Buscar

História e Teorias da Psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA
Índice
1 – Aspectos Históricos e Teóricos	1
1.1 – Origem e Evolução da Psicologia como Ciência	1
2 – Objeto de Estudo e Especialidades da Psicologia	1
2.1 – Psicologia do Senso Comum	1
3 – Principais Abordagens da Psicologia	1
3.1 – O Estruturalismo	1
3.2 – O Funcionalismo	1
3.3 – O Associacionismo	1
3.4 – O Behaviorismo	1
3.5 – A Gestalt	1
3.6 – Psicanálise	1
1 – Aspectos Históricos e Teóricos
A Psicologia tem por volta de dois mil anos, e começou com os gregos antes da era cristã. É dividida em dois grandes períodos: o filosófico-especulativo e o científico. O primeiro durou até ao final do século XIX ou princípio do século XX.
Como ponto de partida para o início da Psicologia Científica podemos usar dois períodos: a consagração do método experimental como procedimento possível e adequado à problemática psicológica, iniciada por Wilhelm Wundt, ou o uso sistemático do conceito de comportamento como objeto da pesquisa, iniciado por John B. Watson.
Os filósofos antigos estudavam os problemas relacionados à natureza humana por meio de suas intuições e suas vivências. Para os Gregos os Mitos eram narrativas sagradas sobre a origem de tudo.
Os filósofos antigos, com seus saberes baseados numa visão mística e religiosa contribuíram para que a Psicologia de destacasse. Aristóteles e outros filósofos gregos já se preocupavam com problemas de ondem pessoal, que hoje em dia são estudados pela Psicologia, tais como: a memória, a aprendizagem, a percepção, a motivação, os sonhos e principalmente o comportamento anormal.
Após o século XIX, os filósofos evoluíram e passaram a utilizar métodos eficazes utilizados nas ciências físicas e biológicas. Os pesquisadores começaram a se apoiar na observação e na experimentação cuidadosamente controladas para estudar a mente humana. Assim a Psicologia começou a ganhar a sua identidade que a distinguiu de suas raízes filosóficas.
Mas, mesmo com a contribuição destes grandes filósofos considera-se limitada a influência desses estudiosos em relação ao desenvolvimento da Psicologia, pois só a cerca de cem anos que os psicólogos conseguiram definir seu objeto de estudo e fundamentar seus métodos.
1.1 – Origem e Evolução da Psicologia como Ciência
A Psicologia passou a ser conhecida como ciência após ter se libertado da Filosofia, justamente quando apresentou um método científico reconhecido como recursos eficientes para tentar resolver problemas. Só depois de constatarem que as variações dos estímulos físicos, reações fisiológicas e reações psíquicas se dão de forma diferenciada entre os seres humanos, começou o trabalho pioneiro de alguns teóricos como Wilhelm Wundt, que iniciou o estudo das áreas da Psicofísica e Psicofisiologia.
Psicofísica: contribuíram com a construção de escalas de medidas que posteriormente originaram os testes psicológicos (que propuseram medir a inteligência humana).
Psicofisiologia: procurava compreender o entendimento entre o cérebro e o corpo humano.
Wilhelm Wundt, criou o primeiro laboratório de experimentos na área de Psicofisiologia. Desenvolveu estudos nos quais os fenômenos orgânicos correspondem aos fenômenos mentais.
O nascimento da Psicologia como ciência ocorreu em 1879, na Universidade de Leipzig, na Alemanha, com a criação do primeiro laboratório exclusivamente dedicado aos estudos psíquicos, por Wilhelm Wundt. A psicologia passa, assim, a ser considerada como ciência, quando os cientistas passam a dedicar-se a ela experimentalmente. Embora criada na Alemanha, foi nos Estados Unidos que nasceram as primeiras abordagens ou escolas de psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
Em 1908, o psicólogo Britânico Mc Dougall definiu a psicologia como a ciência do comportamento, assim a compreensão do homem passa a ser independente da fé. As crenças e dogmas relacionados aos conceitos religiosos passaram a ser mais questionados e deixaram de ter um valor absoluto sobre o ser humano. Deu-se mais foco a racionalidade humana, como a grande possibilidade de construção do conhecimento. E o psiquismo humano passa a ser mais evidenciado por meio de estudos ligados a mente do homem (seu cérebro).
Freud não foi verdadeiramente o pai da psicologia. Ele foi dos que mais contribuiu para a evolução da Psicologia, mas foi um médico vienense que criou um método de investigação sistemática do psiquismo humano denominado Psicanálise, que é o pai da Psicanálise.
Assim, começamos por definir ciência como um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa, e tem uma característica fundamental: ela aspira à objetividade, suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para assim, se tornarem válidas para todos.
Os psicólogos se baseiam em Método científico, quando procuram respostas para as suas perguntas, precisam de um objeto de estudo específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo de conhecimento e objetividade.
Coletam dados por meio de observações cuidadosas e sistemáticas, vão registrando os dados e dando explicações do que observam por meio de suas teorias, fazem novas previsões com bases nesses estudos.
Descobrem-se novos aspetos para descrever, compreender e até mesmo alcançar algum controle sobre o assunto estudado, assim a ciência avança e caracteriza-se como um processo.
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da psicologia é o ser humano.
A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e as técnicas bem racionadas que buscam seus princípios. Geralmente, os psicólogos confiam no método científico para as informações sobre o comportamento e os processos mentais e perseguem objetivos científicos, tais como a descrição e a explicação precisa, que conduzem ao acúmulo de um corpo integrado e internamente coerente de conhecimentos.
Usam procedimentos científicos, inclusive observações e experimentações sistemáticas, para reunir dados que poderão ser observados publicamente. Muitas vezes, os teóricos elaboram seus estudos partindo de teorias do Senso Comum, ouvindo relatos das pessoas sobre elas ou sobre o que fazem, ou previsões das pessoas em relação a comportamentos alheios.
2 – Objeto de Estudo e Especialidades da Psicologia
A sistematização pode ser considerada como identificar, quantificar o desenvolvimento de uma teoria (ideia) com o objetivo de analisar, observar e registrar sistematicamente os fatos ocorridos. A psicologia é uma ciência que se especializa não só na descoberta, mas na redescoberta. O psicólogo é diferente do bom amigo, pois sua intervenção é intencional, planejada e feita com a utilização de conhecimentos científicos.
O objeto de estudo da Psicologia é o homem e sua subjetividade.
Subjetividade é o conjunto de todas as coisas que são inerentes aos seres humanos, porém não em seu aspeto físico, mas mental. É a síntese singular e individual que cada um de nós vamos constituindo conforme vamos desenvolvendo e vivenciando experiências da vida social e cultural. É o mundo de ideias, significados e emoções construídos internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica. É também fonte de manifestações afetivas e comportamentais. Subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um.
A subjetividade não é inata ao indivíduo. Ela vai sendo construída aos poucos, à medida que nos apropriamos do mundo. Criando e transformando o mundo, o homem constrói e transforma a si próprio.
O objeto de estudo da Psicologia é sem dúvida nenhuma, o Homem e sua subjetividade. Porém, cada pesquisador da Psicologia desenvolveu uma linha teórica de acordo com suas concepções. Então, se dermos a palavra para um psicólogo comportamentalista ele dirá que o objeto de estudo da psicologia é o comportamento humano. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá que é o inconsciente, outros dirão ainda que é a personalidade, e assim por diante.
A palavra psicologia,em grego, Ψυχολογία, “estudo da mente” surge assim da conjugação de psique (espírito/alma) e logia “estudo de”.
O objeto de estudo da psicologia é algo difícil de ser mensurado ou analisado de forma objetiva, pois cada ser humano é um universo diferente, não dá para torná-los todos iguais.
Esta subjetividade diz respeito a um conjunto de eventos psíquicos que fazem parte do homem, não em seu aspecto físico, mas mental, tais como: sentimentos, motivações, emoções, pensamentos, inteligência, entre outros. A psicologia vai sendo construída à medida que os homens vão construindo a si e a seu mundo. A preocupação do homem com as chamadas “atividades subjetivas” é tão antiga quanto as primeiras formas do pensamento racional, ou seja, quando o homem pensa acerca do mundo, dos outros homens e de si mesmo, elabora ideias psicológicas.
Quadro 1 – Principais Especialidades da Psicologia
	Especialista
	Atividades básicas
	Psicólogo clínico
	Avalia e trata de pacientes com problemas psicológicos. Realiza pesquisas sobre comportamento normal e anormal, diagnóstico e tratamento.
	Psicólogo orientador
	Aconselha paciente com problemas ligeiros de ajustamento e promove o aperfeiçoamento nos meios educacionais e de trabalho; combina pesquisa, consulta e tratamento.
	Psicólogo experimental
	Planeja e realiza pesquisas em áreas específicas, tais como aprendizagem, sensação, motivação, linguagem ou bases fisiológicas do comportamento.
	Psicólogo escolar
	Promove o desenvolvimento intelectual, social e educacional de crianças nas escolas, estabelecendo programas e consultas, efetuando pesquisas, treinando professores e tratando de jovens com problemas.
	Psicólogo educacional
	Desenvolve, planeja e avalia materiais e métodos para programas educacionais.
	Psicólogo industrial e organizacional
	Combina o desenvolvimento de pesquisa, consulta e programas para aprimorar a eficiência, a satisfação e o moral no emprego.
	Psicólogo social
	Estuda como as pessoas influenciam-se umas às outras.
	Psicólogo do desenvolvimento
	Estuda as mudanças do comportamento em função da idade.
	Psicólogo da personalidade
	Estuda como e por que as pessoas diferem umas das outras, e como essas diferenças podem ser avaliadas.
	Psicólogo comunitário
	Trata de pessoas com problemas psicológicos no seio da comunidade. Promove ação comunitária e desenvolve programas com unitários para melhorar a saúde mental.
	Psicometrista (quantitativo)
	Desenvolve e avalia testes; planeja pesquisas para medir o comportamento e as funções mentais.
	Ergonomista
	Planeja e avalia ambientes, equipamento mecânico, dispositivos de treinamento, programas e sistemas para aprimorar as relações entre as pessoas e seu ambiente.
Quando abordamos que cada pesquisador desenvolveu uma linha teórica de acordo com suas concepções, verifica-se por meio deste quadro, que o campo da psicologia é muito vasto. Inclui atividades como a psicologia clínica, escolar, do esporte, organizacional (que é aquela praticada em empresas), hospitalar, institucional, bem como atividades, em pesquisas básicas como o estudo dos processos psiconeurológicos e memória.
Não há uma só teoria psicológica, mas sim uma multiplicidade de enfoques, correntes, escolas, paradigmas, variados objetos de estudo e metodologias concorrentes, muitas das quais apresentam profundas divergências entre si. A psicologia vai sendo construída a cada necessidade observada nos indivíduos. O quadro apresentado acima, não contempla os universos de psicologias da contemporaneidade. Muitas psicologias vão se criando dependendo das necessidades emergentes.
Atualmente, observa-se que, esta geração está sofrendo transformação em sua subjetividade, vivemos a era da subjetividade virtual.
Saindo um pouco do contexto científico, verificamos que algumas vezes em nosso dia a dia utilizamos termos relacionados à psicologia com vários sentidos. Por exemplo, quando nos referirmos a um bom vendedor, com poder de persuasão, dizemos que ele tem psicologia para vender.
Da mesma maneira, quando nos referimos a alguém que tem habilidade para nos dar conselhos, dizemos que tem psicologia para falar com as pessoas. Será que esta é a psicologia dos Psicólogos?
Não, não é! Esta psicologia utilizada pelas pessoas em seu cotidiano é denominada Psicologia do Senso Comum. A Psicologia utilizada pelos psicólogos é a Psicologia Científica.
2.1 – Psicologia do Senso Comum
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida por excelência: é a vida do cotidiano. É no cotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que sentimos a realidade (BOCK, 2002).
Neste sentido, Senso Comum é o acúmulo de conhecimento que absorvemos nesse cotidiano. O termo psicologia é utilizado no dia a dia de uma maneira muita generalizada, como quando se diz: aquele administrador utiliza-se da psicologia para liderar seu grupo.
Assim, estamos querendo dizer do seu poder de conduzir e influenciar seu grupo. Quando procuramos um amigo para lhe confiar um segredo ou contar nossos problemas, dizemos que ele tem “psicologia” para nos compreender e entender as pessoas, ou quando uma pessoa possui muitos amigos e consegue manter suas amizades por muito tempo, dizemos que ela tem psicologia para lidar com os outros.
Você também tem seus momentos de psicólogo, pois vai acumulando conhecimentos ao longo dos anos, por meio de suas próprias experiências ou por observar experiências dos outros, desta forma às vezes nos sentimos aptos para aconselhar e orientar as pessoas, prevendo alguns comportamentos futuros, na tentativa de ajudá-los a resolver seus problemas de ordem sentimental, profissional e outros.
Todas essas situações, que tendem a demonstrar a nossa vivacidade, são a utilização da psicologia leiga. Com isso, Bock (2002), ilustra que as teorias do senso comum são formadas quando nos apropriamos de uma pequena porção de conhecimentos produzidos por grandes cientistas, e passamos a usá-la normalmente em nosso cotidiano.
Quando procuramos entender e explicar o comportamento dos outros e também os nossos, estamos utilizando a Psicologia do Senso Comum.
Utilizamos alguns conhecimentos dos cientistas nas nossas vivências do dia a dia, como, por exemplo, em observações casuais, situações que vivenciamos, lembranças, trocas de experiências, dentre outros.
As pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela Psicologia Científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos. Isso é Psicologia do Senso Comum.
3 – Principais Abordagens da Psicologia
3.1 – O Estruturalismo
O Estruturalismo determina a estrutura da mente na tentativa de compreender os fenômenos mentais pela decomposição dos estados de consciência produzidos pelos estímulos ambientais. Para tanto, o psicólogo defendeu como linha de atuação a introspeção (“olhar para dentro”) na tentativa de fazer com que o pesquisador observasse e descrevesse minuciosamente suas sensações em função das características dos estímulos a que ele era submetido.
Wundt, acreditava que os psicólogos deveriam investigar os processos elementares da consciência (experiência imediata), suas combinações e relações. O mundo da psicologia contém olhares, tons e sentidos; contêm também pensamentos, emoções, lembranças, imaginações e escolhas que, naturalmente, se atribuem à mente. Assim, Wundt sentiu que era particularmente importante estudar as operações mentais centrais, tais como: atenção, intenções e metas.
Juntamente com seus seguidores ele inventou um método denominado introspeção analítica, tipo formal de auto-observação. Cientistas respondem a perguntas específicas e bem definidas sobre suas próprias experiências em laboratório. Somente após 10.000 observações, os psicólogos são considerados aptos a relatar suas perceções.
Esta abordagem dividiu a consciência em três elementos básicos: sensações físicas (o que vemos), sentimentos (como gostar ou não gostar de algo) e imagens (lembranças de algo já presenciado).
3.2 – O FuncionalismoÊnfase na natureza dinâmica e mutável da atividade mental: descobre como o pensamento, as emoções e outros processos satisfazem as necessidades do organismo, e como o organismo se ajusta ao meio ambiente. Procuraram dar uma abordagem genética aos problemas psicológicos. Opuseram-se ao estruturalismo, porque não aceitavam a análise da consciência em pensamentos, imagens e sentimentos.
Desse modo, Morris & Maisto (2004) explica que a escola funcionalista de Willian James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. Assim, ele elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
James sugeriu que toda ação repetida modifica nosso sistema nervoso, assim cada repetição se torna cada vez mais fácil. Caminhamos pelas ruas, muitas vezes guiados pelos hábitos, sem precisar pensar.
3.3 – O Associacionismo
Foi Edward L. Thorndike quem melhor representou o associacionismo foi quem criou a primeira teoria de aprendizagem na psicologia. Queria tornar úteis as suas teorias. O termo associacionismo tem origem na conceção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das ideias mais simples às mais complexas.
Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo.
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a psicologia comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato, dentre outros) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo, assim que este emitir o comportamento.
Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer se o organismo for castigado (efeito), após sua ocorrência. Pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. Por exemplo: se ao apertarmos um dos botões do rádio formos “premiados” com música, em outras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem como generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos, como toca-discos, gravadores.
As três primeiras abordagens que nasceram com a Psicologia científica foram o Estruturalismo, Funcionalismo e Associacionismo.
Essas abordagens até aqui estudadas, foram substituídas no século XX por novas teorias, sendo as três mais importantes o Behaviorismo, a Gestalt e a Psicanálise.
3.4 – O Behaviorismo
Ramo da Psicologia que estuda o comportamento, e não a mente. Descreve e explica o comportamento sem recorrer aos esquemas mentais ou psicológicos.
Watson contribuiu para o surgimento do Behaviorismo. O termo inglês behavior significa comportamento. Teve um grande desenvolvimento nos Estados Unidos em função de suas aplicações práticas. Tornou-se importante por ter definido o fator psicológico de forma concreta, a partir da noção de comportamento. O ponto de partida desta teoria é o comportamento entendido como a interação indivíduo-ambiente, ou seja, a interação do homem com o ambiente. Skinner, que fora o mais importante sucessor de Watson, formulou o conceito de comportamento operante, que inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, têm algum efeito sobre o mundo. (KELLER apud BOCK, 2002).
A leitura que você está fazendo neste momento é um exemplo de comportamento operante, assim como tocar algum instrumento, escrever um relatório, pegar objetos, dançar, caminhar, trabalhar, entre outros. Toda ação é considerada um comportamento.
O que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante desta, ou seja, a aprendizagem está na relação entre uma ação e seu efeito.
Então, se pretendo fazer com que um grupo aprenda um determinado comportamento como, por exemplo, alcançar as metas de uma empresa, ao executarem tal tarefa, a consequência deve ser satisfatória. Como por exemplo, receberem uma bonificação, o que Skinner chamou de reforçamento positivo. Bock (2002) explica que existem vários outros conceitos elaborados a partir das experiências de Skinner.
A análise do comportamento pode nos auxiliar a descrever o comportamento humano em qualquer situação, em empresas, na escola, entre outros.
3.5 – A Gestalt
Evidencia a percepção. O que o indivíduo recebe e como percebe, são dados importantes para se compreender o comportamento humano.
Esta abordagem nasceu na Europa, e surgiu em protesto contra as ideias das escolas que estavam surgindo no início da Psicologia Científica, que tinham uma visão fragmentada das ações e processos humanos. A Gestalt postulava a ideia da necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. Por essa visão, ela é a tendência teórica mais próxima da Filosofia.
Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração. A perceção é o ponto de partida desta teoria. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.
O que você está vendo?
Uma taça ou dois rostos de
perfil?
Qual a sua perceção?
Assim como o Behaviorismo, a Gestalt define como objeto de estudo da Psicologia o comportamento. Mas enquanto o Behaviorismo tem a intenção de objetivar seu estudo isolando os conteúdos da consciência, na visão dos gestaltistas, o comportamento deve ser estudado em seus aspetos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a perceção do estímulo. A maneira como percebemos, altera nosso comportamento
De acordo com esta teoria, a aprendizagem ocorre a partir da relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido. Exemplificando:
É possível que uma criança de 3 anos identifique a logomarca de um refrigerante mesmo sem saber ler. Ela percebeu a palavra na sua totalidade (todo), e não juntando as letras (parte). Quando inicialmente algo não faz sentido a nós, e, de repente, sem nenhum esforço, tal situação elucida-se, ocorre um fenômeno que a Gestalt dá o nome de insight.
3.6 – Psicanálise
Nasceu com Freud, postula o inconsciente como objeto de estudo.
A Psicanálise nasceu com Freud na Áustria, a partir da prática médica, recuperando para a Psicologia a importância da afetividade e postulando o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.
Freud publicou uma extensa obra, durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e relatando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. A Psicanálise caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras, ou até mesmo pela imaginação, sonhos, associação livre (que é a fala livre daquilo que vier ao pensamento). Em seu livro A Interpretação dos Sonhos (1900), Freud apresentou sua primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico, definindo a existência de três níveis da consciência:
Consciente: sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo informações do mundo interno e do mundo externo, ou seja, são os pensamentos dos quais me dou conta neste momento, tanto as ideias que busco dentro de minha mente, quanto as coisas que estou percebendo ao meu redor, ouvindo, vendo, sentindo. É tudo aquilo que você está pensando e refletindo neste momento enquanto estuda este material.
Pré-consciente: refere-se ao sistema onde permanecem os conteúdos acessíveis à consciência, mas que esqueci por um momento. Embora não esteja consciente deles neste momento, com um pequeno esforço de memória posso me lembrar. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas.
Se alguém te perguntar qual o endereço de sua casa, como certamente você não estava pensando nisso agora, buscará em seu pré-consciente esta informação e passará a quem deseja saber. Você não estavapensando nisso, mas com um pequeno esforço este conteúdo veio à sua consciência.
Inconsciente: O inconsciente exprime o conjunto de conteúdos que não têm acesso ao pré-consciente e ao consciente. São conteúdos esquecidos ou reprimidos devido à ação de censuras. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e terem sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes.
Nossos sonhos, por exemplo, são formados por conteúdos do nosso inconsciente e “restos diurnos”, que são as experiências vividas ao longo do dia. Além disso, todas as coisas que vivemos, das quais não temos mais lembrança, podemos dizer que estão em nosso inconsciente.
Em 1920 e 1923, por meio da Segunda Teoria do Aparelho Psíquico, Freud subdividiu a personalidade em Id - Ego - Superego.
O Id é alimentado pela energia instintiva e dirigido pelo princípio do prazer, a dimensão da personalidade que é irracional, ilógica e impulsiva. Segundo Aguiar (2005), o Id é uma porção do eu que limita-se apenas as ideias de gratificações imediatas, procurando a satisfação dos desejos. Por isso é considerada a parte mais obscura, inacessível e desorganizada da personalidade.
Ego é parcialmente consciente e dirigido pelo princípio da realidade. Dimensão mediadora da personalidade que é racional e programada, é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade.
O superego é parcialmente consciente e representa valores e regras morais internalizadas. A dimensão da personalidade que é moralista julgadora e perfeccionista. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade.
Estes sistemas não existem, enquanto uma estrutura vazia, mas pelo conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um, que se constitui como sujeito em sua relação com o outro em determinadas circunstâncias sociais, assim, para compreender alguém é necessário resgatar a sua história pessoal, história de seu grupo e da sociedade em que vive.
De acordo com Teles (2003), a psicologia procura compreender o homem e seu comportamento para facilitar a convivência consigo próprio e com o outro. Pretende fornecer-lhe subsídios para que ele saiba lidar consigo mesmo e com as experiências da vida.
Você deve estar se perguntando: por que devo estudar psicologia num curso de Administração?
Neste sentido, estudar a Psicologia neste curso poderá facilitar, ao futuro (a) administrador (a), a reflexão a respeito de si mesmo, uma compreensão do comportamento humano nas organizações, possibilitando a compreensão do desenvolvimento mental do indivíduo. Além de ser uma ciência aplicada de grande importância para qualquer campo de conhecimento.
Em uma profissão em que vamos lidar com pessoas, é importante conhecer um pouco mais sobre os seres humanos. Estudar Psicologia pode colaborar para um melhor entendimento dos comportamentos do homem no ambiente de trabalho e suas relações com os grupos, seja entre colaboradores, superiores e/ou clientes.
As pessoas são diferentes, se comportam de formas diferentes, reagem de maneira diversa aos estímulos. Isso porque têm uma história diferente umas das outras e perceberam essa história de um modo particular, e sendo assim, construíram uma individualidade. Compreender isso ajudará o futuro profissional a desenvolver um melhor relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho.

Outros materiais