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Genêros Textuais - Resenha Critica

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Genêros Textuais: Definição e Funcionalidade
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, Maria A. (Org.) Gêneros Textuais e Ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
Marcuschi em sua obra trata de diversos gêneros textuais, com suas definições e funcionalidades, ressalta que o desenvolvimento do gênero está historicamente ligado à vida social e cultural. Segundo ele, a utilização dos gêneros serve para facilitar as comunicações entre a sociedade. Contento sete subtítulos e dezenove paginas, a obra aborda desde os conceitos históricos como o surgimento dos gêneros, passando por seu desenvolvimento e amadurecimento, até a atualidade com o advento de novos e modernos gêneros que se adequam com o modo tecnológico (Cultura Eletrônica). 
Com o advento do avanço tecnológico as fontes ligadas à comunicação expandiram-se e com isso, surgiram novos gêneros textuais. Não que as tecnologias sejam diretamente o gênero textual, mas sim o seu uso intensivo e suas influencias na comunicação diária social. A partir disso, os suportes como: o rádio, o jornal, a televisão, a internet, a revista, por serem de grande centralidade nas atividades comunicativas acabam por ajudar no surgimento de novos gêneros, e então surgem os: editoriais, artigos de fundo, noticias, telefonema, telegramas, teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, e-mails, chats, aulas chats e por ai vai. A principal característica desses novos gêneros é o poder de criar formas comunicativas próprias com certa mistura de palavras que contrapõe a visão antiga em relação à língua e a escrita.
Quando falamos de tipo e gênero textual temos que entender que, é impossível a comunicação verbal que não seja por um gênero, assim como também é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto. Para uma melhor compreensão, Marcuschi coloca-nos diante de definições que são similares a alguns outros teóricos como: Jean-Michel Adam (1990), Douglas Biber (1988) e afins. As seguintes definições são: 1) Usamos a expressão “tipo textual” para definir uma espécie de sequencia teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição. Com isso, os tipos textuais formam cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. 2) Usamos a expressão “gênero textual” para definir uma noção propositalmente vaga para referir os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio comunicativas. Diferente dos tipos textuais, que são limitados a um reduzido numero, os gêneros são diversos como: telefonema, carta pessoal, romance, bilhete, aula expositiva, outdoor, resenha, piada, conversação espontânea e assim por diante. É muito comum o ato de confundir essas duas definições, por isso é necessário ter esse entendimento das diferenças. 
Sobre observações dos gêneros textuais é valido ressaltar que, eles não se caracterizam como formas estruturais estáticas e definidas sem novas possibilidades. Quando dominamos um gênero textual não quer dizer que dominamos a forma linguística, mas sim a forma de fazer acontecer linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares. Com isso, podemos entender mais um pouco sobre como podem ser formados os gêneros textuais. Quando se mesclam funções e formas de gêneros opostos num determinado gênero, chamamos de “intertextualidade intergêneros” que, basicamente, são gêneros dentro de gêneros de modo que um assuma o lugar do outro, como por exemplo: uma carta, que ao mesmo tempo tem traços de poema, mas é um artigo de opinião e temos também a “heterogeneidade tipológica” que é quando dentro de um tipo de gênero existem características de outros tipos. 
No meio do ensino, a questão de gêneros textuais deve ser tratada com cautela, tendo em vista que, deve-se ter um bom conhecimento de funcionalidade dos gêneros para que facilite tanto a compreensão quanto a produção. Uma das principais relações que é necessário ter ciência é a de oralidade, no momento em que vá ser realizada uma produção, para que saibamos diferenciar os gêneros que vão dos mais formais até os informais e em diversos contextos da vida diária social. Contudo, é valido fazer a distinção dos gêneros orais e escritos, pois essa diferença é muito abrangente e deve ser feita de forma clara. 
 A obra de Marcuschi “Gêneros textuais e funcionalidade” nada mais é do que um assunto importantíssimo para ser tratado e um estudo mais a fundo sobre os gêneros, ao estudantes da língua torna-se um guia pratico para se ter “feedbacks” em questão aos textos que são expostos ao mesmo, saber a característica de cada um e a diferença entre gênero e tipo textual é essencial, já que é um déficit atualmente. É necessário ter esse entendimento total, para que ao passar em frente o conhecimento, haja uma evolução na forma como os indivíduos aprendem os diversos gêneros e os utilizam para expressar ideias orais e escritas sobre suas vivencias e ao que é exposto ao mesmo.
Alía Sabrina Souza Batista, curso de Letras – Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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