço ocupado, de modo que as propriedades e outras porções do espaço pu- dessem ser organizadas e controladas com relação ao registro, a posse e ao pagamento de impostos. A topografia é uma área do conhecimento que tem por objetivo principal a descrição de um lugar. Nesse sentido, a topografia contri- bui também no entendimento, na descrição e na representação gráfica sobre uma superfície plana, partes da superfície terrestre, mas descon- siderando a curvatura do planeta Terra. Ainda, a Topografia pode ser definida como a ciência que utili- za instrumentos e métodos para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana. Além disso, também pode determinar o contorno, a dimensão e a posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre. Através dos levantamentos planimétricos, onde a caracteriza- ção das áreas é feita considerando as grandezas associadas ao plano horizontal, como também dos levantamentos altimétricos, onde as gran- dezas se referem ao plano vertical,é possível conhecer a porção da superfície terrestre, de modo que seus elementos possam ser represen- tados e interpretados. Essa interpretação é de grande importância, por exemplo, em estudos relacionados a obras de engenharia civil, como estradas, pontes e outras construções, pois cada terreno apresenta ele- mentos importantes na perspectiva horizontal e vertical, de modo que, muitas vezes, torna-se necessária a adoção de medidas para a execu- ção das obras, como cortes, aterramentos, etc. A topografia, juntamente com a cartografia, trabalha com os aspectos relacionados à planimetria e altimetria, de modo a contribuir na caracterização do espaço geográfico de modo que ele possa ser utilizado e monitorado sob diversos aspectos. Além disso, outro papel importante da topografia é a marcação de pontos que possibilitam a localização precisa deles no espaço. A as- sociação entre a geodésia a e topografia permitem que os pontos de um terreno, por exemplo, sejam inseridos em sistemas de coordenadas, de forma que essas áreas possam ser localizadas de acordo com interes- ses públicos ou privados. A possibilidade de georreferenciamento dos pontos e das marcações realizadas pelos levantamentos topográficos permitem o estabelecimento de limites de propriedades, além da verifi- 11 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S cação das divisas e a regulamentação de propriedades. Além dessas aplicações já bem conhecidas, graças ao avanço e a disseminação das tecnologias, especialmente dos Sistemas de In- formação Geográfica, os levantamentos topográficos podem contribuir para uma série de aplicações, como o cadastramento urbano e rural, estudos relacionados à paisagem e ao relevo, delimitação de bacias hidrográficas e outros fenômenos, como processos erosivos, etc. 12 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S HISTÓRICO DA TOPOGRAFIA Desde o surgimento dos nossos primeiros ancestrais, os ho- minídeos, entre 100.000 a 300.000 anos, nossos antepassados passa- ram por diversos processos de evolução. Os primeiros povos eram nômades, modo de vida em que o homem era um mero coletor e caçador, extraindo somente o que era oferecido pela natureza. À medida em que a demanda por alimentos foi aumentando, foi preciso encontrar mecanismos que pudessem suprir as necessidades dos grupos. O homem, ao descobrir e dominar as primei- ras técnicas agrícolas, pode fixar moradia em um local passando a não ser totalmente dependente da natureza. Dessa forma, ele abandonou o INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S 13 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S modo de vida nômade e adotou o modo de vida sedentário. O cultivo de alimentos e a criação de animais foi se expandin- do, surgindo a agricultura e a pecuária. Além disso, os resultados dessa evolução resultaram na formação de grupos sociais mais complexos, além das primeiras vilas e cidades. Após o aparecimento das socie- dades mais organizadas e a expansão da agropecuária, os indivíduos perceberam a necessidade de demarcar seus domínios, tanto para o uso agrícola como também para a sua moradia. A demarcação de terras foi uma das primeiras manifestações da topografia e era realizada através de instrumentos rudimentares, mesmo sem os indivíduos saberem que ela, muito tempo depois, tor- nar-se-ia uma ciência. Os primeiros povos a criarem e a utilizarem os instrumentos to- pográficos foram os egípcios e os mesopotâmicos, sendo atribuído aos egípcios os primeiros registros da utilização da topografia já na época imperial, por volta de 3200 a.C. Após os egípcios e os mesopotâmicos, os chineses, hebreus, gregos e romanos também utilizaram a topografia para a definição dos limites territoriais. Os instrumentos topográficos construídos pelos egípcios, nes- sa época, eram bastante rudimentares, com baixa exatidão e precisão quando comparados aos instrumentos atuais. Entretanto, para a épo- ca, os resultados obtidos foram extraordinários, sendo a pirâmide de Quéops um dos exemplos mais marcantes. Os egípcios demoraram 30 anos para erguerem a pirâmide de Quéops, e esta foi construída com as medidas de 230,25m, 230,45m, 230,39m e 230,35m, respectivamente, paras as suas bases norte, sul, leste e oeste, errando apenas 20 cen- tímetros entres as bases. No caso dos ângulos, o erro correspondente aos quatro ângulos da base da pirâmide é de apenas 6´35’’. Ainda, as quatro arestas da pirâmide de Quéops apontam para os pontos colate- rais NE, SE, SO, e NO, incluindo também as outras pirâmides de Gizé. No decorrer do tempo, por questões de sobrevivência, orienta- ção, segurança, guerras, navegação, construção, entre outras necessi- dades, sempre foi imprescindível para o homem conhecer o meio em que vive e desenvolver suas atividades. Neste sentido, a representação do espaço era baseada na observação e na descrição do espaço. Podemos afirmar, de acordo com a própria história da Cartografia, antes mesmo do 14 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S homem desenvolver a escrita, ele já desenhava seus mapas para fins de localização e orientação. À medida que ele foi descobrindo novas manei- ras de representação, surgiram técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a obtenção de dados para posterior representação. Com o passar dos séculos, os instrumentos e métodos, tanto nos requisitos técnicos quanto eletrônicos, tornando as interfaces e a sua operação mais amigáveis, com uma maior oferta de recursos para o operador, melhor controle dos erros e, consequentemente, a apresen- tação de resultados mais precisos e exatos. Nesse sentido, é de grande importância a representação grá- fica de uma porção da superfície da Terra para a sociedade, especial- mente, em proporções reduzidas, com todas as formas de relevo pre- sentes, como montanhas, vales, serras, além de elementos naturais, como rios e lagos, e também construídos, como estradas, divisas, cida- des, entre outros. Se a porção da superfície da Terra a ser representada for de tal extensão que não seja necessário considerar a forma da Terra, ela constitui o objeto da topografia. A palavra topografia é originada do idioma grego, em que TOPOS significa lugar ou região, enquanto que GRAPHEN significa descrição, ou seja, descrição de um lugar. Existem diversos conceitos relacionados à topografia: ela pode ser definida como a ciência que tem por objetivo conhecer, descrever e representar graficamente sobre uma superfície plana, partes da superfície terrestre, desconsiderando a curvatura do planeta Terra; ainda, pode representar o estudo dos ins- trumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana; ainda, consiste na determinação do contorno, da dimensão e da posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre (Coelho Neto et. al. 2014). A partir dessas definições, podemos compreender que a topo- grafia é uma ciência que estuda, projeta, representa, mensura e execu- ta uma parte limitada da superfície terrestre sem considerar a curvatura da Terra, até onde o erro de esfericidade poderá ser desprezível, e con- siderando os perímetros, dimensões, localização geográfica e posição (orientação) e objetos de interesse que estejam dentro desta porção (Coelho Neto et. al. 2014). DIVISÃO DA TOPOGRAFIA A topografia é dividida em quatro subáreas: a topologia, a topo- metria, a taqueometria e a fotogrametria. 15 TO P O G R A F IA A P LI C A DA A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S A fotogrametria consiste em uma técnica que permite o estudo e a definição das formas, das dimensões e das posições de objetos no espaço, utilizando-se de medições obtidas a partir de fotografias ou imagens digitais. A taqueometria refere-se a um processo para a obtenção rá- pida da distância e da diferença de cota entre dois pontos. Ela permite obter as coordenadas espaciais de um ponto a partir do outro, ou seja, de modo indireto. A topologia consiste no levantamento topográfico onde as for- mas exteriores da superfície da Terra são representadas, bem como as leis que regem o seu modelado. Já a topometria pode ser definida como um levantamento topo- gráfico que tem por objetivo medir os elementos característicos de uma determinada área. A topometria é subdividida em planimetria, altimetria e planialtimetria (Figura 1). Figura 1: Divisões da Topografia. Fonte: Elaborada pela autora, 2020. A planimetria é a parte da topografia que estuda o terreno, consi- derando somente as dimensões e as coordenadas planimétricas. Nesse caso, o relevo do terreno não é importante, mas, sim, as suas distâncias e os ângulos horizontais, a localização geográfica e a posição (orientação). A altimetria é a parte da topografia que estuda o terreno, consi- derando somente as dimensões e as coordenadas altimétricas. Nesse 16 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S caso, o relevo do terreno é importante e se avalia somente suas distân- cias e os ângulos verticais. A planialtimetria é a parte da topografia que estuda o terreno con- siderando as dimensões e as coordenadas planimétricas e altimétricas. Nessa situação, tanto o relevo do terreno como as suas distâncias horizon- tais e verticais, os ângulos horizontais e verticais, a localização geográfica e a posição (orientação) são relevantes para o levantamento topográfico. OBJETIVOS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM TOPOGRAFIA O objetivo principal da topografia é a realização de um levan- tamento, através da medição de ângulos, distâncias e desníveis que permitam representar uma porção da superfície terrestre em uma es- cala adequada. Esse levantamento envolve operações efetuadas em campo, com coleta de dados para a sua posterior representação. Além disso, o objetivo principal do levantamento topográfico deve estar ali- nhado com as normas locais, regionais ou nacionais. Se a superfície terrestre fosse plana e horizontal, a representa- ção dos elementos topográficos seria fácil, bastando referenciá-los com um sistema de eixos, medir as coordenadas e representá-los em esca- la. No entanto, sabemos que a superfície terrestre não é um plano per- feito, apresentando muitas irregularidades, além da sua curvatura geral. Para que a representação de uma porção do espaço seja feita, todos os acidentes geográficos importantes são projetados verticalmen- te, de acordo com a direção vertical do lugar, em um plano horizontal de referência. Ao representar os acidentes do terreno desta maneira, as suas projeções conservarão entre si as mesmas distâncias horizontais existen- tes no terreno. Dessa forma, o produto obtido é como uma imagem do ter- reno em um espelho grande e plano. Mas, para que a representação seja fiel, é necessária a determinação da distância vertical de cada acidente no plano horizontal fixo, que é chamado, portanto, de plano topográfico. Nesse contexto, a representação completa do terreno com- preende, portanto, duas partes: a representação plana do terreno, que é feita pela planimetria, e a representação vertical do terreno, ou seja, das formas de relevo, que é feita pela altimetria. Assim, a operação completa consiste no chamado levantamento topográfico ou levanta- mento planialtimétrico, que significa o conjunto de operações realizadas no terreno com o objetivo de se determinar as distâncias horizontais e verticais entre os pontos que caracterizam o modelado do terreno. 17 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S O levantamento planimétrico pode ser feito de maneira indi- vidual, entretanto o mesmo não se aplica ao levantamento altimétrico, não sendo possível a realização de um levantamento somente altimé- trico do terreno. Conceitos fundamentais Após o levantamento dos dados, para a representação gráfica, é feita a transferência do plano de projeção para o papel, preservan- do uma relação constante entre todas as distâncias medidas. O dese- nho resultante do terreno, a partir do levantamento planialtimétrico, é chamado de planta topográfica, e a relação constante entre as distân- cias medidas no terreno e na planta é a escala da planta. Ainda, há também o conceito de alinhamento. Em topografia, o alinhamento de dois pontos, A e B, no terreno, representa a direção ab determinada por suas respectivas projeções a e b em um plano ho- rizontal. Sendo um alinhamento em uma direção na horizontal, pode-se ter o mesmo alinhamento tirado a partir de A paralelo a ab resultando a horizontal AB’. Desta forma, a distância horizontal ou a distância redu- zida entre dois pontos é medida segundo o alinhamento estabelecido por eles. Assim, as distâncias horizontais podem ser medidas direta ou indiretamente, conforme o operador necessite ou não de percorrê-las, comparando-as com a unidade. A determinação das posições de pontos projetados em um plano horizontal refere-se aos pontos que definem a forma ou o contorno de aci- dentes do terreno, que são considerados importantes ou representáveis. Existe também o conceito relacionado ao limite de aplicação do plano topográfico. Quando projetamos verticalmente uma parte da superfície da Terra em um plano horizontal, consideramos que todas as verticais ou projetantes são paralelas. No entanto, isso não é exato, pois as verticais, na realidade, 18 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S são convergentes ao centro da Terra. Desta forma, se a superfície a ser projetada for muito extensa, a sua projeção não deve ser representada em um plano horizontal, mas, sim, em uma superfície que, partindo do nível médio do mar, apresentasse-se normal a qualquer vertical V medi- da em um ponto P qualquer da superfície da Terra. Esta superfície ideal se chama geoide ou superfície de nível e consiste em um dos modelos de representação da Terra. O modelo permite que a superfície terrestre seja representada por uma superfície fictícia, definida pelo prolongamento do nível médio dos mares (NMM) sobre os continentes. A representação por geoide gera um modelo com a superfície deformada em relação a sua forma e posição reais. No estudo da forma e da dimensão da Terra, existem quatro tipos de superfície ou modelo para a sua representação: o modelo real, o modelo geoidal, o modelo elipsoidal e o modelo esférico. Os principais produtos da topografia são o levantamento to- pográfico e a locação topográfica. O levantamento topográfico, de uma forma geral, consiste na coleta de todos os dados e características im- portantes presentes em um terreno em uma determinada área, para posterior representação fidedigna, através de desenho em papel ou ambiente gráfico, em escala adequada e com orientação, de todos os elementos naturais e artificiais que foram observados. De acordo com a NBR 13133/1994, que é a norma brasileira que regulamenta a execução do levantamento topográfico, ele é definido como: Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas to- pográficas. A estes pontosse relacionam os pontos de detalhes visando à sua exata representação planimétrica numa escala predeterminada e à sua re- presentação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também predeterminada e/ou pontos cotados (NBR 13133/1994, p. 3). 19 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Todo e qualquer planejamento de levantamento topográfico deve ser baseado na NBR13133, pois, nessa norma está descrita, além da metodologia de trabalho, orientações como a escala de trabalho, a quantidade mínima de pontos que devem ser coletados, de acordo com a área a ser levantada, entre outros elementos. A NBR13133 está dis- ponível para download na internet. A locação topográfica consiste na materialização, no terreno, dos pontos do projeto de uma obra para que ela possa ser executada exatamente no local planejado. É um processo posterior ao levanta- mento topográfico, já que é através deste último que as características do terreno são avaliadas, e, somente a partir delas, é que se torna pos- sível a definição do local da construção, as modificações necessárias no terreno para comportar o projeto, entre outros. A locação topográfica deve ser feita através das seguintes eta- pas: (1) levantamento topográfico do terreno onde a obra será realizada; (2) elaboração da planta topográfica do terreno; (3) criação do projeto da obra sobre a planta; e (4) locação do projeto em campo. Após a realização do levantamento topográfico e da locação topográfica, deve-se elaborar um memorial descritivo. O memorial des- critivo consiste em um documento anexo ao trabalho de levantamento e locação topográficas que informa todas as características de uma pro- priedade ou área. No memorial, devem estar discriminados os principais marcos, as coordenadas, as estradas que limitam a propriedade, etc. Ainda, é no memorial que é descrito, de maneira textual, a poligonal que limita a propriedade, de forma que se compreenda suas características e todo o levantamento que foi realizado, sem a necessidade de se verificar graficamente ou em tabelas. EQUIPAMENTOS E APLICAÇÕES EM TOPOGRAFIA Para que os levantamentos topográficos bem como as outras apli- cações da topografia sejam utilizadas, é necessário uma série de equipa- mentos que são indispensáveis para os levantamentos e as locações. Equipamentos e Topografia 20 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Os equipamentos de topografia são indispensáveis para os le- vantamentos e locações e podem ser divididos em instrumentos utiliza- dos nas medições e acessórios que auxiliam na medição. Instrumentos As trenas são instrumentos muito utilizados para mensurar diferenças de nível e, principalmente, as distâncias horizontais e, se usadas de forma correta, podem oferecer dados exatos e rápidos. Na utilização da trena, deve-se evitar os seguintes erros: • O erro de catenária, que é provocado pelo peso da trena. Devido ao peso do instrumento, ele tende a formar uma curva convexa voltada para baixo. O erro ocorre, pois, ao invés de se medir uma dis- tância no plano, ou seja, a distância horizontal, mede-se um arco. Para evitá-lo, devem-se aplicar maiores forças nas extremidades das trenas. • A falta de horizontalidade da trena, de modo que, em áreas não planas, a tendência é segurar a trena mais próxima ao chão, au- mentando as distâncias medidas em comparação à distância real. Para que o erro seja minimizado, deve-se usar balizas para ajudar na hori- zontalidade da trena. • A falta de verticalidade da baliza onde o técnico pode inclinar a baliza durante a medida, subestimando ou superestimando os valo- res, dependendo de como for a falta de verticalização. Para evitar o erro e verticalizar a baliza, o técnico pode usar um nível de cantoneira; ou verticalizar utilizando um fio vertical ou também chamado de colimador; ou usar a gravidade. Nesse caso, o balizeiro segura a baliza deixando a gravidade atuar; neste momento, soltar a baliza aos poucos até atingir o ponto e de maneira verticalizada. • A dilatação do material das trenas provocado por tensões ex- cessivas no material de modo que também interfere nas medidas obtidas. Para minimizar o problema, deve-se escolher trenas de boa qualidade. Os goniômetros são instrumentos destinados apenas para medições de ângulos verticais e horizontais, pois não possuem os fios estadimétricos. Já os teodolitos são instrumentos destinados à medição de ângulos verticais e horizontais, e, com auxílio das balizas e das miras falantes, fazem a medição de distâncias horizontais, utilizando-se da ta- queometria planimétrica, e verticais, por meio do nivelamento taqueomé- trico e nivelamento trigonométrico, pois possuem os fios estadimétricos. Os teodolitos são classificados de acordo com sua finalidade e podem ser topográfico, astronômico ou geodésico. Além disso, também 21 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S podem ser classificados de acordo com a exatidão, podendo ser baixa exatidão (abaixo de 30’’), média exatidão (entre 07’’ e 29’’) e alta exati- dão (igual ou abaixo de 02’’). Os níveis de luneta, níveis de engenheiro ou simplesmente níveis são instrumentos que podem ser utilizados para medir as dis- tâncias verticais entre dois ou mais pontos. Ainda, também podem ser utilizados para medir distâncias horizontais com auxílio da mira falante, aplicando-se a taqueometria planimétrica. Os níveis são instrumentos compostos por uma luneta associa- da a um nível esférico de média precisão e a um sistema de pêndulos que fica no interior do aparelho, possuem como função corrigir a ca- lagem nos níveis ópticos automáticos, deixando-os bastante próximos do plano topográfico. Além disso, também medem ângulos horizontais, principalmente, quando são feitos levantamentos em seções transver- sais. No entanto, a precisão para esses ângulos é de 1º. A estação total é um instrumento eletrônico utilizado na ob- tenção de ângulos, distâncias e coordenadas usados para representar graficamente uma área do terreno. A estação total é considerada a evolução do teodolito, já que a estação total comporta um distanciômetro eletrônico, uma memória temporária, que atua como processador, uma memória fixa e uma co- nexão com um computador, formando um único conjunto. A estação total tem autonomia para coletar e executar os dados ainda em campo, através de dispositivos móveis. Através da estação total, é possível realizar os levantamentos e as locações topográficas, determinar os ângulos horizontais e verticais, as distâncias verticais e horizontais, a localização e o posicionamento da área a ser trabalhada. Para as medições, são utilizados o bastão e o prisma, que são colocados nos pontos a serem levantados e/ou locados. O bastão é um acessório de material metálico, onde o prisma é encaixado na parte su- perior para o auxílio nas medições com estação total. Em um levantamento por coordenadas, é necessário digitar na estação total o ponto em que ela se encontra, em sistema de coordena- das, podendo ser utilizadas as coordenadas UTM (verdadeiras) ou lo- cais (atribuídas). A atribuição ou informação do ponto onde se encontra 22 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S a estação total no sistema de coordenadas se chama estação ocupada (Coelho Neto et. al. 2014). Convém destacar que estação, estação total e estação ocupada apresentam significados diferentes. Estação total é o instrumento, enquan- to que estação é o local onde se encontra o instrumento; e estação ocupa- da são os valores de coordenadas para o local onde se encontra o instru- mento. Tanto estação quanto estação ocupada são pontos topográficos. Coma definição da estação ocupada, faz-se necessária uma orientação para a estação total no sistema de coordenadas através da RÉ (referencial) onde se coloca o bastão + o prisma em um ponto com coordenadas conhecidas (X, Y e Z) ou atribui-se valor de azimute 0º, ou ainda se informa o valor verdadeiro de azimute naquele lugar, sendo um desses valores inseridos na estação total, no espaço destinado para se inserir a RÉ (Coelho Neto et. al. 2014). É importante observar que o uso do azimute, seja verdadeiro, magnético ou atribuído, só poderá ser realizado para efeito de orienta- ção da estação total na primeira estação (ponto ocupado). Nas demais, devem ser utilizados os valores já obtidos e inseridos em suas respec- tivas coordenadas. Após esses procedimentos, a medição dos pontos de interesse pode ser iniciada, pressionando a teclar medir ou seu correspondente, de acordo com a marca do instrumento. No momento da troca de esta- ção ou do ponto ocupado, é necessária a utilização de dois pontos já medidos, sendo um com a estação total onde é informada as coordena- das daquele ponto na estação ocupada, e o outro com o prisma, infor- mando as coordenadas daquele ponto na RÉ. Após este procedimento, mede-se todos os pontos de interesse. O Sistema Global de Navegação por Satélite (Global Navi- gation Satellite System – GNSS) é um conjunto de sistemas que pos- sibilita a localização tridimensional de um objeto em qualquer ponto da 23 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S superfície terrestre através de aparelhos que receptam ondas de rádio emitidas por seus respectivos satélites. O GNSS inclui diversos sistemas, dentre eles GPS, GLONASS, GALILEO e COMPASS. Além desses sistemas que compõem o conjunto GNSS, tam- bém existem os sistemas regionais de navegação (Regional Naviga- tion System – RNS) que operam em porções distintas da superfície ter- restre, como o IRNSS (Indian Regional Navigational Satellite System), QZSS (Quase-Zenith Satellite System) e o BEIDOU (Beidou Navigation System), estando este último em expansão para possibilitar o funciona- mento do COMPASS. O Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning Sys- tem – GPS), de origem americana, é um dos sistemas mais conhecidos e populares e apresenta 24 satélites em 6 planos orbitais onde cada plano orbital apresenta 4 satélites. O Globalnaya Navigatsionnaya Sput- nikovaya Sistema (GLONASS) é um sistema russo e possui 24 satélites em três planos orbitais onde em cada plano orbital há 8 satélites. Os demais sistemas globais, o GALILEU, que é um sistema europeu, e o COMPASS, que é um sistema chinês, estão em fase final de implanta- ção com previsão para funcionamento de até o final de 2020. Independente do sistema ou da origem do conjunto de satélites, eles operam basicamente do mesmo modo, emitindo sinais analógicos em forma de ondas de rádio, chamadas de portadoras, que se comuni- cam com antenas instaladas na superfície terrestre. As ondas emitidas, geralmente, são de dois tipos, L1 e L2, com variados comprimentos de onda. Para que o objeto seja localizado na superfície da Terra, são necessários, no mínimo, 4 satélites, no entanto, quanto maior a quan- tidade de satélites disponíveis ao receptor, melhor será a exatidão da localização geográfica da antena do receptor na superfície terrestre. Acessórios Existem uma diversidade de acessórios que são utilizados nos levantamentos e nas locações topográficas que complementam as fun- ções dos instrumentos. Os piquetes são utilizados para materializar os pontos topográficos, podendo ser de origem artesanal, feitos de madei- 24 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S ra ou de plástico. Eles são enterrados no solo com uma parte exposta entre 2 a 3 cm para serem visualizados. As estacas testemunhas têm por objetivo auxiliar na localiza- ção dos piquetes, pois, em áreas maiores e com vegetação, torna-se difícil visualizá-los. Elas devem ter entre 40 a 50 cm de altura e um corte na parte superior, devendo ser afixadas entre 40 a 50 cm afastada dos piquetes e com o corte da parte superior virado para o lado inverso onde se encontra o piquete. As estacas têm como função auxiliar nos trabalhos de esta- queamento, que é uma técnica onde se colocam todas as estacas ali- nhadas visando o levantamento topográfico. As estacas devem medir entre 40 e 50 cm e serem de madeira. Após o levantamento e a reali- zação do projeto, escrevem-se nas estacas os valores correspondentes de cortes e aterros na locação altimétrica. Nos levantamentos e locações topográficas, também são utili- zados tinta, prego e parafuso que servem para materializar os pontos topográficos em locais onde haja resistência do material a ser pene- trado, por exemplo, concreto em geral, estradas, ruas, pisos de casa, calçadas, prédios, entre outros. A baliza é um acessório utilizado para facilitar a visualização dos pontos topográficos, materializados por piquetes, no momento da medição dos ângulos horizontais. Além disso, também é usada para ajudar no alinhamento de uma poligonal, perfil, seção transversal e na medição da distância horizontal através de trena, além de medir ângulos de 90º. A baliza possui 2 metros de comprimento e é dividida em 4 segmentos de 0,5m cada, apresenta uma coloração vermelha e branca para contrastar com a vegetação e o céu claro. As miras falantes, também chamadas de miras estadimétricas ou estádia, tem por objetivo ajudar as medições de distâncias horizon- tais, através da taqueometria, utilizando os fios superior, médio e inferior e distâncias verticais com o uso do fio médio. Sua leitura é realizada em milímetros onde cada barrinha centimetrada equivale a 10 mm. O nível de cantoneira é um acessório que possui um nível de bolha que pode ser acoplado às balizas, miras falantes e bastões ob- jetivando a verticalização desses acessórios (Coelho Neto et. al 2014). Os tripés são acessórios que servem para apoiar instrumentos como os teodolitos, os níveis de luneta, as estações totais e antenas GNSS´s. Aplicações da topografia 25 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S A topografia baseia-se em geometria aplicada, onde se ima- ginam figuras geométricas regulares ou irregulares geoespacializadas. Quando um levantamento topográfico é realizado, coletam-se todos os dados e características do terreno em forma de figuras geométricas com suas dimensões, perímetros e posições (orientações) e localiza- ções geográficas. Nesse sentido, a topografia pode ser aplicada em diversas áreas, como a agronomia, a cartografia, às diversas áreas de enge- nharia. Por exemplo, na construção civil, a topografia é utilizada no le- vantamento planialtimétrico do terreno para verificar a sua situação no contexto da paisagem, como os declives, imperfeições e outras neces- sidades relacionadas a intervenções no terreno. Com o levantamento, o engenheiro poderá avaliar a viabilidade da obra e dos investimentos necessários para a realização das intervenções e, assim, analisar a re- lação entre o custo e o benefício da obra. A topografia também é de grande importância na fase de exe- cução da obra, pois é utilizada na demarcação dos limites e no nive- lamento do terreno, na locação de furos de sondagem, entre outros, minimizando os erros. Outro exemplo de uso da topografia em obras de engenharia é a construção de estradas, onde são levantados os obstáculos topográfi- cos, geológicos e hidrológicos. Dessa forma, é possível adequar o pro- jeto de forma que respeite os obstáculos, além da busca por soluções para minimizá-los com procedimentos de baixo custo. Ainda, os trabalhos topográficos também são utilizados na lo- cação, com a instalação de piquetes para marcar o traçado escolhidode acordo com as informações obtidos pelo levantamento. Outra área em que a topografia pode ser utilizada são nos estudos hidrológicos. Os levantamentos topográficos, nesse caso, são realizados com o objetivo de obtenção de pontos nos leitos dos rios, lagos, lagoas e ambientes oceânicos para determinar a morfologia do fundo desses ambientes e, assim, elaborar as cartas náuticas. Essas cartas são usadas para a orientação da construção de pontes, túneis, barragens, portos, etc. Além disso, é possível, com o levantamento to- pográfico, a aferição do nível da água, informação também de grande importância para o planejamento e a locação das construções. 26 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Técnico Nível: Superior Quais as fases mínimas que deve ter o levantamento topográfico em qualquer de suas finalidades de acordo com a Norma ABNT NBR 13133? a) Planejamento, seleção de métodos e aparelhagem; apoio topográfi- co; levantamento de detalhes; cálculos e ajustes; original topográfico; desenho topográfico final; relatório técnico. b) Planejamento, seleção de aparelhagem; levantamento de detalhes; original topográfico; desenho topográfico para simples conferência; de- senho topográfico final; relatório técnico. c) Planejamento, seleção de aparelhagem; levantamento de detalhes; original topográfico; desenho topográfico final; relatório técnico. d) Planejamento, seleção de aparelhagem; original topográfico; dese- nho topográfico final; relatório técnico. e) Planejamento, seleção de aparelhagem; levantamento de detalhes; original topográfico; desenho topográfico para simples conferência; de- senho topográfico final. QUESTÃO 2 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Técnico Nível: Superior Qual das alternativas abaixo define corretamente, segundo a Nor- ma ABNT 13133, exatidão (1) e precisão (2), respectivamente? a) (1) valores que expressam o grau de aderência das observações entre si, e (2) grau de aderência das observações, em relação ao seu valor verdadeiro que, sendo desconhecido, o valor mais provável é con- siderado como a média aritmética destas observações. b) (1) grau de aderência das observações, em relação ao seu valor verdadeiro que, sendo conhecido, o valor mais provável é considerado como a média aritmética destas observações, e (2) valores que expres- sam o grau de aderência das observações entre si. c) (1) grau de aderência das observações, em relação ao seu valor ver- dadeiro que, sendo desconhecido, o valor mais provável é considerado como a média aritmética destas observações, e (2) valores que expres- sam o grau de aderência das observações entre si. d) (1) grau de aderência das observações, em relação ao seu valor ver- dadeiro que, sendo desconhecido, o valor mais provável é considerado como o desvio padrão dessas observações, e (2) valores que expres- 27 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S sam o grau de aderência das observações entre si. e) (1) grau de aderência das observações, em relação ao seu valor verdadeiro que, sendo conhecido, o valor mais provável é considerado como o desvio padrão destas observações, e (2) valores que expres- sam o grau de aderência das observações entre si. QUESTÃO 3 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Técnico Nível: Superior Em relação às superfícies de referência utilizadas em topografia, assinale a opção FALSA: a) O modelo geoidal é definido teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. O geoide é uma superfície regular de fácil tratamento matemático. b) O modelo esférico apresenta latitudes e longitudes astronômicas. c) O modelo plano, segundo a ABNT NBR 13133 (execução de Levanta- mento Topográfico), admite um plano com até aproximadamente 80 km. d) No elipsoide de revolução, o achatamento (f) é definido por meio de dois parâmetros, os semieixos a (maior) e b (menor). e) O elipsoide de revolução é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi-elipse (geratriz) em torno de um dos seus eixos (eixo de revolução). QUESTÃO 4 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Técnico Nível: Superior Sobre levantamentos topográficos, afirma-se que: I. Em função da natureza das medições efetuadas, os métodos e processos de levantamento topográfico podem ser classificados, segundo a precisão que proporcionam em: processos da intersec- ção, processo da irradiação, método do caminhamento, método das coordenadas retangulares e processo de medida dos lados. II. A grande vantagem do processo da intersecção em relação aos demais decorre do fato de que os erros de medida se refletem so- mente no vértice calculado de cada triângulo. III. O processo da irradiação apresenta como desvantagem o fato de medir muitas distâncias, porém sobressai a vantagem de não acumular erros. Os erros cometidos na determinação de um vérti- ce se restringem ao próprio vértice. Assinale a alternativa em que todas a(s) afirmativa(s) está(ão) CORRETA(S): a) Apenas a afirmativa I está correta. 28 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S b) Apenas a afirmativa II está correta. c) Apenas a afirmativa III está correta. d) As afirmativas I, II e III estão corretas. e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. QUESTÃO 5 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Técnico Nível: Superior Um topógrafo que pretende determinar a altura de uma antena ins- talou um teodolito a uma altura de 1,70 m em relação ao solo, no mesmo nível da base da antena, e obteve os seguintes dados: lei- tura estadimétrica no fio médio com ângulo zenital de 90º igual à 1,70 m; distância horizontal do teodolito à antena de 49 m e ângulo zenital lido na ponta da referida antena de 60º. Após os cálculos foi determinada uma altura aproximada de: a) 40 m. b) 50 m. c) 30 m. d) 20 m. e) 60 m. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A topografia é uma área do conhecimento que tem por objetivo descre- ver um lugar de forma que suas características planimétricas e altimétri- cas sejam levantadas e, posteriormente, aplicadas em diversos setores. Comente sobre as aplicações da topografia utilizando uma situação real como exemplo. TREINO INÉDITO A topografia é uma ciência baseada na ______ e na ______ plana que se utiliza de _____ e _____ com o fim de obter a representação em projeção orto- gonal sobre um plano de referência dos pontos capazes de representar a forma, dimensão e acidentes naturais e artificiais de uma porção limi- tada do terreno. A alternativa que preenche, corretamente, as lacunas do texto é: a) altimetria, planimetria, medidas horizontais, medidas verticais. b) geometria, trigonometria, medidas horizontais, medidas verticais. c) descrição, representação, levantamentos topográficos, nivelamentos. d) altimetria, planimetria, levantamentos topográficos, nivelamentos. e) altimetria, trigonometria, medidas horizontais, medidas verticais. 29 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S NA MÍDIA DRONES SÃO CAPAZES DE REALIZAR A TOPOGRAFIA DE OBRAS EM MINUTOS Os drones estão continuamente provando ser ferramentas comerciais poderosas, proporcionando aos usuários eficiência e segurança. E não é exceção para a indústria de topografia e mapeamento. Com a capacidade de capturar dados de uma perspectiva aérea, os drones foram integrados com sucesso aos fluxos de trabalho para realizar levantamentos de terra, fotogrametria, mapeamento 3D, levantamento topográfico e muito mais. Fonte: IT Forum 365Data: 16 nov. 2019. Leia a notícia na íntegra: https://www.itforum365.com.br/drones-sao-ca- pazes-de-realizar-a-topografia-de-obras-em-minutos/ NA PRÁTICA Os levantamentos topográficos são muito importantes para a caracteri- zação dos terrenos, além de também contribuir em outras áreas como a delimitação de limites de imóveis rurais e urbanos. Com o avanço das tecnologias, percebemos que os levantamentos es- tão cada vez mais precisos e rápidos, permitindo que os dados sejam coletados e até mesmo processados em campo. A etapa de escritório, nesse caso, tem por objetivo o alinhamento final dos dados e a elabo- ração do memorial descritivo, imprescindível para a tomada de decisão relativa às características altimétricas e planimétricas do terreno. PARA SABER MAIS Vídeo sobre o assunto: Uso de drone da linha DJI Phantom em levanta- mento planialtimétrico (2018) Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=m6k0P-qhIEo 30 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S TOPOGRAFIA E CARTOGRAFIA A topografia tem por finalidade a determinação das dimensões e contornos da superfície terrestre, desconsiderando a curvatura resul- tante de sua esfericidade, através da medição de distâncias, direções e altitudes. Essas informações são fundamentais para entender a mor- fologia do terreno, seus impactos nas diferentes aplicações e de que forma esses impactos podem ser minimizados. Nesse sentido, a cartografia assume uma grande importância, pois é ela que permite a associação das informações coletadas em es- cala menores e sua articulação com as coordenadas geográficas. Para que essas dimensões e contornos sejam levantadas, a TOPOGRAFIA E SUAS RELAÇÕES COM A CARTOGRAFIA TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S 31 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S topografia baseia-se na geometria aplicada baseada na imaginação de figuras geométricas regulares ou irregulares geoespacializadas. Ou seja, quando um levantamento topográfico é realizado, os dados e as características do terreno são coletadas em forma de figuras geométri- cas, com suas dimensões, perímetros e orientações (posições) e locali- zações geográficas. As figuras geométricas básicas são compostas de ponto, linha e polígono. O ponto é a menor unidade em uma figura geométrica, sendo representada na topografia pelos pontos topográficos. Os pontos topo- gráficos em um levantamento topográfico locação topográfica são mate- rializados pelos piquetes, estacas, pregos, parafusos ou tinta de acordo com a superfície. A linha, que também pode ser chamada de alinhamento, é uma figura geométrica formada pela união de vários pontos em uma mesma reta. Em topografia, essa linha forma os lados de uma poligonal e é cha- mada de alinhamento topográfico. O alinhamento topográfico é formado por dois pontos topográficos. Por exemplo, se imaginarmos um triângulo com vértices A, B e C, teremos três alinhamentos em uma mesma direção (AB, BC, e CA) e podemos ter mais três em outra direção (AC, CB e BA). Em um retângu- lo, temos quatro alinhamentos em cada direção e, assim, por diante. A união de dois ou mais alinhamentos formam as poligonais. Dois alinha- mentos poderão formar uma poligonal aberta. Três em diante, poderão formar poligonais abertas ou fechadas (planos). Os polígonos são usados para definir tanto as poligonais topo- gráficas quanto as do terreno ou da propriedade. As poligonais topográfi- cas são construídas para auxiliar na obtenção das poligonais do terreno. As poligonais topográficas podem ser abertas ou fechadas, podendo aparecer conjuntamente em um mesmo levantamento topo- gráfico. As fechadas sempre possibilitam os cálculos dos erros angular e linear, enquanto que as lineares também permitem calcular os erros, porém são necessários os valores das coordenadas dos pontos inicial e final deste tipo de poligonal. A topografia utiliza muitos conceitos relacionados à matemática básica aplicada, como a geometria plana, a geometria analítica e a tri- gonometria para as transformações de leituras de ângulos e distâncias realizadas em campo em coordenadas planas e cálculo de áreas. Por 32 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S isso, busque revisar estes conceitos por meio de pesquisas na internet. Os conceitos relacionados às poligonais, às linhas e aos pon- tos são muito importantes para a realização dos levantamentos plani- métricos e altimétricos, como veremos a seguir. Planimetria A planimetria é a parte da topografia que estuda o terreno a partir de suas dimensões e coordenadas planimétricas sem observar o relevo do terreno, já que ele é avaliado a partir de suas distâncias e dos ângulos horizontais, da localização geográfica e da posição (orientação). Dessa forma, para se obter um levantamento planimétrico, é necessário levantar os ângulos e as distâncias topográficas. Ângulos A topografia é uma ciência que se fundamenta na trigonometria e na geometria e, por isso, usa, de forma constante, os elementos geo- métricos, ângulos e distâncias. Com relação aos ângulos, eles podem ser classificados em (fi- gura 2): Figura 2: Os ângulos em topografia Fonte: Elaborado pela autora, 2020. 33 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S A área da topografia que estuda o uso dos ângulos é chamada de Goniologia. A abertura do ângulo é uma propriedade invariante e é medida em radianos ou graus, e o instrumento utilizado para a sua leitura é o goniômetro e, se possuir os fios estadimétricos, chama-se teodolito. Esses instrumentos cumprem a mesma função quando vamos medir um ângulo de uma figura impressa por meio do transferidor. Os ângulos horizontais topográficos são medidos no plano ho- rizontal que está perpendicular ao eixo zênite-nadir a partir de um ponto topográfico de uma determinada poligonal de acordo com o método a ser empregado. O objetivo da medição é obter o ângulo entre dois alinhamen- tos considerados e, portanto, ele é medido entre as projeções de dois ali- nhamentos do local a ser levantado/locado, projetado no plano topográfico. Dependendo da origem e das direções utilizadas para leitura, os ângulos horizontais topográficos podem ser: • diretos, que por sua vez são divididos em interno e externo; • deflexões, que se subdivide em esquerda e direita; e • de orientação que se subdivide em azimute e rumo. Os ângulos verticais são medidos no plano vertical que está paralelo ao eixo zênite-nadir a partir de uma origem escolhida pelo topógrafo para medição deste ângulo em um determinado lugar. De acordo com o início de sua contagem, eles podem ser denominados de ângulos zenitais, de inclinação e nadiral. Os ângulos verticais zenitais são aqueles em que a contagem se inicia no Zênite 0º, acima do instrumento e seguindo a direção da gravida- de, até o nadir 180º, passando pelo centro do instrumento em direção ao centro da Terra, seguindo a linha da gravidade (Coelho Neto et. al. 2014) A maioria dos teodolitos utilizam o ângulo zenital como seu ân- gulo vertical para evitar a mesma medida em direções diferentes. Por exemplo: podemos ter 46º para o aclive e 46º para o declive em ângulo vertical de inclinação, enquanto que no ângulo vertical zenital a mesma situação com as medidas serão 46º e 136º. 34 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Os ângulos verticais de inclinação são aqueles que iniciam a sua contagem no plano horizontal 0º e vão até o Zênite (90º) e em seguida até o Nadir (90º), assumindo valores positivos no primeirocaso e negativos no segundo. Já os ângulos verticais nadirais são aqueles que têm sua origem no Nadir 0º e vão até o Zênite 180º (Coelho Neto et. al. 2014). Para que os ângulos sejam utilizados de maneira correta nos le- vantamentos topográficos, é preciso saber se orientar no espaço geográfi- co e, consequentemente, essa orientação se reflete na planta topográfica. Nesse sentido, podemos dizer que a orientação de plantas é um ramo da topografia que permite determinar a posição exata de uma poligonal ou de um alinhamento topográfico sobre a superfície terrestre a partir do norte magnético ou verdadeiro (Coelho Neto et. al. 2014). A origem da palavra orientação, ou seja, orientar-se, é derivada da busca da direção do Oriente (Japão), local onde o sol nasce. Os po- vos do Oriente eram bastante desenvolvidos e eram considerados uma referência para os demais povos e, por isso, a parte Leste do Globo representa o ponto primordial, a orientação mais confiável. Para compreendermos os ângulos de orientação, é importante que tenhamos alguns conceitos consolidados. O norte verdadeiro (NV), que também é denominado como o norte geográfico (NG), é um plano que passa por um determinado ponto, na superfície terrestre, perpendi- cular ao plano do Equador. Já o norte magnético (NM) refere-se ao pla- no que passa por um ponto da superfície terrestre seguindo a direção da agulha da bússola em um dado instante. A declinação magnética é o ângulo horizontal formado entre os planos do norte magnético e do norte geográfico. Dependendo da lo- calização do ponto na Terra e da época de sua leitura, essa declinação poderá ser ocidental, quando o NM estiver à esquerda do norte geográ- fico; ou poderá ser oriental, quando o NM estiver à direita do geográfico; ou ainda, poderá ser nula ou coincidente, quando o norte magnético coincidir com o geográfico. 35 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S O norte verdadeiro é estável ao longo do tempo, ou seja, não muda. Contudo, o norte magnético é dinâmico. O norte magnético varia de época para época, aumentando seu ângulo em relação ao norte ver- dadeiro em 10’ por ano, chegando até 25º em relação ao norte verdadei- ro, depois, ele começa a voltar no sentido inverso até chegar a 25º para outra direção. Essa dinâmica é provocada pela grande quantidade de ferro fundido que se encontra no interior da Terra, onde esse ferro está sempre em movimento, gerando um campo magnético que provoca a alteração na declinação magnética. A dinâmica do norte magnético é responsável pela formação das linhas isogônicas e isopóricas. As linhas isogônicas são linhas imaginárias que unem os pon- tos da superfície terrestre que em um mesmo instante apresentam a mesma declinação magnética. Já as linhas isopóricas são linhas ima- ginárias que unem os pontos da superfície terrestre que possuem a mesma variação anual de declinação magnética. Esses conceitos são importantes para a compreensão e a manipulação dos ângulos de orien- tação, que são o azimute e o rumo. O azimute é o ângulo horizontal de orientação que tem sua ori- gem no norte verdadeiro ou magnético até o alinhamento da poligonal em questão, variando de 0º a 360º. Se o norte utilizado for o geográfico, o resultado será um azimute geográfico; caso seja o norte magnético o resultado será um azimute magnético. O rumo é o menor ângulo horizontal de orientação, e é forma- do pela orientação norte magnética, norte geográfica, sul magnética ou sul geográfica até o alinhamento da poligonal em questão. Se o norte e sul for geográfico, o resultado será um rumo geográfico; se o norte e sul for magnético, o resultado será um rumo magnético. Esse ângulo de orientação tem sua origem no norte ou sul, ou seja, onde estiver mais próximo do alinhamento em questão até o alinhamento no sentido horá- rio ou anti-horário, onde estiver mais próximo do alinhamento, variando de 0º a 90º. A conversão de azimute para rumo e vice-versa é permitida. 36 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Por variar de 0º a 90º, podem existir, por exemplo, 4 rumos com 45º partindo de várias direções e, dessa forma, eles devem informar os pontos colaterais: NE, SE, SO e NO. Assim, teremos: 45º NE, 45º SE, 45º SO e 45º NO, onde os rumos poderão variar de 0º a 90º (NE), 0º a 90º (SE), 0º a 90º (SO), 0º a 90º (NO). Além disso, é importante observar que pode haver a necessidade de atualização dos azimutes e dos rumos magnéticos de uma determinada poligonal em função das mudanças que eles podem apresentar, sendo esse processo chamado de aviventação. Distâncias As distâncias topográficas são elementos lineares fundamen- tais, pois, para se caracterizar um terreno, é necessária a formação de figuras geométricas através dos ângulos e das distâncias. As princi- pais distâncias na topografia são a distância horizontal (DH), a distância vertical (DV), a distância inclinada (DI) e a distância natural do terreno (Dnatural) (Coelho Neto et. al. 2014). A distância horizontal (DH) ou distância reduzida ou útil é uma distância entre dois pontos situados em um plano horizontal e perpendi- cular ao eixo zênite-nadir. A distância horizontal é considerada útil, pois é a partir dela que pode ser desenvolvida a maioria dos usos e interesses relaciona- dos aos levantamentos de propriedade e terrenos, por exemplo, para a construção de casas. Imagine um terreno com uma declividade acentuada para a construção de uma casa. Obviamente que a casa não será construída no plano inclinado, e, para isso, é importante a realização de um corte no terreno para a construção da casa. Dessa forma, a distância inclina- da não será utilizada, mas, sim, a distância reduzida ou horizontal. O mesmo se aplica para outros usos, como o plantio de árvores, criação de animais, entre outros. A distância vertical (DV) refere-se a distância perpendicular à 37 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S distância horizontal, ou ainda, paralela ao eixo zênite-nadir. Como dis- tâncias verticais, temos a diferença de nível, cota e altitude de pontos no terreno. A distância inclinada (DI) é a distância em linha reta que une dois pontos em que a DH e a DV sejam diferentes de zero. A distância natural do terreno (Dnatural) é a distância que percorre naturalmente a superfície do terreno. A obtenção das distâncias topográficas é de grande importância para os levantamentos topográficos e, por isso, a precisão e a exatidão são essenciais. Ao longo do tempo, com a melhoria dos equipamentos e dos métodos de medição, os erros passaram de métricos para milimétricos e de minutos para segundos, nas medidas dos ângulos. A precisão é obtida quando são realizadas diversas medidas, cujos resultados demonstram valores próximos entre si, e quanto mais próximos, mais precisão. A exatidão refere-se à proximidade dos valores obtidos de uma medida com relação ao valor real dessa medida. Nesse sentido, quanto mais próximos os valores obtidos estiverem do valor real de uma medida, maior será a acurácia (Coelho Neto et. al. 2014). As medições das distâncias podem ser divididas em medidas estimativas, medidas diretas e medidas indiretas. A medida por estimativa é feita por estimativa visual e apresenta pouca exatidão, pois depende da acuidade visual e da experiência do to- pógrafo ou mensurador. Este tipo de medida é interessante para um levan- tamento inicial para se ter noção, por exemplo, do tamanho de uma área. As medições diretas são aquelas em que não é necessária a utilização de funções matemáticas para obtenção de determinada medida, podendo esta ser feita com instrumentos e métodos como o passo médio, a trena, o hodômetro, entre outros. As medições indiretas consistem nas medidas querequerem o uso de funções matemáticas para a obtenção das distâncias. Elas podem ser divididas em medições eletrônica e taqueométrica ou estadimétrica. As medições indiretas eletrônicas são realizadas por instru- mentos usam o laser para fazer as medições. A distância é calculada através do tempo em que o laser leva para sair do equipamento e atingir o prisma ou objeto. Os instrumentos mais comuns para obtenção das distâncias de maneira indireta são a trena eletrônica e a Estação Total. Já as medições por taqueometria ou estadimetria consistem na determinação da distância horizontal entre um ponto e outro através de um instrumento, que pode ser o teodolito e/ou nível de luneta, associa- do ao acessório mira falante, através da relação entre as leituras dos fios estadimétricos e os valores de constantes do instrumento. 38 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Levantamento planimétrico Nesse sentido, o levantamento topográfico planimétrico pode ser definido como o conjunto de vários procedimentos que buscam a representação gráfica de um terreno através da obtenção de elementos necessários, como ângulos, distâncias, localização geográfica e posi- ção ou orientação, sem considerar o relevo. O levantamento topográfico planimétrico pode ser dividido em poligonação ou caminhamento; irradiação; ordenadas; interseção; e coordenadas (Coelho Neto et. al 2014). Antes de iniciar o levantamento, o técnico deve realizar o reco- nhecimento do terreno e escolher a localização dos vértices da poligonal. Após essa etapa, preparar um esboço do local e, assim, decidir qual ou quais levantamentos topográficos planimétricos poderão ser empregados, de modo a alcançar os objetivos que foram determinados previamente. A poligonação ou caminhamento baseia-se na utilização da ca- minhada entre um vértice e outro, medindo-se os ângulos e as distân- cias. No primeiro vértice, deve ser feita a leitura do azimute, pois o valor obtido será utilizado no cálculo dos demais vértices. Por questão de convenção, devido ao fato dos teodolitos antigos medirem somente no sentido horário, convencionou-se ler os ângulos dos vértices no sentido horário, visando o vértice anterior, zerando o ângulo horizontal e visan- do-se o vértice posterior fazendo-se a leitura do ângulo no vértice em que se encontra o teodolito. A irradiação é um método de levantamento topográfico planimétri- co que é recomendado para áreas menores e relativamente planas. O le- vantamento é iniciado a partir de um vértice medindo-se a posição exata de diversos objetos no levantamento através de ângulos e distâncias (coorde- nadas polares) a partir de um ponto referencial. Para que o levantamento seja preciso e representativo do terreno, pode-se combinar o caminhamen- to ou poligonação e o método de irradiação, para se obter, respectivamen- te, uma poligonal básica e o detalhamento dos objetos de interesse. 39 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Você pode acompanhar na prática como são feitos os levanta- mentos topográficos planimétricos de caminhamento e de irradiação e a sua combinação através deste vídeo https://www.youtube.com/watch?- v=YPlFn6S-JyE . As ordenadas consistem em um método de levantamento onde são levantados os alinhamentos curvos, atuando também como auxiliar ao método do caminhamento ou poligonação. O método baseia-se em traçar um alinhamento auxiliar e, a partir dele, levantar tantas ordena- das quantas forem necessárias para a representação do alinhamento de interesse (Coelho Neto et al. 2014). A interseção ou também denominada de método de coordena- das bipolares consiste na determinação de uma linha base com compri- mento conhecido a partir de 2 pontos, distantes no mínimo 50 metros um do outro, com a instalação do instrumento em cada um deles para a obtenção dos valores de dois dos ângulos, sendo o último calculado pela Lei dos senos. Esse método, portanto, deve ser utilizado em áreas reduzidas, com a presença de vértices em áreas inacessíveis, íngre- mes, alagadas, entre outros. Para saber como os cálculos referentes ao levantamento plani- métrico por interseção são realizados, veja neste vídeo e amplie o seu conhecimento https://www.youtube.com/watch?v=b-ZxshiNQ7U . O levantamento planimétrico feito por coordenadas consiste na criação de um plano cartesiano e a atribuição de pelo menos dois pontos de apoio de coordenadas conhecidas. Em um dos pontos é ins- talado o instrumento e determina-se a distância horizontal pela lei dos senos, e, no outro ponto, coloca-se o bastão para que seja feita uma amarração que servirá de referência para o instrumento. Esse tipo de levantamento é muito usado quando se utiliza a Estação Total (Coelho Neto et. al. 2014). 40 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S O processo inverso do levantamento topográfico planimétrico é a locação planimétrica, cujo procedimento é mais demorado e caro, já que primeiro é necessário ter os dados referentes ao levantamento to- pográfico. Além disso, também deve ter a representação gráfica do ter- reno em escala adequada para que as informações coletadas possam ser modificadas para que suas alterações sejam projetadas nas plantas e, assim, fazer a locação topográfica. Após o levantamento topográfico, é necessária a realização de dois procedimentos. O primeiro está relacionado à verificação dos erros que podem ocorrer durante o levantamento. Apesar dos erros, é possí- vel corrigi-los se eles estiverem dentro de um nível de tolerância, isto é, os dados medidos em campo podem ser ajustados, corrigindo primeiro os erros angulares e em seguida os lineares (Coelho Neto et. al 2014). Outro procedimento refere-se ao cálculo da área da poligonal. Em áreas onde as poligonais apresentam formatos irregulares, como é o caso da maioria dos terrenos, devem ser usados os processos analí- ticos, gráficos, computacionais e mecânicos. Quando a poligonal apre- senta um formato mais regular ou de uma figura geométrica conhecida, utiliza-se o processo direto para a medição de área. Altimetria A altimetria é a área da topografia que estuda uma porção qual- quer de terreno sobre uma superfície plana, mas que considera o relevo em sua análise. Ou seja, refere-se às distâncias verticais, às diferenças de nível, às cotas e altitudes e às distâncias verticais que formam o relevo de um determinado local. Nesse sentido, o levantamento topo- gráfico altimétrico trata da obtenção de plantas, cartas ou mapas tridi- mensionais, pois o relevo é considerado, diferentemente do que ocorre no levantamento planimétrico, que é bidimensional. Antes da realização do levantamento topográfico, é importante compreender sobre as distâncias verticais, que são utilizadas para a obtenção dos valores altimétricos e para a representação do relevo, que são a cota, a altitude e a diferença de nível. A cota ou a cota relativa consiste na distância vertical com- preendida entre um ponto qualquer da superfície terrestre e um plano 41 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S de referência qualquer, que consiste em um plano arbitrado com cota inicial atribuída pelo topógrafo. A altitude ou a cota absoluta refere-se a distância vertical com- preendida entre um ponto qualquer da superfície terrestre e o nível mé- dio dos mares em repouso que se prolonga sob os continentes (Coelho Neto et. al. 2014). Ainda, a altitude é chamada de cota absoluta devido à localização de dois pontos em lugares distintos, mas apresentam os mesmos valores de altitude e de altura já que a superfície de compara- ção é a mesma, que é o nível do mar. O nível das marés é registrado de forma contínuapelo maré- grafo ou mareógrafo, que registra os níveis máximo, médio e mínimo em um determinado ponto da costa, cujo produto final que pode ser diário, mensal ou anual é apresentado na forma de gráfico, chamado de maregrama. Através dos resultados do maregrama, define-se o marco altimétrico, ou seja, onde a altitude é igual a zero de uma determinada região da superfície terrestre. No Brasil, o datum vertical ou origem das altitudes está localizado na cidade portuária de Imbituba – SC. Em topografia, a representação do relevo ocorre por meio dos pontos cotados, das curvas de nível, da representação em perfil, da se- ção transversal, da modelagem numérica do terreno, da vetorização, da graduação colorimétrica, entre outras (Coelho Neto et. al. 2014). Pontos cotados Os pontos cotados consistem nos pontos que são espacialmente distribuídos em um plano, representados de forma gráfica e que exprimem as altitudes e as cotas que foram levantadas de determinado terreno. Curvas de nível As curvas de nível são linhas imaginárias que representam a mesma cota ou altitude sendo equidistantes entre si e simbolizando o relevo um determinado local. É denominada de curva, pois, normalmen- te, os terrenos naturais tendem a ter uma certa curvatura devido ao 42 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S desgaste natural promovido pelos processos erosivos e pela ação da dinâmica supeficial não apresentando arestas e cuja projeção ortomé- trica resulta em uma curva. Para visualizar como as curvas de nível são representadas, de forma a retratarem o relevo de um determinado terreno, bem como as operações relacionadas a elas para que você possa executar o levanta- mento planimétrico, assista a este vídeo https://www.youtube.com/wat- ch?v=wN_hju1IMZ0 e amplie o seu conhecimento. Perfis topográficos Os perfis topográficos consistem em uma representação gráfica do relevo de um lugar para que possa ser visualizado de maneira lateral em escala horizontal e em escala vertical, sendo resultantes da interse- ção de linhas dos planos verticais com a superfície do terreno. Em topo- grafia, os perfis podem ser logitudinais e transversais (seção transversal). O perfil longitudinal é caracterizado por um corte efetuado de modo longitudinal no eixo principal do projeto no mesmo sentido e com a mesma referência (distância) de estaqueamento (Coelho Neto et. al 2014). Seção transversal A seção transversal também constitui uma forma de representa- ção do relevo através da visualização frontal e/ou perpendicular ao perfil longitudinal de um determinado local. Ou seja, a seção transversal cor- responde a um corte efetuado paralelamente ao eixo principal do projeto. Para visualizar como são feitos os perfis longitudinais e as se- ções transversais para um levantamento topográfico altimétrico, assista a este vídeo https://www.youtube.com/watch?v=sYs6cXiHnWE e am- plie o seu conhecimento. 43 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S Outros métodos A modelagem numérica do terreno consiste em um modelo ma- temático do terreno, onde a partir de uma determinada origem e para cada ponto do terreno uma coordenada x, y e z que resulta em uma visualização tridimensional do terreno. A vetorização consiste no uso de setas (vetores) que apontam para os locais mais baixos do terreno onde o escoamento de água é dire- cionado e, dessa maneira, separa-se os setores mais elevados do terreno. A graduação colorimétrica altimétrica refere-se à representa- ção do relevo a partir de programas topográficos onde são indicadas as áreas mais altas, intermediárias e baixas através das cores. Nivelamento topográfico O nivelamento topográfico refere-se a um conjunto de opera- ções que devem ser realizadas para a obtenção das diferenças de nível no terreno com o intuito de determinar ou calcular as altitudes e as cotas do terreno. Para a obtenção do nivelamento, podem ser utilizados diversos instrumentos e metodologias, possibilitando a representação do relevo de uma determinada área. Com relação aos instrumentos, entre os prin- cipais podemos citar o nível de luneta; o teodolito; o nível de mangueira; o jogo de réguas; a estação total; o GNSS e o barômetro. É impor- tante observar que cada instrumento apresenta um grau de exatidão que pode interferir no resultado final do levantamento. Nesse sentido, é relevante escolher o instrumento de acordo com a exatidão exigida por cada projeto, tamanho da área a ser levantada, entre outros. Com relação aos métodos para a realização de nivelamentos topográficos, eles podem ser barométrico; por satélites; trigonométrico e geométrico (Coelho Neto et. al. 2014). As medições de altitude através do barômetro consistem no princípio baseado no peso do ar aplicando uma determinada pressão no instrumento, que é calculada multiplicando-se a altura da coluna de mercúrio pela densidade do mercúrio e pela aceleração da gravidade. Nesse sentido, quanto mais alto é o terreno menor será a pressão e maior será a altitude; e quanto mais baixo for o terreno, maior será a pressão e, consequentemente, menor a altitude. 44 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S De acordo com a experiência de Torricelli e considerando que no nível do mar a atmosfera exerce pressão de 1 atm e que correspon- de a 760 mmHg (milímetros de mercúrio), ficou comprovado que para cada 1 mm deslocado no tubo de um barômetro ocorre uma variação de cerca de 10 m de altura no terreno com relação ao nível do mar. Portan- to, quando há subida no terreno, a coluna de mercúrio desce, e, quando se desce no terreno, a coluna de mercúrio sobe. As medições de altitude por satélites, especialmente as me- dições realizadas pelos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (em inglês GNSS - Global Navigation Satellite System), são baseadas na utilização de tecnologias que permitem a localização espacial do re- ceptor em qualquer parte da superfície terrestre. Nesse sentido, através do GNSS, é possível obter os valores de altitude para um determinado local onde o receptor esteja localizado. O nivelamento trigonométrico consiste na obtenção das dis- tâncias verticais por meio da trigonometria, através de medição com equipamentos como teodolitos e estações totais. O nivelamento também consiste na obtenção das distâncias ver- ticais, entretanto utiliza-se o instrumento chamado nível de luneta, que é muito preciso, cujo funcionamento baseia-se em visadas horizontais sucessivas nas miras verticalizadas, obtendo-se as distâncias verticais. 45 TO P O G R A F IA A P LI C A D A A O G E O R R E F E R E N C IA M E N TO - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor - Topografia e Desenho Nível: Superior Em relação às características das curvas de nível, marque a opção INCORRETA: a) Uma curva de nível é uma linha que conecta pontos de mesma ele- vação. b) A distância vertical entre as superfícies de nível consecutivas que for- mam as curvas de nível em um mapa é denominada intervalo da curva de nível. c) Uma curva de nível não pode se ramificar em duas curvas de nível de mesma elevação. d) Recortes e preenchimentos para barragens terrestres, diques, rodovias, ferrovias, canais, etc. produzem curvas de nível retas ou geometricamente curvas com espaçamento uniforme ou uniformemente graduado. e) A distância entre curvas de nível indica o grau de uma inclinação. Uma separação grande entre curvas indica inclinações maiores, e se as curvas estiverem próximas é um indicativo de inclinações leves. QUESTÃO 2 Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: IDAF-ES Prova: Engenheiro Agrônomo Nível: Superior Mediu-se com uma bússola de rumo a direção AB achando-se
Compartilhar