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Desconsideração da Personalidade Jurídica

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Desconsideração da Personalidade Jurídica
A sucessão de empresas ocorre quando há transferência da titularidade da empresa, reestruturação jurídica, transferência de ativos financeiros, clientela e bens. São exemplos de sucessão de empresas a mudança do proprietário da empresa, a fusão, a incorporação, a alteração do tipo societário e a cisão.
Segundo Gusmão as características ou similaridades entre a despersonalização do empregador e a desconsideração da personalidade jurídica de uma empresa é utilizada para atingir o patrimônio de sócios e assim resolver suas obrigações tributarias.
‘’Não há, no entanto, qualquer similaridade entre a despersonalização do empregador e a desconsideração da personalidade jurídica de uma empresa. O instituto da desconsideração da personalidade jurídica é utilizado para que seja possível retirar da empresa o véu da ficção jurídica e atingir o patrimônio de seus sócios, a fim de garantir o cumprimento de uma obrigação junto ao credor que, por sua vez, pode ter sua relação obrigacional de origem civil, tributária ou trabalhista (GUSMÃO, 2016).’’
Então quando ocorre uma sucessão vinda de uma cisão como no caso, para responsabilizar a empresa sucessora e sucedida pelo passivo, não se aplica o instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
‘’Segundo o art. 448-A da CLT: Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor (BRASIL, 1943, on-line).’’
Aplicando a regra geral sobre a responsabilidade do passivo trabalhista na empresa sucessora. Porém no caso de uma cisão: o parágrafo primeiro do art. 229 (BRASIL, 1976) aplica como regra geral que a sociedade sucessora será proporcionalmente responsável pelas obrigações contraídas pela sucedida na medida das parcelas do patrimônio que absorver.
Também sobre cisão ‘’art. 233 (BRASIL, 1976) define que na cisão haverá responsabilidade solidária entre a empresa cindida e as que absorverem parcela de seu patrimônio. Seu parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão (BRASIL, 1976, on-line).’’
Porém, por força do que dispõe o CTN em seu ‘’art. 123 (BRASIL, 1976), o dispositivo legal acima citado não se aplica aos débitos tributários, uma vez que o CTN é expresso ao determinar que convenções particulares não podem ser opostas à fazenda pública com o objetivo de modificar o sujeito passivo das obrigações tributárias, alterando, em consequência, a responsabilidade tributária.’’
Concluímos após as características das leis que: Robson Cavalcanti que trabalhava originalmente para a Empresa Construir Ltda seria possível responsabilizar sim a empresa sucessora por tributos anteriores à cisão, como também se classifica como obrigação solidaria. Enquanto Matias Portugal seria de responsabilidade somente da empresa sucessora, pois somente teve contrato de trabalho e com a mesma.

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