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PRINCIPAIS AFECÇÕES DE PELE DE CÃES E GATOS

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MATERIAL ELABORADO POR ANA PRADO, JÚLIA BEZERRA, ANA GABRIELA, BRUNA BELARMINO
10/10
PRURIDO EM CÃES E GATOS
Prurido é uma das causas mais comuns para consulta veterinária. É um problema que demanda paciência, pois o tratamento é bastante demorado muitas vezes difícil fechar diagnóstico. É uma manifestação de diversas dermatopatias, por isso é de extrema importância identificar causa PRIMÁRIA.
Por exemplo, se você descobre que a alergia é um problema alimentar e alguém da um petisco para o animal, ou seja, ele vai volta a coçar, ou você descobre que ele é atópico, ai tem que proteger a barreira cutânea com o uso de repelentes, por exemplo, se é o caso de presença de ectoparasitas, ou seja, é um paciente que sempre vai se coçar, e o que devemos pensar? É uma manifestação clínica, então é importante identificar o que está causando o prurido.
O que é o prurido? É o animal que vai ter contato com algum alérgeno (cocos, bactérias), e como esse prurido é uma manifestação de diversas dermatopatias, é importante que identifique a causa primária, senão o paciente não vai parar de coçar, e às vezes identificar a causa primária é uma tarefa difícil, porque não depende só do veterinário, depende muito mais do tutor. 	
Então quando a gente fala em pele, o que temos que perguntar? TUDO! Por que, tudo vai influenciar no diagnóstico. Já na identificação do paciente onde eu tenho a idade, aqui já vai ser importante o meu diagnóstico diferencial. Por que pacientes que são atópicos eles coçam a vida toda. Ele não vai começa a coçar com 7, 8, 9 anos de idade, ou seja, ele coça desde sempre. O animal atópico é aquele que começa a coçar com 1, 2 anos de idade, então a idade do paciente vai influenciar no meu diagnóstico. Outra coisa que a gente deve saber é a raça do meu paciente, porque, ele pode ter predisposição, por exemplo, sarna sarcóptica que é contagiosa, se meu paciente tem acesso a rua, ele pode pegar, pode adquirir a sarna e no caso da sarna demodex também é contagiosa e se ele tem acesso a rua ele pode pegar.
Nós temos raças predispostas para serem atópicos, para ter dermatite, alimentar, entre outras. Então, qual a idade do aparecimento dessas lesões, se ele coça desde sempre, temos que perguntar também o que apareceu primeiro? A coceira, ou a ferida? Então ele pode ser atópico ai ele coça, o prurido piorou, mas porque ele tem uma infecção secundária. 
Então ele nunca teve nada, apareceu essa espinha na barriga dele e agora, opa, tem alguma coisa levando ele a ter essa coceira. Por isso, saber o que veio primeiro no paciente dermatológico é muito importante se ele tinha lesão, quando começou, e agora ele tem lesão.
 E sempre eu a gente for conversar com o tuto, nós vamos passar para o tutor uma escala de 0 a 10 quanto o seu animal coça?
Um animal normal, que te zero de prurido, ele não coça. Você pergunta ele coça? Não ele não coça. Um prurido discreto é aquele animal que não coça se ele tá fazendo alguma atividade, ou seja, ele tá brincando ele não para pra coçar, ou se ele tá comendo ele também não para pra coçar, se ele tá tomando água ele não para pra coçar. Ele tem episódios intermitentes de coceira, mas ele não interrompe o que está fazendo para coçar. Agora, aquele paciente com prurido intenso, ele tá comendo e para pra coçar, ele tá brincando com a bolinha e para pra coçar. 
O tutor tende a exagerar, então o que a gente faz? Quanto você acha que seu animal coça? O que você acha? Numa escala de 0 a 10? Ele responde 12, sempre, se eu tô fazendo comida, vendo tv, você o vê coçando? Então é 12 gente? Não, porque quanto tempo gasta pra fazer uma comida, pra molhar o jardim, ou seja, a gente tem que associar uma atividade diária em que você vai saber do tempo, mas mesmo assim o tutor ainda vai insistir falando que seu animal na escala de zero a dez coça doze. 
Além da intensidade do prurido, importante eu saber a característica, então, por exemplo, animal que tem Malassezia tem muito prurido interdigital. 
Animal que tem Demodex só vai coçar se estiver com infecção bacteriana secundária, só que sem prurido. Então essas características já permitem um raciocínio clinico. 
O animal pode lamber quando ele tá com uma dermatite, ou excesso de malassezia, ou por estresse. Mas, para falar que ele é atópico tem que descartar todas as causas de prurido. O tutor tem que informar o que ele já usou para tratar o animal, por que ali já me ajuda a fechar o diagnóstico. Paciente dermatológico é aquela paciente “pasta”, o tutor já chega falando que já passou em 20 mil veterinários, mas ele não entende que seu animal é atópico , que o problema dele é crônico, e você tem que explicar pra ele sobre o problema. Como é o ambiente desse animal, e se convive com outros animais? O animal com sarna sarcóptica,a primeira coisa que tenho que perguntar para o tutor é quanto tempo esse animal coça e se os outros animais também coçam.
Por exemplo, esse animal tem hipotireoidismo, será que foi confirmado? Preciso fazer dosagem hormonal nesse paciente? Ele está apenas com uma infecção bacteriana, ele trata e para de coçar, então às vezes o problema não está na pele. 
Quais são as causas de pruridos que existem?
PARASITÁRIAS 
-Escabiose
- Otoacaríase
- Demodicose
INFECÇÕES BACTERIANAS
- Secundárias
INFECÇÕES FÚNGICAS
- Malasseziose
ALÉRGIAS ( mais comuns)
- DAPE
- Dermatite alimentar
- Dermatite atópica
 PSCICOGÊNICAS 
· ESCABIOSE
É uma zoonose causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei(cão) , Notoedres cati(gato),se instala na derme do paciente e que coça muito.
TRANSMISSÃO: Contato direto com animais infectados e por fômites. Então se a gente da o diagnóstico do paciente com sarna e ele ta com uma lesão e que está coçando, leve ao dermatologista que lá é o local do prurido.
SINAIS CLÍNICOS: Prurido intenso na pele, formando crostas e perda de pelos principalmente em áreas de pelagem mais esparsa. Então ponta de orelha, cotovelo e região do tarso principalmente, ou seja, esses são os locais de preferencia onde se reproduzem melhor, e na região ventral.
Percebe-se eu poupa o dorso do animal, pele ocular e labial, ou seja, comparada com a sarna Demodex tem diferença, porque ela fica mais vermelha ainda, porque o prurido de infecção secundária é moderado, esse já vai ser mais intenso.
DIAGNÓSTICO: - Raspado de pele SUPERFICIAL.
 - Lâmina de bisturi ou com a própria lâmina de vidro
Tricotomia do local, raspa a lamina no local da lesão, aperta para que o ácaro que se encontra no folículo piloso saia para que eu faça o raspado. 
Alguns dermatologistas preferem fazer a coleta do material com fita adesiva (durex) e leva diretamente para o microscópio.
TRATAMENTO: - Ivermectina na dose de 0,2-0,4 SC, 1(uma) aplicação a cada 7 dias.
- Selamectina (Revolution)
- Moxidectina (Advocate)
- Isoxazolinas( Nexgard*, Simparic*, Bravecto*) *Vantagem:1 aplicação
- Banho com Amitraz ** Cuidado: Tóxico, então pacientes que recebem esse banho, não podem ficar no sol, o certo é você deixar o produto agir e depois retirar, pois o paciente não pode lamber.
*** Ivermectina para a raça Collie ou cruzamentos, deve-se evitar usar esse fármaco, pois acumula no centro da célula Gene ABCBB1(MDR1) e codifica a glicoproteína P que faz o efluxo de fármacos para fora da célula, então o fármaco que entrou, ela vai tirar. Isso não é bom porque seu efeito será menor, mas para células que tem sensibilidade como, por exemplo, células do sistema nervoso o excesso do fármaco pode intoxicar.
Quais são os pacientes que vão ter essa alteração genética? Não sei, mas as mais predispostas são: Pastor Alemão, Collie, Pastor Shether .
Nem todos vão presentar essa mutação, mas existe PCR para diagnosticar os pacientes que tem ou não essa alteração.
Como atualmente existem fármacos mais seguros, então não á necessidade de correr o risco com esses pacientes.
O mais importante a se fazer é tratar o ambiente, e nesse caso utiliza-se Triatox. Utiliza-se o Amitraz no ambiente para evitar que o animal faça re-contaminação, e tomar cuidado, pois se tiveroutros animais pode passa para eles também.
FELINOS
TRATAMENTO: - Ivermectina
 - Selamectina – Revolution gatos
 - Isoxazolinas – Bravecto transdermal gatos*
 - Moxidectina- Advocate gatos
* Não usa Amitraz, e tem medicação específica do gato.
* Sempre que chegar um felino para atendimento, principalmente se for resgatado, avalie a orelha, pois muitas vezes ele apresenta uma lesão cutânea e o problema está dentro do ouvido. 
Então todo animal resgatado, deve-se fazer o diferencial pra sarna otodex. 
· OTOACARÍASE
Causada pelo ácaro Otodectes cynotis, causando uma otite extrema.
TRANSMISSÃO: Contato direto com animais infectados e por fômites 
SINAIS CLÍNICOS: Prurido intenso, cerúmen negro e ressecado onde se visualiza discretos pontos brancos em movimento, ou seja, é diferente da otite por Malassezia que é um prurido espesso com cheiro de chulé. 
Na sarna ele parece uma farinha, é um cerúmen farináceo.
DIAGNÓSTICO: Detecção do ácaro com Otoscopia( otoscópio) , vídeo- otoscopia ou exame parasitológico do cerúmen.
TRATAMENTO: Ivermectina 
* mesmo o paciente que não tem alteração no gene, o uso do medicamento pode causar cegueira súbita, ou seja, não é um fármaco completamente seguro. 
- Selamectina – Revolution* 
- Moxidectina- Advocate* USO TÓPICO
- Diazinon- Natalene* (Orgaofosforado)
- Fipronil – BASE do frontiline spray
· DEMODICOSE
Não é zoonose, e não transmite de animal para animal.
Causada pela sarna Demodex spp( cão), e Demodex gatoi ( gato)mas que é da microbiota normal do animal. Mas por disfunção imunológica esse ácaro vai crescer mais que o normal e aí pode causar sinais clínicos nesse paciente.
Como que o animal vai adquirir esse ácaro? Após o nascimento e os cuidados da mãe, ou seja, nas primeiras 72 horas de vida. E porque não é indicado usar esses animais para reprodução? Porque eles possuem essa disfunção do sistema imunológico e sua prole também pode ter, e aí vai manifestar o mesmo sinal clínico da mãe, e outro detalhe, se é um ácaro que multiplica quando o animal tem imunossupressão quando a cadela ficar gestante, qual o horrmonio vai predominar? Progesterona que reduz o sistema inume então essa paciente ao ficar gestante, vai ter essarcebação dos sinais clínicos. 
Geralmente não causa prurido, mas se tem infecção secundária vai coçar.
Mas, Demodex cati e D. gatoi pode apresentar prurido mesmo sem infecção secundária. Ela pode apresentar de forma localizada e generalizada, e o que determina se é uma ou outra é o sistema inume. 
Onde estão essas lesões? Infra orbital, intra interdigital, e quando é generalizada outras regiões do corpo são acometidas, mas geralmente eu vou na pata e na face. 
SINAIS CLÍNICOS: O animal pode ter apenas uma dermatite papulopustular, ou seja, uma região hiperêmica com pústula ( espinha com acúmulo de pus). Apresenta também uma dermatite eritematosa, ou sarna vermelha.
DIAGNÓSTICO: Raspado de pele PROFUNDO;
 Como o ácaro está no folículo piloso deve- se apertar a pele para ter a extrusão desse ácaro e raspar ou com a lâmina de vidro ou a lâmina de bisturi, ou usar a fita adesiva. 
Pode fazer tricograma, mas para pegar o ácaro tem eu tirar o ácaro de dentro do folículo piloso, e só com o raspado profundo já consegue. 
Para fechar diagnóstico de malassezia, vai faze citologia e vai corar. 
TRATAMENTO: Ivermectina dose 0,6 mg/kg VO uso diário até 2- 3 raspados NEGATIVOS, então normalmente com intervalo de 30 dias.
Faz uma vez, deu negativo, repete depois de 30 dias, negativou faz mais uma vez, e repete o exame. Feito e todos dando negativo pode suspender a medicação.
Se for IV a dose é 0,2-0,4 por 7 dias, mas NÃO usa para demodex.
 - Doramectina - IV 1 x por semana 
 - Isoxazolinas- Nexgard*, Simparic*, Bravecto*
 - Amitraz ( 4ml\Litro de água) *** Cuidado: Intoxicação
 - Peróxido de benzoila 2,5%
* Shampoo com ação queratolítica que diminui o excesso na pele e controla o crescimento do ácaro. 
17/10
INFECÇÕES BACTERIANAS
Geralmente infecções bacterianas são secundárias, dificilmente terão causa primária. É uma afecção rara nos felinos e muito comum nos cães.
· PIODERMITE SUPERFICIAL
É uma afecção frequente em cães, que geralmente envolve os folículos pilosos e epiderme adjacente, sendo causada pelo Staphylococcus pseudintermedius.
Sempre que temos um animal com infecção bacteriana, ou apresenta algum sinal clínico indicativo de infecção bacteriana, devo pensar em causas primárias, por quê? Se eu tratar esse animal com antibiótico terapia ele vai ter boa resposta no começo, mas assim que eu começar a interromper o animal vai coçar novamente e a infecção vai voltar. Então, infecções bacterianas não adianta só tratar, tem que identificar qual a causa base (exemplo: demodicose, alergias e doenças endócrinas). 
Temos que se lembrar dos animais que apresentam essas alterações endócrinas, do hipotireoidismo, para o hipoadrenocorticismo. A alteração do hipotireoidismo coça? A alopecia nas extremidades e na cabeça coça? A não ser que ele tenha infecção bacteriana secundária ou por malassezia. E no hiperadenocorticismo? Mesmo que ele tenha infecção bacteriana secundária ou por malassezia ele vai coçar muito? Não, porque o que está alto nele? O cortisol e vai ter efeito anti- inflamatório nessa pele, porque ele tem hiperadreno com infecção bacteriana secundária.
SINAIS CLINICOS: Eritema (pele avermelhada), pápulas (bem característico de infecção secundária), pústulas (é de infecção bacteriana), lesões circulares e alopécicas, crostas, descamação e hiperpigmentação (característica marcante de malassezia).
IMPORTANTE
Qual o exame eu faço para sarna?
-Se suspeito de sarna sarcóptica – raspado SUPERFICIAL. 
-Se suspeito de sarna demodex- raspado PROFUNDO
-E agora, suspeito de bactéria e fungo (levedura), qual exame irei fazer? CITOLOGIA. E se minha suspeita for dermatofitose, o exame que deve ser feito é CULTURA FÚNGICA.
DIAGNÓSTICO: Exame clínico e citológico
Exames: CULTURA e ANTIBIOGRAMA para os casos com histórico de tratamento prévio, ou seja, em casos de infecção bacteriana. 
Observo a presença de bactérias, neutrófilos e células de descamação cutânea. Para o exame de infecção bacteriana, eu pego um suab estéril, passo na lesão e realizo a técnica de GRAM, e vamos visualizar bactérias e células inflamatórias. E como o mais comum é Staphylococcus, observo presença de cocos que podem estar fagocitando essas bactérias.
**Se a lesão for úmida, não preciso umedecer o suab, mas se a lesão é seca tem que umedecer. 
TRATAMENTO: Se já identifiquei a causa primária do paciente, já posso tratar como? O ideal seria fazer cultura e antibiograma para todos, mas o resultado iria demorar muito, então entra com antibiótico antes, mas se já tratou e não houve diferença é importante fazer o exame, porque temos bactérias resistentes, e essas bactérias resistentes a um composto geralmente associado a betalactâmicos. E o que ela faz? Faz uma parede bacteriana exta, então o antibiótico não consegue agir contra a bactéria, por isso a resistência faz com eu o animal nunca melhore mesmo depois que você já descobriu a causa base, está tratando, mas a bactéria ainda está la.
 Sempre dou início ao tratamento TÓPICO, porque possui a vantagem de remover micro organismos e debris celulares da pele, além de possuir mínimos efeitos colaterais e te a menor chance de resistência a meticilina. Só entramos com tratamento sistêmico quando lesões mais generalizadas e mais graves.
É importante porque controlo o crescimento da bactéria, principalmente se for malassezia.
DÚVIDA: Esse banho, é o mesmo que eu falo banho terapêutico que é quando o medico veterinário fala com o tutor para intercalar um banho com esse shampoo e um banho normal? 
R: Depende do tipo de tratamento que estou fazendo. Por exemplo, tem animais que fazem pulso terapia no shampoo, no antibiótico, e nesse caso o dermatologista já causa base, já sabe o históricodo animal, e sabe que ele não pode ficar sem antibiótico.
Outro exemplo, acabei de atender o animal e ele tem uma piodermite generalizada . Minha suspeita é hiperadreno, ou hipotireoidismo ou uma doença alérgica, eu estou identificando minha causa base, mas já tenho que iniciar o tratamento. E qual vou optar? CLOREXIDINE 2 – 4%, e quanto mais concentrado for o clorexide mais ressecamento na pele vai causar, e quando a pele esta ressecada, significa que retirou barreira cutânea, ou seja, super antígenos de malassezia vai chegar na derme e causar mais prurido, então as vezes estou tratando uma coisa e piorando a outra. 
E para melhorar esse ressecamento o que podemos fazer? Associar ao tratamento um hidratante ou usar os que já estão disponiveis no mercado, exemplo: HIDRAPET, K-REAT, HUMILAC ( virbac). 
No caso de lesões localizadas ** uso quando tem resistência a meticilina. 
- MUPIROCINA: Alguns dermatologistas gostam de misturar no spray.
TRATAMENTO SISTÊMICO: Usados em casos mais graves, generalizados, que já foi feito tratamento tópico e não houve resultado. 
PRIMEIRA ESCOLHA: AMOXILINA COM CLAVULANATO (pode ter resistência a meticilina)
DOSE: 12,5-25mg/kg a cada 12 hs, durante uma semana até não apresentar sinais clínicos. Na maioria das vezes 7 dias de tratamento não é suficiente, então repete com 14, retorno com o vet, 21 dias, retorno e depois de sumir os sinais da mais uma semana.
- CEFALEXINA: Outra fármaco de primeira escolha;
*Efeito colateral das cefalosporinas: vômito e diarreia.
-SULFA COM TRIMETROPIM: Vantagem pois pega gram +, gram – e ultrapassa a arreia hemato encefálica. E se ele passa a barreira hematoencefálica vou usar ele pra tudo? Não, então os mais ultilizados são amoxilina e cefalexina.
-Fármacos de primeira linha, mas de SEGUNDA ESCOLHA: Usados nos pacientes que não tem condiçoes de toma por VO porque tem muito vômito ou diarreia ou porque o tutor não consegue administrar o medicamento.
- CEFOVECINA, famoso CONVÊNIA : VANTAGEM- DOSE ÚNICA, aplicação SC, ação por 14 DIAS .
Se não melhorar com 14 dias faz outra aplicação, se não melhorar depois de 28 dias tem que procura causa base. 
- QUINOLONA/ ENROFLOXACINO/ MAROFLOXACINO: Mais usados como segunda escolha.
**CUIDADO EM FELINOS, POIS PODE CAUSA CEGUEIRA SÚBITA.
ULTIMA ESCOLHA: AMIKACINA aminoglisideo que causa alteração renal/ RIFAMPICINA: usar em situações extrema mesmo.
· MALASSEZIA
É uma infecção fúngica, causada por uma levedura Malassezia pachydermatis.
Existem dermatófitos que não vao coçar, mas a malassezia que e uma levedura e vai coçar muito, que faz parte da microbiota normal de cães e gatos, mas sendo raros em gatos.
Se ela faz parte da microbiota normal da pele, porque tem prurido por malassezia? É quando tenho um crescimento exagerado e perda da barreira cutânea, então os queratinócitos junto com as lamelas dos lipídeos que tinha que esta juntos, ficam separados, consequentemente a malassezia cresce mais que o normal e atinge camadas mais profundas da pele atigindo os vasos sanguíneos e ai vai ter quimiotaxia, que vai liberar citocinas para as células de defesa, que vai mandar o sinal para o SNC e vai ter o reflexo de prurido, e isso está relacionado ao próprio fator de virulencia da levedura e a resposta imune do hospedeiro.
Então se o paciente tem uma doença imunossupressora, por exemplo, um hipoadreno ele é muito suceptivel a ter malassezia ou aquele paciente eu faz uso de medicação constante, por exemplo, ciclosporinas vai ter predisposição a desenvolver malassezia, porque so o sistema imune do paciente já vai favorecer o crescimento da levedura.
Um animal quando ele tem otite por malassezia, ele tem que ter mais de 10 por campo, mas os novos consensos falam que tem malassezia e tem sinal clinico tem que tratar porque isso pode fazer o animal coçar.
FATORES PREDISPONENTES:
Quais são as características dessa malassezia? Vai apresentar uma hiperqueratose( pele de elefante),hiperpigmentação, geralmente em locais que tenho alta umidade e dobras cutâneas porque como o local é úmido favorece o crescimento da levedura. Outro fator que pde favorecer o crescimento de malassezia é o uso de antibióticoterapia prévia e prolongada, porque, vai eliminar as bactérias que fazem parte da microbiota normal da pele, ou seja, vai haver um desequilíbrio e essa malassezia vai crescer mais que o normal. 
SINAIS CLÍNICOS: Regiões de coxins, boca (lesões perilabial), ouvidos, são os locais mais acometidos, mas o principal é interdigital, ou seja, no leito ungueal, então quando o paciente chega na clinica deve-se fazer uma citologia do local.
 
É possivel observar que o paciente coça porque tem aleração da cor do pelo no local afetado, exemplo era branco e ficou ferrugem, porrque a saliva oxida o pelo. Apresenta também:Paroníquia (inflamação do leito ungueal), seborreia oleosa e hiperqueratose em láio e periocular e hiperpigentação. 
Quando um paciente com malasseziose entra na clinica voce já sae o diagnostico por que tem um cheiro muito forte e caracteristico, ou seja, tem cheiro de chulé( cheiro rançoso), e quanto mais úmido a pele ficar, mais vai favorecer o crescimento a levedura.
DIAGNÓSTICO: Exame citológico por imprint ou swab
*Diferencial: animal atópico
TRATAMENTO: Mesma linha de dermatite bacteriana, e deixar o sistêmico para casos mais graves.
TÓPICO: - CLOREXIDINE 3 a 4%
 -CETOCONAZOL 2% ( mais hepatotóxico que o itraconazol)
 -MICONAZOL 2% 
SISTÊMICO: Lesões generalizadas, na dose 5mg/kg 1x ao dia
 -CETOCONAZOL
 - ITRACONAZOL (hepatotóxico), então antes de iniciar o tratamento avaliar a função hepática do animal. E quais exames solicitar para o paciente? ALT, ALBUMINA, FA.
Hoje, da preferencia para o ITRACONAZOL, pois é feito uma vez ao dia.
- OMEGA 3 – ácido graxo essencial para manter a barreira lipídica, ou seja, favorece a formação dos lipídeos da membrana e impede que a malassezia chegue à camada da pele e tenha o prurido. Temos que lembra que o ômega 3 compete com o ácido aracdônio formando glicosanóides (prostaglandinas,prostaciclinas, substancias pró inflamatórias) que são menos inflamatórias que o ácido aracdônio.
ALERGIAS
· DAPE: DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE ECTOPARASITA
Acomete cães e gatos sendo transmitida pela saliva da pulga e do carrrrapato, ou seja, ocorrem reações de hipersensibilidade imediata e tardia. Geralmente o animal vai ter contato com o ectoparasita primeiro, e quando tiver um segundo contato o animal já vai começar a coçar. 
E qual a característica que tem da doença? Ela é sazonal, ou seja, na época que tiver maior produção dos ectoparasitas (maior contaminação por pulga e carrapato). Nós estamos em um país tropical, então é tão sazonal assim? Não, então quando descobre que o paciente está com DAPE, vamos manter esse animal com prevenção, ou seja, que a gente utilize produtos diretos nesse paciente, porque basta um repasso sanguíneo para que o animal apresente reação de hipersensibilidade. 
Qual a característica de processo alérgico? Alergia NÃO tem diagnóstico especifico, ou seja, temos que fazer exclusão e a causa mais comum de alergia e pulga e carrapato, quando elimino os dois e não resolve essa alergia pode ser trofoalérgica ou alimentar, eliminei os dois não resolveu o animal é atópico que é aquele paciente que tem alergia ao ambiente.
SINAIS CLÍNICOS: Local onde vai ter prurido no paciente que é principalmente na base da cauda. Então é aquele animal que vai ter uma região de alopecia de forma triangular local ou generalizada que começa no dorso e vai até a base da cauda, apresenta pápulas ou pústulas se o animal tiver infecção bacteriana secundária acompanhado ou não de presença ou não de crostas. Pode ter ou não infecção secundária..
FELINOS
Os felinos que tem DAPE possuem uma forma clinica que chama dermatite otite atrial (regiões vermelhas, eritematosas), ou seja, dermatite miliar, acometendo região de pescoço e próximo a base da cauda.
DIAGNÓSTICO: Histórico do animal,distribuição das lesões, presença de pulgas e carrapato e testes alérgicos eu só utiliza para diagnosticar o animal atópico.
A primeira coisa que deve- se fazer é perguntar quanto o animal coça já tendo feito o descarte das outras doenças, por exemplo, seu paciente coça desde quando? A idade é importante porque no caso dos atópicos ele vai coçar desde sempre. 
Outra coisa a se observar, teve pulga e carrapato? Sim; Antes ele coçava? Não; Depois que ele pegou ele começou a coçar? Sim, então opa, pode ser DAPE. 
TRATAMENTO: Controle dos ectoparasitas no animal e no ambiente. Temos que lembrar que se o animal fizer repasso sanguíneo já houve a inoculação da saliva, mas existem fármaco que permitem isso, ele vai ter uma infecção mais branda e que no caso não vai permitir que o animal tenha infestação.
Administrar antialérgico porque, mesmo que entre com a prevenção de pulga e carrapato o paciente vai continuar coçando, então para esses pacientes vou administrar antialérgico histamínicos porque o prurido é brando, não é um prurido intenso igual é no cão atópico, então posso usar tanto um corticoide quanto um anti histamínico.
PERGUNTA: Demodex e malassezia estão relacionados com o que? Sistema imune, então vocês vão dar preferência para anti- histamínico ou AINE, ou seja, corticoide? A preferencia é para anti histamínico. 
Mas qual o problema do anti histamínico? Ele não controla tão bem o prurido como o corticoide. Para os pacientes com prurido brando, posso usar um anti histaminico que vai bloquear essa ação e vai impedir a ação da pele nesse paciente reduzindo o prurido, e o que a histamina faz quando é liberada? Vai nos receptores do TGI e libera H2 e liberar HCL , para inibir a acidez estomacal. Nos vasos sanguíneos ela vaso dilata e permite quimiotaxia, ou seja, permite que tenha mais extravasamento de célula de defesa, consequentemente aumenta os sinais de inflamação. Na via aérea faz bronco constrição e na pele essa vasodilatação vai permitir maior infiltrado de células inflamatórias , maior ação do sistema imune, maior liberação de citocinas e maio prurido nesse paciente.
Um anti histamínico de escolha é o HIDROXIZINE 3,0mg/kg a cada 8 horas. (Humano, indicado para alterações cutâneas), e o outro fármaco de escolha é a CLEMASTINA ou ALERGOVET 0,05 a 0,1mg/kg a cada 12 horas.( Veterinário)
· DERMATITE ALIMENTAR (TROFOALÉRGICA)
É causada pela intolerância ao alimento e pela hipersensibilidade mediada por IgE .
O animal sempre coça, não tem malassezia, não tem bactéria, não tem sarna, então nesses casos tenho que fazer por exclusão. E a primeira coisa que vai excluir é DAPE, então todo paciente que chega coçando, e não apresenta as outras causas citadas, por exemplo, parasitárias, ou bacterianas ou de malassezia, ou fungo, tem que pensar em causa alérgica. Pensou em causa alérgica, tem que começar por exclusão que é a eliminação de ectoparasitas, então SEMPRE você vai orientar o tutor de deixar o animal livre de ectoparasitas. Se o paciente já chegou com exclusão, por exemplo, ele toma bravecto, então qual a próxima causa que vai suspeitar? Alimentar. 
Geralmente esse paciente tem de 3 a 5 anos de idade, e está relacionada com a proteína da dieta, sendo uma hipersensibilidade causada por IgE, ou seja, vai ter liberação de histamina do mesmo jeito, por que ela vai se ligar no mastócito e fazer essa liberação.
E o eu que tem nesse alimento? Proteína, glicoproteína, lipoproteínas e aditivos, mas qual é o vilão? PROTEÍNA de alto peso molecular (mais de 10 milhões), geralmente as proteínas de ração vem 18/20 milhões. 
Acomete cães e gatos, mas nos gatos é mais raro. Nos cães é mais comum ter alergia a aves, carne ovina, leite, ovos, soja, cereais do trigo. Nos gatos é mais comum aves, carne bovina, peixe e leite, mas porque do leite? Porque as pessoas acham que gatos bebem leite? Gatos adultos tomam leite, mas por que? Eles gostam. No caso eles não têm alergia a lactose, e sim a proteína. 
Quais são as raças predispostas? GOLDEN, BULDOG, SHAR PEI, PASTOR ALEMÃO, WIPPET
Oque esses animais vão ter? Dermatite pruriginosa (eritema, pápulas, vergões e pústulas) e otite recorrente e essa otite pode ser o único sinal clinico que o animal vai apresentar. Geralmente esses animais não têm sinais gastrointestinais, e oque a gente espera? Se ele tem alergia a uma proteína da dieta eu espero vômito e diarreia, mas nem sempre isso vai tá associado, então não ter sinal gastrointestinal não quer dizer que o animal não tenha. E esse paciente pode responde ou não ao coticoide, diferente do animal atópico que responde ao corticoide.
Os locais mais acometidos vãos ser iguais ao de Demodicose, pelve, patas, interdigital, além da região periocular e labial que é igual a malassezia. Porque o animal atópico coça desde quando ele nasceu.
- DIAGNÓSTICO
1ª coisa é excluir picada de ectoparasita, e depois eu faço dieta por eliminação. E o que é essa dieta de eliminação? “PREZADO TUTOR, SE VOCÊ NÃO ME AJUDAR, NÃO ADIANTA FAZER, PORQUE NÃO ADIANTA DAR RAÇÃO HIPOALERGÊNICA, SE O SENHOR OU SENHORA VAI DAR UM BISCOITINHO”.
Qual o problema? Conscientizar proprietário e família, e o período tem que ser no mínimo 8 semanas, então nesse tempo o tutor que ter o cuidado de fornecer uma única fonte proteica e uma única fonte de carboidrato. **CUIDADO COM PESTICOS**
Já existem as dietas prontas que são as hipoalergênicas (royal, premier, ad, equilíbrio, todas elas vão ter a proteina hidrolisável, que pode ser utilizada para a dieta de eliminação.
Mas pode utilizar também Lentilha + batata doce, que é indicada para o tutor que não consegue comprar alguma dieta já pronta.
MODO DE PREPARO: Cozinha e tritura a lentilha. Se for para um cão de 10 kg, por exemplo, fornecer de 1 xicara, se for mais de 10 kg 2 xícaras por dia, já a batata doce deve ser picada com casca e fornecer 1 xícara por dia se o animal tiver 10 kg. Esse preparo fica muito espesso, nesse caso pode colocar óleo de cozinha mesmo ou azeite e usar água mineral para cozinhar.
Fizemos isso durante 8 semanas, não tem mais prurido, lesões cutâneas melhoraram, o que tenho que fazer com o animal para fechar diagnóstico? Desafiar, ou seja, pegar a ração que ele comia antes, e fornecer de novo, se ele voltar a coça é trofoalergica. Tem tutor que não faz isso, como viu melhora após tirar a ração mantem o animal com a hipoalergenica pelo resto da vida, mas tem outros que fazem o teste de provocação, fornece novamente, retorna os sintomas fechamos nosso diagnóstico, oque irei fazer? Dieta hipoalergenica pelo resto da vida.
· DERMATITE ATÓPICA
É uma dermatopatia inflamatória e pruriginosa, associada a produção de IgE contra alérgenos ambientais, ou seja, também vai haver a liberação de histamina, só que é alergia a que? Alérgeno ambiental, ou seja, pode ser alergia a várias coisas. O cão atópico coça o tempo todo!
Quais são as raças predispostas: GOLDEN*, POODLE*, LHASA-APSO*, SHARPEI, PUG, YORKSHIRE, BULDOG, SCHNAUZER.
Dermatite atópica é uma disfunção da barreira cutânea e uma disfunção do sistema imunológico, então como vai acontecer isso?
1º O que é a barreira cutânea? É uma barreira formada por desmossomos modificados que são os queratinócitos ou ceratinócitos que produzem lipídeos intercelulares que vão formar uma lamela de lipídeos e vão deixar a barreira cutânea fechada, e sua função é impedir a perda excessiva de água, consequentemente a pele fica íntegra, e os alergenos ambientais da malassezia e da bactéria que é da microbiota normal da pele não chega nas camadas mais profundas da pele, ou seja, impede a penetração de alérgenos ambientais e microbianos.
PELE NORMAL
PELE DE ANIMAL ATÓPICO
- FILAGRINA É uma proteina que agrega a outras proteínas formando uma barreira, então a pele fica protegida. E a ausência dessa proteína faz com que a pele do animal resseque. Essa desorganização das células faz com que os alérgenos invada as células e chegue na derme.
Exemplo de alergenos ambientais: ácaro, pólen, gramíneas, alguns tipos de inseto, nada disso consegue chegar nas camadasmais profundas.
SINAIS CLÍNICOS
A característica do animal atópico é aquele local que ele mais coça e perde mais pelo, além disso, prurido, coceira, e esse prurido se inicia antes dos 3 anos de idade, otites recorrentes, inflamação da pele : sinais relacionados a liberação de histamina ( eritema, escoriações, alopecia), e infecções secundárias ( pápulas, pústulas e crostas – 70% de origem bacteriana: piodermites) e liquenificação e hiperpigmentação (30% se for por malassezia).
O que que acontece? O alergeno chegou na derme, la nas células de defesa, foi fagocitado, houve a apresentação dos linfócitos ativou esposa TH1 e TH2 que são produzidos pelas células B que são os plasmócitos, e IgE que se lia nos mastócitos que liberam histamina, heparina e serotonina, que vai levar a ativação das fosfolipase A2 gerando a inflamação.
- DIAGNÓSTICO 
Existe diagnóstico para dermatite atópica? NÃO, o diagnóstico é feito por exclusão, e o animal atopico coça desde sempre, ou seja, se ele começar a coçar com 7 anos de idade por exemplo ele não vai ser um animal atópico. Ah não, ele coça desde sempre, vou excluir ectoparasita, e alimentar, se exclui e mesmo assim continuou tenho que fazer eliminação de outras causas de prurido, por exemplo, malassezia , tratei o animal mas depois ele voltou a coçar, o que isso quer dizer? Não tratei a causa primária, então o que ele era? Atópico. Tem bactéria? Tem, e tratei, mas voltou a coçar, então é importante perguntar “o seu cão coçava antes da lesão”? Sim, então provavelmente estou diante de um atópico. 
- Criterios de Favot, 2010 
 
Fechei diagnóstico que o animal é atópico, o que posso fazer para esse animal? Teste alérgico, para descobrir qual fator ambiental para tentar minimizar.
Como é feito o teste? Aplicação intradérmica do alergeno, solução fisiológica e um controle positivo que é a liberação de histamina que forma um halo no local que houve reação e o controle negativo é aplicação de agua de injeção.
- TRATAMENTO
Tratar infecções secundárias, hidratar MUITO a pele com hidratantes ( aveia coloidal, glicerina, calêndula, camomila, ceraminas e ômega), pois diminui a absorção de alérgenos. Deve- se evitar banho muito quente e secagem com calor excessivo, não usar perfume, sabão de coco ou talco, e quanto mais anho você da no animal, mais você retira a barreira cutânea dele. Opções para o tutor se não tem condição de comprar esses prontos? Dove, Jhonson amarelo.
Ômega 3 e 6 pra que? Incorporar lipídeo na epiderme podendo levar a normalização da barreira epidérmica, nesse caso pode usar o 6.
Anti histamínico: HIDROXINE 3,0 mg/kg a cada 8 horas
 CLEMASTINA 0,05 a 0,1 mg/kg a cada 12 horas
O que vai fazer esse animal parar de coçar é usar AINE, por exemplo, chegou um paciente, ele a coçando muito e você vai hidratar ele, e entrar com algum fármaco que diminua o prurido. Se for usar em curto prazo PREDINISONA na dose de 0,5 mg/kg, mas na dose reduzida, ou seja, dose anti inflamatória e não dose imunossupressora, por que corticoide é bem vindo mas desde eu use com cautela. Alguns shampoos tem HIDROCORTISONA, mas tópico vai absorver somente em lesões localizadas e acompanhar com exames.
RESUMINDO: Fechei diagnostico, o que tenho que fazer? Hidratar pele, mas o paciente tem infecção bacteriana e coça muito, nesse caso usar um fármaco para controlar o prurido, que nesse caso pode escolher um anti histamínico, mas vai resolver? Não, então entro com corticoide. Já fiz tudo, ai quando reduzo a dose o animal volta a coçar, nesse caso o que fazer? Tenho que usar um corticoide por mais tempo, mas corticoide não tem muito efeito colateral? Nesse caso vou escolher outro fármaco que tem ação imunossupressora que é a CICLOSPORINA, APOCREL? entre outros, e esses fármacos vão controlar muito em o prurido e não vai ter efeito de corticoide so que vai ter imunossupressão, e oque esse paciente pode ter? neoplasia, por que tem muito animal atopico com carcinoma de células escamosas, e isso não precisa de receita, você prescreveu uma vez, explica para ele que vai usar um fármaco mais seguro, ai ele compra e da pelo resto da vida e nunca mais o animal volta a coçar. 
O que esse apocrel tem? O OCLACITINIB que inibe a janus quinase 1 que é receptor especifico do prurido, então não vai ter efeitos colaterais como hipoglicemia, diminuir pressão so que vai causar imunossupressao e vai reduz a liberação de citocinas relacionadas a alergias, inflamação e prurido, sendo administrado na dose de 0,4 a 0,6 mg/kg a cada 12 horas por 14 dias e após os 14 dias administrar a cada 24 horas. Mas isso é o resto da vida? Não, ou seja, tem que tirar esse fármaco, hidratar e controlar o prurido de outra maneira, mas como o tutor compra fácil ele continua dando.
- Inibidores da calcineurina (ciclospoinas): Impedem a transcrição de interleucinas e ativação das células t, ou seja, não vai ter efeito colateral como do corticoide, mas vai ter imunossupressão do mesmo jeito que o apocrel tinha. 
A dose das ciclosporinas é 5mg/kg a cada 24 horas por via oral ate melhora os sintomas, e após melhora passar para a cada 48 horas. Entao, antes do corticoide, começava com o apocrel e depois ciclosporinas, agora que tem o apocrel usa mais ele.
Controlamos o prurido, podemos fazer imunoterapia especifica com o alergeno, ou seja, fiz o teste alérgico ai eu vou tentar fazer uma inumo terapia nesse paciente. Para fazer essa imunoterapia é melhor eu ter o teste alérgico por que ai vai ser especifico para aquele paciente, e hoje temos um anticorpo monoclonal que é o LOKIETMAB, que bloqueia a interleucina-31 e reduz o prurido e a inflamação, além de não ter efeito colateral e não te imunossupressão. 
-Vida de atópico: Controlar a proliferação de microrganismos, por exemplo, limpeza do local, evitar o contato com alergenos, então se fiz o teste e esse alegeno e uma gramínea, pólen, tudo isso eu vou evitar e dar banho SEMPRE com hidratantes.
Não precisa prescrever para o paciente só shampoo comercial, pode mandar manipular, e o que tem que fazer? Conhecer o efeito do principio ativo, exemplo:
PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS EM SHAMPOOS:
- PEROXIDO DE BENZOILA 2,5%: tem efeito queratolitico, ou seja, retira o excesso de cerume da pele.
- ALCATRÃO 0,5 a 4%: tem ação desengordurante, então pacientes que tem seborreia oleosa é uma boa escolha. ** FELINOS NÃO PODEM USAR ALCATRAO**
- CLOREXIDINE 2 a 4%: Tem efeito antibacteriano contra malassezia. Por exemplo, tenho um paciente com malassezia, uma seborreia óleosa, você pode colocar alcatrão + clorexidine (manipular).
- IRGASAN/TRICLOSAN 0,5 a 1%: tem efeito bacteriostático, e antisséptico (pode fazer spray)
- EXTRATO DE CALÊNDULA 1 a 5%: tem efeito calmante, então aqueles animais que tem uma pele eritematosa, pode associar um hidratante com um calmante, e se tem infecção bacteriana associar com clorexidine.
- EXTRATO DE CAMOMILA 2 a 4%: tem efeito calmante;
- AVEIA 2 a 5%: tem efeito hidratante;
- HIDROVITON 1 a 5%: Tem efeito hidratante.
24/10
OTITES
 A otite pode estar associada a questões anatômicas (principalmente em raças que possuem orelhas pendulosas) ou até mesmo problemas alérgicos como o animal trofoalérgico (tem alergia atópica), que neste caso a otite pode ser o único sinal clinico que o paciente apresenta. 
Ela pode ser classificada em:
· Otite externa: relacionada ao canal vertical e horizontal do conduto auditivo. 
· Otite média: relacionada a ouvido médio. 
· Otite interna: comprometimento da cóclea e do sistema vestibular. 
Sendo que essa classificação descrita acima vai de acordo com a localização anatômica. Cabe ressaltar que o que é mais diagnosticado na clínica, principalmente pela facilidade de diagnosticar é a otite externa, estando relacionado ao canal vertical e horizontal do conduto auditivo. A otite media, compreende o ouvido médio, então ela pode ter comprometimento da tromborevestimento membrana timpânica da tuba, cavidade timpânica e os ossículos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) e a otite interna é quando jápossui comprometimento da cóclea e do sistema vestibular. Tanto a otite media quanto a otite interna geralmente é uma consequência da otite externa, pois otite externa recorrente ou que não foi bem tratada pode haver complicação com a ruptura da membrana timpânica e acometimento dessa porção do ouvido gerando uma otite media. 
Anatomicamente falando, o canal vertical do conduto é como se fosse uma extensão da pele, sendo composto por glândulas seruminosas e tem todas as alterações que a pele tem, podendo assim apresentar: - hiperemia; - edema, etc, e por isso ao examinar com otoscópio observa-se estreitamento, eritema, etc, porque considera-se que neste local também há alterações cutâneas. Já no canal horizontal não à presença dessas glândulas e a derme bem desenvolvida, então nesta região, não apresentará tanto processo inflamatório quanto tem-se no canal vertical. 
Falando um pouco mais sobre anatomia, tem-se:
· Pina da orelha 
· Entrada do conduto vertical, porção que mais vai inflamar (pele edemaciada, pele eritematosa, que através da otoscopia consegue visualizar essas alterações)
· Conduto horizontal, no final do canal horizontal, tem a membrana timpânica.
Ouvido médio e interno esta mais localizado próximo de seio nasal, então por isso, quando colocar a cânula do otoscopio a gente a vira na direção do focinho. Dependendo do animal e do tamanho da cânula a gente consegue fazer a avaliação da membrana timpânica, porque a complicação da otite externa é justamente a ruptura desta membrana e assim leva a otite média. 
A otite media é mais grave, sendo necessário abordar de forma diferente da otite externa, que geralmente são brandas mas se acontecer a ruptura da membrana timpânica com consequente acometimento do ouvido médio o quadro fica mais grave, e se ela evoluir para uma otite interna pode ter até sinais vestibulares. 
Todo ouvido tem secreção/cerume que é normal, sendo produzidos principalmente pelas glândulas do canal vertical. Este conteúdo (cerume) por sua vez, tem que fazer uma migração para poder sair e expulsar os debrís celulares, sem promover perda de epitélio deste ouvido, sendo assim, essa migração epitelial é normal para que não tenha a otite. Dessa forma, ter secreção não é sinônimo de otite, para diagnosticar se é otite ou não deve-se avaliar este cerume. 
O cerume nada mais é que uma secreção de glândula sebácea e ceruminosa desse canal vertical, ele migra da membrana timpânica até o meio externo (é algo normal) sendo um mecanismo de defesa. Entretanto por diferentes motivos há uma alteração dessa migração epitelial e assim haverá o aumento deste cerume, o que pode levar ao crescimento bacteriano, levedura (Malassezia, sendo que até 10/campo é normal no conduto auditivo). Dessa forma, haverá algum fator predisponente que vai levar a alteração e a consequente migração que desenvolverá ou mais bactérias, ou mais malassezia, ou simplesmente não vai drenar aquele cerume (no caso de obstrução do lúmen). 
O que pode levar o que foi descrito anteriormente? 
· Causas primarias: ex: alergia trofoalergica, hipersensibilidade alimentar, cães atópicos que tem bastante sinais clínicos otológicos e DAP (dermatite alérgica a picada de ectoparasitas). Conclui-se é qualquer processo alérgico na pele que vai se estender para este conduto. (apresenta-se principalmente com eritema na pina da orelha e na do canal vertical). 
· Causas parasitarias: sarna othodeccia. 
· Hipotireoidismo 
· Corpos estranhos. 
Fatores predisponentes na otite e fatores perpetuantes, ou seja, há fatores que não estão relacionados às vezes aquelas causas primarias, como processos alérgicos e temos fatores que favorecem que a inflamação continue, que ela se mantenha. 
Então um fator predisponente é a conformação anatômica do ouvido, principalmente aqueles animais que a orelha é pendular ou que possui maior quantidade de dobras pode favorecer a esta inflamação, pois a orelha pendular, a abertura do canal vertical está mais fechada/ mais abafada, o que pode levar ao favorecimento de crescimento bacteriano. Já aquela orelha com dobras, o que ocorre é falha na migração epitelial, acumulando assim cerume dentro do canal, tanto horizontal quanto vertical. Além disso, aqueles animais que tem habito de nadar, principalmente aqueles que mergulham, a agua entra no canal em excesso e pode favorecer um ambiente úmido e desenvolver crescimento de bactéria ou de malassezia. 
Fatores perpetuantes, ou seja, aqueles fatores que irão manter a otite, por exemplo: animal é atópico, tem otite recorrente e ainda tem um conduto estreito, o que leva ao excesso de pelo. Este excesso vai dificultar a migração epitelial, podendo desenvolver a otite. Então o que costuma fazer quando há o excesso de pelo? Fazem o arranchamento. É correto? Não, porque gera mais inflamação e porque os pelos estão inseridos no canal vertical, que é uma região vascularizada, ou seja, caso tenha um processo inflamatório, vai atrair mais células inflamatórias para liberar mediador inflamatório, que leva a edema, dessa forma dificulta ainda mais a migração epitelial, tendo maior acumulo de cerume dentro do canal, com maior probabilidade de desenvolver otite. Mas tem casos que tem que tirar/ arrancar mesmo sabendo que o correto de ser fazer é o cortar. Outra causas, pólipos (cresce lento, é lesão benigna) que impedem a migração epitelial, então o cerume, continua acumulando recorrentemente. Nestes casos, indica-se a cirurgia sendo que para pólipo grandes, para pólipos maiores deve-se fazer ablação (abertura do canal), para os menor existe a vídeo otoscopia e mandar para histopatologia. 
Sinais clínicos 
· Prurido 
· Balançar de cabeça 
· Incomodo devido a dor 
· Acumulo do cerume 
· Hiperplasia e hiperqueratose do canal externo 
Obs: em casos mais graves, só de virar a pina da orelha, já consegue observar a estenose devido a hiperqueratose. (isso tudo que estamos falando é de otite externa). Quando o animal tem otite externa ou media ele pode ter mais sinais clínicos, incluindo mais sinais vestibulares. 
Diagnostico 
O diagnóstico começa com a otoscopia, ou seja, com o aparelho que tem a cânula para avaliar canal vertical e canal horizontal (com cânula maior/ cânula veterinária, consegue observar membrana timpânica. Em gatos, como o canal dele é mais curto, é mais fácil ver a membrana timpânica.) 
Obs: Quando o animal tem otite media, as vezes a gente precisa romper essa membrana timpânica para que drene a secreção, lavando o ouvido médio e tirando toda a secreção lá de dentro, sendo que posteriormente ela cicatriza. E as vezes quando o paciente tem otite mais grave, por exemplo: otite bacteriana associada a bastonetes que geralmente são bactérias Gram- negativas, como proteus e pseudonomas, eles tem já ruptura timpânica, e assim a gente tem que ter cuidado para o que vai utilizar de fármaco pois podemos levar a surdez dos nossos pacientes, devido a ototoxidade que tem tanto dos produtos de limpeza como produtos para tratamento. 
Exame otológico com o otoscopio e foi visto: hiperemia, excesso de cerúmen...e ai, fechamos o diagnostico da otite? Não! Deve-se saber o agente que está envolvido, sendo que para isso é necessário fazer a citologia e posteriormente a cultura, para investigar a causa dessa otite. Bactéria? Malassezia? (lembrando que ainda tem que investigar a causa primaria, será que tem hipotireoidismo? Será que tem as alergias?). 
Na otite externa, o exame citológico, deve-se avaliar presença de células inflamatórias, presença de bactérias e presença de malassezia. Deve-se lembrar que o ouvido normal não deve ter célula inflamatória, então não se pode ter leucócito, macrófago, piocito ou qualquer célula inflamatória, também não se pode ter hemácia, pois caso ela esteja presente é indicativo de alguma ruptura/ ulceração, ou porque nós veterinários fizemos um trauma no momento de friccionar o swab lá dentro ou então esse animal tem alguma lesão ulcerada. Mas na flora normal ele pode ter cocos em pequenas quantidades, malasezzia de até 10 por campo e só. 
Fatoresperpetuantes: 
· Estenose do conduto: que pode ser por inflamação crônica ou por presença de pólipos.
· Presença de pelo no conduto
Fatores predisponentes 
· Conformação anatômica 
· Contato com agua
· Presença de pregas
Quando a citologia vem com excesso de bastonetes, tem que tomar cuidado porque geralmente eles são Gram-negativos, o que é mais preocupante, pois pode ter a ruptura do tímpano, então, são infecções mais graves. Nestes animais deve-se evitar tudo que possa ser ototoxico. Um dos fármacos que é ototóxico são os aminoglicosideos, ou seja, a gentamicina, neomicina, ou seja, fármacos mais antigos de produtos otológicos com esses antibióticos, devendo evitar o uso nesses animais que tem presença de bastonete na citologia. Outra coisa que se deve evitar nesses animais também, são os produtos de limpeza que tem alguma substancia para acidificar o meio, como por exemplo acido salicílico, também são ototóxica. 
Após a anamnese, o exame otológico onde foi percebido uma secreção graxenta, escura, com odor rançoso (cheiro de chulé podre), a suspeita clinica neste caso é Malasezzia, pois é este agente que leva a esta secreção. Supondo que foi feita a citologia e deu mais de 10 malasezia por campo, o que mais é preciso fazer neste paciente? É saber porque que ele ficou com esse quadro de otite por malasezia. Quais são as causas de otite? Fatores predisponentes: se é uma raça que tem predisposição ou se tem alguma doença primaria de base, ou se ele é atopico, ou tem alergia alimentar, ou se ele tem DAP ou hipotireoidismo, ou pode ser apena a conformação anatômica da orelha desse animal. 
Outro exemplo: animal com secreção amarelada, a suspeita é que seja bacteriana. Qual o primeiro exame deve ser feito: cultura ou citologia? Citologia, tendo que apresentar na lamina cocos ou bastonetes. Digamos que tenha predomínio de cocos, devemos estabelecer se é alguma causa primaria, algum fator predisponente, se tem algum fator perpetuante. É importante relatar que quando a presença de bastonetes é ideal que já faça cultura e antibiograma, entretanto se o animal chegar já utilizando algum antimicrobiano (administrado por conta própria pelo tutor) principalmente no dia, deve-se esperar de 7-10 dias para coletar as amostras. Segundo a literatura, quando à presença de bastonetes a indicação é que o tratamento seja sistêmico. 
Suposição: animal chega na clínica pela milésima vez com otite, que já usou tudo o que podia, nesse caso para este paciente já é necessário fazer cultura e antibiograma no primeiro momento desde que não esteja usando mais nenhum naquele momento. Porque este paciente pode ter resistência a antimicrobianos mesmo que seja cocos. 
PRIMEIRA COISA A SE FAZER
Reduzir a quantidade de cerúmen que esse animal tem no conduto, para que o antimicrobiano ou antifúngico aja de forma mais eficiente. Dessa forma tem-se ceruminolíticos que vão ser fármacos com ação queratoliticas, antimicrobiana e para reduzir Ph, esta redução do ph vai ajudar principalmente no controle de malasezia, pois quando acidifica o conduto inibe o crescimento da malassezia , por isso a maioria dos agente tem ácido láctico ou salicílico em uma concentração bem mais baixa do que as faladas para prescrição dos shampoos. 
· Peroxido de carbamina
· Escaleno 
· Propilenoglicol 
· Glicerina 
Este fármaco tem ação queratolitica, vão conseguir reduzir a quantidade de cerúmen dentro do conduto, só que se houver a presença de bastonetes aí tempos que evitar utilizar esses fármacos, as vezes é melhor fazer a limpeza com solução fisiológica, pois assim não terá risco de ototoxidade e consequentemente surdez naquele paciente. 
Deve sempre ter cuidado para não romper a membrana porque se não causa uma surdez aguda, e sinal vestibular neste animal. Agora está limpeza deve ser feita 5 dias antes de entrar com o tratamento tópico, pois o ceruminolitico vai quando usado junto com o produto de limpeza ele pode reduzir a ação da solução ontológica. O ph acido do ceruminolitico alterou o ambiente do canal auditivo inviabilizando a carga efetiva da carga microbiana e é por isso que a recomendação é limpar e só depois começar o tratamento com os antimicrobianos. 
O que utilizar no conduto então? 
Conduto tem inflamação? Sim! Pode assim dar preferência para o antimicrobiano ou para o antifúngico. Assim devemos utilizar corticoide tópico para desinflamar, então glicorticoide que terá ação anti-inflamatoria, anti-puriginosa e ainda reduzir o edema e consequentemente a dificuldade que estava tendo para ter migração epitelial. 
· Dexametasona
· Hidrocortisona
· Triancinolona 
Mesmo sendo tópico, deve-se lembrar que há absorção desses glicocorticoides, sendo assim para pacientes diabéticos ou com hiperadenocorticismo, deve ter cuidado para utilizar. 
Anti-micoticos 
· Miconazol (mais tem nos produtos comerciais, sendo indicados para a malassezia)
· Nistatina 
· Sulfadizina 
Antibactrerianos 
· Vamos usar os fármacos que tem ação contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativa, dependendo da nossa citologia, lembrando que as vezes iniciamos o tratamento da otite baseado na citologia e posteriormente troca do fármaco quando sair o resultado do antibiograma. 
· Aminoglicosideo: neomicina, gentamicina, são ototoxicos (SE TEM BASTONETE NÃO DEVE USAR) ex: otomax
· Quinolonas: é pouco ototoxicas, principalmente as de geração mais avançada. 
Produtos mais utilizados
· Otoguard: que é a trobamicina. Uma aplicação e após 7 dias faz a outra aplicação. (bom preá otite recidivante, ou que é resistente a tudo, ou animais de difícil manejo). 
· Zelotriloto: que é enrofloxacina. Aplicar a cada 12 horas. 
· Ozumo? 
OBS: Otite externa com apenas cocos, sendo que o paciente teve pela primeira vez que apresentou, não é um quadro recidivante, deve utilizar uma tobracina, enrofloxacina, ou até mesmo uma outra quinolona, mas devemos evitar os fármacos mais modernos. Além disso, conhecendo a causa da otite e a concentração dos fármacos, pode manipular, sempre lembrar de colocar “ veículo otológico” porque o veículo que vai na solução não pode ser ototoxico. 
A terapia sistêmica vai ser indicada para casos específicos, por exemplo: animal com otite externa grave com edema de canal vertical tão intenso que é impossível fazer a limpeza para depois tratar, porque não vai sair nada, está tudo estenosado, vai usar glicocorticoiode e não adianta muito anti-inflamatorio não esteroidal porque é necessário diminuir edema, usar dose elevada de corticoide. Qual a contraindicação da dose elevada de corticoide? É contraindicado para pacientes diabéticos, hiperadreno, renal ou imunossuprimidos. Devemos usar então predinisona na dose iunossupresora na dosagem de 1-2mg/kg que começa a cada 24 horas durante os três primeiros dias, depois reduz pra um a cada 24 horas. 
Obs: limpeza do ouvido: usar produto para higienizar o ouvido, então deve-se colocar o epiotic/ dermogen oto, enfim preencher o conduto do paciente com a solução massagear, e retirar o excesso com gaze/ algodão. (não deve colocar a gaze na ponta da pinça e introduzir pois se não vai estar empurrando o cerúmen lá para próximo da membrana timpânica. 
Antimicoticos: só para casos resistentes de malassezia (lembrando que a malassezia é da microbiota normal da pele, então possivelmente tem fator predisponente, ou então uma doença primaria, dessa forma nesse paciente em questão, pesquise a causa dessa otite, que conseguirá controlar malassezia. 
OBS: iodeto utiliza mais para fungos sistêmicos (criptococus e esporotricose) eles acometem as camadas mais profundas da pele, dessa forma não adianta tratar topicamente, é necessário que o tratamento seja sistêmico, entrando com itraconazol associado ou não iodeto, ma isso não é para todos os casos. A esporotricose, quando ela é cutânea os animais respondem a dose de 100mg/gato para gatos adultos acima de 2kg, já para gatos com baixo peso menor que 2kg ou gato filhote usa 50mg/gato. Pacientes tratados com esporanoz melhoram mais rápido do que os animais tratados com o genérico ou com o manipulado.Iodeto so vai ser utilizado para pacientes que não responderam ao itraconazol e esporo nasal. 
Antibiotico 
· Cefalexina
· Amoxilina 
· Sulfa com trimetropim é boa quando tem bactéria gram-negativa. Entretanto alguns animais tem náuseas. Obs: sulfa oral pra gato não da certo porque eles tem uma sialorreia intensa, então se raramente precisar, deve ser injetável.
· Mesmos antibióticos utilizados para a pele. 
SEMPRE: tratar a causa primaria, e controlar fatores predisponentes e perpetuantes. 
Otite media é a sequela da otite externa, sendo assim uma otite externa mal tratada ou não tratada, o animal pode apresentar então sinais neurológicos porque assim vai ter alteração no nervo facial, receptor vestibular e na cóclea, levando a algumas síndromes e paralisia facial por acometimento de nervo facial. Além de sinais vestibulares, animais que andam em circulo, ou com a cabeça tombada, etc. 
· DERMATOFITOSE
-ZOONOSE
-Não causa prurido, é um fungo superficial.
AGENTE: Mycrosporum canis( felinos) sim, nos gatos.
TRANSMISSÃO: Contato direto, e fômites, então vasilha contaminada, roupinha, cama, tudo pode transmitir, Banho e tosa tesoura, pinça, lâmina de tosa, toalha, por que tem banho e tosa que usa a toalha em um animal e já emenda no outro, o certo seria cada animal ter sua própria toalha, ou que ela seja autoclavada, ou lavar com hipoclorido já que elimina o fungo.
SINAIS CLÍNICOS: Esses animais NÃO COÇAM, eles vão ter áreas alopécicas, circulares, descamativas, e que depila muito fácil do centro para a extremidade, ou seja, nesses animais quando tira o pelo próximo da lesão quando tira o pelo ele sai inteiro na mão. Pode começa com uma lesão bem branda, ou lesões mais evidentes. É circular, começa pequena e vai aumentando do centro para a extremidade, ou seja, vai aumentando sempre assim circular e dessa maneira. 
Podem acometer os cães também, mas nos gatos é em maior probabilidade, e ai posso ter lesões que imitam outras doenças, por exemplo, na imagem pode se desconfiar de leismania, de sarna. Qual delas? Observe a ponta da orelha, seria a sarcóptica, mas se fosse sarna sarcóptica o animal iria coçar demais numa escala de 0 a 10, o tutor iria falar 20.
O diagnóstico diferencial é a ausência de prurido que esses animais vão apresentar. Ex: YORKSHIRE é uma raça que apresenta muita dermatofitose, ou seja, essas lesões crostosas, sorologia negativa para leishmania, sem outros sinais clínicos de leishmania como hiperglobulinemia, temos que suspeitar de dermaofitose para esses animais. 
DIAGNÓSTICO: “Lâmpada de wood” , vocês viram isso na parasito? Esse fungo vai fluorecer, mas para qual fungo? Só quando for mycrosporum canis, os outros não. Então essa lâmpada vai resolver o problema? Só se for mycrosporum. 
Outro exame é a cultura fúngica que é o padrão ouro para diagnóstico de dermatofitose. Então, se temos um cão ou um gato com essas lesões não pruriginosas, circulares, crostosas, primeira coisa que vamos fazer antes de entrar com tratamento tópico é colher material para cultura. E como a gente faz essa coleta? Vamos pegar as crostas com luva claro, pois estamos tratando de um zoonose, vamos colocar dentro de um frasco universal estéril, não precisa colocar em meio de cultura, em nada. Então esses frascos de fezes, urina que são estéreis vamos colocar todo material coletado dentro do frasco, ou seja, faz um raspado superficial e coleta todo o material e manda para o laboratório.
A cultura para fungo de dermatofitose não demora tanto para fungo sistêmico. Quando vocês tiverem suspeita para fungo sistemico, por exemplo, esporotricose, criptococose, tem que avisar ao laboratório que você quer cultura para fungo sistêmico, porque fungo sistêmico demora de 30 a 40 dias para crescer no meio de cultura, então se o laboratório tirar antes, o que ele vai falar? Resultado negativo, ai ele da um falso negativo.
Quando é dermatófito o crescimento é mais rápido, então com 15 a 21 dias já tem crescimento e já recebe qual o resultado, e como demora já inicia o tratamento tópico, e quando recebe o resultado da cultua inicia o tratamento oral. 
Existe um teste que é um meio de cultura que pode ter na clinica, ou seja, você coloca o pelo do animal junto desse meio de cultura e ele muda a coloração quando é dermatófito, ai já te da o indicio para inicia o tratamento mais rápido. Então se eu suspeitei de dermatofitose, eu vou mandar para cultura, para isso vou fazer um raspado superficial devido minha suspeita e vou iniciar o tratamento com terapia tópica se ainda não tenho o resultado de cultura. A partir do momento que eu tenho o resultado da cultura eu já entro com tratamento sistêmico que vai ser o ITRACONAZOL.
A terapia tópica mais indicada é o miconazol associado com o clorexidine, por quê? Luciana, você falou que o que vai pegar o fungo é o miconazol, então porque associar ao clorexidine? Porque nos trabalhos mais recentes mostram que com essa associação a recuperação é mais rápida, ou seja, as lesões entram em remissão mais rapidamente e o clorexidine e não precisa ser a 3%, lembra que eu falei que o clorexidine tinha que ser a 3% para malassezia que é uma levedura? No caso aqui não precisa, pode ser clorexidine a 2% associado ao miconazol. O clorexidine sozinho não foi capaz de fazer remissão das lesões, então tem que ser associado, e assim que sair o resultado da cultura, entrar com terapia sistêmica que é o itraconazol. 
Qual outro antifúngico que tem? CETOCONAZOL, e porque eu falo mais do itraconazol? Por 2 motivos: hepatotoxidade do cetoconazol que é maior que a do itraconazol, e o cetoconazol é a cada 12 horas e o itraconazol é a cada 24 horas, isso para um gato faz diferença? Total. Para o cão coloca dentro de alguma coisa não vai fazer tanta diferença, mas para um gato faz e muito.
O itraconazol nesse caso não precisa se na dose de esporoticose, nesse caso usa de 5-10mg/kg. Esse fármaco é hepatotoxico, então se for usar por muito tempo tem que acompanhar a função hepática do paciente, então qual exame vou pedir para acompanhar a função hepática? PTPF (PROTEINA TOTAIS E FRAÇOES), FA (FOSFATASE ALCALINA), e para o gato? GGT, ALT, então preciso avalia tanto de extravasamento quanto de colestase. E existe uma vacina no mercado que é a BIOCAN que é para tratar pacientes que foram diagnosticados com mycrosporum só com ele, mas geralmente a terapia tópica responde em associada a terapia sistêmica, pois você já começa a administrar o itraconazol e o animal já apresenta melhora nos sinais clinicos. 
Como o fungo fica no ambiente, tem que tratar também senão o animal vai ter recontaminação, então tem eu tratar o ambiente com HIPOCLORITO DE SÓDIO (água sanitária) na diluição de 1 para 10 ou AMONIA QUATERNÁRIA na concentração de 0,3% e deixar agir por 10 minutos.
Então pet shop que atendeu um animal, deu um banho, fez uma tosa, se o paciente tem dermatofitose tem que usar nos materiais porque se não vai contaminar outros pacientes.
RESUMINDO: Não causa prurido, é uma zoonose, inicia com tratamento tópico, coleta material, manda pra cultura, assim que sair o resultado inicia tratamento sistêmico. Qual o fármaco de escolha? ITRACONAZOL. Precisa ser dose alta? Não, pode se de 5 a 10 mg/kg.
AFECÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO EM CÃES E GATOS
Temos que lembrar quem compõem o trato urinário. São poucos órgãos, mas que desempenham funções importantes como: equilíbrio ácido básico, produção de células, de controle de cálcio, de tudo. Geralmente, quando o animal tem alguma afecção no trato urinário, vai ter alterações sistêmicas importantes.
Relembrando a anatomia, tanto na espécie canina como na espécie felina o sistema urinário é formado pelo RIM, URETER, VESÍCULA URINÁRIA, BEXIGA E URETRA. 
Qual a diferença que a gente tem que lembrar? Tamanho de uretra, e por quê? Infecção ascendente. Então porque mulheres e cadelas principalmente têm muito mais infecções recorrentes? Porque possui a uretra menor.
1º da proximidade do ânus com a vulva, então geralmente essas infecções são ascendentes, e geralmentede E.coli, justamente pela proximidade de ânus e vulva. Outra causa é a infecção migrar para a vesícula urinária, para o ureter e para os rins e chegar a desenvolver um pielonefrite. 
Nos machos existe a diferença de ter a uretra mais longa, então a probabilidade é menor de desenvolver alguma infecção de trato urinário, só que uma diferença dos machos e das fêmeas está na complicação dos urólitos, que no caso nos machos essa probabilidade aumenta devido o osso peniano. Então, quando o urólito sai da vesícula urinária e para no osso peniano, o animal vai ter quadros de obstrução que é raro de observar nas fêmeas por que não tem esse osso peniano e saber dessas particularidades é importante para falar de cada alteração no trato urinário. 
Nos gatos também, tanto nos machos como nas fêmeas temos uma uretra mais curta. As fêmeas não vão ter a estenose peniana, então nas fêmeas não é comum obstrução, nos machos já é mais comum ter obstrução e não precisa ter cálculo, ou seja, esses animais podem obstruir com proteína, descamação de epitélio de bexiga e uretra e até mesmo muco pode levar a obstrução, porque o pênis do gato, por exemplo, a uretra reduz muito o diâmetro. 
Então as fêmeas e os machos não vão ter tanta infecção de trato urinário, mas por quê? Questão de higiene, mas tem outro motivo, como é a densidade de urina desses animais? ÁCIDA, ou seja, esses animais concentram muito a urina, por isso esses animais não tem tanta predisposição de desenvolver infecções como os cães de trato urinário, a não ser quando eles ficam velhinhos, apresentam doença renal e não consegue mais concentrar urina, ou possuem algum fator predisponente, porque impede a formação de sedimento e controle de pH. 
Temos rim, ureter, vesícula urinária e uretra. A função do rim é formar o filtrado glomerular, filtrado renal que vai dar origem a urina. O ureter vai conduzir a urina até a vesícula que vai ficar armazenada até o momento dela der eliminada via uretra para o meio externo. 
Qual o órgão mais importante eu temos do sistema urinário? O rim, e o que tem no rim que é importante? NÉFRON, e o que são néfron? São unidades básicas dos rins, e que quando for falar de DRC E DRA ele vai ser de grande importância. Então qual a função do rim? Ele filtra e excreta, então ele vai eliminar o que é toxico, e reabsorver oque o corpo precisa, ou seja, a gente não joga fora glicose e nem aminoácido, e os eletrólitos vão ser utilizados para o controle ácido básico, e controle de PA.
 Lembra que eu falei que era importante para regular pressão por que aonde o sódio vai a água vai atrás? Então se aumentar a excreção de sódio, vai aumentar a saída de água da arteríola aferente e peritubular para controlar a PA. É essencial para filtrar e excretar esses metabólitos tóxicos (ureia e creatinina), regular o equilíbrio eletrolítico e ácido básico, então temos absorção de bicarbonato para manter tamponamento sanguíneo e excreção de íons H+, controle da PA através da excreção de sódio e água. Então se tiver maior secreção de sódio vai sair mais água dos capilares peritubulares e consequentemente a pressão vai cair porque vou reduzir pressão hidrostática.
Produção de hemácias, então a eritropoietina ela é produzida no rim, então se tiver uma doença renal com perda de néfron que é a unidade funcional do rim o animal vai ter redução na produção de eritropoietina e ainda do calcitriol que é responsável pela reabsorção e excreção do cálcio.
 O rim é formado por néfron e néfron é igual neurônio, ou seja, só tem um, então perdeu acabou. O gato tem 190.000 néfrons e o cão tem 450.000 aproximadamente. 
Aqui está explicado porque que gato quando fica velho tem DR? Então conseguimos entender porque nos gatos a doença renal acontece com maior frequência. Então o néfrom que é a unidade funcional do rim que pega tanto a região cortical quanto a região medular. Então temos na região cortical (externa) do rim o glomérulo, túbulo contorcido proximal e o túbulo contorcido distal e o restante está na medular e o ducto coletor vai desembocar no ureter que vai levar a urina que foi formada até a bexiga. 
Se o paciente perder esse néfron ao longo da vida, vai chegar um determinado momento eu ele vai ter DR(doença renal), e por esse motivo no momento da anestesia temos eu pensar em não usar fármacos hipotensores, porque uma anestesia pode levar a perda de néfron. Naquele momento para o paciente não vai ter importância clínica, mas na vida toda do paciente o que estou fazendo com o numero de néfron? Reduzindo, ou seja, aumento a probabilidade do animal ter uma DR ou uma IRA (injúria renal aguda). Outra coisa é fármacos nefrotóxicos, ou seja, ter cautela para usar porr exemplo AINE, ou seja, uso indiscriminado, redução da taxa de filtração que pode levar a algum dano e perda da célula. 
O que acontece? Temos a arteríola aferente, chegando com sangue que vai passar dentro da cápsula de Bowman, e vai sair na arteríola eferente e os capilares peritubulares e por diferença de pressão hidrostática e oncótica se forma a cápsula. Então a pressão hdrostática dentro do glomérulo, é muito maior que na cápsula de Bowman, o seja, mais ou menos 60 mmHg e ai o eu vai acontecer? Vai forçar o plasma que está chegando a passar para o túbulo e forma o filtrado. 
Quando chega no túbulo, eu tenho ou reabsorção ou secreção baseado em pressão hidrostática e pressão oncótica que é menor justamente para permitir troca. Olha só, no túbulo proximal, tenho reabsorção de glicose, íons, água e aminoácidos, ou seja, nada é perdido, então mesmo eu tenha uma liberação exagerada de glicose ela vai ser reabsorvida ate chegar no valor limiar de reabsorção tubular. No cão chega a 180 mais ou menos, vai dar conta de fazer isso? Não, então o que vai sair na urina? GLICOSE, então esse paciente pode ter diabetes, então a glicose é absorvida justamente ai. 
Tem também absorção de íons, então sódio, água. Aí, o filtrado chega, tem secreção, absorção principalmente de água, ou seja, na alça descendente de henle. Na alça ascendente tem reabsorção de eletrólitos no túbulo contorcido distal de sódio, água, potássio e os íons de hidrogênio, ou seja, equilíbrio ácido básico do paciente.
Existe diuréticos que vai agir em cada poção, por exemplo a furosemida é um potente diurético de alça, ou seja, age na alça de henle. A espirolactona vai agir na região de túbulo contorcido distal, e túbulo coletor, então quando usar diurético ele vai poupar potássio, enquanto a furosemida causa perda de potássio.
A ureia e a creatinina serão eliminadas, ou seja, tudo que é produto tóxico essa célula depura, ou seja, não reabsorve, a não ser glicose, ions, água e aminoácido. Nesse néfron que vai ter toda manutenção de equilíbrio eletrolítico, e manutenção porque, quando absorvo água ou sódio, tenho reabsorção de água consequentemente e liberação de ADH que age aí e a ALDOSTERONA age reabsorvendo sódio, que são os dois mecanismos que controlam a pressão. A ALDOSTERONA liberada pela adrenal, e o ADH pela hipófise.
Se o paciente tiver alteração da função glomerular, tenho alteração em fatores que podem leva a alterações sistêmicas, por exemplo, se reduzir a filtração o que vai aumentar no paciente? Uréia e creatinina, e quando tiver alteração de uréia e creatinina tenho alteração da função glomerular, mas isso acontece quando tenho mais de 75% de lesão, então é interessante monitorar o rim de um paciente so avaliando ureia e creatinina? Não. A razão proteina, creatinina urinária vai ser indicativo de função glomerular, porque, a albumina tem alto peso molecular, ou seja, não passa pelo glomérulo, ela só vai passar se o animal tiver perda de néfron por que a pressao fica muito alta tem lesão de célula e o animal perde proteina de alto peso molecular, ou seja, albumina e nesse paciente vai ter razão proteina creatinina urinária, mas temos que lembrar que essa alteração só é válida se não tiver sedimento ativo. Então se não tiver hematúria, piúria, excesso de leucócitos, excesso de cristais, excesso de qualquer sedimento vai alterar ovalor.
Hoje tem o SDMA (dimetil arginina) que é um aminoácido eliminado via renal, só da um indicativo de lesão renal precoce. Se o animal tem aumento de SDMA indica lesão precoce, mas se tenho um animal que faço exame de urina, apresenta lesão precoce, tem razão proteina creatinina urinaria a necessidade de avaliar função glomerular com isso? Por exemplo, vou usar um fármaco que é nefrotóxico, o animal tem valo de leia e creatinina normal, densidade normal, não tem proteinúria, cilindruria, não tem indicio nenhum de lesão renal, então para esse paciente vale a pena faze isso. Agora pega um paciente que tem alteração de ureia e creatinina, precisa faze isso? Não por que você já sabe o que esse paciente tem. Isso é caro. Quanto custa um exame de urina? Aproximadamente r$40,00 cada, ou seja, muito barato e é um exame que consegue dizer se o paciente consegue concentrar urina, porque se ele não concentra ele pode ter alteração na alça de henle e no túbulo coletor, se tem proteina na urina, ou seja, avalio função glomerular. Se o paciente perde glicose da indicio de lesão tubular ou de diabetes, se esse paciente forma cilindro por que são formados quando tem secreção de proteina e dano nas células epiteliais nos túbulos, então se tenho formação de cilindro na urina tenho lesão tubular também, ou seja, sempre fazer triagem com exame de urina.
Outra coisa que usa para avaliar função renal é ultrasson adominal, ou seja, sistema urinário para avaliar o ultrasson é importantíssimo. Então se tem um animal com hematúria, tem que fazer o ulrasson, ou seja, tem que faze o diferencial. Não pode esquecer-se de avaliar fósforo, potássio, é sódio, então animal DR ele tem hipocalemia. Hemogasometria para avaliar ph sanguíneo por que se o paciente não consegue mais fazer secreção e reabsorção ions H+ ou de bicaronato o animal pode ter acidose metabólica, e não esquecer do hemograma completo, por que? Paciente DR pode ter déficit de eritropoietina e não produção de eritrócitos (hemácias). Quando a gente fala dos exames a gente fala muito de rim porque é o órgão mais importante, mas não pode esquecer da bexiga, do ureter e da uretra. 
 
 
07/11
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
Gatos tubular
Cães glomerular
Glomerular avalia quando faz ureia e creatinina, se houver algum tipo de lesão o glomérulo permite a passagem de proteínas, à medida que se perde essas células vc perde a capacidade funcional assim permitindo que proteínas de alto peso molecular passem e a cel. fica em constante estresse. Sdma produto que é marcador precoce de alteração renal enquanto ureia e creat só vão alterar quando tiver perda de 75% de nefrons, sdma com 25%.
A urina n pode ter sedimentos ativos, infecção, n pode ser colhida por sonda ou compressão vesical nem micção natural pq a uretra tem bactérias e pode alterar os resultados.
Tubular avalia densidade urinaria, pois e onde atua a aldosterona e ADH. Glicose – glicosuria doente renal, e cilindros (são produzidos a partir das cels tubulares. Hialinos, granulosos degeneração maior das cels tubulares)
Exame de imagem ultra som abdominal: morfologia do órgão e identificar a presença de cálculos ou não.
E raio x: identificar urolitos e outros que não foram identificados na ultra.
Eletrólitos: fosforo, potássio
Hemogasometria: pH sanguíneo
Hemograma: eritropoietina é produzido no rim, animal pode ter anemia.
Infecção de trato urinário: raras nos gatos; comum em cães, predominante nas femeas,
Infecções ascendentes, pielonefrite e cistite.
sinais clínicos: hematúria (sg na urina), emergência pra urinar e dor ao urinar.
Palpação da vesícula urinaria: obstrução – cheia, inflamação – vazia. 
Colher urina cistocentese: cuidado com a agulha e se possível acompanhado do ultrassom, cuidado com o calibre da agulha.
Diferencial de hematúria: neoplasia – carcinoma de cels transicionais. E n faz cistocentese. Características: mucosa irregular, vesícula acometida local geralmente Trigono vesical, espessamento de mucosa em direção ao lumem. Toda vez q achar espessamento de mucosa em vez de cistocentese realizar a lavagem trigono vesical, faz cateterismo e manda pro histopatológico.
Colheu a urina por cistocentese mandou pra cultura e achou mais de 1000 ufc já tem importância clinica, se foi feita a coleta de forma correta com antissepsia. Já se a coleta foi por cateterismo esse mesmo valor não tem importância clinica, pois pode ter até 100.000 ufc por isso deve – se saber a forma que a urina foi colhida.
O histopatológico da bexiga tem duas formas videoscopio, ou laparotomia.
Cuidados na cisto -> pode acontecer de lacerar uma veia de calibre importante.
Paciente com inflamação - Urinalise: Cels inflamatorias, leucócitos mais de 5 por campo, hemácias, maior numero de cels epiteliais, maior numero de bactérias.
Cistites recorrentes: animais geralmente com alteração e é necessário cuidado maior com antibioticoterapia. É fundamental fazer a urocultura.
Uso de anti-inflamatório não esteroidal deve –se avaliar se o paciente tem problemas de gastrite e função renal.
*meloxicam gato dose 0,1mg/kg até 5 dias
*meloxicam cão dose 0,1 – 0,2 mg/kg até 5 dias
*carprofeno 2,2mg 12h – 4,4mg 24h
*firocoxib 5mg/kg sid
*cetoprofeno 
Antibiótico
Amoxilina com clavulanato 5 dias
Sulfa com trimetropin 5 dias
Se for recidiva mantem antibiótico terapia até sair resultado da urocultura, ai se necessário trocar a base do antibiótico.
· Cistite idiopática felina- SÍNDROME DE PANDORA
Asséptica, causada por estresse, não usa antibioticoterapia a menos que apareça bactérias na urocultura. É uma alteração inflamatória. Relacionada a dieta seca e baixa ingestão de agua.
Estresse ativa simpático liberando catecolaminas e cortisol além de ter hiperglicemia e neutrofilia pode ter aumento da permeabilidade do epitélio vesical substancias presentes na urina podem ser nocivas vão agitar fibras c que aumentam a excitabilidade neuronal que fazem vasodilatação e ativa mastócito e libera histamina que vasodilata aumentando a chegada de cels de defesa mais citocinas inflamatórias que se torna um processo inflamatório sem a presença de bactérias. Tornando –se um ciclo vicioso.
Mesmo sinais clínicos da cistite bacteriana, disúria, hematúria, colaquiuria, estanuria.
Diagnostico por exclusão: urinalise, urocultura, ultrassom abdominal, raio x, cistoscopia. Sem bactérias é idiopática.
Obstrução: dor na palpação abdominal, alopecia ventral. A cistite idiopática pode levar a obstrução e pode ocorrer contaminação bacteriana no momento da desobstrução.
Tratamento: manejo ambiental para redução do estresse, fornecer maior quantidade de vasilhas de agua e de vasilhas sanitárias, dificultar o alimento colocando dentro de brinquedos, locais onde deixar disponível, substrato da vasilha sanitária, separar cães dos gato, disponibilizar brinquedos, caixas, aumentar ingestão de agua através de alimento úmido. O uso de ração terapêutica apenas em casos específicos. Analgésico tramadol ou butorfanol na internação, após alta tramadol oral. Associar aprasozina se tiver muito espasmo uretral.
Antidepressivo caso mesmo após todo o procedimento ter de novo.
A obstrução de uretra é mais comum em gatos devido ao estreitamento q essa possui. Assim qualquer corpo pode causar obstrução seja coagulo, pedra. Mesmo sinais clínicos da idiopática.
Realizar palpação vesical e ver esfíncter anal, se estiver relaxado fazer exame clinico neurológico, saber se tem lesão medular, pois interfere nos músculos da vesícula e da uretra, fazendo retenção de urina podendo ocorrer cistite bacteriana.
Avaliar pênis pq as vezes a obstrução pode ser um tampão mucoso. Temp, frequência cardíaca e pressão, pra ver se está em choque. 
Animal hipotenso, Ligar no eletrocardiograma ausência de onda p, onda t alta que indica distúrbio eletrolítico grave e bloqueio átrio ventricular de 1 grau. Relacionado a alta de potássio circulando.
Animais obstruídos a muito tempo corre risco de ruptura da bexiga no momento de descompressão.
A vantagem da cistocentese é que vai reestabelecer a taxa de filtração glomerular.
Paciente

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