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Disc.: CURRÍC.TEOR.PRÁTICA 2020.1 EAD (G) / EX 1. Leia o fragmento a seguir sobre o conceito de Currículo para responder a questão: "[...] compreendemos o currículo como uma 'tradição inventada' (GOODSON, 1998), como um artefato sócio-educacional que se configura nas ações de conceber/selecionar/produzir, organizar, institucionalizar, implementar/dinamizar saberes, conhecimentos, atividades, competências e valores visando uma 'dada' formação, configurada por processos e construções constituídos na relação com conhecimento eleito como educativo. [...] Em geral, o senso comum educacional percebe o currículo como um documento onde se expressa e se organiza a formação, ou seja, o arranjo, o desenho organizativo dos conhecimentos, métodos e atividades em disciplinas, matérias ou áreas, competências, etc.; como um artefato burocrático preescrito. Não perspectivam o fato de que o currículo se dinamiza na prática educativa como um todo e nela assume feições que o conhecimento e a compreensão do documento por si só não permitem elucidar. O fato é que professores e educadores em geral, nos seus cenários formativos, atualizam, constroem e dão feição ao currículo, cotidianamente, relacionalmente, tendo como seu principal objetivo a formação e seus processos de interpretação e veiculação, daí sua inerente complexidade" (MACEDO, 2007, 24-26). Marque a alternativa que define o pensamento de Goodson: O conhecimento eleito como educativo é aquele que é igual para todas as formações, sem que ocorra um processo de seleção de conteúdos. O currículo como tradição inventada não é algo que se considere como pronto, mas uma construção atualizada nos cenários formativos, por processos e construções constituídos nas relações socioeducativas. O currículo é o conjunto de disciplinas que compõem a matriz curricular de um curso, sem sequer se questionar os processos de seleção cultural responsáveis pela inclusão de saberes no currículo. O senso comum educacional está certo em conceber o currículo como um documento, feito por professores apenas em diálogo com as suas práticas. O currículo é um artefato burocrático prescrito e orientado por um documento que apenas define atividades práticas. 2. Para Goodson (2008) nas décadas de 1960 e 1970 testemunhamos uma transformação da escolarização americana através de ideologias tecnocráticas e de cunho taylorista de eficiência social. Deste modo podemos afirmar que o currículo neste momento tinha como característica marcante: A ênfase na relação professor-aluno e o diálogo como instrumento para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem A valorização dos conhecimentos prévios dos/as estudantes e seus contextos socioculturais. Um espaço de disputas de poder e questionamento de conhecimentos e valores hegemônicos A obtenção de resultados educacionais mediante a eficiência científica e controles burocráticos sociais que consolidavam um modelo racionalista de escolarização Uma concepção de avaliação formativa, ou seja, aquela que acompanha o/a estudante em todo o processo ensino-aprendizagem 3. Para compreender a escola é preciso recorrer ao sentido amplo da palavra cultura, isto é, o conjunto de costumes, dos modos de viver, de vestir, das maneiras de pensar, das expressões de linguagem, dos valores das várias origens dos alunos. Consequentemente, a escola para ser bem sucedida necessita perceber qual é a melhor cultura para, assim, poder contribuir com um ensino de qualidade. exige a definição de qual cultura propicia uma melhor aprendizagem. precisa colocar-se aberta às diversas culturas existentes nos grupos de alunos. deve escolher a cultura que mais se aproxima da maioria de seus alunos, visando a um tratamento democrático. é obrigada a equilibrar os diferentes valores dessas diferentes culturas para atender igualmente a todos os alunos. 4. Em relação ao que dizem as teorias pós-críticas do currículo, podemos afirmar: O currículo deve ser ¿forte¿, com ênfase nos conteúdos para o sucesso futuro dos alunos. O currículo deve se preocupar com a transmissão, memorização, avaliação e classificação dos alunos. O currículo dever ser multiculturalista, atendendo as demandas sociais, políticas e econômicas, em respeito às diferenças entre os sujeitos. O currículo deve dar ênfase à tecnologia, seguindo o legado eficienticista. O currículo deve dar ênfase às experiências dos alunos. 5. No final dos anos 70 e nos anos 80, " a preocupação básica do cenário educacional (...) foi o fracasso da escola de primeiro grau no ensino de crianças das camadas mais carentes de nossa população. Em decorrência, a questão do currículo tornou-se alvo de atenção de nossas autoridades , pesquisadores e educadores." ( BARBOSA, Antonio Flávio. Currículos e Programas no Brasil. SP: Papirus, 1990) As opções destacam evidências dessa afirmativa, EXCETO quanto : à rejeição acadêmica aos pressupostos voltados para interpretação da ideologia no currículo. ao caráter técnico do processo educativo, acrescenta-se o caráter sociopolítico. à formação de corpo de estudiosos, ampliando publicações sobre o campo do currículo. ao surgimento de estudos especializados para estudar as causas da inadequação dos currículos. à inclusão da disciplina Currículos e Programas nos cursos de mestrado em educação. 6. Ao investigar o processo educativo mediado por diferentes propostas curriculares na Educação Básica, compreendemos que cabe ao pedagogo orientar a elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) das instituições escolares: desconsiderando a atitude profissional por parte dos gestores para promover relações afetivas entre professores e estudantes, em sala de aula e demais espaços de aprendizagem. desconsiderando as diretrizes curriculares e legislação educacional vigente, enfatizando os interesses institucionais da empresa/escola. considerando a participação da comunidade escolar, seus anseios e demandas sociais em relação aos conteúdos e práticas pedagógicas a serem definidas no PPP. considerando apenas a atuação educacional dos professores e gestores escolares para pensar e organizar as experiências e práticas pedagógicas a serem adotadas. considerando práticas curriculares voltadas apenas para o atendimento multidisciplinar de pessoas com deficiência. 7. "As pessoas de baixa renda não aprendem porque são fracas das ideias". "A cultura das pessoas de baixa renda é pobre". "Esta aluna não aprende porque é fraca da cabeça". Nas teorias críticas do currículo, as afirmações preconceituosas acima são exemplos de como a escola funciona como mecanismo de exclusão, pois o currículo da maioria das escolas está baseado na cultura dominante, enquanto a cultura das classes dominadas têm sua cultura desvalorizada. o preconceito na maioria das vezes parte da própria pessoa, na medida em que ela percebe suas dificuldades intelectuais. os valores e hábitos de toda a população se completam e se entrosam na organização curricular das escolas públicas. os conhecimentos trazidos pelas classes dominadas são valorizados para o crescimento cognitivo dos alunos na escola. o currículo propicia o ensino dos conteúdos necessários para a formação geral do indivíduo cidadão. 8. Durante um Centro de Estudos , os professores de escola de ensino médio debatiam sobre as disciplinas curriculares e a importância de seus marcos conceituais. Sobre as interpretações pedagógicas da palavra currículo, os professores apresentaram argumentos apoiados em fatores sociopolíticos e culturais e mostram que a conceituação de currículo éconsensual entre os educadores. teoricamente enfatizada no discurso acadêmico. essencialmente técnica. polissêmica em suas definições. definida explicitamente pelos professores.
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