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Raquel Sueira B de Matos – Aula 11 SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA INSPEÇÃO- colo da mão, criança deitada, pode está dormindo Análise de lesões de pele, abaulamento – inspeção estática Forma do tórax: típico, tórax em peito de pombo, tórax em barril (doenças respiratórias como DPOC), tórax em funil ou pectus excavatum (Congênito). Inspeção dinâmica: análise do tipo respiratório do RN Tipos respiratórios: · RN: respirador bucal- expansão do abdômen predominantemente ao invés do tórax · Lactente: respiração abdominal · 3-7 anos: abdominal+torácico: semelhança da respiração do adulto · >7 anos: torácico Frequência respiratória: sempre deve ser feita em 1 minuto, devido ao padrão irregular da respiração da criança. · Se a criança tem taquipneia a suspeita de pneumonia aumenta, podendo está relacionada com asma e outras manifestações respiratórias · 0-2 meses: até 60 · 2-11 meses: até 50 · 12 meses a 5 anos: até 40 · 6-8 anos: até 30 · Acima de 8 anos: até 20 · Taquipneia- aumento da FR, bradpneia- diminuição da FR ( comatosa, distúrbios cardiovasculares) , apneia (cessação da respiração por 20segundos), dispneia (movimentos respiratórios difíceis). · Obs: o batimento de asa nasal corresponde a um esforço respiratório da criança · Obs2: tiragem subcostal, intercostal, retração de fúrcula, batimento de asa nasal, prostração são sinais de esforço respiratório, como a bradpenia ou taquipneia. · Obs3: Sinais de esforço respiratório: balançar da cabeça, batimento de asa de nariz, tiragem subcostal, tiragem intercostal, batimento de fúcula esternal. PALPAÇÃO Elasticidade- o quanto o tórax é elástico, faz isso através da posição da mão no tórax da criança e analisar se tem a elasticidade. · A diminuição da elasticidade ocorre na pneumonia · Expansividade- colocar as duas mãos nas costas do paciente e perceber a simetria quando o paciente respira · Diminuição: dor, redução da força muscular, intoxicação medicamentosa · Atelectasia, derrame pleural, massa pode ter diminuição unilateral FTV: redução indica espessamento pleural, derrame pleural e enfisema; aumento indica condensação pulmonar (pneumonia), líquido preenchendo o alvéolo sentindo o aumento do frêmito vocal Frêmito toraco vocal: quando a criança estiver chorando pode perceber através do frênulo PERCUSSÃO Colocar a falange no dedo indicar D no tórax do paciente e percutir com o outro dedo E em cima da falange Som claro e atimpânico: sem acometimento Submacicez: diminuição do som aéreo com som de macissez..consolidação do parênquima pulmonar Macicez: impedimento de ouvir o som sendo característico de derrame pleural e atelectasia( som do pulmão colaboro)- percepção do líquido que está dentro do pulmão Hipertimpanismo: pneumotórax, presença de ar na percussão AUSCULTA Ausculta na escala greta- comparativo contrabaterão fazendo a ausculta no dorso e no tórax Murmúrio vesicular: som normal percebendo o som entrando e saindo, respiração pueril Ruídos adventícios: · Sibilos: sons agudos gerados pela passagem do ar em brônquios ou bronquíolos estreitados. Predominam na expiração. O ar entra com facilidade, mas tem dificuldade para sair sendo o famoso chiado · Roncos: sons mais graves sugerem secreção em grandes vias aéreas. O ar ao passar vibra na secreção concentrada nas vias aéreas · Estertores crepitantes: sons agudos no final da inspiração tendo uma curta duração que indica líquido ou exsudato no alvéolo. Relacionada à pequena via área sendo comum na pneumonia · Estertores bolhosos: sons graves no início da inspiração e toda expiração, indica a abertura e fechamento das vias aéreas com secreção. Alvéolo preenchido de líquido · Gemência: dificuldade respiratória grave. Paciente faz no final da expiração tenta prolongar sendo perceptível um gemido · Estridor: obstáculo nas vias respiratórias superior( alta) . Ex choque anafiláticos com edema de glote. Sendo o famoso sufocamento Ficar atento a frequência respiratória, sinal de esforço respiratório PNEUMONIAS Epidemiologia 4-6 infecções respiratórias agudas por ano; 2-3% destas evoluem para pneumonias, porem 80% das mortes por IRA ocorre devido á pneumonia 3 milhões de mortes/ ano por PNM em países em desenvolvimento - febre, tosse, obstrução nasal são sinais e sintomas de infecções respiratórias, porém não necessariamente está relacionada exclusivamente com diagnóstico de pneumonia · Primeira causa de internação · Segunda causa de óbito em menores de 5 anos · Terceira causa de mortalidade infantil A taxa de letalidade por pneumonia é igual a 12,4% em pacientes menores de 1 ano (OMS-Brasil). Das crianças menores de 1 ano 12,4% morrem por pneumonia. 80% das crianças internadas por pneumonia eram menores de 5 anos. (MS) · Favores de risco Desnutrição Aglomerados urbanos Má condição sanitária e de higiene Baixa idade Baixo peso ao nascer Creche Sibilância recorrente- espasmo por repetição Ausência de aleitamento materno Vacinação incompleta MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre, tosse, taquipneia, dispneia Sinais de hipoxemia: dificuldade respiratória!Devido à falta de oxigênio com cianose Sinais de toxemia (inflamação): há alterações de estado mental (prostração). Tem crianças que se encontra infectada devido à alteração respiratória e mantém-se ativo Ausculta respiratória normal ou alterada, reduzido murmúrio vesicular, sopro tubarão, sibilos, escritores Redução do murmúrio vesicular, sopro tubário, estertores e sibilos FTV( frêmito toraco vocal) elevada na (consolidação, pneumonia) e diminuído no derrame pleural( líquido ou ar) . Muitas vezes pode ter a pneumonia e a consolidação necessitando de um exame complementar como o Raio-x. Taquipneia: sinal de maior sensibilidade ( 77%) e especificidade( 58%) . Na ausência de sibilância, a taquipneia define o caso como pneumonia ( OMS) · Menores de 2 meses: FR >60irpm · 2-11 meses: FR > 50irpm · 1 a 4 anos: FR >40irpm Todos os casos em menores de 2 meses são considerados agressivos! CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DE PNEUMONIAS · Taquipneia com sibilos pode não ser caso de pneumonia necessitando realizar métodos para reduzir a taquipneia · Pneumonia muito grave: cianose central, dificuldade respiratória grave, sinais de esforço respiratório, baixa ingestão, incapacidade de beber, alternância entre sonolência e irritabilidade. Indicação de terapia intensiva · Pneumonia grave: tiragem subcostal, FR >/= 60irpm em menores de 2 meses. · Obs: em menores de 2 meses qualquer pneumonia é consideração grave mesmo se o bebê não apresentar sinais de esforços respiratórios ( tiragem subcostal ) Indicativo de internação · Pneumonia: Respiração rápida (>/= 50irmp de 2m a 1a; >/=40irmp de 1-4anos ) Estertores crepitantes. · Não é pneumonia: nenhum dos sinais. Indicado para avaliar complicações ou falhas terapêuticas. Investigação radiológica OMS · Não é rotina no diagnóstico de pneumonias, mas deve ser feita sempre que houver condições. · A RX de tórax confirma o diagnóstico de pneumonia, avalia a extensão do processo e identifica complicações. · Não tem muita utilidade no diagnóstico diferencial entre viral e bacteriana. Não precisa repetir RX para controle de cura em casos sem complicações. Em casos complicados em que há derrame pleural, atelectasia aí sim se pede repetir o Raio-x. · A radiografia é o padrão ouro que avalia a extensão do processo para pneumonia ( grau de evidência A), identifica complicações. Logo deve ser feita sempre que houver condições · Reavaliação clínica! Caso clínico 1. Lactante com 5 Mess chega no HAC com história de 5 dias de tosse, coriza, obstrução nasal. Nas últimas 24h evoluiu com surgimento de febre alta, queda do estado normal e dispneias progressiva. BEG! Lúcido, corado, febril, hidratado e boa perfusão capilar FR 73 irem/ RC: 130/ temperatura 39c murmúrio vesicular com estertores crepitantes Ausênciade sibilos ( se tivesse teria que acordar a sibilancia primeiro) e tiragem intercostal leve( esforço respiratório) mas n entra na classificação Restante sem alterações Taquipeneico porque o max é 50 irpm, Pneumonia Ausência de sinal de gravidade Sem tiragem subcostal Pneumonia Entre 3 meses e 18 meses - 2 a 5 anos: streptococcus pneumonia, haemiohilys influenza, satphylococcos - maiores de 5 anos: mycoplasma pneumoniae e as de cima Abordagem: classificar a gravidade Pneumonia Tratamento ambulatorial Iniciar com amoxicilina ou penicilina procaina Reavaliar em 48h Pneumonia grave Internação Iniciar com penicilina cristalina ou ampicilina Quando houver risco para pneumococo resistente ou haemoohilus produtor de beta Lactamase considerar uso de amoxicilina com clavulanato Em maiores de 5 anos com quadro febril insidioso considerar mycoplasma Pneumonia Muito grave Internação com UTI Iniciar cefuroxine ou ceftriaxone + oxacilina- associação de antibióticos para aumentar a cobertura Em maiores de 5 anos com quadro incidimos considerar mycoplasma e adicionar macrolideo, em casos de pneumonia atípica. É importante o isolamento dos patógenos e pedir a cultura em muitos casos Exercícios 1. Lactente com 4 meses chega ao HAC com história de 5 dias de tosse, coriza e obstrução nasal. Nas últimas 24h evoluiu com surgimento de febre alta ( 39c) e dispneias progressiva Bom estado geral, lúcida, corada com boa perfusão capilar FR 34 irpm FC 128 bpm T 38c Ausência de sibilos com tiragem subcostal Meuá com roncos difusos Resposta: Resfriado Lavagem com soro fisiológico Intensificar o aleitamento materno Orientar os sinais de gravidades Tratamento sintomático 2. Lactante com 14 meses chega ao HAC com história de 3 dias tosse, coriza e obstrução nasal, evoluiu com febre alta, dispneias e queda do estado geral Bom estado geral, lúcido, corada, hidratada e febril, com perfusão capilar Fr 58 Fc 120 Mvua com estertores crepitantes na base do hemetorax direito, tiragem intercostal Ausência de sibilos ou tiragem subcostal Presença de taquipneia e aumento a FC com ausência de sibilancia Resposta: Pneumonia Tratamento em casa com antibiótico oral, antitérmico, aumento da ingestão hídrica e retorno com 48h e orientação da mãe 3. Lactante com 12 meses chega ao HAC com história de 2 dias tosse, coriza e obstrução nasal, evoluiu com febre alta com 40c , dispneias e queda do estado geral, recusa alimentar, gerência, diurese, com relato de episódio de cianose central após crise de tosse em casa há 30 min Tempo de evolução muito curto Sonolento, pálido, hipocorado ++/4, febril, desidratado e enchimento capilar de 5 s Fr 80 Fc 180 Mv abolido com estertores crepitantes na base do hemetorax esquerdo . Tiragem inter e subcostal com batimento de asa do nariz e retração de fúrcula esternal Ausência de sibilos Resposta: pneumonia muito grave – taquipneia com tiragem intercostal, sinais de toxissemia Internação para UTI Uso de antibiótico venoso com ceftromicina para pneumococo e oxacilina para estafilococos áureos e tamiflur macrolideos nesse caso não é tão indicado pq pela evolução n trata-se de pneumonia atípica
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