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Aula 7 - Aconselhamento Psicológico 1ª parte

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Aula 7 - Aconselhamento Psicológico 1ª parte
Psicologia Humanista e Aconselhamento Psicológico
Como se entende Aconselhamento:
Aconselhamento, genericamente, recobre o espectro de significados que vai da indicação da conveniência, necessidade ou desejabilidade de algo, da recomendação ou sugestão ao intercâmbio de ideias e opiniões no contexto de uma reunião de debate e discussão.
Na esfera da Psicologia, o Aconselhamento é:
“o auxílio ou orientação que um profissional (pedagogo, psicólogo, entre outros) presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto à escolha de profissão, cursos, entre outras, ou quanto à solução de pequenos desajustamentos de conduta” (HOUAISS, 2001).
Início do Aconselhamento Psicológico
Nasceu estreitamente ligada à orientação vocacional e à psicometria, principalmente aos estudos e às pesquisas sobre testes vocacionais.
Duas concepções são centrais nessa teoria:
Cada indivíduo é portador de um conjunto de capacidades e 	potencialidades passíveis 	de medição objetiva, as quais podem ser 	correlacionadas com habilidades e 	características exigidas por diferentes 	profissões, derivando daí sua íntima proximidade 	com o desenvolvimento 	dos 	testes psicológicos, bem como com a orientação vocacional 	e 	profissional;
Unidade entre organismo e ambiente, com reconhecimento da influência do ambiente e do grupo social no indivíduo, remetendo à função de 	ajustamento do Aconselhamento
Início do Aconselhamento Psicológico
Enlaça, na ordem das divisões disciplinares, Educação e Psicologia, propondo uma prática cujos objetivos são educacionais e normativos e cujas técnicas combinam a aplicação de testes psicológicos com a sugestão e a persuasão exercidas pelo conselheiro sobre o orientando.
O conselheiro assume, sem pudor, o lugar e o papel de modelo, veiculando normas de conduta, valores sociais e hábitos de cidadania, atuando de forma diretiva e ativa na avaliação e no julgamento do aconselhando.
Essa atuação baseia-se na confiança no poder da educação como meio para atingir a “boa adaptação” social do jovem e na crença no valor preditivo dos testes de aptidões e de personalidade.
Início do Aconselhamento Psicológico
Concebido como processo de aprendizagem, o Aconselhamento supõe a necessidade de auxílio para o desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo, e esse auxílio funda-se nas informações que o conselheiro amealha por meio do diagnóstico do indivíduo e de seus conhecimentos sobre o contexto social.
Scheeffer escreve: 
O Aconselhamento é, essencialmente, uma relação de “pensamento”. E racional, porque aplica o raciocínio humano aos problemas do desenvolvimento humano. Contudo, se as emoções interferem na racionalidade, é necessário que sejam manejadas antes de se tornar possível o raciocínio (SCHEEFFER, 1976, p. 30).
1ª fase do AP, e sua diferença com a Psicoterapia
Priorizando a adaptação e o ajustamento do indivíduo à sociedade e, especialmente, às instituições escolares e ao mundo do trabalho.
Âmbito mais abrangente do que aquele das psicoterapias compreendidas como tratamento das “doenças mentais” tem importância estratégica na constituição de práticas psicológicas que contornam o embate com as práticas médicas.
Porém, a vocação institucional e o aceno à colaboração multiprofissional recebem a forte coloração autoritária dos dispositivos teórico-práticos da teoria traço e fator.
Mas, este ultimo ponto muda com a aproximação da Psicologia Humanista de Carl Rogers para o Aconselhamento Psicológico.
Aconselhamento Psicológico com a influência de Rogers
A prioridade conferida pela abordagem psicométrica ao problema, ao instrumental de avaliação e aos resultados foi substituída pela focalização da pessoa do cliente, da relação cliente-conselheiro e do processo. Isto só aconteceu a partir da década de 1960.
Como explica Ruth Scheeffer: 
A função do aconselhador consistia na criação da atmosfera permissiva, não-autoritária e de não-diretividade, no sentido de proporcionar ao cliente completa liberdade para estabelecer o seu próprio andamento e direção. Pela sua atividade não-intervencionista, visava o aconselhador liberar o aconselhando de suas defesas. As respostas do aconselhador, para complementar tais objetivos, eram clarificadoras e de aceitação (SCHEEFFER, 1976, p. 44).
Aconselhamento Psicológico com a influência de Rogers
Rogers teve o mérito de realçar a natureza do encontro pessoal e intersubjetivo como tendo prioridade sobre as metodologias psicodiagnósticas, as técnicas psicoterápicas e a formação instrumental, nas relações de ajuda.
Esse tipo de inversão de prioridades permite enfocar a atenção, o respeito e a compreensão pela experiência do outro como o fundamento da assistência psicológica.
Desse ângulo, acolher a insatisfação profissional ou a depressão que um cliente abre em seu sofrimento é mais importante do que saber se ele é um “caso” para Aconselhamento ou Psicoterapia.
Intervalo de 20 minutos...
Diferenças entre AP e Psicoterapia
A separação se dava por meio da localização da psicoterapia no eixo saúde/doença mental, perseguindo objetivos “curativos”. Já o Aconselhamento entra no eixo adaptação/desadaptação social, abraçando objetivos educacionais.
A proposta rogeriana também se distancia do modelo médico-curativo: não busca nem ensinar, nem curar, mas propiciar uma experiência de aprendizagem auto-reveladora e produtora de mudanças na consciência e na conduta.
O facilitador é um questionador do poder do especialista: primeiro, por ser um protagonista intercambiável nas relações interpessoais de ajuda e, segundo, por permitir pensar o poder nessas relações.
Diferenças entre AP e Psicoterapia
O Aconselhamento Psicológico aparece numa das pontas, qualificado como “assistência na maximização dos recursos pessoais e na realização de opções”.
Clientes menos perturbados, com problemas específicos, relativamente “menos comprometidos” em sua estrutura de personalidade, atendidos em instituições não-médicas.
O Aconselhamento caracterizado como prática educativa, preventiva, de apoio situacional, centralizado nos aspectos saudáveis, nas potencialidades e nas dimensões conscientes e “mais superficiais” da clientela, requerendo tempos abreviados.
Diferenças entre AP e Psicoterapia
Já a psicoterapia, na outra ponta, como “eliminação de psicopatologias e reestruturação da personalidade”.
Clientes mais perturbados, portadores de psicopatologias, “mais comprometidos” em sua estrutura de personalidade, atendidos em instituições médicas (hospitais, clínicas e consultórios).
Psicoterapia definida como tratamento de problemas emocionais e patologias, de caráter remediativo ou reconstrutivo, focalizando o inconsciente e as dimensões “mais profundas” do indivíduo, demandando tempos prolongados.
Surgimento do AP no Brasil
Em 1970, funcionavam três cursos de Psicologia na cidade de São Paulo: São Bento, Sedes Sapientiae e Universidade de São Paulo. 
Esses cursos, entre eles o do recém criado Instituto de Psicologia da USP (Serviço de Aconselhamento Psicológico – SAP), instituíram as clínicas-escolas, que visavam oferecer estágio supervisionado aos estudantes de Psicologia, ao mesmo tempo em que davam corpo a um tipo de serviço de extensão universitária.
Esse fato evidencia a recepção, pela USP, do Aconselhamento Psicológico como área diferenciada em relação à clínica psicológica e à orientação profissional e, de modo simultâneo, como uma área identificada com as abordagens humanistas, principalmente de Carl Rogers.
Aconselhamento Psicológico praticado no SAP
Aconselhamento Psicológico enfatiza, propositalmente, aquilo que nela não está explícito, ou seja, seu caráter de abertura para a singularidade, diversidade e pluralidade das demandas da clientela.
Essa abertura corresponde o esforço de responder às demandas considerando, por um lado, as dimensões psicossocioculturais das mesmas e, por outro, valendo-se dos recursos psicossociais da clientela.
apelo ao estudo interdisciplinar, principalmente no que diz respeito à Antropologia,Sociologia e Filosofia, visando, à interpretação dos fenômenos socioculturais que se constelam nas demandas por ajuda psicológica e a interlocução com os saberes próprios da clientela.
Aconselhamento Psicológico praticado no SAP
O Aconselhamento Psicológico é, então, concebido como o campo de invenção das práticas que, na singularidade das situações, propiciem a expressão do vivido de indivíduos e grupos e sua elaboração compreensiva.
Na medida em que o cliente não está excluído da consideração e ponderação sobre aquilo que melhor atende, dentro dos limites dos recursos disponíveis, à sua demanda, ele se torna co-responsável pelos prolongamentos que seu pedido de ajuda produz.
O engajamento do cliente e do conselheiro na apreciação, muitas vezes difícil e dolorosa, de uma história que está sendo contada sintetiza o sentido que se quer atribuir ao Aconselhamento Psicológico: não o de uma prescrição sobre a continuidade dessa história, mas o de testemunho de sua construção.
Leitura para a próxima aula
DONATELLI, M. F. “Psicodiagnóstico interventivo fenomenológico-existencial”, In: ANCONA-LOPEZ, S. Psicodiagnóstico Interventivo, p. 45 - 64.

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