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Palestra sobre Missões Urbanas

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Missões Urbanas 
Palestra sobre Missões e Evangelismo 
 
P.Sérgio Lopes 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palestra realizada na Assembleia de Deus-Ministério de Madureira em Guaramirim, na 
Congregação do Avaí 
Pr.Sérgio Lopes 
1 
 
Missões Urbanas 
 
1- Evangelismo Pessoal 
O que é Evangelismo Pessoal? É o que muitos chamam de corpo a corpo, de casa em casa e 
termos semelhantes… 
Se retrocedermos a historia e formos parar no período apostólico, verificaremos que a igreja 
primitiva usava a alavanca do evangelismo pessoal como método natural de crescimento. 
Naquela época, não havia aviões, televisão, radio, Internet ou quaisquer meios modernos e 
rápidos de comunicação, mas o escritor apostólico registrava que: “…a multidão dos que criam 
no Senhor,tanto homens como mulheres,crescia cada vez mais.”(Atos 5:14). Mas como se não 
havia todos estes recursos discriminados acima? Simplesmente porque eles usaram o 
evangelismo pessoal. 
Infelizmente esse método que se constitui no maior segredo de ganharmos almas, esta sendo 
usado pelas seitas, para espalharem seu falso evangelho nos lares de nossos vizinhos, parentes e 
amigos. Quantas vezes não acordamos no sábado ou no domingo de manhã com uma 
Testemunha de Jeová batendo à nossa porta, tentando nos empurrar suas literaturas cheias de 
doutrinas heréticas? Elas estão alí,cumprindo um programa de visitação para qual foram 
destinadas, até parece que não surte efeito de imediato, mas no final do ano, após sair o relatório 
de crescimento delas na revista “A Sentinela”, veremos que não é bem assim. Muitas vezes 
crescem mais do que muitas de nossas igrejas evangélicas, porque simplesmente estão 
colocando em ação um segredo deixado por Jesus, e que nós, seus verdadeiros discípulos, não 
estamos usando. Não é por acaso que Jesus disse: “…os filhos deste mundo são mais prudentes 
na sua geração do que os filhos da luz”. (Lucas 16:8). 
Devemos então perguntar: Porque um método tão importante como esse foi esquecido pela 
igreja durante tanto tempo? 
Como Tudo Começou 
O Atos dos Apóstolos é o nosso livro guia para aprendermos o segredo deste tipo de 
evangelismo. Naquela época em que o cristianismo era considerado uma seita do judaísmo 
(Atos 24:14) não havia liberdade de pregar abertamente o nome de Jesus conforme mostra o 
episódio de Atos capitulo quatro. Eles então se reuniam nas casas dos novos crentes Romanos 
16:5 – I Coríntios 16:19 – Colossenses 4:15. Não havia templos cristãos como temos hoje, não 
havia essas belíssimas catedrais que levaram até séculos para serem construídas. Não, não 
tinham tempo para apreciarem a arquitetura de suas igrejas pois estavam ocupados demais 
evangelizando lá fora , onde os pecadores estavam. 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
2 
 
 
A Época de Constantino 
Até então como já dissemos, a igreja era uma religião ilícita, proibida; os cristãos eram tidos 
como desordeiros, e para piorar a situação, Nero, põem fogo em Roma, e acusa os cristãos, estes 
já não eram muito bem visto pelos Imperadores Romanos, pois não reconheciam outra 
divindade a não ser Jesus, naquela época chamar César de “Senhor”equivaleria reconhecer que 
César era divino mas os Cristãos não admitiam nenhum outro “Senhor” a não ser Jesus I 
Coríntios 12:3 e por isso eram perseguidos. 
A igreja dessa época era uma igreja fervorosa, evangelística e missionária, os cristãos expunham 
suas vidas nas arenas dos circos romanos, onde eram jogados para lutarem com feras, até 
mesmo mulheres e crianças não escapavam do Coliseu. Essa era, ficou conhecida como a “Era 
dos mártires”,pois muitos cristãos preferiam ser mortos `a negarem a fé em Cristo.Vários bispos 
pagaram um alto preço por serem cristãos, entre estes Policarpo, Justino o mártir, Irineu, 
Clemente e tantos outros… 
No começo do século IV, o então imperador Constantino se “converte” ao Cristianismo e torna-
o religião oficial do império romano.Esse foi o inicio das conversões em massas, os pagãos 
entravam para a igreja, mas continuavam pagãos sem conversão e muitas vezes traziam consigo 
costumes e praticas pagas que a igreja por conveniência mais tarde veio a adotá-los.Nesta época 
também, Constantino baniu a religião pagã e confiscou seus templos transformando-os em 
templos cristãos, mandou construir grandiosas basílicas, a mais famosa foi a catedral de São 
Pedro que existe até hoje em Roma. 
Os cristãos já não evangelizavam mais, pois pensavam que Deus estava em seus templos, sendo 
que Salomão mesmo disse que nenhuma casa terrestre o pode comportar I Reis 8:27. Esta 
situação se vê até hoje nos descendentes diretos daquele tipo de cristianismo – o católico 
romano.Infelizmente esse quadro perdurou até a idade média, nem mesmo os reformadores 
mudaram esse quadro resgatando o que era de suma importância na igreja primitiva, o 
evangelismo pessoal.Com o avivamento de John Wesley resgatou-se o evangelismo em massa, 
o pregador ia até ao pecador, não ficava esperando que este, viesse ao templo para se 
converter.Mas ainda estava longe do método neotestamentario! 
Essa é a situação da igreja atual, todos nós esperamos que o pecador venha nos cultos de 
domingo a noite, para então Deus de uma maneira miraculosa, o tocar e ele se converter.Não 
queremos ir atrás das almas, queremos que elas venham até nossos templos; lembra do que 
Jesus disse? Ele disse: “Ide e pregai” e não, “deixe que eles venham e então você pregue”! 
Precisamos despertar-nos para a obra à qual o Espírito de Deus nos tem chamado,o velho “Ide” 
continua atual ele não foi mudado, Deus ainda continua chamando os crentes para a pesca.Seitas 
como os mórmons e as testemunhas de Jeová, descobriram isso e estão pregando um outro 
evangelho semeando o joio no meio do trigo Gálatas 1:8, temos que dar um basta nessa 
situação! 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
3 
 
Evangelismo Pessoal o Método do Novo Testamento 
1. O Método de Cristo 
Jesus sempre usava o evangelismo pessoal, lançava mão de termos como: pescar e semear, algo 
que só podemos fazer pessoalmente, mais do que isso Ele a ensinou comissionando: 
a) Os doze…………………………Marcos 3:13,14; 
b) Os setenta……………………..Lucas 10:1, e por fim; 
c) Todos os discípulos………..Marcos 16:15 
 
2. O Método da Igreja Primitiva 
Seguindo a ordem de seu mestre, os apóstolos e todos os crentes primitivos, não deixaram de 
usar o evangelismo pessoal e os resultados eram tremendos.Vejamos: 
“ Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte,anunciando a palavra. E, descendo Filipe 
à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo”.(Atos 8:4,5) 
Posteriormente com a conversão de Saulo de Tarso o evangelismo pessoal explodiu de 
vez,falando aos anciãos de Éfeso ele diz: 
“Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas”.(Atos 
20:20) 
Os frutos deste tipo de evangelismo eram maravilhosos.Veja o que Lucas registra: 
No principio era apenas um pescador – Jesus. Depois doze almas que foram treinadas por Cristo 
Lucas 6:13 após esses doze, vieram mais setenta, Lucas 10:1 em Pentecostes o número já era 
de 120, Atos 1:15, a multidão alargou-se para quase 3.000 almas Atos 2:41, era algo 
contagiante, pois a multidão crescia cada vez mais e chegava à 5000 Atos 4:4 ; 5:14,o número 
dos discípulos crescia e multiplicava Atos 6:1,7,as igrejas se multiplicavam Atos 9:31,e por fim 
diz o apostolo Paulo que aquele evangelho tinha sido pregado a toda criatura debaixo do sol 
Colossenses 1:23. É algo realmente miraculoso não é? Mas será que isto se encerrou com a era 
apostólica? Será que os apóstolos tinham algo que nós não possuímos hoje? Sim e não. A 
diferença entre os crentes primitivos e nós é que eles obedeciam, levavam a sério o “Ide” de 
Jesus. Você tem o mesmo Jesus, a mesma mensagem, o mesmo evangelho, os mesmos tipo de 
pecadores, então o que falta? Por que nossas igrejas estão vazias e os templos das seitas cheios? 
Por que, se o nosso Deus é o mesmo, ontem, hoje eo será para sempre? Hebreus 13:8. Creio 
então que o problema está em nós, não em Deus ou nos pecadores, não são eles que estão com o 
corações mais duros, somos nós ! 
Descobrindo o Segredo do Livro de Atos 
Qual era o segredo de tanto sucesso para ganharmos almas? Seria novas estratégias, um novo 
vocabulário para abordarmos os incrédulos, até mesmo empregar marketing como fazem muitas 
igrejas? Não. O segredo se encontra em Atos 1:8 que reza: 
Pr.Sérgio Lopes 
4 
 
“ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,que ha de vir sobre vos;e ser-me-eis 
testemunhas,tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria,e até aos confins da 
terra”. 
É o “PODER DE DEUS” que faz a diferença meus irmãos!Temos que aprender a cooperar com 
Ele e Ele cooperará conosco. Aleluia!!! 
“ E eles tendo partido,pregaram por todas as partes,cooperando com eles o Senhor…”.(Marcos 
16:20) 
Nunca teremos uma igreja conquistadora de almas enquanto não tivermos crentes com o desejo 
de buscarem o poder de Deus, de estarem cheios do Espírito Santo. Enquanto não tivermos a 
coragem de nos dispormos de corpo e alma para tal tarefa nunca teremos uma igreja 
evangelizadora nos moldes da igreja primitiva e, por conseguinte nunca teremos crentes 
avivados. 
Da-se pouca importância a este fato em reuniões de evangelismo, passa por cima dele apenas 
superficialmente, e isto é perigoso porque ele, e unicamente ele, é o principal motor do 
avivamento para o evangelismo, não existe outro, não há métodos, fórmulas, ou truques que o 
substitua. Se quisermos ter resultados duradouros não podemos agir de outra maneira a não ser a 
que está em Atos 4:24 a 31, pare neste instante e leia-o pausadamente. 
 
Preparando os Crentes Para o Evangelismo 
 I – Através do avivamento 
1-1 arrependimento 
Para que haja avivamento é necessário arrependimento de pecados, sondagem do coração, ou 
como diz Hebreus 12:1: 
“…deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia…”. 
Não gostamos muito de fazer isso não é verdade?A carne clama, protesta, briga e se debate.O 
Diabo fará de tudo para te impedir, pois ele sabe, que um crente com a vida inteiramente nas 
mãos de Deus, pode fazer um estrago no seu reino, e isto ele não quer! 
Todo grande avivamento na Bíblia começou com arrependimento: 
a) Ezequias…………………II Reis capitulo 18 
b) Josias…………………….II Reis capitulo 22 e 23 
c) Neemias…………………Capitulo 9 
Agora chegou a hora DO SEU avivamento! Deus precisa de crentes corajosos que deixem de 
viver dentro de seu mundinho egoísta e carnal e passe a viver no reino do Espírito! 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
5 
 
1-2 oração 
Muitos crentes vão para o evangelismo despreparados, às vezes sem orar durante dias, como 
podem querer ter sucesso na pesca de almas desta maneira ? A oração é essencial, indispensável 
na vida do crente, é a respiração espiritual da alma, sem a qual, esta morrerá. Geralmente uma 
reunião de evangelismo em nossas igrejas se dá da seguinte maneira: 
O líder de evangelismo, que no caso pode ser o pastor (muito difícil hoje em dia) ou um simples 
membro, reúne o pessoal na igreja.Uns chegam desanimados, outros com medo, uns afoitos para 
que comece e acabe logo, pois tem outras coisas mais importantes para fazer, como, por 
exemplo, namorar. Alguns reclamam, mas finalmente saem após repartirem os folhetos, sem 
nenhuma explicação ou treinamento e o pior de tudo, sem oração. Na hora do evangelismo 
jogam os folhetos nos quintais, nos correios como se fossem panfletos políticos, sabendo que 
irão ser molhados ou rasgados por algum cão travesso, gastando assim dinheiro e tempo! Na rua 
enquanto evangelizam conversam sobre tudo: futebol, o último filme que assistiram, a 
namorada, riem,brincam a vontade, e tudo isso na frente de incrédulos.Não há oração, antes, 
durante e muito menos depois do evangelismo. É lastimável!!Você acha que tal evangelismo 
teria sucesso? Não? Mas é justamente essa a realidade hoje da maioria das igrejas (as que ainda 
fazem evangelismo!). 
Precisamos orar, buscar o poder de Deus a todo tempo. Não devemos contentar apenas com o 
batismo com o Espírito Santo, mas procurarmos ser cheios todos os dias como faziam os 
crentes primitivos Atos 16:13. Até mesmo Jesus precisava ser cheio pois orava continuamente 
Lucas 5:16 ; 6:12 . 
Temos tempo para tudo hoje em dia, menos para orar, mas é justamente ai que nos erramos, 
pois quanto mais tempo gastamos com o Senhor em oração,mais direção nosso espírito 
recebera’ para as coisas do cotidiano Lucas 10:41,42. Se quisermos ser ganhadores de alma 
temos que pagar o preço,negar nossa própria vida pra viver a vida de Cristo em nos Gálatas 
2:20. Não se contente com uma vida fraca,morna e inerte sem experimentar o poder de Deus.Ele 
não te obrigara’ a nada, a decisão é sua Apocalipse 3:20, Deus não trabalha em cima de 
ameaças,pois tudo o que fazemos pra obra de Deus tem que levar a marca do amor e finalmente 
quando entrarmos no seu tribunal esse será’ o critério para julgar nossas obras I João 4:18. 
LEMBRE-SE: Somente o crente cheio do Espírito Santo poderá levar almas a Cristo com 
eficácia,enquanto o gemido do Espírito Romanos 8:26 não for o nosso gemido de intercessão 
por este mundo perdido,enquanto a paixão pelas almas não queimar dentro de nos como fazia 
em Whitefild que disse: “Se não queres dar-me almas,retira a minha”ou Hyde missionário na 
China que orava assim: “Da-me almas,ou morrerei” não seremos realmente discípulos de Cristo. 
.Precisamos nos compadecer da multidão.O caso do Rico e Lazaro reflete a realidade do mundo 
perdido sem Deus, Lucas 16.19. 
a) O rico havia morrido sem salvação Lucas 16:22,23 
Não ha mais chance para quem morre sem Cristo Hebreus 9:27 
b) Foi para o inferno V.23 
O inferno é real e eterno Mateus 25:46 Apocalipse 20:15 
c) Havia deixado cinco irmãos na mesma condição v.28 
Pr.Sérgio Lopes 
6 
 
Quantas pessoas existem sem salvação! São cerca de seis bilhões de pessoas habitando este 
planeta ,subtraia dois bilhões e meio de cristãos, dentre esses subtraia ainda os que são cristãos 
autênticos,sobrará uma pequenina parcela o resto está caminhando a passos largos para o 
inferno. 
Agora observe o dramático apelo desta alma perdida nos versos 27,28,30 e a terrível realidade 
apontada por Abraão nos versos 29,31. Para o rico que estava no Hades não havia mais 
esperança, mas para os mortos espirituais mas fisicamente vivos sim I Timoteo 5:6. O mundo 
está aflito, clamando por salvação. Os anjos não podem pregar I Pedro 1:12, os mortos salvos 
também não Lucas 16:26,31, somente nós temos este privilégio II Corintios 5:20. Deus 
procura pessoas para essa tarefa, ouça o que Ele diz: 
“ A quem enviarei, e quem há de ir por nós ?” “então disse…” Isaias 6:8 
A ultima parte do versículo ainda está em aberto, quem irá atendê-la? 
Jesus chorava pela multidão———-Lucas 19:41,42 
Jesus se afligia por elas—————Lucas 22:44 
Jesus ia ao encontro delas————-Marcos 1:38,39 
Temos que ter o mesmo sentimento de Cristo Filipenses 2:5, e andar como Ele andou I João 
2:6. Eis como Ele andou Atos 10:38. Mais uma vez ouve o que Deus diz: 
“ E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante 
mim por esta terra…mas ninguém achei” Ezequiel 22:30 
Você se dispõe a ficar na brecha? Quer ser obediente ao mandado de Deus?Veja: 
Atos 8:26 levanta-te……..v:27 -levantou-se e foi 
Atos 9:6 levanta-te……..v:8 -levantou-se e foi 
Atos 9:10 levanta-te……..v:17 -levantou-se e foi 
 
2 – Preparação 
Já sabemos da necessidade do: 
a) Por que evangelizarmos Marcos 16:15 
b) Quando evangelizarmos II Timoteo 4:2 
c) Onde evangelizarmos Atos 20:20 
d) Para que evangelizarmos Ezequiel 3:18 
e) O que evangelizarmos Romanos 1:16 
Mas o “como” evangelizar, muitos de nós não sabemos! Nesta parte iremos mostrar ao crente 
como proceder no evangelismo pessoal. Já vimos que o melhor preparoé o crente se revestir 
Pr.Sérgio Lopes 
7 
 
com o poder de Deus, sem o qual não poderá responder como Samuel (I Samuel 3:10). 
Passaremos agora para a preparação de um evangelista. Mas… 
 Antes de Começar… 
I– Como vai sua aparência? 
Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam diante das pessoas? Pessoalmente 
nunca vi um mórmon com o cabelo despenteado sair para evangelizar.E as testemunhas de 
Jeová? Fazem questão de se apresentarem bem vestidas! Sabe porquê? Por que as seitas sabem 
que a primeira impressão é a que fica.Por que nos servos de Deus temos que ser diferentes? 
Pense nisso: “ EU E VOCÊ SOMOS OS CARTÕES POSTAIS DE NOSSAS IGREJAS ”, e as 
pessoas sabem disso! Imagine se um vendedor de salgados batesse a sua porta para lhe vender 
seu produto e você percebesse que suas unhas estão compridas, cabelos despenteados, roupas 
não muito limpas, barba mal feita; você compraria tal produto? Creio que não, não é verdade? 
Infelizmente acontece quase a mesma coisa com membros de nossas igrejas que saem de porta 
em porta a evangelizar, não se dão conta que as pessoas dão muita importância àquela 
conhecida frase: “O mundo trata melhor quem se veste bem”. Não estou querendo dizer com 
isso que o homem tenha que vestir terno e gravata e a mulher tenham que ir ao salão de beleza 
antes de sair para o evangelismo!De modo algum, mas não podemos descuidar de nossa 
aparência pessoal. Muitos confundem humildade, acham que precisam vestir a roupa mais velha 
que tem para poder dizer que são humildes,nada mais longe da verdade. Há pessoas que são 
muito humildes que se vestem bem, e pessoas muito orgulhosas que se vestem relaxadamente. 
A. Homens: Barba feita, se possível roupa social, camisa por dentro das calças, unhas cortadas, 
higiene bucal bem feita (pois no evangelismo pessoal você terá que conversar cara-a-cara com a 
pessoa a ser evangelizada,creio que ninguém gosta de conversar com alguém que solta bafo de 
cebola em seu rosto ou lhe mostre restos de alimento em seus dentes), sapatos limpos,camisa 
com os botões fechados, não chupar balas ou chicletes quando estiver conversando etc… 
B. Mulheres: Cabelo preso, higiene feita (de preferência não evangelizar de calças compridas, 
você já notou as mulheres testemunhas de Jeová? Nenhuma usa calça compridas ao sair para 
evangelizar ou como dizem: “sair ao campo”.Não fica bem !) e as demais regras gerais… 
II- Cuide de suas Ferramentas 
Quais são as ferramentas de trabalho de um evangelista? Basicamente são duas: Bíblia e 
folhetos. Lembro-me certa vez quando estava evangelizando, e passando por uma rua estavam 
dois meninos, um virou para o outro e apontando para minha Bíblia disse: “Oia fulano, a Bibria 
dele é veia e a du outro é nova”. Não é preciso dizer que fiquei deveras envergonhado! 
A. A Bíblia: A Bíblia de um evangelista tem que estar em condições de uso, não caindo aos 
pedaços ou cheia de papeis que mal dá para fechá-la! Se possível sublinhar os principais 
versículos que tratam sobre a salvação, fé, pecado, amor de Deus etc… Ninguém consegue 
guardar todos os versículos na mente por isso uma Bíblia sublinhada seria muito útil no 
evangelismo. 
B. Os folhetos: Uma das ferramentas que menos damos importância são os folhetos.A literatura 
impressa é uma arma poderosa no evangelismo pessoal.Poderá ser que alguém queira discutir 
Pr.Sérgio Lopes 
8 
 
com você, mas com um folheto ninguém discutirá. Entretanto precisamos tomar alguns 
cuidados com os folhetos. 
a) Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos, se possível ponha-o em uma pasta onde 
eles poderão ficar sempre no estado em que você os comprou.Ninguém gosta de ler um folheto 
todo amassado. É horrível! 
b) Não deixe-os ficar molhados com o suor de suas mãos, sempre entregue-os em perfeito 
estado ao pecador. 
c) Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção.Às vezes é preferível pagar um pouco mais 
em um folheto atraente, do que em um outro, mais barato, que ninguém irá se interessar. 
Existem várias editoras no Brasil que possuem catálogos de folhetos, é sempre útil ao 
evangelista possuir um ou mais catálogos para sempre se dispor de variedades. 
d) Entregue o folheto apropriado à pessoa certa.Por exemplo: a um jovem não entregue um 
folheto que serviria para uma criança e vice-versa Os folhetos são como remédios, para cada 
tipo de enfermidade, um tipo de medicamento.Assim também são os folhetos.Para um doente 
um folheto que fale sobre cura, a uma pessoa aflita, um folheto que fale sobre esperança.O 
evangelista pessoal deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos (Eu por exemplo, possuo 
uma coleção com vários títulos,desta maneira posso sempre saber qual vou usar em cada 
ocasião) . 
e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que se trata para falar ao 
pecador. 
f) O folheto deve sempre ter atrás, o carimbo da igreja com o endereço e dias de culto de modo 
legível. 
Quantos testemunhos há de pessoas que se converteram através de um folhetinho! 
Como entregar o folheto. 
1. Entregue o folheto sempre sorrindo.Um evangelista nunca irá conquistar uma alma 
oferecendo-lhe um folheto com a cara fechada ou sem mesmo olhar na pessoa! Portanto, seja 
jovial. 
2. Entregue o folheto debaixo de oração. Ora antes, durante e depois de entregá-lo.Os demônios 
fazem de tudo para atrapalhar a obra de evangelização. 
3. Não force ninguém a pegar o folheto.Quando a pessoa rejeitar não tente forçá-la, isso só’ 
piora a situação, mesmo por que, a pessoa esta no direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim 
agradeça de modo gentil e não a ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero. 
 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
9 
 
Como preparar um grupo de evangelismo. 
 Há um grande inimigo da igreja que deseja ganhar almas! Ele não permite que seus membros se 
disponham na obra do evangelismo pessoal, de maneira sistemática, continua e primordial. Este 
inimigo é: atividades demais. 
1. O Maior Problema 
Atividades demais é o maior problema na igreja atual é a arma que o inimigo usa para barrar o 
crescimento da igreja. Algo que deveria ser secundário na vida da igreja, tornou-se a coisa 
principal e o pior de tudo é que muitas dessas atividades acabaram virando tradição no seio das 
igrejas, e não pretendem sair tão fácil. Sim, louvar a Deus é bom, mas fomos chamados a 
ganharmos almas, Jesus não disse “ide e louvai” mas antes “ide e pregai o evangelho”.Hoje 
muitos se escondem atrás da fachada de músicos, pregador, aliás, pregador de igrejas é o que 
não falta, às paredes das igrejas são os locais mais evangelizados do mundo!Mas ninguém quer 
ir lá fora no sol quente pescar; esperam que os peixes venham limpos! Certamente que Deus deu 
dons à igreja como pastores, doutores, ajudadores, cantores etc… mas não encontramos nenhum 
apoio bíblico para que essas pessoas não evangelizem. Antes de um pastor ser um pastor, ele 
tem que ser antes de tudo um evangelista pessoal ganhador de almas, e o mesmo se aplica aos 
músicos e outros cargos dentro da igreja. Enquanto não percebermos que a tarefa principal da 
igreja é ganhar almas, continuaremos a contentarmos com uma igreja fraca e vazia, cheia de 
departamento de louvores, mas sem nenhum pecador salvo, sendo que o maior louvor é quando 
uma alma se converte Lucas 15:7; Apocalipse 5:9,10. 
2. Formando uma Equipe 
Se conseguir levar a igreja toda ao evangelismo, isto será maravilhoso, caso contrário terá que 
usar o método que Deus mostrou a Gideão. Muitos dentro de nossas igrejas estão dentro de uma 
dessas categorias descritas abaixo: 
Categoria Tomé: São aquelas que duvidam de tudo, por isso não saem para evangelizar e não 
conseguem crer que Deus poderá dar uma grande quantidade de peixes, mas estão 
completamente enganadas Lucas 5:4,5,6. 
Categoria do filho desobediente: São aqueles que se aprontam, dão o nome, se entusiasmam, 
mas nunca aparecemMateus 21:28,29,30 
Categoria de Isaías: Estes sim estão prontos a fazerem a obra de Deus, pois sempre dirão: “Eis 
me aqui Senhor, usa-me a mim” 
Eles podem ser poucos, no entanto, são os que darão resultado, pois estão dispostos, custe o que 
custar a fazer a obra de Deus. 
Então com esta equipe formada, reine-a o mais arduamente possível. Tenha ordem e disciplina 
no que faz e acima de tudo não seja somente um chefe, mas um líder exemplo. 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
10 
 
O que fazer depois do evangelismo 
Depois de ganhar almas, não as deixe a mercê da sorte, mas crie para elas um departamento de 
discipulado dentro da igreja. Onde poderão fazer perguntas e ter a chance de se expressarem. 
Mas cuidado, não coloque qualquer pessoa para este cargo, prefira pessoas que conheçam bem a 
Bíblia e que seja sábia no tratamento com tais indivíduos. Geralmente, os pecadores vêm feridos 
(com traumas, preconceitos, complexos, etc…) para o aprisco e é necessário que o pastor saiba 
aplicar os tipos certos de remédios para cada tipo de ferimento. 
 
2- Evangelismo em Locais Públicos 
Considero o método de evangelismo em locais públicos utilizado por muitas igrejas ineficiente 
porque, em geral, o público-alvo está ouvindo a mensagem não porque tenha sede de ouvi-la, 
mas porque não tem outra alternativa. É similar ao que algumas pessoas fazem ao ouvir músicas 
evangélicas em suas casas ou mesmo em seus celulares: aumentam o volume do som a fim de 
compartilhar o evangelho com a vizinhança. Além de ser uma atitude claramente desrespeitosa, 
é mais provável que em vez de atrair pessoas a Cristo acabe por causar indignação em quem se 
sente incomodado com o som alto. 
O evangelismo de massa que vemos em Atos tem pouco a ver com isso que vemos hoje em 
locais públicos. Quando os apóstolos pregavam, o povo ouvia atentamente porque era uma 
mensagem completamente nova e, especialmente, porque era atraído pelo Espírito Santo de 
Deus. Igualmente, Jesus não bradava sua mensagem aos quatro ventos enquanto transeuntes 
cruzavam seu caminho sem dar-lhe atenção. Mesmo quando havia rejeição ao evangelho, essa 
rejeição não decorria da indiferença dos ouvintes à mensagem, mas porque eles discordavam 
exatamente de seu conteúdo. 
O Brasil é hoje uma país evangelizado. É claro que há ainda regiões muito carentes do 
evangelho, mas certamente as grandes cidades não estão entre elas. Duvido que se ache com 
facilidade alguém que não tenha ouvido que Jesus morreu numa cruz para salvar pecadores. 
Católicos e evangélicos, bem ou mal, compartilham as boas novas em TVs, rádios, internet e 
quaisquer outros tipos de mídia que se possa imaginar. 
A questão, então, não é apenas falar de Cristo, mas transmitir a mensagem da cruz de maneira 
realmente consistente, mostrando àqueles que estão dispostos a ouvir sua real necessidade de 
arrependimento e de crer no Cristo morto numa cruz e ressurreto ao terceiro dia. 
 
 
 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
11 
 
3- Evangelismo em Hospitais Públicos 
O evangelismo no hospital requer uma autorização da administração. É preciso entrar em 
contato com o hospital e verificar os requisitos para o ingresso do grupo de evangelismo, a 
quantidade de pessoas que podem entrar, geralmente são poucas, horário e os locais permitidos 
para a execução desse trabalho. 
A Constituição Federal assegura, no Art. 5º: (…) 
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva; 
Nesse caso, o hospital não pode recusar, mas pode estabelecer as regras, as quais devem ser 
seguidas. 
Abordagem em apartamentos particulares: solicitar autorização para entrar e falar sobre a 
Palavra de Deus e Jesus Cristo. Se houver permissão, entrem no máximo duas pessoas. Se o 
paciente for mulher, o ideal é que entrem apenas duas evangelistas, ainda mais se o marido da 
paciente estiver lá. Se for um homem ciumento, irá prejudicar o trabalho de evangelismo. O 
mesmo se aplica para o caso de paciente homem acompanhado pela sua esposa. Duas 
evangelistas jovens podem criar algum sentimento de ciúme e atrapalhar o evangelismo. Vigiar 
nunca é demais. 
Os evangelistas devem falar de forma delicada acerca de Deus e do plano de salvação do 
homem, em baixo tom de voz. Ao final, é necessário fazer o convite para a confissão por Jesus 
Cristo como Senhor e Salvador de sua vida. 
Se o paciente ou algum acompanhante disser que sim, orar apresentando essa vida a Deus e 
entregar algum material apropriado para novos cristãos e, se possível, presenteá-lo com uma 
Bíblia carimbada com o endereço da congregação. Se disser que não, agradecer pela atenção, 
entregar algum folheto e ir em busca de outras vidas. 
Atenção! É importante não olhar para os pacientes com um olhar de pena ou de espanto. Isso só 
vai piorar o estado emocional deles. É preciso ser positivo e, na medida do possível, esbanjar o 
sorriso amoroso no rosto. 
Esteja preparado para enfrentar questionamentos do tipo “Se Deus é tão poderoso, porque eu 
estou aqui?” ou pedidos do tipo “ore por mim para Deus me curar”. 
Para responder isso, diga que esse não era o plano inicial de Deus, quando criou o homem. 
Porém após o pecado, a terra foi amaldiçoada e agora, independentemente do fato de ser cristão 
ou não, todos estão sujeitos às enfermidades. Por fim, explicar que ainda que o corpo pereça, o 
mais importante é a salvação e a vida eterna com Deus, livre de dor e sofrimento. 
A solicitação para oração pode ser atendida de pronto, mas é importante esclarecer que Deus 
poderá curar o paciente ou não e que tudo vai depender da fé da pessoa e da vontade de Deus. 
Explicar que existe propósito para todas as coisas, e que mesmo que não compreendamos os 
caminhos de Deus, jamais devemos blasfemar ou desistir de amá-lo, pois é bom e sabe de todas 
as coisas. 
Pr.Sérgio Lopes 
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A abordagem nos apartamentos coletivos: a entrada pode ser feita com uma saudação, em baixo 
tom de voz. Entrem duas ou no máximo três pessoas, sempre portando suas Bíblias. Nesse 
momento, fazer uma rápida apresentação e perguntar se alguém deseja receber uma oração. 
Caso haja, além da oração, deverá ser lida uma mensagem de ânimo, mas sem esquecer de 
pregar o arrependimento e a salvação em Jesus Cristo. Isso é uma conduta essencial. 
Entrega de folhetos também é uma boa alternativa, principalmente para quem fica bastante 
tempo em tratamento num hospital. Se possuir livretos, melhor ainda. Caso haja recursos para 
isso, o ideal é presentear alguns pacientes com Bíblias, acompanhadas de planos de leitura e de 
estudo. 
Como se trata de ambiente hospitalar, lembre-se de higienizar as mãos com bastante frequência, 
aplicando álcool. Evite passar a mão no rosto, nos olhos, boca e nariz, pois pode ocasionar 
alguma contaminação. 
Jesus disse: “se beberdes alguma coisa mortífera, não lhes causará dano”, porém Ele disse 
também: “Não tentarás ao Senhor teu Deus”. Portanto, não brinque com a sua saúde e com a 
saúde alheia. 
Nos corredores do hospital e nos locais de espera, pode haver entrega de folhetos, de forma 
discreta. Nada de pregação da Palavra, pois ambiente hospitalar requer silêncio. 
Todas as recomendações da administração devem ser seguidas rigorosamente, a fim de manter 
as portas abertas para outras visitas. 
4- Evangelismo em Presídios 
O Senhor Jesus está interessado em salvar não apenas os enfermos, mas igualmente os presos. 
Vejamos porque devemos evangelizar nos presídios, e depois vejamos como nós podemos fazer 
isso. Jesus não veio para os sãos e sim para os doentes, não veio para os justos, mas para os 
injustos, não veio para os salvos, mas para buscar e salvar os perdidos (Luc 19:10; Mat 9:10-
13). 
O ministério de Jesus consistia em proclamar libertação aos cativos (Luc 4:18). O Senhor Jesus 
está identificado não apenas com os enfermos, mas também com os presos. É por isso que Ele 
disse: “Estivena prisão, e fostes ver-me” (Mat 25:36). Então os cristãos perguntarão: “Quando 
te vimos na prisão, e fomos visitar-te ?” E então responderá Jesus: “Sempre que o fizestes a um 
destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mat 25:40). 
Na Carta aos Hebreus, o escritor exorta aos seus leitores que se lembrem dos presos como se 
estivessem presos (Heb 13:3). 
Todas essas passagens bíblicas, tudo quanto falamos nos parágrafos acima, deve motivar-nos a 
evangelizar os presos. 
Como Evangelizar nos Presídios 
Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim também há normas para visitar nos 
presídios. Os cristãos devem respeitar essas normas. Elas visam à boa ordem nos presídios e à 
segurança de todos. Infringir tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não 
Pr.Sérgio Lopes 
13 
 
permitirá que coisa alguma de mau aconteça é imprudência. O candidato a evangelização em 
presídios deve integrar um grupo autorizado junto a gerência dos voluntários, submetendo-se 
ao cadastramento e adquirindo o credenciamento das autoridades responsáveis pela 
administração penitenciária de cada Estado. 
A evangelização nos presídios deve contar com literatura especial. A literatura usada na 
evangelização nos hospitais não é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a esta 
regra. Isto é, há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos. Portanto, 
leia o material a ser distribuído nos presídios, e certifique-se se tal material é o mais indicado. 
Em sua fala nos presídios, procure sempre incluir-se entre os pecadores, entre os que necessitam 
do amor de Deus. 
Procure observar os regulamentos do presídio. Não se coloque na posição de juiz nem de 
advogado dos presos. Você é um arauto de Deus. Você está ali como um pregador das boas-
novas. Faça isso. Compartilhe o amor e o perdão de Deus para com os homens .Abaixo algumas 
sugestões: 
1. Vestir-se moderadamente. No caso das mulheres, evitar roupas transparentes e colantes no 
corpo. Preferir roupas soltas, que cubram os quadris, com a maior naturalidade possível e de cor 
clara. Existe uma norma relacionada à segurança prisional que proíbe o acesso intramuros 
(dependências internas) trajando roupas escuras (pretas) ou a cor dos uniformes das unidades 
(laranja ou vermelho). 
2. No contato direto com os reeducandos, evitar abraços ou intimidades que possam perturbá-
los emocionalmente. É natural que alguns tentem uma aproximação maior, dado as condições 
em que vivem, segregados da família e da sociedade. Compete ao visitante manter uma postura 
de comportamento adequado dentro do grupo. 
3. À medida em que o visitante passa a conhecer melhor o ambiente prisional, constatará que a 
forma de tratamento entre os próprios reeducandos é carregada de adjetivos afetuosos, apelidos, 
etc. Muito cuidado para não incorporar estes hábitos, procurando aprender e declinar os nomes 
próprios. 
4. Tudo que nos propomos fazer, requer preparo espiritual, ao iniciarmos e ao findarmos 
quaisquer atividades. Assim, logo ao amanhecer, façamos orações de agradecimento pela 
oportunidade, com pedido de proteção para o grupo e para os irmãos assistidos. Após o 
encerramento da visita, reunirem-se para a oração final de agradecimento. 
5. Observar as normas de segurança relativas a alimentos e outros objetos. 
6. Selecionar livros e revistas que serão ofertados. Devem conter material instrutivo e nada 
que desperte animosidade, libido, etc. 
7. Inteirar-se com antecedência do conteúdo doutrinário, as melhores técnicas e formas de 
abordagem utilizadas pelo grupo, com prioridade para as lições evangélicas. 
8. Avisar com antecedência ao coordenador do grupo, quando houver algo que impeça o seu 
comparecimento no dia pré-estabelecido para a visita. 
Pr.Sérgio Lopes 
14 
 
9. A cada integrante deste voluntariado, cabe o dever de divulgar os trabalhos, procurando 
arrebanhar novos integrantes como assim também ajudar contribuindo com recursos financeiro 
ou captando eles. 
10. A oração e a vigilância são pontos indispensáveis para o êxito do programa a ser 
desenvolvido. Em especial aos coordenadores e integrantes e recomendado buscar a Deus em 
oração constantemente (vigílias , monte ou grupos de oração nas igrejas) ACIMA DE TUDO E 
NECESSÁRIO TER CHAMADO E AMOR PELOS ENCARCERADOS !! 
 
5- Discipulado e seus temas primordiais 
A palavra discipulado vem de discípulo. O discípulo é alguém que segue os ensinos de um 
determinado mestre. No contexto bíblico ele significa um discípulo ensinando outras pessoas a 
serem também discípulas desse mesmo mestre, andando em seus ensinos. De forma prática, 
quem iniciou essa ordem sobre o discipulado bíblico foi Jesus Cristo. Ele é quem mandou que 
fizéssemos assim. Vejamos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em 
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos 
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 
28:19). Como podemos ver, a ordem de discipular pessoas foi dada pelo nosso Mestre Jesus 
Cristo. 
O objetivo do discipulado bíblico é levar as pessoas a conhecerem a salvação que está em Jesus 
Cristo e, a partir daí, essas pessoas também serem discípulas e seguidoras do Senhor Jesus. No 
ditado popular é “ovelha gerando ovelha”. Isso acontece através da nossa vivência do 
evangelho, da nossa pregação da palavra de Deus e do nosso acompanhamento dessas pessoas 
após elas serem alcançadas pela salvação do nosso Deus. Caminhamos junto delas, ajudando-as 
a andar assim como o Mestre deseja. Esse é o grande objetivo do discipulado. 
Como é o discipulado bíblico? 
 Na prática o discipulado não é algo complexo. Deus o fez de forma simples e direta. A ordem 
de Jesus em Mateus 28:19 nos aponta a pelo menos duas coisas que nós que já conhecemos a 
Deus devemos fazer na prática: 
a)Ir e fazei discípulos. Isso significa que enquanto estamos vivendo a nossa vida, “indo”, 
“andando” em nosso dia a dia, devemos ser sal e luz para as pessoas (Mateus 5:13), vivendo na 
prática a vida que Jesus deseja para nós e anunciando a boa notícia da salvação com o objetivo 
de que pessoas ouçam a palavra e a acolham em seus corações. 
Essa é a semente do discipulado bíblico, ele se baseia única e exclusivamente na anunciação da 
palavra de Deus e no poder dela de transformar vidas: “Porque a palavra de Deus é viva, e 
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir 
alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do 
coração” (Hebreus 4:12). 
 
b) Ensinar os novos discípulos. Um discípulo é alguém que está em constante aprendizado. 
Ele não nasce pronto. Alguém que está perdido no mundo e é alcançado por Deus, precisa agora 
saber o que fazer. E é exatamente aqui que entram os discípulos de Cristo. Nós, como servos de 
Jesus, temos a missão de ensinar e acompanhar nossos irmãos, mostrando a eles o caminho da 
vontade de Deus, da edificação, do fortalecimento, do conhecimento da Palavra do Senhor, da 
comunhão com os santos, etc. Devemos edificar uns aos outros. 
Pr.Sérgio Lopes 
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Como realizar o discipulado bíblico na prática? 
 
O que mais nos gera ansiedade é que muitas vezes não sabemos como fazer essa grandiosa obra. 
A boa notícia é que não é algo complexo. Deus fez com que fosse algo simples e que todos os 
discípulos de Jesus podem fazer, bastando que cumpram a ordem Dele e se empenhem no 
trabalho: 
 
(a) Pregue enquanto vive. Se você vive os ensinos de Jesus em seu dia a dia, isso já será uma 
grande pregação para as pessoas. O nosso testemunho de vida vai impactar o coração das 
pessoas e abrir portas para compartilharmos o evangelho. Quando somos sal e luz nesse mundo 
de trevas, nossa presença é percebida e nossa mensagem é vista.(b) Ensine o que você sabe. Você não precisa ser um teólogo profissional para discipular 
pessoas. Ensine o que sabe. Fale sobre o que Jesus fez em sua vida, como sua vida era antes e 
como é agora. Não permita que oportunidades se percam por você achar que precisa sempre 
saber mais para começar a discipular pessoas. O verdadeiro discipulado bíblico pode ser feito 
em todas as fases da nossa vida cristã, desde quando sabemos bem pouco até quando temos 
grande conhecimento e vivência do evangelho. 
 
(c) Aprenda mais para ensinar mais. Não fique parado no tempo. Busque aprender cada vez 
mais e viver cada vez mais a palavra de Deus para que você seja cada vez mais capacitado para 
compartilhar com outros sobre o evangelho de Cristo. Quanto mais preparado for um servo, 
mais Deus o usa. 
 
d) Não tenha vergonha. Muitas vezes sentimos vergonha de falar de nossa fé, por medo de 
sermos perseguidos, caçoados ou rejeitados. Esse é um risco que corremos, mas não tenha 
medo, pois isso é a obra de Deus e agindo Deus quem impedirá? (Isaías 43:13). Seja ousado, 
firme, faça o seu papel sabendo que Deus está no controle dessa obra de fazer discípulos. 
 
e) Convide para congregar. Sempre que possível, convide a pessoa para fazer um discipulado 
bíblico mais profundo na igreja, ou mesmo em encontros com o objetivo de estudar a Bíblia. 
Isso vai ajudar a pessoa a se aprofundar nas verdades da Palavra do Senhor e irá transformá-la 
em uma nova “ovelha” discipuladora também. A igreja de Deus é um corpo e trazer as pessoas 
para perto desse corpo fará com que elas sintam como é bom fazer parte dele. 
 
Alguns Temas para Discipulado 
 
1.Porque devemos entregar a nossa vida a Cristo? 
a. O pecado deve ser pago com a própria vida do pecador. 
b. A triste realidade do homem sem Deus 
c. Deus amava todos os homens e criou um plano para salvá-los 
d. O sacrifício de Jesus é redentor, expiatório e vicário 
e. O que fazer para receber o perdão de Deus e restaurar a aliança com Ele? 
f. O novo nascimento 
g. A nova vida com Jesus 
2. A Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. 
3. A oração 
4. A vida Cristã 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
16 
 
Como formar novos Discípulos 
A igreja necessita de um processo de discipulado, porque um ponto fundamental da GRANDE 
COMISSÃO; é a ordem de Jesus de ir e “Fazer discípulos e ensiná-los todas as coisas que vos 
tenho mandado”. A igreja tem feito uma coisa ou outra isoladamente, e em alguns casos, 
nenhuma das duas. As vezes o novo discípulo de Jesus não amadurece por falta de ensino 
bíblico. Outras vezes os membros da igreja tem recebido apenas ensino bíblico, mas não tem 
consciência do que significa ser discípulo de Jesus. 
 Discípulos sem ensino se tornam crentes raquíticos 
 Crentes que não são discípulos se tornam membros ativistas 
 Discípulos com ensino bíblico transformam o mundo 
Passos iniciais 
O processo de discipulado requer um trabalho de paciência e perseverança. Enquanto o processo 
de discipulado está sendo consolidado, pode-se começar a fazer ligação dele com a implantação 
dos ministérios da igreja relacionados aos dons espirituais. 
Mudanças espontâneas 
Deus muda radicalmente a vida do grupo e a visão das pessoas em relação à sua obra, que 
passam a entender que toda iniciativa da obra de Deus é DEle e não nossa. 
Algumas pessoas são usadas por Deus para formar novos discípulos que continuam a formar 
outros discípulos 
Missões - Visão Panorâmica 
A definição do que é a missão da igreja cristã é sem dúvida um dos 
pontos mais cruciais da teologia. Afinal, o que Deus requer que seu povo faça, 
exerça e realize no mundo a qual ela foi enviada? O que devemos entender por 
missão cristã? Quais são a natureza e os objetivos da missão da igreja? Perguntas 
como essas podem receber uma variedade de respostas a partir dos diversos 
pressupostos e compromissos teológicos. 
 
1-Visão Panorâmica 
Missiologia: é a ciência que tem por objetivo o estudo da grande comissão dada por Cristo 
Jesus em sua Igreja. A missiologia dedica-se, principalmente, ao caráter transcultural da tarefa 
evangelizadora. É o estudo da obra missionária ordenada por Jesus Cristo aos seus discípulos, 
no sentido nacional e transcultural (MT. 28. 19 / MC 16. 15 / AT 1. 8). 
O estudo de missiologia é de fundamental importância, por se tratar da tarefa suprema da igreja, 
que é a evangelização dos povos. Durante muitos anos, ouvimos falar essa conhecida frase: 
"Missão esta no coração de Deus". Nós sabemos que o interesse de Deus sempre foi, e sempre 
será, alcançar a todos os povos, raças, nações e tribos de todas as línguas. Entretanto, nesses 
últimos dias, Deus está interessado em saber se missões estão também em nossos corações. O 
ponto fundamental da missiologia é definir as estratégias e os parâmetros da grande comissão 
dada por Jesus, tais como: Quem envia e quem é enviado; quais são os obstáculos das missões 
contemporâneas; como será o alcance dos povos não alcançados e a evangelização de todos os 
povos, de uma maneira geral. 
Pr.Sérgio Lopes 
17 
 
Deus fez o papel do primeiro missionário, quando desceu até o Jardim do Éden e proclamou o 
evangelho aos pais de toda raça humana, escondida nos lombos de Adão. Depois disso, Jesus 
fez o papel de enviado, quando completou a missão daquele que o lhe confiou. 
O Espírito Santo é o agente das missões contemporâneas. Entretanto, aprendemos que a trindade 
formou o primeiro concílio missionário. 
 
2 - Deus, o Primeiro Missionário. 
Toda criação de Deus é importante. Porém, Deus escolheu o homem de um modo especial, 
formando-o à sua imagem e semelhança (Gn. 1. 26 - 28). 
Deus criou os seres angelicais, com graus distintos de responsabilidades e autoridades. Deu a 
um querubim uma formosura jamais vista nos outros anjos e sabedoria esplêndida (Ez. 28. 12-
17). Esse anjo atuava como primeiro ministro de Deus, tendo além das qualidades citadas, 
grande poder e livre arbítrio. Mas, com tanto poder e formosura, Lúcifer, conforme ficou 
conhecido, ficou tão deslumbrado com o que Deus lhe dera, que desejou "ser semelhante ao 
altíssimo" (Is. 14. 14), com isso encabeçou uma rebelião jamais vista em toda história, com o 
propósito de estabelecer um reino espúrio, juntamente com os anjos que lhe acompanharam 
nesta rebelião (Ap.12:4-9). Por ter incitado a rebeldia, Lúcifer, agora chamado de Satanás, 
recebeu o juízo de Deus e a expulsão dos céus. Tempos depois da rebelião, Deus fez outra 
criação, a qual também concedeu livre arbítrio: o homem. Ao criá-lo, Deus mostrou o seu 
cuidado especial: fez um jardim de delícias para a sua nova criação habitar. Satanás, observando 
isso, encheu-se de ira e ciúme, e partiu para perturbar e atacar o homem, a nova criação de 
Deus. 
Deus estabeleceu um relacionamento de companheirismo, e comunhão com Adão e Eva, no 
Jardim do Éden, mediante o amor. Para que eles continuassem esse relacionamento com Deus, 
teriam apenas que passar na prova de obediência total à vontade divina, mas eles falharam. Com 
a queda, o amor de Deus escreveu e história da redenção. Pois Ele já havia previsto a 
possibilidade do homem pecar e idealizou um meio para resgatá-lo. E foi assim que Deus 
desceu ao Jardim do Éden, naquela tarde sombria, e proclamou, como autêntico missionário, a 
primeira mensagem evangelística, registrada em Gênesis 3.15, "...porei inimizade entre ti e a 
mulher, entre a sua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o 
calcanhar". Esta é a primeira referência a Cristo na Bíblia, relacionando a derrota de satanás, a 
sua sentença e as boas novas da vitória sobre o fracasso. 
Naquele momento, Deus estava anunciando Cristo a todos os descendentes de Adão, que iriam 
nascer no decorrer dos séculos. 
 
3 - Jesus, o Missionário enviado por Deus. 
Em João 3. 16, encontramos o plano de Deus se caracterizando, ao enviar o seu único Filho ao 
mundo, para construir a história da redenção,numa inexplicável expressão de amor, a ponto, do 
apóstolo João, que soube tão bem descrever a cena apoteótica do amor de Deus, ter usado a 
expressão "de tal maneira", como uma forma de tentar explicar a profundidade do amor de Deus 
ao mundo. Amor este que ultrapassa as fronteiras culturais, racionais e lingüísticas, não se 
restringindo a uma raça, nação ou grupo cultural especifico. Ele ama a todos os povos e deseja 
que todos os homens se arrependam e sejam salvos, mediante a obra realizada por Jesus Cristo. 
Conforme o texto de (2Pd. 3. 9) "...Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém 
se perca, senão que todos venham a arrepender-se". 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
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4 - A Grande Comissão feita por Jesus Cristo. 
Após a ressurreição, o Senhor Jesus Cristo priorizou três ordens aos discípulos, a saber: "Ide por 
todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc. 16. 15). "Ide, portanto fazei discípulos 
de todas as nações" (Mt. 28. 19). "E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém..., até aos 
confins da terra". (At. 1. 8). Estas três passagens bíblicas são suficientes para descrever as 
prioridades do Senhor Jesus, que é a evangelização do mundo. Antes mesmo da ressurreição, o 
Senhor Jesus Cristo já havia dito que primeiro, o evangelho seria pregado a todas as nações e 
depois viria o fim (Mt. 24. 14). Já naqueles dias, o Senhor Jesus sentia tanto a necessidade da 
obra missionária que certa vez, ao olhar para seara, e ainda faltando quatro meses para a 
colheita! Já via os campos brancos para a ceifa: "Não dizeis: Ainda há quatro meses até a ceifa? 
Eu vos digo: Erguei os vossos e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa" (João 4. 35). 
 
5 - Espírito Santo, o Propagador das Missões. 
O livro de Atos dos apóstolos menciona os grandes feitos dos apóstolos no início do 
cristianismo, em Jerusalém. Nós sabemos, entretanto, que os discípulos nada fariam se não fosse 
o preceito dado pelo Senhor Jesus, antes da sua ascensão aos céus: "Mas recebereis poder, ao 
descer sobre vos o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em 
toda Judéia, Samaria, e até os confins da terra" (At. 1. 8). 
Após terem sido cheios do Espírito Santo, o mundo foi alcançado pela pregação do evangelho, e 
isso se deve ao grande propagador de missões, o Espírito Santo. É ele o maior incentivador da 
obra missionária, pois impulsiona, encoraja e chama os missionários, nós percebemos tal 
afirmação no livro de Atos, capítulo 13, quando a Igreja de Antioquia estava reunida: "Disse o 
Espírito Santo: Separai-me agora, Saulo e Barnabé, para obra que os tenho chamado" (At 13. 2). 
A missão do Espírito Santo é chamar os missionários, como também é convencer o mundo do 
pecado da justiça e do juízo (Jo. 16. 8). 
Os missionários são enviados para pregar ao pecador, mas é o Espírito Santo quem os convence 
a aceitar a mensagem pregada pelos missionários. 
 
6 - Bíblia, o Livro Missionário. 
Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não só impossível, mas também inconcebível. Ela 
nos dá o mandato, o modelo e o poder para evangelização do mundo. A Bíblia não apenas 
contém o evangelho, como ela é o próprio evangelho (boas novas). Através dela, Deus está 
evangelizando, isto é, comunicando as boas novas ao mundo. Jesus mesmo ordenou aos seus 
discípulos, dizendo: "Ide por todo mundo pregai o evangelho a toda criatura" (Mc. 16. 15). 
A Bíblia é o manual do missionário, sem ela não há salvação: "De sorte que a fé vem pelo ouvir, 
e o ouvir a palavra de Deus" (Rm. 10. 17). "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" 
(Jo. 8. 32), portanto a Bíblia é a ferramenta inseparável do bom soldado (Js. 1. 8). 
 
7 - Missões no Antigo Testamento. 
Já aprendemos no primeiro capítulo desta apostila que o Deus vivo, é um Deus missionário. E o 
maior exemplo de missões no Antigo Testamento, começa com o chamado de Abrão, cerca de 
quatro mil anos atrás. 
Em Gênesis 12, começa a grande promessa feita a Abraão: "Em ti serão benditas todas as 
famílias da terra" (Gn 12. 1-4). A promessa de Deus, feita a Abraão se divide em três aspectos 
principais: 
A promessa de uma terra. 
A promessa de uma benção. 
Pr.Sérgio Lopes 
19 
 
A promessa de uma posteridade. 
Após Ló ter se separado de Abraão, Deus disse a esse: "Ergue os olhos e olha desde onde estás 
para norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente, porque toda essa terra que vês, Eu darei a 
ti, e a tua descendência, para sempre" (Gn. 13. 14 - 15), ali foi confirmada a promessa de uma 
terra a Abraão e sua descendência. 
Em Gênesis 12. 1 - 4, aparecem cinco vezes as palavras: bênçãos e abençoar. A bênção que 
Deus prometeu a Abraão transbordaria sobre toda humanidade. 
Um pouco mais tarde, Deus confirma a Abraão a promessa de sua posteridade, simbolizada 
como o pó da terra e como as estrelas do céu de tão inumerável que seria. 
Deus cumpriu esta promessa, porque o pó da terra simbolizava a descendência natural de 
Abraão, os filhos de Israel, que nasceram através de seu neto Jacó (Gn. 32. 12). 
As estrelas do céu simbolizavam a descendência espiritual, que são todos os que aceitam a Jesus 
Cristo, que é descendente de Abraão na carne (Gl. 3. 29), portanto a promessa de Deus feita a 
Abraão, dizendo: "Em ti serão bendita todas as famílias da terra" (Gn. 12. 3), se cumpre 
perfeitamente porque o Novo Testamento inicia-se dizendo:"Livro da genealogia de Jesus 
Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mt. 1. 1). Todas as famílias da terra que aceitam Jesus 
se tornam também filhos de Abraão e herdeiros da mesma promessa dada a ele (Gl. 3. 7 - 29 / 
Rm. 4. 16 - 17). 
Jesus Cristo é esta promessa missionária, feita por Deus no Antigo Testamento, ao afirmar: 
"Digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaac 
e Jacó no reino dos céus" (Mt. 8. 11-12). 
 
8 - O chamado missionário de Israel . 
Muitos acham que a visão missionária não soa tanto no Antigo Testamento. Isso se dá pelo fato 
de muitos não compreenderem que Deus estava preparando a nação de Israel como luz do 
mundo em meio aquele mundo pagão. Notemos isso em Êxodo 19. 4 - 6 / Salmos 67 e, 
principalmente em Gêneses 12. 1 - 3. Depois disso percebemos a história de Jonas, que foi 
enviado por Deus à cidade de Nínive, como autêntico missionário judeu, para pregar aos 
ninivitas. Ainda vemos a história de Isaías (Is. 6. 8), de Jeremias (Jr. 1. 5) e outros profetas. 
O plano missionário de Deus para Israel, se dividia em três pontos: 
Proclamar seu plano de abençoar as nações (Gn. 12. 1 - 3). 
Participar do seu sacerdócio como agente dessa bênção (Ex. 19. 4 - 6). 
Provar seu propósito de abençoar todas as Nações (Sl. 67). 
O primeiro ponto mostrado acima contradiz as pessoas que defendem a teoria de que, no Antigo 
Testamento, a visão Missionária era extremamente nacionalista, pelo fato de Deus tratar de 
forma peculiar a nação de Israel. 
Se observarmos a Bíblia, descobriremos que em seu primeiro capítulo, antes mesmo do homem 
pecar, a palavra dada a Adão e Eva foi esta: "E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundo, 
multiplicai-vos". Após o pecado essa benção foi quebrada pela maldição (veja o contraste entre 
Gênesis 1. 28 e Gênesis 3. 17), mas em Gn. 12. 3, com a chamada Abraão, Deus promete 
abençoar novamente todas as famílias da terra, através da descendência de Abraão (Israel): 
"Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem". 
O segundo ponto mostra o plano de Deus de usar Israel como intercessor das demais nações 
diante de Deus. 
O terceiro ponto é o significado do Salmo 67, aplicado a todos os povos, por intermédio do que 
Deus havia dado a Israel, mostrado através dos sinais e das maravilhas. Isso é percebido, 
principalmente, quando Deus abriu o Mar Vermelho e o rio Jordão, estes fatos, fizeram com que 
todas as demais nações temessem ao Deus de Israel, fato que é comprovado pelo testemunhode 
Pr.Sérgio Lopes 
20 
 
Raabe "...porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, 
quando saístes do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Seor e a Ogue que 
estavam além do Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isso, desmaiou o nosso coração e em 
ninguém há mais ânimo algum, por causa da vossa presença, porque o Senhor vosso Deus, é 
Deus em cima nos céus e embaixo da terra". 
 
9 - Missões no Novo Testamento. 
Já aprendemos que o Antigo Testamento é uma base indispensável e insubstituível na tarefa 
missionária da Igreja, entre as nações e povos deste mundo. O Deus que no Antigo Testamento 
se identifica como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e que revela a Moisés o seu nome 
pessoal Yahweh, é o Deus de todo o mundo. No Novo Testamento, nos é apresentado Jesus, o 
Salvador do mundo. Do ínicio ao fim, o Novo Testamento é um livro de Missões. 
Os Evangelhos anunciam a chegada definitiva do reino dos céus, o livro de Atos dos Apóstolos 
anuncia a propagação deste reino e as Epistolas são instrumentos reais e autênticos do trabalho 
missionário dos apóstolos às Igrejas recém-inauguradas. Com base na própria pregação de Jesus 
pode-se afirmar que a obra missionária da Igreja, por todo o mundo, é a exata razão do intervalo 
entre a ascensão de Jesus e seu retorno como o Filho do Homem. 
O mandado missionário do Evangelho de Mateus é a grande Comissão (Mt. 28. 19 - 20). O de 
Marcos é uma ordem imperativa: "Ide" (Mc. 16. 15). O de João é de que, se alguém não nascer 
de novo, não poderá ver o reino do céu (Jo. 3. 3). 
 
10 - A Grande Comissão. 
Em Mt. 28. 19 - 20, temos o registro da grande comissão dada por Jesus aos seus discípulos. 
Dentre os vários aspectos dados por Jesus a essa Grande Comissão, queremos destacar dois 
pontos principais: Primeiro - Uma Ordem. Segundo - Uma promessa. 
Uma ordem. "Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações" Este "Ide", ordenado por 
Jesus é uma confirmação de Marcos16. 15, "Ide e pregai o Evangelho a toda criatura". Isso é 
uma ordem imperativa. Jesus, após ressuscitar disse: "É me dado todo o poder no Céu e na 
Terra" (Mt. 28. 18). Nesse momento, Ele, como General vitorioso, não pediu aos seus discípulos 
para evangelizar, Ele deu uma ordem expressa: "IDE". 
Uma Promessa: "E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt. 28. 
20). Ao mesmo tempo em que Jesus nos deu uma ordem, Ele nos consolou, dizendo que estaria 
conosco na execução de sua grande comissão. Não estamos sozinhos nesta missão, por isso 
devemos realizar o mais rápido possível o que o Senhor nos confiou, pois Ele está conosco em 
qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer dia que sairmos para fazer a sua obra, 
cumprindo a suprema tarefa da Igreja, que é a evangelização do mundo. 
 
11 - A Igreja Primitiva Cumpriu a Grande Comissão? 
No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos a resposta para a pergunta feita acima. Milhões de 
cristãos julgam que o livro de Atos dos Apóstolos e o de Lucas registram a obediência dos doze 
Apóstolos à grande comissão. Mas, na verdade relatam a relutância dos mesmos em obedecê-la. 
Sabemos que os judeus sempre foram exclusivistas e este foi o grande obstáculo para a 
realização da grande comissão. Parece-nos que os doze apóstolos não entenderam a missão 
outorgada por Jesus a eles. Percebemos isso quando Cornélio mandou mensageiros buscarem a 
Pedro. Se não fosse a advertência que o Senhor havia feito a Pedro, através da visão do lençol 
(Leia At. 10. 9 - 16), ele não teria aceitado ir anunciar o evangelho, pela primeira vez, aos 
gentios. 
Pr.Sérgio Lopes 
21 
 
O próprio Espírito de Deus advertiu a Pedro, dizendo: "Levanta-te, pois e desce e vai com eles, 
nada duvidando, porque eu os enviei" (At. 10. 20). 
Quando chegou ao conhecimento dos apóstolos, em Jerusalém, e dos crentes, na Judéia, que 
Pedro havia pregado aos gentios, começaram a criticá-lo por sua atitude. Agora pergunto: será 
que eles já haviam esquecido que Jesus disse: "Ide até os confins da terra"? Na verdade queriam 
que o evangelho ficasse restrito somente aos judeus. Vejamos o que diz Gálatas 3. 26 -28: 
"Portanto os judeus e os gentios são unidos por Deus pelo sacrifício da morte de Cristo na cruz 
do calvário". 
 
12 - O Primeiro Concílio Missionário, em Jerusalém. 
Nós aprendemos pela história do Cristianismo que, a princípio, os apóstolos achavam que esse 
seria apenas uma continuação do Judaísmo, só que de uma forma mais ampliada. Mas não foi 
isso que o Senhor Jesus passou para eles. Quando a notícia de que Pedro havia pregado para a 
casa de Cornélio chegou em Jerusalém, os apóstolos se reuniram para dar o seguinte parecer: 
"Ou o cristianismo ficaria restrito à região da Palestina, ou avançaria por ela até os confins da 
Terra". Após haver grande debate entre os apóstolos, Pedro tomou a palavra, fazendo uma 
exposição do que Deus havia feito por intermédio dele aos gentios, na casa de Cornélio, e como 
Deus o havia escolhido para levar o evangelho aos gentios. 
Depois da exposição feita pelo apóstolo Pedro, a multidão silenciou para ouvir a exposição feita 
por Barnabé e Paulo, acerca do que Deus fizera por intermédio deles, na primeira viagem 
missionária. Ao terminarem, Tiago, que presidia a reunião, tomou a palavra e fez uma 
exposição, mostrando referências bíblicas em que os profetas prediziam que o nome de Jesus 
seria invocado entre os gentios. Com isso, o Concilio de Jerusalém, por volta do ano 50 d.C., 
registrado em Atos dos Apóstolos, capítulo 15, deu seu parecer favorável à expansão do 
cristianismo entre os gentios e até os confins da terra. 
 
13 - Panorama Missionário em Atos dos Apóstolos. 
Estudaremos, agora, a ação missionária desenvolvida pela Igreja primitiva e pelos apóstolos, no 
início do cristianismo. 
Atos 01 - Antes da ascensão, Jesus traça o perfil geográfico da obra missionária, começando por 
Jerusalém, Samaria, Judéia e até os confins da terra (Atos 1. 8). 
Atos 02 - No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desce sobre os primeiros 120 membros da 
Igreja local, fundada por Cristo. Neste dia, houve a conversão de quase três mil almas. As 14 
nações que estavam reunidas, em Jerusalém, ouviram o discurso de Pedro, que estava 
"inflamado" pelo Espírito Santo de Deus. 
Atos 03 - A Igreja primitiva já se encontrava com mais de 3.000 membros. Era um exército de 
gente, cheio do Espírito Santo, disseminando a semente por todas as regiões. 
Atos 04 - O resultado dessa disseminação, referida no capítulo três já é notado neste capítulo, 
pois a Igreja de Cristo já ultrapassa a marca de 5.000 membros. Este crescimento começa 
assustar as autoridades, a ponto de Pedro e João comparecerem no Sinédrio e serem proibidos 
de falar o Nome de Jesus. 
Atos 05 - A Igreja primitiva cumpre a primeira parte missionária que Jesus havia determinado, 
pois toda a Judéia já havia sido evangelizada. 
Atos 06 - São consagrados sete diáconos para servir a Igreja, o relato do versículo 7 desse 
capítulo, mostra o avanço extraordinário da Igreja de Cristo. Até mesmo, muitos dos sacerdotes 
que perseguiram o Senhor Jesus, se convertiam a Deus. A Igreja crescia de forma tal, que as 
autoridades, mesmo com as astúcias do inimigo, não podiam mais controlar nem frear seu 
Pr.Sérgio Lopes 
22 
 
desenvolvimento. A obra missionária tinha força de gigante, e o povo cumpria com alegria os 
ensinamentos do Mestre Jesus Cristo. 
Atos 07 - Após uma exposição poderosa das Escrituras e debaixo de muita unção, o diácono 
Estevão foi expulso da cidade e apedrejado, mas, mesmo diante de tanta intempérie do 
adversário, seguiu o exemplo de Cristo e perdoou os seus executores (Atos 7. 60). Tornou-se o 
1° mártir do cristianismo. Parece ter sido a sementeira que o evangelho precisava para crescer 
ainda mais. 
Atos 08 - A Igreja primitiva cumpre a segunda parte do perfil missionário geográfico ensinadopor Jesus, e toda a Samaria é evangelizada pelo poder da pregação do diácono Felipe (Atos 8. 
6). 
Atos 09 - Acontece a conversão do homem considerado como o maior missionário da História, 
o apóstolo Paulo. Esse Missionário traria muitos benefícios ao cristianismo. 
Atos 10 - O apóstolo Pedro recebe uma visão divina de missões transculturais, e em obediência 
àquela visão, leva o evangelho de Cristo aos gentios, na casa de Cornélio. 
Atos 11 - O evangelho cresce entre os gentios, toma os rumos de Antioquia, a terceira cidade 
mais importante do Império Romano, com cerca de 500.000 habitantes. Os discípulos são 
chamados, pela primeira vez de cristãos, pois se pareciam com Cristo. 
Atos 12 - O crescimento evangélico incomoda as autoridades. Herodes Agripa I, neto de 
Herodes, o Grande, manda matar Tiago, o primeiro dos Apóstolos a ser morto, e lança na prisão 
a Pedro, mas esse é liberto milagrosamente da prisão. Herodes Agripa I morre comido de bicho, 
por não dar glória a Deus. 
Atos 13 - A Igreja de Antioquia torna-se a primeira Igreja Gentílica, com a visão de missões 
transculturais, e envia os seus dois primeiros missionários: Paulo e Barnabé. 
Atos 14 - É grande o resultado obtido por Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária, 
fundando Igrejas fortes na província da Galácía. Em qualquer lugar que passassem, deixavam 
igrejas formadas. 
Atos 15 - Primeiro Concílio realizado em Jerusalém pelos apóstolos, dando incentivo ao 
impulso da obra missionária aos gentios. 
Atos 16 - A Igreja atinge a terceira meta do perfil missionário geográfico ensinado por Jesus, e 
toda a Judéia e Ásia já haviam sido evangelizadas. A visão transcultural de Paulo é ampliada em 
Trôade, e o evangelho chega à Europa. Lídia é a primeira convertida, na viagem de Paulo à 
Europa. 
Atos 17 - Paulo e Silas fundam duas Igrejas fortes: uma em Tessalônica e a outra em Beréia. 
Depois partem para Atenas, capital mundial da filosofia, e evangelizam os filósofos Epicureus e 
Estóicos no Areópago de Atenas, capital da Grécia. 
Atos 18 - O Apóstolo Paulo funda uma Igreja forte em Corinto, cidade comercial da Grécia, e 
conclui a segunda viagem missionária, iniciando logo após essa, sua terceira viagem 
missionária. 
Atos 19 - Paulo chega a Éfeso, cidade comercial da Ásia Menor e ali permanece dois anos, 
dando aula na escola de Tirano. Funda, nesta cidade, uma Igreja bem sólida e teologicamente 
bem preparada. 
Atos 20 - Paulo passa novamente a Macedônia e Grécia, fortalecendo as Igrejas fundadas por 
ele nas suas primeiras viagens missionárias. 
Atos 21 - Paulo é avisado pelo profeta Ágabo, que se fosse a Jerusalém seria preso, mas 
decidido, foi à Jerusalém. Lá chegando reuniu-se com seus anciãos e fez um relato do que Deus 
havia feito através da sua vida aos gentios. No dia seguinte, entra no templo e cumprindo-se a 
profecia, é preso. 
Pr.Sérgio Lopes 
23 
 
Atos 22 - Após sua prisão no templo, faz um grande discurso em sua defesa e dá testemunho de 
sua conversão no caminho de Damasco, e afirma seu chamado por Deus para pregar aos gentios 
(v. 21). 
Atos 23 - O perseguidor é perseguido, Paulo que, quando membro do Sinédrio, consentiu na 
morte de Estevão, agora é julgado perante o Sinédrio por causa do evangelho. 
Atos 24 - O apóstolo prega com autoridade e poder perante o Governador Félix, e este fica 
atemorizado. 
Atos 25 - Deus cumpre na vida de Paulo o que disse através da vida de Ananias, no ato de sua 
conversão: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar meu nome 
perante aos gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel" (Atos 9. 15). 
Atos 26 - Perante as autoridades, Paulo evangeliza o Governador Festo, sucessor de Félix. Por 
pouco sua mensagem não converte o rei Agripa e sua mulher Berenice. 
Atos 27 - O Apóstolo Paulo faz uma viagem forçada e, após o naufrágio, ganha 276 vidas que 
estavam com ele, no navio. Ao chegar à ilha de Malta, ganha muitos indígenas para Cristo, e o 
evangelho chega até os confins da terra. 
Atos 28 - Este é o capítulo final do livro de Atos dos Apóstolos. Paulo chega a Roma, capital do 
Império, e testifica do evangelho perante a autoridade Suprema do Império Romano. Dali por 
diante, o cristianismo alcança todo Império e até os confins da terra, cumprindo a quarta meta 
do plano missionário traçado por Jesus Cristo, em Atos 1. 8. 
 
14 - Paulo - o maior missionário do Cristianismo. 
O Apóstolo Paulo é, indiscutivelmente, o maior missionário que o cristianismo já teve. Quando 
ele se converteu no caminho de Damasco, Deus disse para Ananias: "Este é para mim um vaso 
escolhido, para levar meu nome perante os gentios e os reis, bem como, perante os filhos de 
Israel" (Atos 9.15). O chamado de Paulo foi completo. Ele seria missionário perante autoridades 
religiosas, civis e militares, perante ricos e pobres,perante ignorantes e intelectuais, gentios e 
israelitas. No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos Paulo evangelizando todos esses tipos 
de pessoas; desde o ignorante Demétrio até os sábios e filósofos epicureus e estóicos; de pessoas 
pobres da Judéia até as de alta posição em Beréia, desde o falso profeta Elimas até o proconsul 
Sérgio Paulo; da plebe do Império até o comandante de tropas Cláudio Lísia, desde o fariseu até 
o presidente do Sinédrio. 
Deus percebeu que os doze apóstolos não estavam cumprindo corretamente a grande comissão, 
pois só queriam ficar em Jerusalém. Foi neste momento que Jesus apareceu a Paulo, no caminho 
de Damasco, e o chamou para ser o grande apóstolo missionário entre os judeus dispersos e 
gentios do vasto Império Romano, naquela época. 
 
15 - As Viagens Missionárias de Paulo. 
O apóstolo Paulo foi o grande trunfo do cristianismo na sua expansão mundial. Segundo o que 
ele mesmo afirma, em sua carta escrita aos Gálatas (Gálatas 1. 15-18), após sua conversão partiu 
para Arábia, provavelmente para um preparo com Deus, depois de 3 anos, subiu para Jerusalém, 
onde esteve com os apóstolos. Essa visita de Paulo à Jerusalém, parece ter sido suficiente para 
se perceber a falta de interesse daquela Igreja por missões e, pela conversa que teve com o 
pastor daquela Igreja que era Tiago, Paulo observou o desinteresse em cumprir a ordem de 
Jesus, quando disse aos seus discípulos: "Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de 
poder" (Lc. 24. 49). 
Ouve uma interpretação errônea por parte dos discípulos, por que Jesus disse: "...até que..." , 
isto é, até o derramamento do Espírito Santo, e depois deveriam partir para os confins da terra. 
Porém os apóstolos queriam permanecer somente em Jerusalém. Em Marcos 16.15, o 
Pr.Sérgio Lopes 
24 
 
Imperativo dado por Jesus Cristo: "Ide...", é traduzido para palavra grega "Poreuthentes", que 
quer dizer: partir, deixar, atravessar fronteiras. Paulo, sabendo disso, foi congregar na Igreja de 
Antioquia. 
 
15. 1 - A Primeira Viagem Missionária de Paulo. 
A Igreja de Antioquia se tornou a primeira a fazer missões transculturais. Durante uma 
consagração de jejum e oração, disse o Espírito Santo: "Separai-me agora, a Barnabé e a Paulo 
para a obra que eu os tenho chamado" (Atos 13. 2). Em sua primeira viagem, Paulo passou por 
várias províncias da Ásia Menor, tais como: Salamina e Pafos, na ilha de Chipre, Antioquia e 
Icônio, em Listra e Derbe, na Licônia. Sendo essa a primeira viagem missionária, feita antes do 
Concílio de Jerusalém, no ano 50 d.C.. 
15. 2 - A Segunda Viagem Missionária de Paulo. 
Após o Concílio de Jerusalém, Paulo empreendeu sua segunda viagem missionária, visitando as 
Igrejas dos Continentes, as quais foram estabelecidas na primeira viagem. Foi até as costas do 
Mar Egeu, Trôade, antiga cidade de Tróia, viajou para Europa, estabelecendo Igrejas em 
Felipos, Tessalônica e Beréia, na província da Macedônia. Foi a Atenas , a cidade culta da 
Grécia, e estabeleceu uma viagem bastante forte em Corinto. Por fim encerrou essa segunda 
viagemcom uma breve visita a Éfeso, na Ásia Menor. 
15. 3 - Terceira Viagem Missionária de Paulo. 
Esta terceira viagem do apóstolo foi muito longa, partindo de Antioquia, Galácia e Frígia, 
permaneceu dois anos em Éfeso, passando novamente pela Macedônia. Na Grécia prega um 
sermão em Trôade, onde na unção de Deus, ressuscita um jovem que havia caído do terceiro 
andar. Despede-se dos Anciãos em Éfeso, passa por Tiro, Cesaréia e chega à Jerusalém. Após 
ser salvo de um complô armado pelos judeus, é resgatado para Cesárea, onde apresenta sua 
defesa perante os governadores Félix, Festo e o rei Agripa, quando então, apela para César, e é 
enviado para Roma. 
Na viagem para Roma, seguiu em um navio com 276 pessoas, e sofre um naufrágio, porém 
todos chegam salvos, numa ilha chamada Malta, por ali permanece três meses, evangelizando 
aquele povo e os ganhando para Cristo, inclusive o chefe da ilha. Após sua partida, chega à 
Roma, onde dali escreve seis Epístolas, que são: Efésios, Filipenses, Colossenses, Gálatas, 
Romanos e Filemom. 
15. 4 - Quarta Viagem Missionária de Paulo. 
Em Roma, Paulo esteve preso por cerca de dois anos, e durante três ou quatro anos em que 
esteve em liberdade, empreendeu sua quarta e última viagem missionária. Esteve em Nicápoles, 
no mar Adriático, onde a tradição afirma que Paulo foi preso e levado de volta para Roma, 
sendo ali martirizado no ano de 68 d.C.. Entretanto, o apóstolo teve 33 anos de ministério. A 
obra missionária era tão forte na vida de Paulo, que ele considerava como uma obrigação (ICo. 
9. 16). Paulo apesar de morto, deixou-nos sua teologia imortal, o maior legado que a Igreja pode 
ter. Foi o autor de um dos maiores tratados de missões transculturais: "Como ouvirão, senão há 
quem pregue?E como pregarão, se não forem enviados?" (Romanos 10. 14-15). "Pois sou 
devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes, por isto, quanto está 
em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós, em Roma" (Romanos 1. 14-15). 
Atividades de Apoio 
Faça um resumo das quatro viagens missionárias do apóstolo Paulo, e descreva qual a lição que 
você extrai delas. 
Atenção: Esta pesquisa, deve preencher por completo o espaço de uma folha de caderno, 
tamanho grande. 
Pr.Sérgio Lopes 
25 
 
16 - Missões Transculturais. 
Missões transculturais, trata-se de um movimento cristão, que atualmente é de alcance mundial. 
O lema principal das missões transculturais é este: A missão primária das Igrejas é proclamar o 
evangelho de Cristo e implantar novas congregações no mundo inteiro. 
16. 1 - Perspectiva Cultural. 
O que é cultura? O primeiro passo num estudo de cultura, é dominar a sua própria cultura. Todo 
o mundo tem uma cultura. Ninguém consegue se elevar acima de sua própria cultura ou de 
outras culturas de modo a ter uma perspectiva verdadeiramente supracultural. Por esta razão o 
estudo da cultura é uma tarefa difícil. 
A primeira coisa que um visitante recém chegado irá perceber é o "comportamento do povo", 
suas crenças, valores e educação. Deus deu ao homem um mandamento cultural, que impôs 
certo domínio, sobre o seu ambiente. Quando criou o homem e o seu ambiente, Deus declarou 
que tudo era "muito bom" (Gêneses 1. 26 -31). O mandamento evangélico (Mateus 28. 18 - 20) 
requer dos missionários que ensinem aos outros homens a observarem tudo o que Cristo 
ordenou. 
Ao ensinarem sobre Cristo, os missionários afetam a cultura, pois todas as culturas necessitam 
de transformação. Portanto, como Calvino já havia insistido, os crentes devem trabalhar para 
tornar cristã a cultura (isto é, colocá-la debaixo de Cristo). 
Dentro do conceito da vida não-cristã, os costumes e práticas servem como tendências idólatras 
e afastam a pessoa de Deus. Quando o missionário chega com o evangelho, a vida cristã recolhe 
esses costumes e práticas e lhes da um conteúdo inteiramente diferente. Ainda que na forma 
exterior haja muito que lembre práticas do passado, na verdade, tudo se fez novo. Na essência, o 
antigo já passou e o novo chegou. 
Cristo toma em suas mãos a vida de um povo, renova e reconstrói o que estava distorcido e 
deteriorado. Ele mexe em cada detalhe, cada palavra, e cada prática, com um novo sentido, lhes 
dá uma nova direção. 
Para muitos, erroneamente, "cultura" refere-se ao comportamento dos ricos e da elite, porém 
para os nossos propósitos, definiremos cultura como o sistema integrado de padrões de 
comportamento aprendidos, idéias e maneiras de se relacionar com o mundo. O missionário 
deve aprender a conviver essas diferenças transculturais, não apenas na forma pelo qual os 
povos comem, vestem-se, falam e agem, e nos seus valores e crenças, mas também nas 
presunções fundamentais que fazem sobre o seu mundo, para tentar ganhá-los para Cristo. 
O apóstolo Paulo nos deu o maior exemplo transcultural, quando disse: "Fiz-me tudo para todos, 
para por todos os meios chegar a salvar alguns" (ICo. 9.22). Paulo se fazia romano, para ganhar 
os romanos, se fazia grego, para ganhar os gregos, e assim sucessivamente. 
16. 2 - Perspectiva Bíblica. 
O cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas, sua 
mensagem, porém, é universal. 
No dia do triunfo de Cristo e da Igreja, cada povo ou etnia, se apresentará louvando a Deus, na 
sua própria língua (Ap. 5. 9) "E cantavam um novo cântico dizendo: Digno és de tomar o livro e 
de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus, homens de 
toda tribo, e língua, e povo e nação". 
 
 
 
 
 
Pr.Sérgio Lopes 
26 
 
17 - O respeito pelas outras culturas. 
Não é preciso destruir a cultura de um povo, para levá-los a fé cristã, por que o cristianismo é 
transcultural. 
Os missionários devem respeitar as culturas de um povo. Barnabé sabia que a tradição judaica 
era mais uma forma de manter a identidade nacional, e que isto em nada implicaria na salvação 
dos novos crentes, portanto, não seria necessário observar o ritual da Lei de Moisés. "Pelo que 
jugo, que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. Mas 
escrevo-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é 
sufocado, e do sangue" (Atos 15. 19-20). 
Convêm lembrar que a importação de inovações para as nossas Igrejas pode desrespeitar a nossa 
herança espiritual. Muitas coisas não servem para a nossa cultura, pois já temos a nossa 
identidade cultural, como igualmente, essa pode não servir para outras etnias pelas mesmas 
razões. O missionário enviado para outro país, precisa ser integrado a cultura daquele povo, e 
compete a Igreja do missionário, fazer com que ele conheça as instruções necessárias sobre os 
problemas transculturais, respeitando a cultura, a civilização de cada país. O missionário precisa 
ser instruído a ir cautelosamente, e zelosamente, aplicando a doutrina bíblica. 
O respeito às autoridades de cada país é essencial. Um missionário clandestino está exposto a 
sofrer vergonha e envergonhar o nome da Igreja que o envia. 
Um missionário é clandestino de duas maneiras: 
Imigrando por conta própria, desordenadamente e sem respaldo de uma Igreja e de um 
ministério. 
Sendo enviado por uma Igreja, mas sem a devida documentação imigratória e sem as instruções 
transculturais. 
Portanto, a Igreja de origem do missionário precisa ficar atenta para não se comprometer 
vergonhosamente, e prejudicar o missionário enviado. 
 
18 - O Exemplo do Apóstolo Paulo. 
O apóstolo Paulo era um judeu rico e culto, que sacrificou as tradições de seus antepassados, 
deixando tudo para a salvação do maior número possível de almas (Filipenses 3. 5-8), pois 
considerava a salvação dos homens mais importante do que sua identificação cultural como 
judeu. 
Todos os meios lícitos são válidos para conquistar os pecadores para o Reino de Deus. Paulo 
conhecia o mundo e sua geração, e soube conquistá-lo para Jesus. 
Nestes últimos

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