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Aula_Antropometria

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Nutrição no Curso da Vida II
2017/02
Profª Roberta L. Taglietti
Comumente estado nutricional tem sido conceituado como
“condição de saúde” de um indivíduo influenciada pelo
consumo e utilização de nutrientes, identificada pela
correlação de informações obtidas de estudos físicos,
bioquímicos, clínicos e dietéticos”.
Estado resultante do equilíbrio entre o suprimento de
nutrientes de um lado e do gasto do organismo do outro.
Estado Nutricional
Consumo Alimentar Necessidades 
Nutricionais
Estado Nutricional
Insuficiência de 
consumo
Normalidade
Nutricional
Excesso ou 
Desequilíbrio 
Consumo
Desnutrição, anemia, 
hipovitaminose, cárie dental, 
outras carências
Obesidade, diabetes, 
dislipidemias, hipertensão, DCNT
Vasconcelos, 2007
Estado Nutricional
Fatores Fisiopatológicos
Comportamento 
Alimentar
Fatores
Emocionais
Fatores Socio-
Econômicos
Fatores Culturais/
Religiosos
Ingestão de Alimentos
Ingestão de Nutrientes
Saúde do Indivíduo
Fatores determinantes do EN
Risco nutricional é qualquer situação em que há a presença de
fatores, condições ou diagnósticos que possam afetar o estado
nutricional do indivíduo.
É a presença de fatores que podem prejudicar o EN, pode ser pelo
aumento das necessidades em virtude de estresse metabólico ou
devido uma condição clínica que impeça a ingestão e/ou absorção
alimentar normal.
O déficit nutricional está relacionado ao aumento da 
ocorrência de infecções, úlceras por pressão e 
consequentemente morbimortalidade. Também se relaciona 
com o aumento do tempo e número de internações.
Risco Nutricional
(Rossi et al.,2008)
 Perda ou ganho de peso não intencional > 10% do usual dentro
de 6 meses;
 Perda de peso não intencional > 5% do usual em um mês;
 Peso atual 20% acima ou abaixo do ideal;
Fatores Indicativos de RN
 Presença de doença crônica;
 Requerimentos metabólicos aumentados;
 Ingestão alimentar insuficiente por + de 7 dias(alteração na
capacidade de ingestão e absorção).
Fatores Indicativos de RN
É o primeiro passo da AN;
É o processo de identificação das características associadas a
problemas nutricionais;
Tem o objetivo de identificar indivíduos desnutridos ou em risco
nutricional;
É aplicada a um grupo ou população (pacientes internados, pacientes
ambulatoriais e atendimento domiciliar) ;
Os indivíduos identificados como em risco nutricional pela triagem
devem ser submetidos à avaliação nutricional para classificar seu
estado nutricional e planejar a terapia.
Triagem Nutricional
Envolve a participação voluntária do paciente e/ou familiares.
Normalmente utiliza-se um formulário que permite a estimativa
do risco nutricional.
Triagem Nutricional
Conceito
A avaliação do estado nutricional têm por objetivo identificar os 
distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção 
adequada de forma a auxiliar na recuperação e/ou 
manutenção do estado de saúde do 
indivíduo e/ou coletividade.
Avaliação do Estado Nutricional
A avaliação nutricional é o ponto de partida para o atendimento 
nutricional, independentemente da área em que o 
nutricionista esteja inserido. 
Avaliação Nutricional
Permite IDENTIFICAR os distúrbios nutricionais, 
possibilitando uma INTERVENÇÃO adequada de 
forma a auxiliar na RECUPERAÇÃO e/ou
MANUTENÇÃO do estado de saúde do indivíduo
e/ou coletividade.
Avaliação Nutricional
Avaliação Nutricional
Interpretação de múltiplos 
fatores
Diagnóstico Nutricional
Planejamento Dietético Monitoramento Nutricional
É um método sistemático de resolução de problemas, consiste 
nos seguintes passos:
a)Triagem Nutricional
b) Avaliação Nutricional
c) Diagnóstico Nutricional
d) Intervenção Nutricional
e) Monitoramento
f) Avaliação dos resultados
Processo da Avaliação Nutricional
 Utiliza informações obtidas na triagem nutricional;
 Dá continuidade e aprofundamento aos dados coletados;
 Adiciona dados mais profundos e extensivos, determinando o
grau do problema nutricional.
Ferramenta mais profunda e completa que a triagem !!!!
Avaliação Nutricional
Anamnese
 Dados pessoais
 Condições socioeconômicas
 História clínica
 Avaliação dietética
 Avaliação antropométrica
 Exame físico/clínico
Avaliação bioquímica
 Conduta nutricional
Avaliação Nutricional
Métodos de Avaliação Nutricional
Métodos Indiretos/Subjetivos
• ASG
• Exame Clínico/Físico\
Semiologia Nutricional
Métodos Diretos/Objetivos
• Inquéritos Alimentares
 Antropometrias
• Exames Bioquímicos
CUPPARI, 2014
CUIDADO!
Diretos Indiretos
Complementares entre si
Nenhum método é suficiente por si só
Devem ser interpretados em conjunto
Avaliação Nutricional
ANTROPOMETRIA
Nutrição no Curso da Vida II
2017/02
Profª Roberta L. Taglietti
Antropometria 
Segundo Jelliffe (1968), a antropometria se constitui em um 
método de investigação científica em nutrição que “se ocupa 
de medir variações das dimensões físicas e da composição 
global do corpo humano em diferentes idades e em distintos 
graus de nutrição”. 
Antropometria
Origem –grega
Anthropo – homem
Metry – medida
A antropometria envolve a obtenção de medidas físicas de
um indivíduo para relacioná-las com um padrão que reflita o
seu crescimento e seu desenvolvimento.
Medidas Antropométricas
Medidas antropométricas são de grande importância para a avaliação 
do estado nutricional de indivíduos.
Antropometria: permite avaliar o crescimento e a composição corporal.
Composição corporal: é possível mensurar os dois principais
compartimentos:
Tecido adiposo
Tecido Muscular
Medidas Antropométricas
CUPPARI, 2014
CUPPARI, 2014
Métodos para Avaliação da Composição 
Corporal
Diretos: Dissecção de cadavers. Apesar de muito indicado para avaliação
dos components corporais, não é um método que podemos utilizar, por
questões éticas.
Indiretos: Físico-químicos (excreção de creatinina); Imagens (tomografia
computadorizada, ressonância magnética, ultra-sonografia, densitometria
óssea); Pesagem hidrostática (densidade componentes corporais);
Pletismografia (câmara – volume antes e depois).
Duplamente Indiretos: Bioimpedância; antropometria (estatura, medidas
de massa, perímetros, espessura de drobra cutânea, etc)
Métodos para Avaliação da Composição 
Corporal
Desvantagens
Indiretos: “padrão ouro”
Gasta muito tempo para uma única determinação
Difícil aplicação
Equipamentos de alto curto
Precisa de pessoal técnico
Duplamente Indiretos: 
Não invasivo
Rapidez na coleta
Baixo custo/ Facilidade de interpretação
Antropometria
Medidas antropométricas mais utilizadas
 Peso
 Estatura
 Dobras Cutâneas
Circunferências
Antropometria
Destaca-se a incapacidade de detectar alterações
recentes no estado nutricional e identificar
deficiências específicas de nutrientes.
PESO
O peso corporal representa a somatória de todos os
componentes corporais e reflete o equilíbrio protéico-
energético do indivíduo, ou seja, seu estado nutricional.
Medida antropométrica mais utilizada.
Antropometria/Peso
Peso corporal é um importante parâmetro de avaliação
nutricional – já que perdas ponderais graves estão
associadas com o aumento da taxa de morbidade e
mortalidade dos pacientes.
Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio 
entre ingestão e consumo de nutrientes.
Antropometria/Peso
Peso atual – deve ser obtido em uma balança calibrada de
plataforma mecânica ou eletrônica, sendo que o indivíduo deverá
posicionar-se em pé, no centro da balança, com o peso corporal
igualmente distribuído entre os pés, com roupas leves e
preferencialmente sem sapatos.
A pessoa deve ser pesada com um mínimo de roupa possível,
retirar todos os ornamentos e objetos do bolso, ex: chaves.
O uso de balanças do tipo balança de banheiro NÃO é 
recomendado pois não apresenta precisão.
Antropometria/Peso
Aferindo a massa corporal/Peso
Balança eletrônica Balança mecânica/manual
Balança de banheiro
Peso habitual/usual: éutilizado como referência na
avaliação das mudanças de peso.
Pode-se verificar se a perda de peso é significativa em 
relação ao tempo em que ocorreu (se não há registros).
Antropometria/Peso
Peso ideal ou teórico (PI ou PT): é aquele peso que o indivíduo deveria
ter de acordo com idade, sexo, altura e estrutura óssea. O método mais
utilizado para o cálculo é a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) médio.
(IMC médio F=21kg\m ² M=22kg\m²)
Baixo peso: utilizar limite mínimo 18,5kg/m²
Sobrepeso: utilizar limite máximo 24,99kg/m²
Eutróficos: Não é necessário calcular peso ideal, mas se for calcular:
calcular peso ideal no limite mínimo e máximo e dividir por dois para obter
peso médio ideal.
PI = Altura (m²) x IMC médio
Antropometria/Peso
Após a obtenção do peso atual e do peso ideal, é realizada
a adequação do peso. A adequação do peso indicará
quanto adequado ou inadequado está o peso atual do
indivíduo em relação ao peso ideal.
A adequação é realizada a partir da fórmula:
Adequação do peso (%) = peso atual x 100
peso ideal
Antropometria /Adequação de Peso
Tabela 1: Classificação do Estado Nutricional de 
acordo com a adequação do peso
Adequação do peso % Estado Nutricional
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 a 80 Desnutrição moderada
80,1 a 90 Desnutrição leve
90,1 a 110 Eutrofia
110,1 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
Fonte: Blackburn; Thornton, 1979 apud Cuppari, 2005.
Antropometria /Adequação de Peso
Quando a adequação do peso for inferior a 85% ou superior a 115%, o
peso ideal deve ser calculado usando-se a fórmula de ajuste de peso ideal,
já que o peso ajustado é o que melhor se correlaciona com a massa
metabolicamente ativa desses indivíduos:
Este ajuste é utilizado também para pacientes com IMC superior a 27
Kg/m².
Nestes casos, o peso ideal deve ser calculado com o limite máximo do IMC
Antropometria /Ajuste do Peso Ideal
Ajuste de peso ideal=(PA-PI)X0,25+PI
ESTATURA
 Segunda medida mais tradicional;
 Expressa a dimensão longitudinal ou linear do corpo humano;
 Para medir a estatura poderá se utilizar um estadiômetro ou uma fita
métrica inelástica com capacidade de até 150cm e precisão de 0,5cm;
 Esta fita ou o estadiômetro deverão ser fixados junto à parede reta,
lisa, sem rodapé e que forme ângulo reto com o piso;
Também se pode utilizar os estadiômetros acoplados na própria
balança.
Antropometria/Estatura
Metodologia de Aferição
 Os pés devem estar juntos, com os calcanhares, nádegas e
ombros encostados na barra escalonada do estadiômetro ou na
parede. Os pés devem formar um ângulo reto com as pernas. Os
ossos internos dos calcanhares devem se tocar.
 A pessoa deve estar ereta, sem esticar ou encolher a cabeça e o
tronco, olhando para a frente, fazendo com que o topo da orelha e
o ângulo externo do olho formem linhas paralelas ao teto.
 Os braços devem estar estendidos para baixo, soltos ao longo
do corpo, e os pés, unidos e encostados à parede;
 Deve evitar adornos no cabelo, que possam interferir na medida.
Antropometria/Estatura
Estatura é um indicador das condições de vida de uma população, uma
vez que seu déficit pode refletir inadequações de caráter crônico, de
longa duração.
Posição correta 
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
(IMC)
Índice de Massa Corporal
Atualmente, o IMC também é conhecido como índice de
adiposidade, pois apresenta forte associação com a incidência e
o fator de risco para inúmeros agravantes à saúde, como
doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemias,
diabetes.
Antropometria /IMC
PI: IMC X Estatura²
Índice de Massa Corporal
Vantagens:
Fácil execução, baixo custo, não invasivo, não requer comparação
com curvas de crescimento, usado para avaliação individual e
coletiva.
Desvantagens:
Massa magra e massa gorda.
Correlação com proporcionalidade do corpo: indivíduos com pernas
curtas terão IMC aumentado.
“relacionar com outras medidas”
Antropometria /IMC
Antropometria/IMC
Classificação IMC
OMS, 1998
IMC (Kg/m²) Classificação
< 16 Baixo peso grave
16-16,99 Baixo peso moderado
17-18,49 Baixo peso leve
18,5-24,99 Normal-eutrofia
25-29,99 Pré-obeso/sobrepeso
30-34,99 Obesidade I
35-39,99 Obesidade II
≥40 Obesidade III
Diretriz Brasileira de Obesidade- 2016
Avaliação Nutricional Antropométrica
Classificação IMC
EXERCÍCIO
Mulher, C.B. 28 anos.
Peso atual: 74kg 
Estatura: 1,62m 
Homem, A. B. 21 anos.
Peso: 85Kg
Estatura: 1,89m 
Mulher A.R 40 anos
Peso: 45 Kg
Estatura: 1,65cm
Calcular:
IMC:
PI/PT:
Adequação de peso
Ajuste de peso Se for necessário
DOBRAS CUTÂNEAS
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
Antropometria/Dobras cutâneas
Utilizada para estimar a gordura corporal;
A espessura da dobra cutânea reflete a espessura da pele e tecido
adiposo subcutâneo em locais específicos do corpo (metade ou 1/3 da
gordura no tecido subcutâneo);
Baixo custo, não invasivo – simples – para estimar a gordura corporal;
O instrumento para aferir a gordura é o adipômetro e este deve 
estar calibrado. 
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
Dobras Cutâneas-Técnicas para 
aferição de dobras cutâneas
Cuidados Gerais para Aferição
 A utilização de procedimentos padronizados como os descritos
abaixo garantem a exatidão e confiabilidade das medidas:
Mensure a dobra sempre que possível com o paciente em pé,
com os braços relaxados e estendidos ao longo do corpo;
Padronizar o lado que será utilizado para medição. É importante
que o avaliador escolha um lado para aferição e mantenha-o nas
demais medições (priorizar sempre lado direito);
Cuidados Gerais para Aferição
Identificar, medir e marcar criteriosamente o local das
dobras cutâneas. Segurar firmemente a dobra, entre o
polegar e o indicador da mão esquerda , a 1 cm acima do
local a ser medido;
 Destacar a dobra (dedo polegar e indicador-mão
esquerda) de modo a assegurar que o tecido muscular não
tenha sido pinçado, garantido somente a medição da pele e
do tecido adiposo;
Dobras Cutâneas-Técnicas para aferição 
de dobras cutâneas
Cuidados Gerais para Aferição
Manter a dobra pressionada durante a aferição;
 Medir 4 segundos após a pressão ter sido aplicada;
 Abrir as hastes do adipômetro, para removê-lo do local, e
fechá-lo lentamente para prevenir danos ou perda de
calibragem;
Dobras Cutâneas-Técnicas para aferição 
de dobras cutâneas
Cuidados Gerais para Aferição
Medir a dobra três vezes em cada local, se os valores diferirem em ±
10%, realizar medições adicionais (ideal é não diferir mais que 5%)
Deve se calcular a média dos resultados obtidos ou considerar o valor 
intermediário.
 No caso de aferições de dobras em diferentes locais, sugere-se
realizar as medidas de forma rotativa, em vez de leitura consecutivas
em cada local.
A avaliação em momentos diferentes do paciente deve ser feita pelo
mesmo examinador a fim de evitar variações entre os observadores.
Dobras Cutâneas-Técnicas para aferição 
de dobras cutâneas
Dobra cutânea triciptal (DCT)
 É a mais utilizada na prática clínica - para o monitoramento do
estado nutricional
 É necessário localizar com auxílio de uma fita graduada, o
ponto médio entre o acrômio e o olecrano.
 A prega deve ser mensurada na parte posterior do braço;
 Os resultados são expressos em mm e comparados com o
padrão estabelecido por Frisancho (1981) de acordo com o sexo e
idade ou de acordo com Jelliffe (1966)
FRISANCHO,1990
FRISANCHO,1990
Classificação da dobra cutânea tricipital
Masculino Feminino
12,5 cm 16,5 cm
Faixa de normalidade simplificada para DCT
Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100
DCT percentil 50
DCT percentil 50 –tabela Frisancho
Exemplo: 
Mulher de 20 anos com DCT de 25 mm
Homem de 30 anos com DCT de 12 mm 
Adequação da dobra cutânea tricipital
Dobra cutânea bicipital
Aferição deve ser feita no mesmo nível da DCT e
circunferência braquial, na parte anterior do braço, no ponto
de maior circunferência aparente do ventre musculardo
bíceps;
 A DCB é utilizada em fórmulas de predição de gordura
corporal total;
Dobra cutânea bicipital
Dobra cutânea do tórax ou peitoral (DCP)
 É recomendada tanto para homens como para mulheres
 É aferida a 1 cm abaixo da dobra axilar anterior
 É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na
metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para
homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres.
 É importante certificar-se de que o tecido mamário não tenha
sido pinçado junto com o tecido adiposo
 Utilizada em algumas equações para avaliação de gordura
corporal
Dobra Cutânea Subescapular
A medida é executada obliquamente em relação ao eixo
longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais,
sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo
inferior da escápula.
O avaliador deve apalpar a escápula até a localização do
ângulo inferior, neste ponto a dobra deve ser destacada na
diagonal.
FRISANCHO,1990
Classificação da dobra cutânea subescapular
Dobra Cutânea Axilar Média
 É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média
e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide
do esterno.
 A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o
braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a
obtenção da medida.
Dobra Cutânea Suprailíaca
 É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na
metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca,
sobre a linha axilar medial. 2cm acima da crista ilíaca
 É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para
permitir a execução da medida.
 Em pacientes acamados a medida pode ser realizada na
posição supina.
Dobra Cutânea Abdominal
 É medida aproximadamente a dois a três centímetros lateral e
um cm inferior da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo
longitudinal.
 A aferição deve ser feita horizontalmente, segurando-se a
dobra cutânea com a mão esquerda e o aparelho com a direita.
Dobra Cutânea da Coxa
 É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo
reto femoral a um terço da distância do ligamento inguinal e a
borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e
na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993).
 Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá
deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão
do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior
esquerdo.
Dobra Cutânea Panturrilha Medial
Para a execução desta medida, o avaliado deve estar
sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o
tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio.
A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com
o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.
Dobras mais utilizadas
DCT
DCSE
DCB
DCSI
Antropometria/Dobras Cutâneas
Somatório das quatro dobras:
Resultado dessa soma, ou o valor mais próximo, deverá ser
encontrado na primeira coluna da tabela seguinte.
DCT +DCB+DCSE+DCSI
FRISANCHO,1990
Classificação dos valores de referência 
para percentuais de gordura corporal, de 
acordo com o gênero
Gordura Corporal (%)
Classificação Homens Mulheres
Risco de doenças e distúrbios associados à 
desnutrição
≤ 5 ≤8
Abaixo da média 6-14 9-22
Média 15 23
Acima da média 16-24 24-31
Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25 ≥ 32
Exemplo:
Sexo feminino- 32 anos
DCT: 20mm DCB: 18mm DCSE: 21mm DCSI: 19mm
CIRCUNFERÊNCIAS
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
ROSSI; CARUSO; GALANTE (2008)
Circunferências 
Orientações Gerais
 As medidas das circunferências sozinhas ou em combinação com as dobras
cutâneas são medidas de crescimento e podem indicar o estado nutricional
e o padrão de gordura corporal;
 Existem vários pontos importantes e comuns nas técnicas de medidas das
circunferências corporais, tais como: uso da fita métrica inextensível e não
elástica, realização de medidas seriadas pelo mesmo observador, cuidados
para evitar compressão do tecido adiposo subcutâneo no momento da
medição e posicionamento correto da fita, não deixar o dedo entre a fita e o
dedo
Circunferência do braço (CB)
 É utilizada para estimar a proteína somática e o tecido
adiposo.
 Embora possa ser considerada uma medida independente,
frequentemente é combinada com a dobra cutânea tricipital
para cálculo da circunferência muscular do braço e a área
muscular e adiposa do braço.
 Para esta medida o indivíduo deve estar de pé com o braço
relaxado na lateral do corpo e a palma da mão voltada para a
coxa.
 É necessário localizar com auxílio de uma fita graduada, o
ponto médio entre o acrômio e o olécrano com o braço
flexionado junto ao corpo, formando um ângulo de 90º
 A fita métrica deve ser colocada em torno do ponto médio do
braço e os valores comparados com a referência.
Circunferência do braço (CB)
FRISANCHO,1990
Classificação da circunferência do braço
Adequação do CB pode ser determinada por meio da
equação a seguir e o estado nutricional classificado de
acordo com o quadro a seguir.
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100
CB percentil 50
Adequação da circunferência do braço
Classificação adequação circunferência 
do braço
Circunferência muscular do braço (CMB)
Avalia a reserva de tecido muscular
Os valores obtidos da CB e da DCT são utilizados para calcular a
CMB, por meio do seguinte cálculo:
CMB (cm) = CB (cm) – {DCT (mm) x 0,314}
Onde: CMB = circunferência muscular do braço 
CB= circunferência do braço (cm)
DCT = dobre cutânea tricipital (mm)
Para a interpretação dos resultados pode-se usar a tabela de Frisancho (1981) ou a 
faixa de normalidade simplificada Tabela 1
FRISANCHO,1990
FRISANCHO,1990
Tabela 1. Classificação do estado nutricional individual, de acordo com os
percentis de Frisancho
Percentil (P) Classificação
< P5 Deficiência de massa magra
P5 – P10 Baixa massa magra
P10 – P90 Eutrofia
 P 90 Obesidade ou musculatura desenvolvida
Classificação circunferência muscular do braço
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100
CB percentil 50
O cálculo de adequação pode ser realizado por meio da fórmula a seguir e o 
estado nutricional classificado de acordo com o quadro 3.
Área muscular do braço corrigida (AMBc)
Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea
Interpretação dos resultados é utilizada a tabela de Frisancho
(1981)
Cálculo da AMB:
AMB (cm²) = (CMB)²
4 x π
Avaliação Nutricional Antropométrica
AMBc (cm²) = AMB - área osso
Osso feminino: 6,5cm2 Osso masculino: 10cm2
AMB= área muscular do braço em cm ao quadrado
CMB = circunferência muscular do braço em cm
π = 3,14
FRISANCHO,1990
Área muscular do braço corrigida (AMBc)
Classificação do estado nutricional individual, de acordo com os percentis de
Frisancho
Percentil (P) Classificação
< P5 Deficiência de massa magra
P5 – P10 Baixa massa magra
P10 – P90 Eutrofia
> P 90 Obesidade ou musculatura desenvolvida
Classificação Área Muscular do Braço (AMBc)
Mulher- 22 anos: CB: 28cm DCT: 20mm
Calcule/Classifique: CB, adequação da CB, CMB, adequação da CMB, AMBc
Circunferência da Panturrilha 
/Coxa/Punho
Coxa: Indicador de massa magra ou adiposidade
Punho: Indicador de crescimento. Aliada à estatura, fornece
tamanho da ossatura.
Avaliação Nutricional Antropométrica
Circunferência da Panturrilha
Para a execução desta medida, o avaliado deve
estar sentado, com a articulação do joelho em
flexão de 90 graus, o tornozelo em posição
anatômica e o pé sem apoio. A circunferência
deve ser feita no ponto de maior perímetro da
perna, com o polegar da mão esquerda apoiado
na borda medial da tíbia.
Indica mudançasde massa livre de gordura que
ocorre com a idade e com diminuição de
atividade física.
Circunferência da cintura, do quadril e 
abdominal (CC, CQ e CA)
 A concentração de gordura abdominal, independente da
gordura total, é um fator de risco para doenças
cardiovasculares e DM;
 Esta medida pode ser usada antes e durante o tratamento
para a perda de peso;
 Em casos de pacientes com ascite ou viscero-megalias, esta
circunferência é usada como um parâmetro de avaliação
individual do paciente;
Tipos de Obesidade
A maneira como a gordura corporal se distribui no corpo é um importante
fator para a determinação do risco individual de várias doenças:
Andróide: aquela localizada na região central e mais específica para
homens- .
Ginóide: gordura mais localizada nos quadris e coxas e mas específicas
para mulheres.
A gordura visceral (intra-abdominal) é um fator de risco, 
independente da quantidade de gordura total;
TIPO DE OBESIDADE
Dois tipos físicos específicos foram descritos com base na 
distribuição da gordura corporal
Maçã Pêra
(andróide) (ginóide)
Circunferência da cintura
 É a medida do ponto médio da distância entre o último arco
costal e a crista ilíaca, no sentido horizontal, ao final de uma
expiração normal, sem compressão da pele (OMS).
 Importante indicador de adiposidade visceral e subcutânea;
também correlaciona-se fortemente com o perímetro quadril,
podendo indicar predisposição individual a enfermidades como
diabetes e doenças cardiovasculares.
Circunferência da cintura cm
Circunferência da cintura
Circunferência abdominal
 É determinada a redor da protuberância anterior máxima
do abdômen, geralmente ao nível da cicatriz umbilical.
 Indicador de adiposidade subcutânea e visceral.
Circunferência abdominal
Fonte: Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 2009/2010
Circunferência do quadril
É determinada no nível de maior protuberância posterior
dos glúteos, no plano horizontal.
Relação cintura-quadril - RCQ
 Utilizada com frequência para identificar a deposição de
gordura na região abdominal, pois consiste em medida simples e
de baixo custo para a população
 Este índice parece ter um alto poder de predição das DCNT,
sendo uma boa justificativa para a inclusão de tal relação nas
rotinas de avaliação nutricional
Relação cintura quadril = circunferência da cintura (cm)
circunferência do quadril(cm)
Relação cintura/quadril
Homem ≥ 1 cm risco aumentado Mulheres ≥ 0,85 cm risco aumentado
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Bioimpedância Elétrica
CUPPARI, 2014
 A medida de bioimpedância elétrica é a medida e o resultado
da resistência oferecida pelos tecidos corporais à passagem
de uma corrente elétrica, que não é capaz de determinar
alterações fisiológicas;
 Portanto a bioimpedância elétrica é utilizada para determinar
a água corporal total e, posteriormente estimar a massa livre
de gordura e o percentual de gordura;
Bioimpedância Elétrica
 O método utiliza quatro pequenos eletrodos aplicados na
mão e punho direitos e no tornozelo e pé direitos.
 O aparelho é conectado aos dois pares de eletrodos
onde uma corrente de baixa voltagem é passada pelo
corpo, sendo medidas a resistência e a reactância elétrica;
Bioimpedância Elétrica
Bioimpedância Elétrica
CUPPARI, 2014
Bioimpedância Elétrica
CUPPARI, 2014
 Os valores obtidos combinados com a altura, peso e sexo,
possibilitam o cálculo de compartimentos corporais;
 Limitações foram descritas, sendo a principal fonte de erro
associada a fatores que alteram o estado de hidratação do
indivíduo: alimentação, bebidas , uso de determinados
medicamentos, desidratação e exercícios físicos;
Bioimpedância Elétrica
Apesar da rapidez na obtenção do resultado, a
utilização da bioimpedância elétrica requer que
seja observados diversos cuidados anteriores a
sua aplicação, para não inviabilizar seu emprego:
Bioimpedância Elétrica
 Consumo de álcool, cafeína e medicação diurética, essas
substâncias têm ação diurética no organismo, causando uma
superestimativa no valor de bioresitência medido e consequentemente,
na gordura percentual.
 Atividade física a sudorese provocada pela prática de exercícios
físicos tem efeito diurético, além de alterar a temperatura da pele e
influenciar na leitura da biorresistência.
 Ingestão de alimentos próxima ao teste: modifica o peso corporal do
indivíduo avaliado.
 Período do ciclo menstrual: perda de líquido orgânico, retenção
hídrica
Bioimpedância Elétrica
Antes do teste alguns cuidados devem ser tomados:
 Jejum de pelos menos 4 horas antes do teste;
 Não fazer exercícios antes de 12 hs do teste;
 Urinar pelo menos 30min antes do teste;
 Não consumir álcool antes de 48 hs do teste;
 Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias do 
teste;
 Pacientes do sexo feminino com retenção de líquido durante o 
ciclo menstrual (não realizar BIA)
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Bioimpedância Elétrica
Observações para a aferição
 Pedir para o paciente retirar os sapatos e meias;
 Retirar materiais metálicos (jóias, correntes, relógios...);
 Deitá-lo na maca e afastar os braços do corpo e pernas uma da
outra.
 Os braços devem estar separados do tronco em um ângulo de 30°
e pernas a 45° (em obesos usar material isolante entre as pernas e
braços, como toalhas).
 A pele deve ser limpa com álcool e não deve conter lesões. Os
eletrodos devem ser bem posicionados, ao mesmo lado do corpo
Bioimpedância Elétrica
REFERÊNCIAS
DUARTE, Antonio Cláudio. Avaliação nutricional: aspectos
clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007.
ROSSI, Luciana; CARUSO, Lúcia; GALANTE, Andrea Polo (Orgs.).
Avaliação nutricional: novas perspectivas. 1. ed. São Paulo:
Roca, 2009.
CUPPARI, Lilian (Coord.). Guia de nutrição: nutrição clínica
no adulto. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.

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