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RADIOIMAGINOLOGIA APRESENTAÇÃO Elizabete Terres bettyterres@hotmail.com Kv representa a tensão elétrica na ampola e o mA representa a corrente elétrica na ampola. O Kv é o controle da velocidade em que os elétrons irão se chocar com a placa do anôdo. Enquanto o mA representa a quantidade de elétrons que irão se chocar com a mesma placa. Com outras palavras, o Kv será a velocidade e o mA a quantidade de elétrons produzidos. Fatores influentes na imagem Pode-se avaliar a imagem radiográfica a partir de quatro fatores: Contraste Densidade Detalhe Distorção Contraste radiográfico Definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes de uma radiografia. Também pode ser definido como a variação na densidade. Quanto maior esta variação, maior o contraste. Quanto menor esta variação ou menor a diferença de densidade de áreas adjacentes, menor o contraste. O objetivo ou função do contraste é tornar mais visível os detalhes anatômicos de uma radiografia Portanto, o contraste radiográfico ótimo é importante, sendo essencial uma compreensão do contraste na avaliação da qualidade. Um contraste menor significa escala de cinza mais longa, menor diferença entre densidades adjacentes. Contraste - Sendo assim, quanto mais elétrons se chocarem com a placa maior a quantidade de radiação, isso significa que o mA é a quantidade de radiação emitida pelo aparelho. E desta maneira o mA(s), com o “s” representa o tempo: é a quantidade de radiação emitida pelo aparelho em uma fração de segundos. Já o Kv é a velocidade em que esta radiação é emitida, isso significa que o Kv é o poder de penetração da radiação. Densidade Densidade óptica é o grau de enegrecimento da radiografia processada. Quanto maior o grau de enegrecimento, é menor a quantidade de luz que atravessará a radiografia quando colocada na frente de um negatoscópio (foco de luz). Fatores de controle da densidade óptica O fator primário de controle da densidade é o mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposição. Regra de mudança da Densidade Óptica O ajuste do mAs deve ser alterado em no mínimo 30 a 35 % para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica. Portanto, se uma radiografia ficar subexposta o suficiente para ser inaceitável, um aumento de 30 a 35 % produziria uma alteração notável, mas geralmente não seria suficiente para corrigir a radiografia. Uma boa regra geral sugere que aconteça no mínimo uma duplicação do mAs para correção mínima da imagem subexposta, que seria necessário para corrigir uma radiografia muito clara. Detalhe / Nitidez O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Essa nitidez dos detalhes da imagem é demonstrada pela clareza de linhas estruturais finas e pelas bordas de tecidos ou estruturas visíveis na imagem radiográfica. A ausência de detalhes é conhecida como borramento ou ausência de nitidez. Fatores de controle da nitidez A radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem. O maior impedimento para a nitidez da imagem relacionado ao posicionamento e o movimento. Outros fatores que influenciam no detalhe são tamanho do ponto focal (foco fino ou foco grosso), DFoFi (Distância foco-filme) e DOF (Distância objeto-filme). O uso de menor ponto focal resulta em menor borramento geométrico, ou seja, em uma imagem mais nítida ou melhores detalhes. Portanto, o pequeno ponto focal selecionado no painel de controle deve ser usado sempre que possível. A perda de detalhes é causada com maior freqüência por movimento, seja voluntário ou involuntário, basicamente controlado pelo uso de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso de pequenos tempos de exposição. O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e uma DFoFi maior, também melhora os detalhes da imagem obtida. Nitidez Controle do detalhe 1. Pequeno ponto focal – usar pequeno ponto focal, sempre que possível, para melhorar os detalhes. 2. Menor tempo de exposição – usar menor tempo de exposição possível para controle voluntário e movimento involuntário. 3. Velocidade filme/écran – Usar velocidade filme-écran mais rápida para controlar os movimentos voluntários e involuntários. 4. DFOFI – usar maior DFoFi para melhorar os detalhes. 5. DOF – usar menor DOF para melhorar os detalhes. Distorção Definida como a representação errada do tamanho ou do formato do objeto projetado na imagem radiográfica A ampliação é uma distorção do tamanho da imagem, portanto, pode ser incluída com a distorção do formato. Entretanto, nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpo que esta sendo radiografada. Isso é impossível porque há sempre alguma ampliação e/ou distorção devido a DFoFi e à divergência do feixe de raios X. Portanto, a distorção deve ser minimizada e controlada A distorção, que é um erro na representação do tamanho e do formato da imagem radiográfica, pode ser minimizada por quatro fatores de controle: 1. DFoFi – Aumento da DFoFi diminui a distorção (também aumenta a definição). 2. DOF – Diminuição da DOF diminui a distorção aumentando a definição da imagem. 3. Alinhamento do objeto – A distorção é diminuída com o alinhamento correto do objeto filme (o plano do objeto está paralelo ao plano do filme). 4. RC – O posicionamento correto do RC reduz a distorção porque a porção mais central do feixe de raios X com a menor divergência é mais bem utilizada. Artefato de imagem Artefatos são tudo e qualquer coisa que ou altera a imagem original, ou prejudica a visualização da imagem original. Podem ser provenientes de movimentos voluntários/involuntários, corpo estranho ou “sujeiras” presentes no filme radiográfico. Formato da sombra Radiodensidade Habilidade dos raios-x de atravessar determinado material. Materiais que inibem a passagem da radiação são chamados: radiodensos. Materiais que permitem mais facilmente a passagem da radiação são chamados: radiolucentes. Incidência e Posição Incidência: Trajetória do feixe em relação ao paciente. Exemplos de incidências: PA, AP, Axial, Apical, tangencial e transtorácica. Posição: Relação entre uma estrutura anatômica e o bucky – mural ou mesa. Exemplo de posições: PF, OAE, OAD, OPD e OPE. Obs.: A incidência PF deve ser utilizada como: látero-medial, médio-lateral ou látero-lateral. Incidências radiológicas O raio X torácico pode ser feito em projeção Póstero-Anterior (PA), em projeção Antero-Posterior (AP) e perfil. A projeção Póstero-Anterior (PA) é adquirida quando os raios X entram pelas costas do paciente, e saem pela frente (região anterior). Assim, as partes que estiverem mais à frente ganharão destaque na imagens do exame. Já uma radiografia Antero-Posterior (AP) indica que o feixe de raios X penetrou o tórax pela região anterior, saindo pelo dorso. Nesse caso, partes que estiverem mais próximas às costas aparecem com maior nitidez. Outra opção de incidência é em perfil, e também tende a mostrar em evidência as estruturas mais próximas ao lado examinado. Em geral, a radiografia pode ser lateral ou perfil, oblíqua, Póstero-Anterior (PA), Antero-Posterior (AP), entre outras. Na Radiologia, talvez mais do que em qualquer outro campo, “o olho não vê o que a mente não sabe”.
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