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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAiS E AGRÁRIAS de itapeva- FAIT DOENÇA DE GUMBORO (DOENÇA INFECCIOSA DA BURSA DE FABRICIUS) Itapeva - SP - 2017 1 DOENÇA DE GUMBORO Introdução; Etiologia; Epidemiologia; Fisiopatologia; Transmissão; Sinais Clínicos; Diagnóstico; Tratamento; Profilaxia; Considerações finais; Referências. INTRODUÇÃO Doença infecciosa altamente contagiosa das aves; Vírus que acomete a bursa de Fabricius; Animais jovens; 1972 foi descrito pela 1ª vez no Brasil. 3 Anatomia - Bursa de fabricius Fonte: pt.slideshare.net/labimuno/orgos-linfides-primrios-e-secundrios Anatomia - Bursa de fabricius Fonte : Manual Salsbury (adaptado) – Permissão Fort Dodge eTIOLOGIA Gênero Avibirnavirus; Família Birnaviridae; Genoma consiste em uma molécula de RNA de fita dupla; Possui 5 proteínas virais – VP1, VP2, VP3, VP4 e VP5. Proteínas Virais VP1 – encapsidação encapsidação da partícula viral da partícula viral VP2 – codifica as determinantes codifica as determinantes antigênicas do vírus antigênicas do vírus – indução de indução de anticorpos VP3 – morfogênese das partículas morfogênese das partículas virais VP4 – polipeptídeo polipeptídeo estrutural estrutural VP5 – função reguladora 6 EPIDEMIOLOGIA Acomete aves principalmente entre 10 a 28 dias; A bolsa começa a regredir de tamanho ao redor das 12 semanas e geralmente termina às 20 semanas. vírus se multiplica nos linfócitos B: Os linfócitos B do timo, tonsila cecal, baço e glândula de Harder também são infectados pelo vírus, Linfócitos T aparentemente não são comprometidos. 7 EPIDEMIOLOGIA A imunossupressão pode alcançar seu grau máximo em aves infectadas no primeiro dia de idade; Pode haver infecções secundárias ao redor da terceira e quarta semanas de idade; Dificuldade a reagir perante estímulos antigênicos. A imunodepressão pode alcançar seu grau máximo em aves infectadas no primeiro dia de idade (imunossupressão) e em menor grau, após semanas. Geralmente a infecção ocorre no decréscimo dos anticorpos maternos (após duas ou três semanas de idade). Pode haver infecções secundárias ao redor da terceira e quarta semanas de idade: As aves afetadas apresentam lesões na bolsa, podendo haver evidencias de infecções bacterianas ao redor da terceira e quarta semanas de idade e podem mostrar alterações na capacidade e reagir perante estímulos antigênicos comprometendo a resposta imune contra infecções causada pelos vírus da enfermidade Newcastle, Marek, Bronquite, Micoplasma e Avibacterium entre outros. Existem evidências de que as aves que sofrem imunossupressão pelo vírus da DIB, se tornam mais suscetíveis à dermatite gangrenosa, hepatite por corpúsculo de inclusão e outras infecções secundárias. Perus podem se infectar com o vírus, mas não apresentam manifestação clínica e nem redução de performance ou imunossupressão. 8 EPIDEMIOLOGIA Doentes típicos; Doentes atípicos. Doentes típicos – são aqueles que alberga o VDIB em seu organismo na presença de sinais clínicos característicos da DIB – pintos entre três e seis semanas de idade. Doentes atípicos – aquele que alberga o VDIB em seu organismo na presença de sinais clínicos atípicos da DIB, em ocorrência da manifestação benigna da doença no hospedeiro – pintos com imunidade materna e galinhas que se infectaram com mais de seis semanas de idade. 9 fisiopatologia A infecção: Via ocular e oro-nasal ; Via Placas de Peyer no intestino, fígado e corrente circulatória até a Bolsa cloacal (24 horas); No tecido linfóide da Bolsa, o vírus coloniza outros órgãos do sistema linfóide; Excreção pelas fezes →10 a 14 dias fisiopatologia Sorotipo 1: Patogênico somente para galinhas; Sorotipo 2: Prevalente em perús. Não apresenta patogenicidade em galinhas. Sorotipo 2 – ampla distribuição mas não descrito no Brasil 11 TRANSMISSÃO De ave para ave (direta); Vírus eliminado pelas fezes (animais doentes); Pela água, ração, pessoas que circulam pelas granjas (indireta). Direta: A transmissão da enfermidade acontece diretamente de ave para ave, e o vírus é eliminado nas fezes do animal doente Indireta: , a transmissão indireta também acontece por materiais contaminados, como equipamento, ração, água, veículos e mesmo entre pessoas que circulam pelas granjas, levando o agente infeccioso de um local para outro. 12 TRANSMISSÃO Horizontal; Não há transmissão vertical. Transmissão horizontal: Equipamentos contaminados; Insetos; Matéria orgânica; 13 SINAIS CLÍNICOS Forma aguda ou clássica: Aves de 3 a 6 semanas; Depressão, diarreia branca aquosa, anorexia, penas eriçadas, letargia, morte súbita; Desidratação. Alterações da bolsa sempre estão presentes com sinais clínicos ou subclínicos; 14 SINAIS CLÍNICOS Hemorragias nos músculos peitorais, pró- ventrículo e moela; Proventriculite. Alterações da bolsa sempre estão presentes com sinais clínicos ou subclínicos; 15 SINAIS CLÍNICOS Forma sub-clínica: Aves expostas ao vírus nas 2 primeiras semanas de vida; Atrofia da Bolsa; Perda de desempenho; Alterações da bolsa sempre estão presentes com sinais clínicos ou subclínicos; 16 SINAIS CLÍNICOS Forma sub-clínica: Infecções secundárias (E. coli); Redução na capacidade de resposta vacinal. Alterações da bolsa sempre estão presentes com sinais clínicos ou subclínicos; 17 SINAIS CLÍNICOS Fonte: (BACK, 2010) SINAIS CLÍNICOS Fonte: (BACK, 2010) DIAGNÓSTICO Anatomopatológico; Precipitação em gel de Ágar; Elisa; PCR; Neutralização do vírus. Diagnóstico Anatomopatológico Petéquias → musculatura das pernas, coxas e mucosa do proventrículo ↑ muco no intestino intestino ↑ volume hepático hepático com infartos periféricos e esplenomegalia ocasional 2.5.4.1 Precipitação em Gel de Ágar O antígeno é derivado da bolsa e detecta anticorpos precipitantes de infecção natural ou de vacinação. A sensibilidade é baixa e a especificidade é alta. Essa prova não é padronizada e os resultados variam entre os laboratórios. 2.5.4.2 ELISA Apresenta alta sensibilidade e especificidade e é indicado quando se tem grande número de soros a serem testados devido à alta praticidade. Também não está padronizada e recomenda-se a usar kits de uma mesma procedência para garantir a reprodutibilidade dos resultados. 2.5.4.3 Vírus-neutralização É a prova padrão para a medida de anticorpos contra VDIB. A sua execução é demorada e laboriosa, e por isso pouco utilizada em rotina. É uma prova sensível e pode ser empregada para medir títulos de neutralização cruzada, desde que se disponha de cepas variantes adaptadas a cultivos celulares. 20 TRATAMENTO Não existe tratamento. Tratamento de sintomas como desidratação e infecções secundárias pode ter algum benefício. profilaxia Diagnosticar as aves doentes; Eutanásia e descarte das aves doentes; Promover desinfeção do local; Esquemas de vacinação. .8 Profilaxia Deve-se identificar ou diagnosticar as aves doentes ou portadoras do VDIB. Após diagnóstico da doença, eutanásia e descarte dessas aves. Promover desinfecção com agentes físicos ou químicos de todos os fômites que entram em contado com as aves, bem como todo ambiente onde as mesmas se encontram alojadas. Evitar também o contato das aves com possíveis disseminadores do IBDV, como aves silvestres e os insetos, mantendo ótima higiene do pessoal de trabalho. Desinfetantes como a formalina, cloramina e compostos iodósforos têm se mostrado eficazes contra o VDIB. O controle do cascudinho Alphitobius diaperinus é importante, pois este pode albergar o vírus e favorecer a transmissão entre lotes.b A imunização passiva é aquela transferida da mãe para os pintinhos através da gema do ovo. Esses anticorpos foram elaborados pela galinha em consequência da infecção natural ou da vacinação. A imunização ativa, através da vacinação, é o procedimento profilático mais recomendado e prático.Existe uma diversidade grande de vacinas atenuadas (preparadas em embrião de pinto ou em cultivo celular) e inativas preparadas a partir de cepas clássicas e variantes. 22 profilaxia Resistente: Éter, clorofórmio, amônia; Sensível: Formalina, Cloramina, Iodóforos; Pode sobreviver em granjas por longos períodos (4 a 12 meses). 23 Considerações finais A doença de Gumboro caracteriza-se por ser uma enfermidade altamente contagiosa, que acomete pintos em fase de crescimento; Devido ao fato de não possuir um tratamento, a profilaxia se torna um fator importante, a forma de profilaxia é através da obtenção de imunidade sólida e duradoura, deve-se empregar um programa de vacinação adequado às condições locais. OBRIGADA PELA ATENÇÃO!! referências BACK, Alberto. Manual de Doenças de Aves. 2ª edição, Revisada e Ilustrada; Editora Integração; Cascavel – PR, 2010. BERNARDINO, Alberto; LEFFER, Eduardo In: BERCHIERI JUNIOR, A; SILVA, E. N; DI FABIO, J; SESTI, L; ZUANAZE, M. A. F; Doença das Aves; 2ª edição: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas; Campinas, SP, 2009. IKUTA, Nilo; LUNGE, Vagner Ricardo; FONSECA, André Salvador Kazantzi In: FLORES, Eduardo Furtado. Virologia Veterinária. Virologia Geral e Doenças Víricas. 2ª edição, revista, atualizada e ampliada, Editora UFSM, Santa Maria, 2012. KNEIPP, C. A. F; Doença de Gumboro no Brasil; Unidade de Negócios Avicultura Merial Saúde Animal Ltda; Santa Maria, 2000. SIMON, Vilson Antonio; ISHIZUKA, Masaio Mizuno In: BERCHIERI JUNIOR, A; MACARI, Marcos. Doença das Aves; FACTA: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas; Campinas, SP, 2009.