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Prova 2018

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01. A ação civil pública tem por finalidade a tutela de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. Conceitue e apresente exemplos de cada um deles.
Direitos difusos são os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. Os titulares do bem tutelado não são identificáveis, eis que o pertence a toda a comunidade. Como exemplo, temos o meio ambiente e o patrimônio cultural.
Direitos coletivos são os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base. Os interesses coletivos também são transindividuais e de natureza indivisível. A diferença entre os direitos difusos e os coletivos reside na determinabilidade dos titulares. Os direitos coletivos permitem a identificação dos titulares por meio da relação jurídica base que os une ou por intermédio do vínculo existente com a parte contrária. Temos como exemplo a tutela de direitos de professores da rede pública estadual.
Já os direitos individuais homogêneos não são direitos propriamente coletivos, pois os seus titulares são plenamente identificáveis. Cada lesado poderia buscar a reparação do prejuízo sofrido individualmente, porque há interesse e legitimidade individuais para acessar a justiça. Ocorre, todavia, que, como inúmeras pessoas se encontram na mesma situação, a fim de evitar milhares de ações uniformes, com o risco de decisões contraditórias e tumulto processual, se admite a tutela coletiva desses direitos. Um exemplo é a contaminação de um riacho que banha determinada comunidade, a qual teve sua saúde concretamente prejudicada.
02. Qual o prazo do mandado de segurança, a natureza do prazo e quando inicia sua contagem?
Trata-se de prazo de natureza decadencial, de 120 dias, contados a partir da data da ciência do ato ilegal.
03. Explique o que é right to opt out no microssistema do processo coletivo brasileiro.
No Brasil, como regra geral, para que o indivíduo se exclua da jurisdição coletiva, é preciso que, proposta sua ação individual e devidamente cientificado da existência de um processo coletivo, decida pelo prosseguimento do processo individual (art. 104, CDC; art. 22, § 1º, Lei n. 12.016/2009). Esse é o modo de abdicar expressamente da jurisdição coletiva no direito brasileiro, ato que não implica, repita-se, renúncia ao direito discutido.
O art. 104 do CDC dispõe que os efeitos a coisa julgada coletiva não beneficiarão o indivíduo,
que tiver proposto a sua ação individual, se não for requerida sua suspensão no prazo de
trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. Isso significa que
se estiver pendente uma ação individual e uma ação coletiva correspondente, para que o
indivíduo se beneficie da coisa julgada coletiva, é preciso que ele peça a suspensão do seu
processo individual, no prazo de trinta dias contados do conhecimento efetivo da existência
do processo coletivo.	
O § 1º do art. 22 da Lei n. 12.016/2009 foge à regra geral do microssistema: o indivíduo
deverá desistir do mandado de segurança individual, em vez de pedir a suspensão do
processo. 
04. Havendo duas demandas com o mesmo objeto, sendo uma ação popular e a outra ação civil pública, configura litispendência? Justifique. Neste caso, o que deve ser feito pelos juízos para a melhor solução do conflito coletivo?
A mesma regra da litispendência aplicada às ações individuais se aplica ao procedimento de tutela coletiva, com a modificação de identidade de partes, sendo a identidade apta a gerar litispendência a identidade do polo passivo. Isso se dá em razão da legitimação extraordinária para proposição de ações coletivas.
Quando ocorrer litispendência com partes diversas, a solução não poderá ser a extinção de um dos processos, mas, sim, a reunião deles para processamento simultâneo. É que de nada adiantaria extinguir um dos processos, pois a parte autora, como colegitimada, poderia intervir no processo supérstite, na qualidade de assistente litisconsorcial. Por uma medida de economia, se isso for possível (se houver compatibilidade do procedimento e respeito às regras de competência absoluta), os feitos devem ser reunidos.
05. Aponte três benefícios da proteção coletiva no processo civil.
Os benefícios da proteção coletiva no processo civil são o tratamento isonômico para os titulares dos direitos tutelados pelas ações coletivas; contribui com a administração da justiça, uma vez que a prestação jurisdicional será menos morosa, evitando-se, ainda, a proliferação de demandas individuais similares; bem como promove o acesso à justiça, eis que prescinde de custas e a contratação de advogado e consequente pagamento de honorários.
06. Em que consiste o direito líquido e certo?
O direito líquido e certo é aquele que se mostra de plano, pois pode ser provado por prova pré-constituída, sem necessidade de dilação probatória. 
07. Quais os legitimados para propor o mandado de segurança coletivo? Trata-se de legitimação ordinária ou extraordinária? Justifique.
Os legitimados para a proposição do mandado de segurança coletivo são (i) o partido político com representação no Congresso Nacional, quando da defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária (ii) organização sindical, entidade de classe ou associação constituída por pelo menos 01 ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Trata-se de legitimação extraordinária, pois os legitimados atuam em nome próprio, mas no interesse de direitos alheios, pois, se a tutela se referisse tão somente aos interessados. A legitimidade do partido político não pode ser restrita ao interesse de seus membros ou filiados porque, inicialmente, a Constituição Federal não fez nenhuma ressalva no sentido de limitar a legitimidade aos interesses dos filiados. Tratando-se de instrumento constitucional-processual, de eficácia potenciada, não pode o intérprete ou mesmo o legislador infraconstitucional restringir o seu alcance.
Não obstante a vinculação constitucional dos sindicatos e associações à defesa dos interesses de seus membros ou associados, delineia-se viável a defesa supraindividual por esses entes, pois o mandado de segurança coletivo distingue-se por ser uma ação coletiva, ao lado da ação popular, da ação civil pública prevista na Lei no 7.347/85, e da ação coletiva do Código de Defesa do Consumidor. Não apenas os direitos e interesses coletivos em sentido estrito poderão ser tutelados pelo mandado de segurança coletivo, mas também os difusos e os individuais homogêneos, consoante classificação do art. 81 da Lei no 8.078/90.

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