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fichamento Paulo Bonavides cap 7

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Beatriz Barbosa Da Silva, 115477 Direito Constitucional turma: CD31A 
 
CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
BONAVIDES, Paulo 32 ed. São Paulo, 
malheiros, 2017 
ASSUNTO: 
07.A teoria da normas constitucionais 
08.Dos princípios gerais de direito aos 
princípios constitucionais 
 
 
Plano: Direito 
constitucional 
 
Páginas 
 
 
 
 
 
225 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
226 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhes importantes: 
 
 
Duas vertentes entre política e filosofia juntos as questões 
constitucionais uma constituição mais rígida dando ênfase á uma 
burguesia individual, sendo que vai por água abaixo o conceito de 
mudanças constitucionais para que não haja uma mudança nos direitos 
humanos e liberdade. Diante disso há uma corrente de interpretação 
específica acumulada a uma determinada classe. O que ocasionou uma 
organização política e social de acordo com a moral,religião e questão 
social. sendo assim, a constituição inspirava-se no tempo de poder. a 
rigidez oriunda do absolutismo e a partir daí a separação de conceito de 
constituição totalmente antagônica entre o estado e a sociedade e diante 
disso as questões políticas começam se sobrepor às questões 
filosóficas. Num segundo momento, era preciso uma junção da ideologia 
burguesa como questões filosóficas para dar origem à constituição, 
dando poder a legislação unificando o estado liberal e socialista. 
 
 
 
A declaração proclama e institucionaliza é um fator deste século até 
então a preocupação com os direitos e a dignidade das pessoas 
independentemente de fronteiras era presente somente na filosofia e na 
religião como um discurso novo, assentado no reconhecimento família 
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis e tendo esse 
reconhecimento como fundamento da liberdade da justiça e da paz do 
mundo, sua incorporação à práxis política e social apenas se inicia.​As 
Declarações tem, inicialmente, a índole de um manifesto ou plataforma 
revolucionária do que de um documento verdadeiramente jurídico. 
 
Capítulos:07 
1- ​conceito político 
filosófico ao 
conceito jurídico 
das constituições: 
dois séculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. o caráter político 
das declarações de 
direitos e dos 
preâmbulos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
228/230 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
231 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
232/235 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a noção de direitos fundamentais que surgiu com o liberalismo do século 
XVIII expressa que os indivíduos devem ter direitos garantidos, contra o 
próprio estado. a doutrina costuma dividir constituição como promulgada, 
enquanto a carta constitucional seria outorgada. 
Em suma, no Estado liberal do século XIX a constituição disciplinava 
somente o 
poder estatal e os direitos individuais (direitos civis e direitos políticos) ao 
passo que hoje o Estado social do século XX regula uma esfera muito 
mais ampla: o poder estatal, a Sociedade e o indivíduo. 
 
 
 
 
estado social ainda não havia nascido as dores da crise se fizeram mais 
agudas na Alemanha, entre os seus juristas, cuja obra de compreensão 
das realidades emergentes se condensou num texto rude e imperfeito, 
embora assombrosamente precursor, de que resultam diretrizes básicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O drama jurídico das Constituições contemporâneas assenta, na 
dificuldade e às vezes até na impossibilidade de passar da enunciação 
de princípios à disciplina.Quando as Constituições do liberalismo, ao 
construírem um Estado de Direito sobre bases normativas, pareciam 
haver resolvidos a contento, durante o século XIX, esse desafio, eis que 
as exigências sociais e os imperativos econômicos, configurativos de 
uma nova dimensão da Sociedade a inserir-se no corpo jurídico dos 
textos constitucionais, trouxe à luz a fragilidade de todos os resultados 
obtidos.Desaparelhado de ferramentas teóricas com que interpretar e 
caracterizar os novos institutos e princípios introduzidos nas 
Constituições por efeito de comoções ideológicas, cuja intensidade se 
B. segunda fase 
constitucional das 
cartas liberais 
 
 
 
 
 
 
 
 
C. a crise 
constitucional do 
estado liberal e a 
constituição de 
weimar 
A constituição de 
weimar foi fruto 
dessa agonia o 
estado liberal 
estava morto, mais 
o 
 
 
D. com a 
programaticidade 
entra porém em 
crise o conceito 
“jurídico”de 
constituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
236/237 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
237/238 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
239/240 
 
 
fez sentir acima de tudo durante o período subsequente à Primeira 
Guerra Mundial, o velho Direito Constitucional entrou em crise. 
normas programáticas e princípios que regem a atuação do estado, 
exigem uma mecanica jurídica distinta, pois seu objetivo não é exigir que 
o estado se abstenha, mas o contrário que se empenhe em alcançar 
determinados resultados. isso altera substancialmente a análise do 
processo judicial como instrumento de efetivação das normas 
constitucionais.
Os constitucionalistas italianos, amparados na jurisprudência e na 
doutrina, costuma repartir as normas constitucionais em duas categorias 
básicas: normas programáticas ou diretivas e normas preceptivas. O 
contraste da classificação italiana de normas programáticas frente a 
normas preceptivas padece o grave defeito de demonstrar à primeira 
vista que só as segundas são dotadas de eficácia vinculante.Recorreram 
os juristas italianos a vários critérios com que fundamentar a distinção 
básica entre normas programáticas e normas não programáticas: o do 
destinatário, o do objeto e o da natureza da norma. Quanto ao 
destinatário, seriam programáticas as normas dirigidas ao legislador e 
preceptivas ou não programáticas aquelas endereçadas aos cidadãos e 
ao juiz. 
Kelsen assenta decisivamente na rejeição da doutrina que define a 
norma jurídica tão-somente pelo seu caráter imperativo, tomada essa 
imperatividade numa acepção bastante estrita e equívoca, pois, em 
verdade, segundo ele, a norma é primeiro um juízo hipotético, e 
consequentemente "não comanda, mas se limita a descrever certos 
E. A normatividade 
das constituições 
do estado social e o 
caráter jurídico das 
normas 
programáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. a classificação 
das normas 
constitucionais e os 
distintos critérios 
classificatórios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. o problema do 
destinatário das 
normas 
constitucionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
241/242 
243 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
244-249 
efeitos jurídicos que se prendem a determinadas espécies, de sorte que 
nesta sua função descritiva se dirige a todos, sem dirigir-se a ninguém 
em particular". A posição mais singular e radical de Santi Romano se dá, 
ao declarar que o problema do destinatário das normas é um "falso 
problema": o ordenamento jurídico não tem destinatários; se o problema 
até agora permaneceu insolúvel é porque não existe e não pode ser 
suscitado. As reflexões críticas de Santi Romano é que ele proclama a 
unidade mais ou menos compacta do ordenamento jurídico e a íntima 
conexão que se estabelece entre as distintas normas, de modo a não 
consentir se possa isolar de modo completo nenhuma delas, donde a 
inteira impossibilidade de especificar-lheos destinatários. 
A principal fonte americana da norma constitucional aparece nas 
Limitações Constitucionais de Cooley: "Pode-se dizer que uma 
disposição constitucional é auto-executável, quando nos fornece uma 
regra mediante a qual se possa fruir resguardar o direito outorgado, ou 
executar o dever imposto, e que não é auto-aplicável, quando 
meramente indica princípio, sem estabelecer normas, por cujo meio se 
logre dar a esses princípios vigor de lei". Dentre as classificações das 
normas constitucionais, as mais influentes na moderna doutrina são as 
que se inferem de trabalhos como os de Azzariti, Crisafulli e Pierandrei. 
No Brasil temos a esse respeito a importante contribuição do Professor 
José Afonso da Silva. 
Quanto às normas programáticas propriamente ditas ou normas 
programáticas stricto sensu são elas as que maior interesse oferecem a 
uma distinção precisa, pela necessidade de separá-las, com o rigor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. as diversas 
classificações 
elaboradas pela 
doutrina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. As normas 
constitucionais 
programáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
250/251 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
possível, das chamadas normas "imediatamente preceptivas", de 
emprego corrente naquilo que Crisafulli se lhe afigura a viciosa e 
inadequada terminologia constitucional dos juristas italianos, por ele 
repreendida.As normas programáticas lato sensu, como os princípios 
gerais e também os princípios constitucionais, "dirigidos a direta e 
imediata disciplina de certa matérias", ou destinados a disciplinar "desde 
o início e de modo direto, determinadas relações", entram na categoria 
das normas de eficácia imediata, ou seja, das "norma imediatamente 
preceptivas". Ostentam por igual uma dupla eficácia na medida em que 
servem também de regra vinculativa de uma legislação futura sobre o 
mesmo objeto. 
 
Em resumo, a programaticidade das Constituições será contudo um mal 
se não servir também ao Direito, se não for para o Poder um instrumento 
de racionalização e eficácia governativa, se não vier embebida de 
juridicidade, se não representar aquele espaço onde o ​espírito da 
constituição elege o seu domicílio e se aloja. A programaticidade sem 
juridicidade poderá enfim converter-se formal E materialmente no 
obstáculo dos obstáculos à edificação constitucional de um verdadeiro 
Estado de Direito. Fora da constituição haverá lugar para tudo, menos 
para uma ordem jurídica assentada na legalidade e legitimidade do 
Poder, segundo os critérios da sociedade democrática, inspirada nos 
valores ocidentais. 
As normas de eficácia diferida, para aplicarem a matéria a que 
diretamente se referem, precisam apenas de meios técnicos ou 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. as normas 
constitucionais 
imediatamente 
preceptivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. as normas 
constitucionais 
eficácia diferida 
 
 
251/254 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
255/258 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
258/259 
 
 
 
 
 
instrumentais. Desde o primeiro momento, sua eficácia ou aplicabilidade 
pode manifestar-se de maneira imediata, posto que incompleta, ficando 
assim, por exigências técnicas, condicionadas a emanação de 
sucessivas normas integrativas.Há, portanto, nas Constituições normas 
que não se dirigem unicamente aos poderes do Estado, indistintamente, 
desde o primeiro momento, aos cidadãos e aos órgãos estatais, não 
tendo, por conseguinte natureza programática, e somente desdobrando 
sua inteira eficácia através de meios instrumentais ou leis organizativas 
posteriores, capazes de permitir sua aplicabilidade às matérias de que 
diretamente se ocupam.São as normas de eficácia diferida. 
 
um princípio e uma luz uma base para tudo, a partir de um princípio que 
se desenvolve outras coisas. Ex. O princípio do devido processo legal, 
esse princípio lastrea como deve ser e desenvolver as realizações 
processuais judiciais ou seja, todo o processo deve seguir o devido o 
princípio do devido processo legal .. sendo assim temos o artigo 319 do 
CPC que traz os requisitos da petição inicial ( se não atender os 
requisitos a petição é inepta = não tende o devido processo legal ) 
O exame teórico da juridicidade dos princípios constitucionais é 
indissociável de uma prévia indagação acerca da eficácia normativa dos 
princípios gerais. A inserção constitucional dos princípios ultrapassa, de 
último, a fase hermenêutica das chamadas normas programáticas. Eles 
operam nos textos constitucionais O “tudo ou nada” caracteriza, segundo 
Dworkin, a tese positivista sobre o caráter das normas, que ele tão 
duramente combate.Todo o discurso normativo tem que colocar, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 8 
 
1. o conceito de 
princípio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 .A Carência de 
normatividade dos 
princípios na velha 
hermenêutica: seu 
caráter meramente 
programático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
259/262 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
262/264 
 
 
portanto, em seu raio de abrangência os princípios, aos quais as regras 
se vinculam. 
A primeira a mais antiga e tradicional é a fase jusnaturalista; aqui os 
princípios habitam ainda esfera por inteiro abstrata e sua normatividade, 
basicamente nula e duvidosa, contrasta com o reconhecimento de sua 
dimensão ético-valorativa de idéia que inspira os postulados de justiça.A 
fase jusnaturalista dominou a dogmática dos princípios por um longo 
período até o advento da Escola Histórica do Direito.Refere Bobbio que, 
por volta de 1880, um artigo de Vitorio Scialoja marcava o momento 
culminante da ascensão positivista, Refere também Norberto Bobbio o 
artigo estampado em 1921 por Del Vecchio no qual o eminente Jurista 
rompe "a cadeia das opiniões conformes" e sustenta que os princípios 
gerais de Direito evocados pelo art. 3º do Código Civil italiano de 1865 
deveriam ser entendidos como princípios de Direito Natural.Ressurreição 
do jusnaturalismo produziu no século XX, sobretudo na Alemanha, 
reflexões curiosas, , que talvez expliquem a tenacidade com que muitos 
juristas se aferram a essa doutrina do “eterno retorno”. a corrente 
jusnaturalista concebe os princípios gerais do Direito, segundo assinala 
Flórez-Valdés, em forma de "axiomas jurídicos" ou normas estabelecidas 
pela reta razão.O ideal de justiça, no entendimento dos autores 
jusnaturalistas, impregna a essência dos princípios gerais de Direito. 
a segunda fase vem a ser juspositivista nos códigos como fonte 
normativa. Gordillo cañas os princípios entram nos códigos como uma 
válvula de segurança e não como algo que se sobrepusesse à 
lei.elaboração dos códigos precipitam a decadência do direito natural 
 
 
 
 
 
 
3.o jusnaturalismo e 
a fase metafísica e 
abstrata dos 
princípios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. o positivismo 
jurídico e o ingresso 
dos princípios nos 
códigos como fonte 
normativa 
subsidiária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
264/266 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
266/268 
 
 
 
 
 
 
 
clássico.Flórez valdés sustenta basicamenteque os princípios gerais de 
direito equivalem aos princípios que informam o direito positivo e lhe 
servem de fundamento.os princípios com efeito prossegue já estão 
dentro do direito positivo e por este ser um sistema coerente 
A terceira fase é do pós positivismo, corresponde aos grandes 
momentos constituintes do século XX. as novas constituições 
promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos princípios.É na 
idade do pós positivismo que tanto a doutrina do direito natural como a 
do velho positivismo ortodoxo vÊm abaixo, sofrendo profundo golpes e 
críticas Na análise crítica do positivismo Dworkin proclama que se 
tratamos princípios como direito, faz-se mister rejeitar três dogmas 
dessa doutrina O primeiro distinção entre o direito de uma comunidade e 
os demais padres sociais. o segundo prossegue referente à doutrina da 
discrição judicial e o terceiro compendiado na teoria positivista da 
obrigação legal segundo a qual uma regra estabelecida de direito uma 
lei impõe tal obrigação. 
jusprivatista, civilista ou romanista consolidadas pelo antigo estado 
liberal ainda conservavam considerável parcela de seu velho predomínio 
na ciÊncia do direito.Boulanger no dizer de Esser a fazer estudo analitico 
e classificatotio sobre tipos e variedades de princípios de direito, embora 
esquivando-se a um tratamento da ‘formação e da função’ que eles tÊm 
no processo judicial.a seguir com propriedade e rigor, acentua que uma 
regra jurídica é geral se for estabelecida para um número indeterminado 
de atos ou fatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
com o pós- 
positivismo os 
princípios, passam 
a ser tratados como 
direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Boulanger, o 
mais insigne 
precursor da 
normatividade dos 
princípios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
268/270 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
270/271 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
271/272 
 
 
 
a conclusão crítica de Betti acerca dos princípios abrange, duma parte, 
considerações radicalmente pessimista e negativas. Norberto Bob diz “ o 
primeiro usam o termo princípio na acepção escrita” para designar ou 
enunciar tão somente os chamados valores que inspiram um sistema 
jurídico como o princípio da igualdade.Betti “ideia germinal” um critério 
de avaliação serve a ele a norma mas nunca chega a construir uma 
norma acabada e formulada. já Bobbio inculca de certo modo a 
incoerência da posição de Betti visto que este, ao investigar a função 
dos princípios, introduz termos como critérios diretivos e critérios 
programáticos.Bobbio ao contrário de Betti com mais independência e 
plausibilidade as questões cruciais que se agitam ao redor da doutrina 
dos princípios. Princípios gerais do direito primeiro interroga se os 
princípios são ou não normas judiciais. segundo, donde procedem eles 
de dentro ou de fora do sistema. o terceiro de que a autoridade advém o 
fundamento e o grau de sua validade no meio das demais normas desse 
sistema. 
os princípios abertos de larenz correspondem em grande parte, variação 
aos princípios informativos de Esser. os princípios da constituição tais 
como segundo Grabitz a dignidade da pessoa humana, a liberdade, a 
igualdade, o estado de direito, o estado social, a democracia e a 
separação de poderes. 
Betti disse que os princípios são os valores dos critérios diretivos para 
interpretação e dos critérios programáticos para o progresso da 
legislação a esse resultado já havia chegado desde muito a 
hermenêutica dos princípios.o princípio normativo observa, por sua vez, 
7. a posição dúbia 
de Emilio betti 
acerca da 
normatividade dos 
princípios ( a crise 
da velha 
hermenêutica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. os princípios “ 
abertos “ ( larenz e 
grabitz) e os 
princípios 
“informativos” 
(Esser) 
 
 
 
 
9.os princípios são 
normas e as 
normas 
compreendem as 
regras e os 
princípios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
272/273 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
273/274 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grabitz deixa de ser, assim, tão somente somente ratio legis para se 
converter lex e tal como faz parte constitutiva das normas jurídicas. 
cotejando os princípios com as normas propriamente ditas, crisafulli, 
aquele grande professor da itália que os princípios gerais estão para as 
normas particulares como o mais está para o menos, como o que é 
anterior e antecedente está para o posterior e o consequente. pertence 
crisafulli à classe de juristas que mais contribuíram para consolidar a 
doutrina da normatividade dos princípios. tem os princípios da dupla 
eficácia: a eficácia imediata e a eficácia, mediata. não hesita a seguir em 
demonstrar que um princípio, seja ele expresso numa formulação 
legislativa ou ao contrário implícito ou latente num ordenamento. 
os princípios gerais a que nos reportamos ao longo desta exposição 
correspondem, em sentido e substância, aos princípios constitucionais e 
as disposições de princípio. numa categoria especial, isto é, num tipo à 
parte, sem que isso invade em absoluto o título de normatividade que já 
lhes foi outorgado pela doutrina dominante.mas não é unicamente a 
generalidade o traço imperante na caracterização dos princípios. ao grau 
mais alto a que eles já subiram na própria esfera do direito positivo: o 
grau constitucional.mas a constitucionalização dos princípios 
compreende duas fases distintas: a fase programática e a fase não 
programática, de concreção e objetividade. na primeira, a normatividade 
constitucional dos princípios é mínima, na segunda, maxima. ali, pairam 
ainda numa região abstrata e tem aplicabilidade diferida. 
 
 
 
 
 
10. a caminhada 
doutrinária para 
normatividade dos 
princípios e a 
contribuição de 
crisafulli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. princípios 
gerais, princípio 
constitucionais e 
disposições de 
princípio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
275 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
276 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
exprimiu o jurista italiano Perassi a opinião de que as normas 
constitutivas de um ordenamento não estão isoladas mas fazem parte de 
um sistema. com respeito a ponderação de Puglitari de que as normas 
têm aplicação direta e os princípios, ao contrário, aplicação indireta, a 
saber, junto das mesma ou por meio destas.estabelecendo 
originalíssima distinção entre normas primárias que são os princípios, e 
normas secundárias, que são aquelas baseadas nos princípios nos 
costumes e nas convenções. 
A construção doutrinária da normatividade dos princípios provém em 
grande parte do empenho filosófico e da teoria geral do direito em 
buscarem um campo neutro clássica direito natural e direito positivo.O 
passo decisivo, de natureza qualitativa, observada unicamente com a 
virada para o juspublicismo, desde a intervenção contributiva de juristas 
do porte de Friedrich Müller na Alemanha e Ronald Dworkin nos Estados 
Unidos e Inglaterra. se colocam na faixa histórica do pós-positivismo, 
com o normativismo de sua teoria estruturante do Direito, intentando 
ultrapassar pelas vias conceituais de uma concepção material o 
formalismo normativista de Kelsen; Dworkin, com a conexidadeDireito/Moral, buscando a balar e desterrar da Ciência Jurídica o 
positivismo de Hart. Assim como Müller, na Alemanha, rompe com a 
tradição de Kelsen, Jellinek, Laband e Gerber, já Dworkin, no mundo 
anglo-americano, levanta a cátedra de Harvard contra a de Oxford, onde 
até então a filosofia jurídica de Hart conservava intangível a inspiração 
positivista de Bentham e Austin. São momentos culminantes de uma 
reviravolta na região da doutrina, de que resultam para a compreensão 
dos princípios jurídicos importantes mudanças e variações acerca do 
entendimento de sua natureza: admitidos definitivamente por normas, 
12. os princípios 
fundamentam o 
sistema jurídico e 
também são 
normas ( normas 
primárias ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. o juspublicismo 
pós positivista 
determina a 
hegemonia 
normativa dos 
princípios ( Muller e 
Dworkin) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
277/279 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
279/280 
são normas-valores com positividade maior nas Constituições do que 
nos Códigos. 
A teoria normativa material Alexy instituiu a distinção entre regras e 
princípios, que , na essência é a mesma de Dworkin. conjugou as duas 
modalidades debaixo do conceito de normas. tanto as regras como os 
princípios também são normas, escreve ele com a ajuda de expressões 
deônticas fundamentais como mandamento permissão e proibição.Os 
princípios assim como regras constituem igualmente fundamentos para 
juízos. a diferença de princípios e regras é portanto diferença entre duas 
espécies de normas. diz Alexy os princípios são normas dotadas de alto 
grau de generalidade relativa, ao passo que as regras, sendo também 
normas, têm, contudo, grau relativamente baixo de generalidade. 
Alexy três possíveis teses acerca da distinção que vai das regras aos 
princípios A primeira, rodeada de ceticismo, entende que nenhum 
unilateral, em razão de sua própria diversidade, serve para fundamentar 
uma distinção. A segunda tese é representada por quantos admitem que 
as normas, de modo relevante, se repartem em princípios e regras, mas 
pondera que essa distinção se faz de forma gradual.A terceira tese vem 
a ser a que Alexy julga a mais correta, consiste em afirmar que entre os 
princípios e as regras não impera tão-somente uma distinção de grau, 
mas de qualidade também. 
comum a colisões e conflitos é que duas normas, cada qual aplicada de 
per si, conduzem a resultados entre si incompatíveis a saber, a dois 
juízos concretos e contraditórios de dever ser jurídico. com a colisão de 
 
 
 
 
 
 
14.os distintos 
critérios para 
estabelecer a 
distinção entre 
regras e princípios ( 
Alexy) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15- o conflito de 
regras se resolve 
na dimensão da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
280/281 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
281/283 
 
 
 
 
 
 
princípios tudo se passa de modo inteiramente distinto conforme adverte 
Alexy. Antes quer dizer elucida Alexy que, em determinadas 
circunstâncias, um princípio cede ao outro ou que, em situações 
distintas, a questão da prevalência se pode resolver de forma contrária. 
Com isso afirma Alexy, cujos conceitos estamos literalmente 
reproduzindo se quer dizer que os princípios têm um peso diferente nos 
casos concretos, e que o princípio de maior peso é o que prepondera. 
Já, os conflitos de regras assevera o eminente Jurista se desenrolam na 
dimensão da validade, ao passo que a colisão de princípios, visto que 
somente princípios válidos podem colidir 
contra o conceito de princípio formulado por Alexy: três objeções 
principais. primeira forceja por demonstrar a existência de colisões de 
princípios que se resolvem mediante a declaração de invalidade de um 
deles.A segunda objeção envolve a ocorrência de princípios absolutos. 
Jamais podem eles ser colocados, porém, numa relação de preferência 
perante outros princípios.A terceira objeção é a de que o conceito de 
princípio é demasiado vasto e, portanto, imprestável, ou seja, inútil, 
porque faria objeto de avaliação todos os interesses possíveis. 
distinção entre regras e princípios é também, como já vimos 
sumariamente, um dos pontos centrais da original concepção de 
Dworkin sobre normas jurídicas.Vejamos, a seguir, abreviadamente, o 
pensamento de Dworkin acerca dos princípios, cuja normatividade foi, 
conforme temos reiteradamente assinalado, dos primeiros em admiti-la 
com toda a consistência e solidez conceitual. 
“validade” a colisão 
de princípios na 
dimensão do “valor” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. as objeções ao 
conceito de 
princípio de Alexy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. a teoria dos 
princípios é hoje o 
coração das 
constituições: a 
contribuição de 
Dworkin na idade 
do pós positivismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
283/284 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
284/285 
 
 
 
 
Dworkin. As regras, segundo ele, são aplicáveis à maneira do tudo ou 
nada. se ocorrem os fatos por elas estipulados averba ele então a regra 
será válida e nesse caso a resposta que der deverá ser aceita . o 
conceito de validade da regra é o conceito de tudo ou nada apropriado 
para a mesma. as soluções possíveis para o conflito referidas por 
dworkin, são as seguintes um sistema legal pode regular tais conflitos 
por outras regras, de preferência a que for decretada pela autoridade 
mais alta; a regra que houver sido formulada primeiro; a mais específica 
ou algo dessa natureza e, finalmente, a que tiver o apoio dos princípios 
mais importantes.Só as regras ditam resultados pondera Dworkin não 
importa o que aconteça. Se um resultado contrário se alcança, a regra é 
abandonada ou alterada 
De antiga fonte subsidiária de terceiro grau nos Códigos, os princípios 
gerais, desde as derradeiras Constituições da segunda metade deste 
século, se tornaram fonte primária de normatividade. Os princípios são, 
por conseguinte, enquanto valores, a pedra de toque ou o critério com 
que se aferem os conteúdos constitucionais em sua dimensão normativa 
mais elevada. 
A "jurisprudência dos valores", que é a mesma "jurisprudência dos 
princípios", se interpenetra com a "jurisprudência dos problemas" e 
domina o constitucionalismo contemporâneo.Forma a espinha dorsal da 
Nova Hermenêutica na idade do pós-positivismo e da teoria material da 
Constituição. Fornece, por isso mesmo, os critérios e meios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18.as distintas 
dimensões dos 
principios: 
fundamentadora, 
interpretativa, 
supletiva, 
integrativa, diretiva 
e limitativa ( 
Trabucchi e Bobbio) 
 
 
 
19.a conexidade da 
“jurisprudência dos 
valores “ ou “ 
jurisprudência dos 
princípios” com a 
“jurisprudência dos 
problemas” ( a 
tópica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
285/286 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
286/288 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
interpretativos de que se necessita para um mais amplo acesso à tríade 
normativa. 
Os princípios têm, desse modo, contribuído soberanamente para a 
formação de uma terceira posição doutrinária verdadeiramente 
propedêutica a uma teoria dos princípios,QuandoForsthoff investiu 
desesperadamente contra a jurisprudência dos valores na década de 
1960, ressaltou, com extrema lucidez, no calor da polêmica, conforme 
demonstrou García de Enterría, que "a superação do positivismo de 
nenhum modo pode implicar o abandono da positividade do Direito". 
A proclamação da normatividade dos princípios em novas formulações 
formulações conceituais e os arestos das Cortes Supremas no 
constitucionalismo contemporâneo corroboram essa tendência 
irresistível que conduz à valoração e eficácia dos princípios como 
normas-chaves de todo o sistema jurídico; normas das quais se retirou o 
conteúdo inócuo de programaticidade, mediante o qual se costumava 
neutralizar a eficácia das Constituições em seus valores referenciais, em 
seus objetivos básicos, em seus princípios cardeais.'Diremos então que 
os princípios de Direito Público contidos na Constituição são normas 
jurídicas; mas não só isso, enquanto a norma é um marco dentro no qual 
existe uma certa liberdade, o princípio tem substância integral .A norma 
é limite, o princípio é limite e conteúdo O princípio estabelece uma 
direção estimativa, em sentido axiológico, de valoração, de espírito O 
princípio exige que tanto a lei como o ato administrativo lhe respeitem 
 
 
 
 
 
20. a jurisprudência 
dos princípios, 
enquanto 
“jurisprudência dos 
valores” domina a 
idade do 
pós-positivismo 
 
 
 
 
 
 
 
21.Os princípios 
são as normas 
chaves de todo 
sistema jurídico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
288/289 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
289/294 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A esta altura, os princípios se medem normativamente, ou seja, têm 
alcance de norma e se traduzem por uma dimensão valorativa, maior ou 
menor, que a doutrina reconhece e a experiência consagra.Como vão 
longe os tempos em que os princípios, alojados nos Códigos, 
exercitavam unicamente a função supletiva ou subsidiária, vinculados à 
"questão da capacidade ou suficiência normativa do ordenamento 
jurídico", conforme a doutrina positivista da compreensão do Direito 
como mero sistema de leis, com total exclusão de valores, ou seja, com 
ignorância completa da dimensão axiológica dos princípios 
 
Postos no ponto mais alto da escala normativa, eles mesmos, sendo 
normas, se tornam, doravante, as normas supremas do ordenamento. 
Servindo de pautas ou critérios por excelência para a avaliação de todos 
os conteúdos normativos, os princípios, desde sua constitucionalização, 
que é ao mesmo passo positivação no mais alto grau, recebem como 
instância valorativa máxima categoria constitucional, rodeada do 
prestígio e da hegemonia que se confere às normas inseridas na Lei das 
Leis. Com esta relevância adicional, os princípios se convertem 
igualmente em norma normarum, ou seja, norma das normas. Ocorre 
isto, em verdade - podemos asseverar - quando, no dizer de Gordillo 
Cañas, a Constituição incorpora uma "ordem objetiva de valores", qual 
acontece, segundo ele, desde que a dignidade da pessoa humana e os 
direitos da personalidade entram a figurar como esteios da "ordem 
política e da paz social". A Constituição faz transparecer com os 
princípios uma "superlegalidade material" e se torna, prossegue Gordillo 
Cañas, simultaneamente, "fonte primária do ordenamento e ao mesmo 
tempo fonte subordinada do mesmo: ao obter este sua primária 
expressão reflexa, se declara derivado e subordinado à ordem dos 
22. A teoria 
contemporânea dos 
princípios: do 
tratamento 
jusprivatista nos 
Códigos ao 
tratamento 
juspublicístico nas 
Constituições, com 
o advento de um 
novo Estado de 
Direito 
 
 
 
23. Os princípios 
gerais de direito e 
os princípios 
constitucionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
294/294 
valores socialmente professados". A Constituição, segundo esse jurista, 
aparece também como "gérmen principal do ordenamento", e "é o 
elemento que faltava para a explicação acabada e satisfatória da teoria 
das fontes". Enfim, assevera ainda Gordillo Cañas, "a Constituição, ao 
mesmo tempo que fonte primária em sua consideração formal, é fonte 
material ou de conteúdo", porquanto – pondera igualmente "não só 
assinala o ubi jus, senão que indica também o unde jus", ou seja, onde o 
Direito se localiza e onde o Direito procede. 
 
Dos juristas brasileiros que de último proclamaram a normatividade dos 
princípios, lugar de destaque o professor Eros Roberto. "Pois bem, 
quanto aos princípios positivos do Direito, evidentemente reproduzem a 
estrutura peculiar das normas jurídicas. Quem o contesta, forçosamente 
teria de admitir, tomando-se a Constituição, que nela divisa enunciados 
que não são normas jurídicas. Assim, por ex., quem o fizesse haveria de 
admitir que o art. 5º, caput, da Constituição de 1988 não enuncia norma 
jurídica ao afirmar que 'todos são iguais perante a lei” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. A teoria dos 
princípios no direito 
constitucional 
brasileiro

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