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Coriza Infecciosa Ornitopatologia Cíntia Alves Teixeira Gabriel Oliveira Florindo Guilherme Guimarães Garcia Letícia Marinho Viana Márcio Augusto Lopes Pereira Rafaela Alves Guimarães Wanderson Ferreira Neres Etiologia É uma doença do trato respiratório superior; Causada pelo Avibacterium paragallinarum; Um bacilo Gram-negativo, pleomórfico acentuado, imóvel, de pronunciada microaerofilia, pertencente à família Brucellaceae. Altamente contagiosa; Caracterizada pela inflamação das mucosas do aparelho respiratório (principalmente trato superior), podendo por vezes atacar o globo ocular; Pode aparecer de forma sub-aguda, aguda ou crônica. Epidemiologia Distribuição mundial (maior ocorrência em regiões de clima temperado e tropical); No Brasil, sua ocorrência é maior nas regiões sul e sudeste. O período de incubação é de 24 a 48 horas; A transmissão ocorre pelo contato com doentes e portadores, além de aerossóis, fômites, insetos e água; Epidemiologia Mesmo com uma alta morbidade, a mortalidade pela coriza infecciosa é baixa (podendo ser aulta quando associada á bronquite infecciosa, laringotraqueíte, micoplasmose, colibacilose e cólera aviária); Parasitas como piolhos, verminoses e eimerioses também podem agravar o quadro. Geralmente acomete as aves adultas, sendo mais frequente no período frio, por problemas de manejo como ventilação inadequada, ar frio e umidade, problemas nutricionais Animais curados podem ser portadores. Patogenia e Sinais Clínicos Aderência do agente ao epitélio do trato respiratório superior liberando toxinas; Ocorrência de hiperemia e edema da lâmina própria das mucosas, evoluindo para hiperplasia, desintegração e descamação do epitélio. São sinais clínicos de coriza infecciosa: Corrimento nasal com odor desagradável; Sinusite, dispneia, espirros; Conjuntivite catarral; Edema da face e barbelas; Lacrimejamento abundante; Anorexia e diminuição na produção de ovos. Sinais Clínicos Figura 1. Sinusite crônica acentuada. Há um aumento intenso no seio paranasal direito e esquerdo, o qual adquiriu aparência sacular. Lesão é indicativa de infecção crônica por Avibacterium paragallinarum. FONTE: CADERNO TÉCNICO DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA, 2017. Sinais Clínicos Figura 2. Sinusite crônica acentuada. Há aumento intenso do seio paranasal (unilateral). Lesão é fortemente indicativa de infecção por Avibacterium paragallinarum, causador da coriza infecciosa. FONTE: CADERNO TÉCNICO DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA, 2017. Diagnóstico O diagnóstico presuntivo é realizado com base nos dados epizootiológicos, pelos sinais clínicos e achados necroscópicos; O isolamento é difícil, pois o agente é altamente sensível quando fora do hospedeiro, além de ter crescimento lento; O meio indicado é o ágar sangue com fator de crescimento V (difosfopiridina nucleotídeo), em microaerofilia; Diagnóstico sorológico e molecular (PCR) são mais indicados. Observação: doença de notificação mensal de qualquer caso confirmado. Diagnóstico Figura 3. Desenvolvimento abundante de colônias de cultura pura depois de dois dias de incubação a 37°C, em ágar Columbia. Avibacterium paragallinarum desenvolve em toda a extensão da placa. FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA AGROPECUÁRIA. ATUALIDADE PROFISSIONAL. 2015 Diagnósticos Diferenciais Aspergilose Avitaminose A Cólera crônica Colibacilose Infliênza aviária Micoplasmose (DCR) Síndrome da Cabeça Inchada (SCI) Prevenção e Controle Medidas higiênicas preventivas rigorosas, levando em conta a possível existência de portadores; Despovoar, limpar, desinfetar e só então introduzir novo lote; Vazio sanitário de 2ª 3 semanas; As vacinas são utilizadas nas zonas de risco, em poedeiras e matrizes. Normalmente são utilizadas duas doses: 1˚ dose na 5° ou 7° semana de idade; 2˚ dose entre 11° e 15° semanas de vida. Tratamento É indicado o uso de: Sulfadimetoxina associada a Trimetropim Enrofloxacina e derivados de Quinolonas; Estreptomicina (IM) e suplementação com Vitamina A. Utilizando água ou ração para realizar a medicação. OBRIGADO! Referências Cigoy ML; Huberman YD; Terzolo HR. Coriza infeciosa (II). Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária. Atualidade profissional, 2015 Ecco R; Braga JFV. Atlas de Patologia Mascroscópica de Aves e Suínos. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, n. 18, 2017. Murer L; Lovato M. Coriza Infecciosa. In: Doenças da Aves (Dos Santos HF, Lovato M). Lexington: Kindle Direct Publishing, p. 93-94, 2018.
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