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HERMENEUTICA - RESPOSTAS ACC2 - HELLEN MORAIS

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NOTA: ____________ 
Exercício Individual de Hermenêutica Jurídica– 2020.1 
Discente: HELLEN DE MENEZES MORAIS Data: 06/04/2020 
Docente: PAULO SÉRGIO BOMFIM Turma: 3AM Semestre: 3º. 
Curso: DIREITO 
 
Questões 
1.Tomando como base os métodos interpretativos, marque a única alternativa incorreta; 
a) Método Literal: por meio deste método, o intérprete busca o sentido literal da norma jurídica. 
Em um primeiro momento, o intérprete deverá dominar o idioma em que a norma jurídica foi 
produzida e assim estabelecer uma definição; neste primeiro momento o intérprete buscaria fixar 
qual o sentido dos vocábulos do texto normativo. 
b) O método lógico, por sua vez, busca desvendar o sentido e o alcance das normas jurídicas, 
estudando-a através de raciocínios lógicos. 
c) Método teleológico: este método tem como objetivo a interpretação da norma jurídica a partir 
do fim social que ela almeja. Desta forma, a norma jurídica seria um meio – ou o meio – 
adequado para se atingir um fim desejado. A interpretação teleológica é oriunda do jurista Ihering 
que defende que o Direito não evolui espontaneamente – contrapondo-se ao pensamento de 
Savigny – mas, sim, pela luta. 
d) Método sociológico: Este método permite que o intérprete possa empreender a 
pesquisa genética da norma, pois, usando esse método, o intérprete irá buscar os 
antecedentes da norma. Dessa forma, o intérprete irá considerar os motivos que levaram 
à elaboração da norma jurídica, quais os interesses dominantes que esta norma jurídica 
buscava resguardar. Esse método vê o Direito como sendo um produto histórico, oriundo 
da vida social e, desta forma, capaz de adaptar-se as novas condições e realidades 
sociais. 
e) O método histórico foi desenvolvido por Savigny que trouxe para o Universo Jurídico o método 
histórico utilizado nas ciências sociais. Este jurista tinha como objetivo elevar o Direito à 
categoria de ciência do espírito, daí o nome de sua Escola: Escola Histórica do Direito. 
 
2. Analise como Corretas ou incorretas as seguintes proposições abaixo: 
I) Regras Legais de Interpretação encontram-se previstas no art. 4º e 5º da Lei de Introdução às 
Normas do Direito: Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz 
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Temos ainda que 
verificar o resultado da interpretação levando em consideração a nossa Carta Magna, em seu 
artigo 3º que estabelecem que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; 
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover 
 
 
 
NOTA: ____________ 
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
II) Conforme a doutrina majoritária cabe aos doutrinadores e à jurisprudência fixar os critérios 
de interpretação. Apesar dessa ser a corrente majoritária, encontramos um grupo de 
doutrinadores que se posicionam que as regras de interpretação devem estar previstas nos 
códigos e em normas específicas, de tal sorte que as regras de interpretação irão ter a mesma 
força normativa que as demais normas jurídicas. 
III) São três as espécies de regras de interpretação jurídica: as legais, as científicas e as da 
jurisprudência. 
IV) Conforme Carlos Maximiliano, interpretar é explicar, esclarecer; dar o significado o vocábulo, 
atitude ou gesto; reproduzir por outras palavras um pensamento exteriorizado; mostrar o sentido 
verdadeiro de uma expressão; extrair, de frase, sentença ou norma, tudo o que a mesma 
contém. 
V) A hermenêutica e a interpretação jurídica são os dois pilares estruturais da ciência jurídica. 
São essas duas estruturas fundamentais que vão fazer a diferença entre os juristas e os meros 
curiosos acerca do universo jurídico. A hermenêutica jurídica pode ser conceituada como “ uma 
ciência com um objeto específico – a sistematização e o estabelecimento das normas, regras e; 
ou processos que buscam tornar possível a interpretação e fixar o sentido e o alcance das 
normas jurídicas” fazer. Diferentemente do que nos diz Limongi França sobre o conceito de 
interpretação: “é a aplicação das regras que foram definidas anteriormente pela hermenêutica, 
para que assim possamos desenvolver e entender os textos legais”. Dessa forma, a 
HERMENÊUTICA JURÍDICA difere da interpretação jurídica no momento em que no primeiro 
caso estamos lidando com uma ciência auxiliar do direito que busca nos dizer QUAIS SÃO as 
formas de se buscar o entendimento das normas jurídicas, enquanto que a INTERPRETAÇÃO 
JURÍDICA passa a ser a aplicação dessas formas no texto legal concreto para se buscar o 
sentido das normas jurídicas. 
Marque a alternativa que as analisa corretamente em ordem sequenciada: 
 
a) Todas as proposições são corretas; 
b) Todas as proposições são erradas; 
c) Apenas uma proposição é errada; 
d) Duas proposições apenas são corretas; 
e) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
3.Considerando que teorias relativas aos princípios jurídicos sugerem que regras e 
princípios seriam espécies de normas jurídicas, assinale a opção congruente com essa 
idéia. 
A) As regras estabelecem o dever-ser mediante a imposição de deveres, proibições e 
permissões; diferentemente, os princípios atuam tão-somente com função hermenêutica, para 
possibilitar a escolha das regras que melhor se conformem ao caso concreto. 
B) O conteúdo das regras caracteriza-se por expressar determinações obrigatórias mais 
completas e precisas; diferentemente, o conteúdo dos princípios se apresenta com 
maior abstração e generalidade, afetando significativamente o modo de sua 
implementação. 
 
 
 
NOTA: ____________ 
C) As regras restringem-se a regulamentar condutas em casos concretos; diferentemente, os 
princípios precipuamente estruturam o sistema jurídico, o que lhes confere caráter hierárquico 
superior às regras. 
D) As regras são fundamentadas pelos princípios, sendo destes deduzidas; diferentemente, os 
princípios só podem ser revelados pelas regras, extraindo-se indutivamente de suas 
aplicações 
 
4.Acerca das espécies e métodos clássicos de interpretação adotados pela 
hermenêutica jurídica, assinale a opção correta. 
A) A interpretação autêntica pressupõe que o sentido da norma é o fixado pelos operadores do 
direito, por meio da doutrina e jurisprudência. 
B) A interpretação lógica se caracteriza por pressupor que a ordem das palavras e o 
modo como elas estão conectadas são essenciais para se alcançar a significação da 
norma. 
C) A interpretação sistemática se caracteriza por pressupor que qualquer preceito normativo 
deverá ser interpretado em harmonia com as diretrizes gerais do sistema, preservando-se a 
coerência do ordenamento. 
D) A interpretação histórica se caracteriza pelo fato de que o significado da norma deve 
atender às características sociais do período histórico em que é aplicada. 
E) A interpretação axiológica pressupõe uma unidade objetiva de fins determinados por 
valores que coordenam o ordenamento, assim legitimando a aplicação da norma. 
 
 5.A Hermenéutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos 
aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito. 
As leis positivas são formuladas em termos gerais; fixam regras, consolidam princípios, 
estabelecem normas, em linguagem clara e precisa, porém ampla, sem descer a minúcias. 
É tarefa primordial do executor a pesquisa da relação entre o texto abstrato e o caso 
concreto, entre a norma jurídica e o fato social, isto é, aplicar o Direito. Para o conseguir, 
se faz mister um trabalho preliminar: descobrir e fixar o sentido verdadeiro da regra 
positiva; e, logo depois, o respectivo alcance,a sua extensão. Em resumo, o executor 
extrai da norma tudo o que na mesma se contém: é o que se chama interpretar, isto é, 
determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito” (Carlos Maximiliano, 
Hermenéutica e aplicação do direito, 9.ed., São Paulo: Forense, 1980, p.1). 
 
Considerando o texto apresentado, é correto afirmar que: 
a) as leis disciplinam apenas os casos concretos, por isso só admitem uma interpretação. 
b) hermenêutica e interpretação são palavras sinônimas e significam a busca do exato sentido 
da lei. 
c) a hermenêutica oferece as regras de interpretação e interpretar um texto de lei consiste 
em buscar-lhe o significado e o alcance. 
d) a hermenêutica não se insere na Ciência do Direito, sendo mera manifestação da arte de 
advogar. 
 
 
 
NOTA: ____________ 
e) o interprete não deve pesquisar a relação entre o texto legal e o caso concreto, sob pena de 
violar o princípio da legalidade inserido na Constituição Federal. 
 
6.Podem-se encontrar diversos argumentos para justificar a aplicação da analogia no 
direito, entre os quais a busca pela vontade do legislador ou a imperiosa aplicação da 
igualdade jurídica, demandando-se soluções semelhantes para casos semelhantes. 
Com referência a essa aplicação, é correto afirmar que 
A) a analogia tem como principal função descobrir o sentido e o alcance das normas jurídicas. 
B) a analogia legis se caracteriza por recorrer à síntese de um complexo de princípios 
jurídicos. 
C) a analogia juris ocorre quando se formula regra nova, semelhante a outra já existente. 
D) a analogia pressupõe que casos análogos sejam estabelecidos em face de normas 
análogas, mas não díspares. 
E) a analogia afasta a criação de regra nova, mas exige interpretação extensiva de regras já 
existentes. 
7.Um postulado fundamental à teoria do ordenamento jurídico propõe que o direito seja 
considerado como um conjunto que forma entidade distinta dos elementos que o 
compõem, em razão de sua unidade, coerência e completude. Com base nessa ordem 
de idéias, assinale a opção correta. 
A) A idéia de que o direito se organiza em um ordenamento jurídico remonta à época justiniana 
do direito romano, que, no corpus juris civilis, propôs um sistema completo de direito formado 
pelas Constituitiones, Digesto, Institutas e Codex. 
B) É essencial, para que o direito seja coerente e completo, que suas normas decorram de 
uma única fonte ou origem primária, capaz de solucionar definitivamente questões sobre a 
identificação de todas as normas jurídicas. 
C) A unidade é uma característica exclusiva do positivismo jurídico, já que este propõe uma 
igualdade mínima quanto ao conteúdo substancial das normas, por compartilharem valores 
que assim as unificam como sistema. 
D) A idéia de coerência do sistema jurídico é concebida pela negação de que nele 
possam permanecer antinomias entre normas de igual ou diferente hierarquia, 
afirmando que duas normas antinômicas não poderão ser simultaneamente válidas. 
E) O ordenamento jurídico é completo porque, ainda que se verifiquem lacunas normativas, ele 
oferece um conjunto de fontes primárias e secundárias de direito capazes de produzir as 
normas necessárias para preenchê-las. 
8.Observe a norma e a decisão (aqui transcrita sucintamente) abaixo e indique o sentido 
e o alcance da(s) norma(s), utilizada pelo Juízo e qual(is) a(s) espécie(s) de interpretação 
(especialmente quanto ao processo ou método) foi(foram) aplicada(s) pelo Egrégio 
Colegiado. Justifique a sua resposta. 
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – 
CASAMENTO MARCADO – ROMPIMENTO DE NOIVADO – PRAZO RAZOÁVEL 
PARA DESFAZIMENTO DOS COMPROMISSOS – Ausência de situação vexatória. 
Enlace matrimonial. Imprescindível manifestação da livre vontade. Danos morais 
 
 
 
NOTA: ____________ 
não indenizáveis. Ressarcimento das despesas. Cabimento. Aquiescência e 
concordância tácita do requerido com os contratos firmados pela requerente. 
Apuração de valores. Liquidação de sentença. O noivado, embora simbolicamente 
implique um compromisso assumido pelos noivos de futuro enlace matrimonial, 
não pode significar a impossibilidade de rompimento desse compromisso por uma 
das partes, passível de ser considerado ato ilícito passível de indenização por 
danos morais, eis que nem mesmo o matrimônio, consagrado no civil e no religioso, 
onde as partes assumem, literalmente, obrigações uma com a outra, quando 
simplesmente desfeito, gera tais danos. Todo compromisso amoroso, seja em que 
circunstância for, tem riscos de desfazimento, e as partes, ao assumirem tal 
compromisso, também assumem os riscos, de modo que o fim do romance, do 
namoro, do noivado ou do casamento não pode ser imputado como ato ilícito da 
parte, a menos que o caso concreto demonstre situações singulares onde o 
causador do fim do relacionamento tenha, efetivamente, impingido à outra uma 
situação vexatória, humilhante e desabonadora de sua honra, o que, aqui, não 
ocorreu. Assim, em princípio, o só rompimento da relação não gera obrigação de 
indenizar por danos morais, debalde os danos materiais, obviamente, sejam 
devidos, mormente quando houve concordância do requerido em relação aos 
compromissos financeiros assumidos pela requerida para a realização do 
matrimônio. Com isso, a sentença deve ser parcialmente mantida em seu mérito, 
com a ressalva de que os valores devidos devam ser apurados em liquidação de 
sentença.” (TJMG – AC 1.0145.12.026854-8/001 – 17ª C.Cív. – Des. Luciano Pinto – 
J. 21.02.2013 – J. 04.03.2013)RJU+425+2013+MAR+194v101 
 
O noivado é um momento de muita expectativa, ansiedade e comemoração, onde os 
casais buscam se conhecerem melhor para então se unirem em matrimonio. Contudo, nem 
todo noivado resulta em casamento. Mesmo na véspera do casamento, é possível desistir 
da união. E mesmo sendo tão perto do tão esperado sim, nem todo rompimento de noivado 
será indenizável, visto que para que ocorra a indenização é necessário analisar o caso 
concreto. E no caso não houve situação vexatória, houve ressarcimento das despesas. 
O juiz usou a interpretação logica-sistemática, que procura extrair o conteúdo da 
norma jurídica por meio da análise sistemática do ordenamento jurídico. Uma vez que este 
não é lógico. Quem irá colocar lógica no sistema é o interprete ou o cientista do Direito. 
Parte-se sempre da interpretação gramatical, analisando-se os vários dispositivos legais até 
se chegar a uma conclusão interpretativa.

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