Buscar

Gestação e Lactação- cap. 83 Guyton

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade de Medicina de Rio Verde- FAMERV
Disciplina: Fisiologia I- 1º Período
Professora: Lidiane Bernardes Faria Vilela
Aluna: Rebeca Ferreira Souza
Roteiro 8- Capítulo 83 Guyton
Gestação e Lactação 
1. Descreva o processo de entrada do óvulo na trompa de falópio, sua fertilização e transporte do ovo fertilizado pela trompa.
A Entrada do Óvulo na Trompa de Falópio (Tuba Uterina)
Quando ocorre a ovulação, o óvulo, em conjunto com centena ou mais de células anexas da granulosa que constituem a coroa radiada, é expelido diretamente para a cavidade peritoneal e deve, então, entrar em uma das trompas de Falópio para chegar à cavidade uterina. 
As terminações fimbriadas de cada trompa de Falópio repousam naturalmente ao redor dos ovários. As superfícies internas dos tentáculos fimbriados são revestidas de epitélio ciliado, e os cílios são ativados pelo estrogênio ovariano, que faz com que eles batam na direção da abertura, ou óstio, da trompa de Falópio envolvida. Na verdade, é possível ver uma corrente de líquido fluindo lentamente na direção do óstio. Assim, o óvulo entra em uma das trompas de Falópio. 
Embora se possa suspeitar que muitos óvulos não consigam entrar nas trompas de Falópio, estudos de concepção sugerem que até 98% dos óvulos tenham sucesso nessa tarefa. Na verdade, em alguns casos registrados, mulheres que tiveram um ovário e a trompa de Falópio oposta removidos deram à luz vários filhos com relativa facilidade de concepção, demonstrando assim que os óvulos conseguem entrar até mesmo na trompa de Falópio oposta.
A Fertilização do Óvulo
Mais comum de ocorrer na parte distal da tuba uterina.
Sobre o transporte dos espermatozoides é auxiliado por contrações do útero e das trompas de Falópio, estimuladas por prostaglandinas no líquido seminal masculino e também por ocitocina liberada pela hipófise posterior da mulher durante o seu orgasmo. 
A fertilização do óvulo ocorre normalmente na ampola de uma das trompas de Falópio, pouco depois de o espermatozoide e o óvulo entrarem na ampola. Entretanto, antes que o espermatozoide consiga entrar no óvulo, ele precisa primeiro penetrar as múltiplas camadas de células da granulosa anexadas ao exterior do óvulo (a coroa radiada) e, em seguida, se fixar e penetrar a zona pelúcida que circunda o óvulo. 
Uma vez que o espermatozoide tenha entrado no óvulo (que ainda se encontra no estágio de desenvolvimento de oócito secundário), o oócito se divide mais uma vez, formando o óvulo maduro, mais um segundo corpo polar, que é expelido. O óvulo maduro ainda carrega em seu núcleo (agora denominado pronúcleo feminino) 23 cromossomos. Um desses cromossomos é o cromossomo feminino, conhecido como cromossomo X. Nesse ínterim, o espermatozoide fertilizador também passa por alterações.
Ao entrar no óvulo, sua cabeça incha, formando o pronúcleo masculino, também com 23 cromossomor. Posteriormente, os pronúcleos se alinham para formar o complemento final de 46 cromossomos (23 pares) no ovo fertilizado ou zigoto.
O Transporte do ovo/zigoto fertilizado na Ampola da tuba uterina 
Depois de ocorrida a fertilização, normalmente são necessários outros 3 a 5 dias para o transporte do ovo fertilizado pelo restante da trompa de Falópio até a cavidade uterina. Esse transporte é feito, basicamente, pela fraca corrente de líquido na trompa, decorrente da secreção epitelial mais a ação do epitélio ciliado que reveste a trompa; os cílios sempre batem na direção do útero. Contrações fracas da trompa de Falópio também podem ajudar a passagem do ovo. As trompas de Falópio são revestidas de superfície criptoide rugosa, que impede a passagem do óvulo a despeito da corrente de líquido. Além disso, o istmo da trompa de Falópio (os últimos 2 centímetros antes da entrada da trompa no útero) permanece espasticamente contraído por cerca dos primeiros três dias após a ovulação.
Depois desse tempo, a progesterona secretada cada vez mais rapidamente pelo corpo lúteo ovariano primeiro promove mais receptores de progesterona nas células do músculo liso da trompa de Falópio; em seguida, a progesterona ativa os receptores, exercendo um efeito de relaxamento tubular que permite a entrada do ovo no útero. Esse transporte lento do ovo fertilizado pela trompa de Falópio permite a ocorrência de diversos estágios de divisão celular antes que ele — agora denominado blastocisto, com cerca de 100 células — entre no útero. Durante esse tempo, as células secretoras da trompa de Falópio produzem grande quantidade de secreções usadas para nutrir o blastocisto em desenvolvimento.
2. Como ocorre a implantação do blastocisto no útero?
Depois de atingir o útero, o blastocisto em desenvolvimento, geralmente, permanece na cavidade uterina por mais 1 a 3 dias antes de se implantar no endométrio; assim, a implantação normalmente ocorre em torno do quinto ao sétimo dia depois da ovulação. Antes da implantação, o blastocisto obtém sua nutrição das secreções endometriais uterinas, denominadas “leite uterino”. 
A implantação resulta da ação de células trofoblásticas que se desenvolvem na superfície do blastocisto. Essas células secretam enzimas proteolíticas que digerem e liquefazem as células adjacentes do endométrio uterino. Parte do líquido e dos nutrientes liberados é transportada ativamente pelas mesmas células trofoblásticas no blastocisto, dando mais sustento ao crescimento. 
Uma vez tendo ocorrido a implantação, as células trofoblásticas e outras células adjacentes (do blastocisto e do endométrio uterino) proliferam rapidamente, formando a placenta e as diversas membranas da gravidez.
3. Como se dá a nutrição inicial do embrião?
A progesterona secretada pelo corpo lúteo ovariano durante a última metade de cada ciclo sexual mensal tem efeito no endométrio uterino, convertendo as células do estroma endometrial em grandes células inchadas contendo quantidades extras de glicogênio, proteínas, lipídios e mesmo de alguns minerais necessários ao desenvolvimento do concepto (o embrião e suas partes adjacentes ou membranas associadas). Então, quando o concepto se implanta no endométrio, a secreção contínua de progesterona faz com que as células endometriais inchem ainda mais e armazenem mais nutrientes. Essas células são agora chamadas células decíduas, e a massa total de células é denominada decídua.
À medida que as células trofoblásticas invadem a decídua, digerindo-a e embebendo-a, os nutrientes armazenados na decídua são usados pelo embrião para crescimento e desenvolvimento. Na primeira semana após a implantação, esse é o único meio pelo qual o embrião consegue obter nutrientes; ele continua a obter pelo menos parte da sua nutrição, dessa forma, por até oito semanas, embora a placenta também comece a prover nutrição depois do 16 o dia após a fertilização (pouco mais de uma semana depois da implantação). 
4. Descreva a anatomia e a função da placenta. 
A placenta é um órgão. Enquanto os cordões trofoblásticos dos blastocistos estão se ligando ao útero, capilares sanguíneos crescem nos cordões do sistema vascular do novo embrião em formação. Em torno de 21 dias após a fertilização, o sangue também começa a ser bombeado pelo coração do embrião humano. Simultaneamente, sinusoides sanguíneos, supridos de sangue materno, desenvolvem-se em torno das partes externas dos cordões trofoblásticos. As células trofoblásticas enviam cada vez mais projeções, que se tornam vilosidades placentárias nas quais capilares fetais crescem. Assim, as vilosidades, carregando sangue fetal, são rodeadas por sinusoides que contêm sangue materno. 
Observe que o sangue fetal flui pelas duas artérias umbilicais, depois para os capilares das vilosidades e, finalmente, volta pela única veia umbilical para o feto. Ao mesmo tempo, o sangue materno flui de suas artérias uterinas para os grandes sinusoides maternos que circundam as vilosidades e, em seguida, volta para as veias uterinas da mãe. A parte inferior da Figura 83-5 mostra a relação entre o sangue fetal de cada vilosidade placentária fetal e o sangue materno que circunda as partes exterioresda vilosidade na placenta totalmente desenvolvida. 
A área superficial total de todas as vilosidades da placenta madura é de apenas poucos metros quadrados — muitas vezes menor do que a área da membrana pulmonar nos pulmões. Contudo, nutrientes e outras substâncias atravessam essa membrana placentária basicamente por difusão, mais ou menos do mesmo modo como a difusão que ocorre através das membranas alveolares dos pulmões e das membranas capilares de outras partes do corpo.
A placenta é um anexo embrionário existente apenas na infraclasse Eutheria, onde estão os mamíferos placentários ou nos marsupiais, através da qual ocorrem as trocas entre mãe e filho.
É formada pelos tecidos do óvulo, embriologicamente derivada do córion. Através da placenta, o concepto “respira’ (ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico), “alimenta-se” (recebendo diretamente os nutrientes por difusão do sangue materno) e excreta produtos do seu metabolismo (excretas nitrogenadas).
Na formação da placenta, enquanto os cordões trofoblásticos dos blastocistos estão ligando-se ao útero, capilares sanguíneos crescem nos cordões do sistema vascular do novo embrião em formação.
Simultaneamente, sinusoides sanguíneos supridos de sangue materno desenvolvem-se em torno das partes externas dos cordões trofoblásticos. 
As células trofoblásticas enviam cada vez mais projeções que se tornam vilosidades placentárias, nas quais capilares fetais crescem. Assim, as vilosidades, carregando sangue fetal, são rodeadas por sinusoides que contêm sangue materno.
A principal função da placenta é proporcionar difusão de nutrientes e oxigênio do sangue materno para o sangue do feto e difusão de produtos de excreção do feto de volta pra mãe.
Ela também serve como uma camada de proteção ao bebê para garantir a evolução da gestação. O sangue fetal se dirige à placenta por duas artérias umbilicais que se dispõem de forma helicoidal em torno de uma veia umbilical (centralmente ao cordão).
As trocas entre mãe e feto:
· Difusão simples de O2 e CO2
· Difusão facilitada de glicose e aminoácidos
· Transporte ativo (nutrientes, eletrólitos, gases respiratórios, metabólitos, drogas e hormônios podem se difundir nos dois sentidos).
5. Descreva o papel dos hormônios placentários durante a gestação. 
Os hormônios produzidos pela placenta são: a gonadotropina coriônica, lactogênio placentário (somatomamotropina coriônica), bem como os esteróides, estrogênios, progesterona e hormônios neuropeptídicos semelhantes aos encontrados no hipotálamo (hormônios hipotalâmicos).
Gonadotrofina Corônica Humana (HCG)
Fortemente relacionado com o LH.
HCG estimula o corpo lúteo a continuar produzindo estrogênio e progesterona.
É um hormônio glicoproteico da mesma família das gonadotrofinas hipofisárias. O HCG é secretado pelas células trofoblásticas sinciciais para os líquidos maternos pouco depois da implantação no endométrio. Sua produção se inicia precocemente com a formação da placenta e seus níveis são detectáveis 8 a 9 dias (2ª semana) após a ovulação. Em seguida, a taxa de secreção aumenta rapidamente, atingindo um nível máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação /3 meses (período de maior atividade endócrina do corpo lúteo) e diminuindo novamente a um valor baixo em torno de 16 a 20 semanas de gestação, continuando neste nível pelo restante da gravidez.
Com declínio das taxas de HCG, o corpo lúteo praticamente cessa a sua produção de esteroides, diminuindo lentamente depois da 13ª a 17ª semana. Depois da 12ª semana, a placenta secreta quantidades suficientes de progesterona e estrogênio para manter a gravidez.
Funções:
· Evita a involução do corpo lúteo ao final do ciclo sexual feminino
· Induz o corpo lúteo a secretar quantidades ainda maiores de seus hormônios sexuais (estrogênio e progesterona)
· Impede a menstruação e faz com que o endométrio continue crescendo e armazenando grande quantidade de nutrientes.
Observação: Exame de sangue ou urina buscam detectar o HCG. O HCG atinge seu pico máximo entre a 8ª e 10ª semana. A subunidade alfa HCG pode estar aumentado nos casos de LH, FSH e TSH aumentados, podendo causar resultados falso-positivos em alguns casos (pacientes portadoras de doença tireoidiana, pacientes no climatério, etc.) Já a subunidade beta é encontrada apenas no HCG e portanto, é ela quem pode ser dosada:
· Beta HCG no sangue: mais sensível
· Exame de urina:
-Técnica antiga: positivo só com mais de 14 dias de atraso
-Técnica nova (hemaglutinação passiva reversa): já pode se mostrar positivo com 1 a 3 dias de atraso.
OBS: Uma gonadotrofina coriônica humana (HCG) exerce um efeito estimulador das células intersticiais sobre os testículos masculinos, resultando na produção de testosterona até o nascimento (crescimento e diferenciação dos órgãos descendentes dos testículos para o saco escrotal). 
Estrogênio
É secretado pelas células trofoblásticas da placenta. Ao final da gestação, sua produção diária aumenta cerca de 30 vezes. Os estrogênios secretados pela placenta não são sintetizados a partir de substratos básicos da placenta, eles são formados a partir de compostos esteroides androgênicos, fabricados tanto nas glândulas supra-renais quanto na mãe. 
Funções: 
· Aumento do útero matemo; 
· Aumento das mamas matemas e crescimento da estrutura dos produtos da mamãe; 
· Aumento da genitália externa feminina da mãe; 
· Relaxamento dos ligamentos pélvicos da mãe (passagem do canal de parto); 
· Aspectos gerais do desenvolvimento fetal durante a gravidez (intensidade da reprodução celular no embrião). 
Progesterona
A progesterona também é essencial para a gravidez bem gravada. É secretado em moderadas corpo lúteo no início da gravidez, posteriormente em grandes quantidades pela placenta, média em média 10 vezes. 
Funções: 
· Faz com que células decididas se desenvolvam no endométrio (nutrição embrionária);
· Diminui a contratibilidade do útero grávido, impede que as contrações uterinas causem aborto espontâneo; 
· Durante a gravidez ajuda ou estrogênio a preparar como mamas da mãe para uma lactação;
· Contribui para o desenvolvimento do conceito antes da implantação (aumenta a secreção das tubas uterinas e útero, ou que serve de nutrição para o desenvolvimento da mórula e do blastocisto). 
Lactogênio placentário
O lactogênio placentário é um hormônio produzido pela placenta cuja secreção se inicia após a quarta semana embrionária e tem um aumento significativo no segundo trimestre gestacional. Ao final da produção de gerenciamento, você pode obter mais de 1g por dia. E importante por suas funções no crescimento, lactação e produção de esteroides, além de ser um antagonista da insulina. 
Funções: 
· Desenvolvimento parcial das mamas (animais) e em alguns casos a lactação;
· Semelhante à prolactina; 
· Formação de tecidos proteicos; 
· Aumenta a resistência à insulina da mãe, disponibilizando quantidades maiores de glicose para o feto;
· Liberação de ácido graxos livres das reservas de gordura da mãe, proporcionando assim fonte alternativa de energia para o metabolismo materno durante a gravidez.
OBS: Como se pode perceber, praticamente todas as alterações que ocorrem no organismo da mãe durante a gestação tem a finalidade de favorecer o desenvolvimento adequado do feto. A produção do lactogênio placentário, por exemplo, ao aumentar a resistência à insulina na māe (mãe não vai colocar glicose dentro da célula), faz com que mais glicose esteja disponível na corrente sanguínea materna e, por conseguinte, chegue até a placenta para nutrir o concepto. Entretanto, este mecanismo pode se tornar nocivo à saúde da mãe: na segunda metade da gestação, a placenta passa a secretar muitos hormônios contra-insulínicos (estrogênio, progesterona, cortisol e o próprio lactogênio placentário) e, caso o pâncreas da paciente não desenvolva mecanismos compensatórios, ela pode desenvolver diabetes gestacional (sendo necessária a administração de insulina exógena). Por esta razão, devemos pesquisar diabetes na 2 metade da gestação. Os riscos da diabetes gestacionaldo bebê nascer GIG.
Secreção hipofisária
· A hipófise anterior (adeno-hipófise) da mãe aumenta 50%;
· Aumenta a produção dos hormônios corticotropina, tireotropina e prolactina; 
· A secreção do FSH e do LH é quase totalmente suprimida, devido aos efeitos inibidores dos estrogênios progesterona da placenta. Feedback negativo.
Secreção de corticosteroide
· Secreção de glicocorticoides moderadamente elevada durante a gravidez; 
· Ajudam a mobilizar aminoácidos dos tecidos matemos para serem usados na síntese de tecidos fetais; 
· Secreção aumentada de aldosterona (2x), atingindo o pico no final da gestação. A aldosterona mais estrogênio causa tendência, mesmo na gestante normal, de reabsorver o excesso de sódio, retendo líquido, levando à hipertensão induzida pela gravidez. 
· O resultado de maior concentração de sódio é a elevação do teor aquoso dos tecidos, chamado de "Embebição Gravídica", que provoca inchaço, principalmente, nas pernas e nos pés.
Secreção pela glândula tireoide
· Aumenta durante a gravidez em tamanho e na produção de tiroxina em até 50%; 
· A maior produção de tiroxina é causada por efeito tireotrópico, devido a estimulação da gonadotropina coriônica humana (HCG) e da tireotropina coriônica humana (TSH), ambos secretados pela placenta. 
Secreção pelas glândulas paratireoides
· Geralmente aumentam durante a gravidez, principalmente se a mãe tiver sob dieta pobre em cálcio; 
· Ocorre aumento da absorção de cálcio dos ossos maternos, para manter a concentração normal no LEC materno, mesmo quando o feto remove cálcio para ossificar seus próprios ossos; 
· A secreção intensifica mais ainda durante a lactação, após o nascimento (bebê precisa de mais cálcio do que o feto).
Secreção de Relaxina
A relaxina é um hormônio secretado pelo corpo lúteo do ovário e pelos tecidos placentários. Sua secreção aumenta por um efeito estimulador da gonadatropina humana ao mesmo tempo em que o corpo lúteo e a placenta secretam grandes quantidades de estrogênio e progesterona. 
Funções: 
· Diminuir a contratilidade uterina, inibindo a indução de trabalho de parto prematuro; 
· Relaxamento dos ligamentos da sínfise pubiana (melhorando as propriedades elásticas da pelve); 
· Amolece o colo uterino no momento do parto.
Somatotropina coriônica
· Contribui para lactação 
· Atua no metabolismo da glicose e dos ácidos graxos para nutrir o crescimento fetal
6. Descreva os processos de trabalho de parto até período expulsão do bebê.
Parto
Parto significa nascimento do bebê. Ao final da gravidez, o útero torna-se progressivamente mais excitável, até que finalmente desenvolve contrações rítmicas tão fortes que o bebê é expelido. Não se sabe a causa exata do aumento da atividade uterina, porém dois eventos são principais: 
· Mudanças excitabilidade da musculatura uterina; 
· Mudanças mecânicas progressivas.
Fatores hormonais 
Maior proporção de estrogênios em relação à progesterona: 
· estrogênio tem tendência para aumentar o grau de contratilidade pois, aumentam o número junções comunicantes entre as células do músculo liso uterino; 
· A partir do sétimo mês a secreção de estrogênio continua a aumentar, enquanto a de progesterona permanece constante ou até mesmo diminui pouco. 
Efeito da ocitocina: 
· Secretado pela neuro-hipófise (Hipófise posterior); 
· Causa contração do útero; 
· A musculatura uterina aumenta seus receptores ocitocina e portanto aumenta sua sensibilidade determinada dose de ocitocina durante os últimos meses gravidez (ação aumento concentração de cortisol fetal e o predomínio da ação estrogênica); 
· A secreção de ocitocina é consideravelmente maior no momento do parto; 
· O trabalho de parto é prolongado em animais hipofisectomizados; 
· A irritação ou a dilatação do colo uterino pode causar reflexo neurogênico para a neuro-hipófise aumentar a secreção de ocitocina. 
Efeitos de hormônios fetais sobre o útero: 
· A hipófise do feto secreta grande quantidade de ocitocina
· As glândulas adrenais do feto secretam grande quantidade de cortisol, outro possivel estimulante uterino (atuam sobre a placenta diminuindo a produção de progesterona); 
· As membranas fetais liberam prostaglandinas em concentrações elevadas, no momento do trabalho parto, que podem aumentar a intensidade das contrações uterinas. 
Fatores mecânicos
· Distensão da musculatura uterina: os movimentos fetais estimulam a distensão da musculatura lisa uterina, aumentando sua contratilidade.
Distensão ou irritação do colo uterino:
· Provocação do rompimento das membranas de tal forma que a cabeça do bebê distende o colo uterino (a ruptura das membranas pode ser espontânea ou realizada pelo médico); 
· Irritação cervical excita o colo uterino (pouco conhecido); 
· Estimulação sensorial de terminações nervosas no colo uterino provoca contrações uterinas reflexas.
Feedback positivo do trabalho de parto
Durante grande parte da gravidez, contrações rítmicas denominadas contrações de Braxton Hicks. Essas contrações são como um treino do corpo para o parto, elas tomam-se progressivamente mais fortes na gravidez; então mudam subitamente, em questão de horas, e tomam-se excepcionalmente fortes, começando a distender o colo uterino e posteriormente forçando o bebê através do canal de parto. Este processo é denominado parto e as contrações fortes são denominadas contrações do trabalho de parto. No início do trabalho de ocorrem a cada 30 minutos, com a progressão do trabalho de parto passam a ocorrer em a 3 minutos. 
 Os seguintes pontos merecem destaque: 
· A distensão do colo uterino, pela cabeça do feto, provoca forte reflexo no aumento da contratilidade do corpo uterino; distende mais o colo e desencadeia mais feedback positivo ao corpo uterino;
· O processo se repete até o bebê ser expelido 
· A distensão do colo uterino que faz com que todo o corpo do útero se contraia, e tal contração, distende o colo ainda mais, devido à força da cabeça do bebê para baixo;
· A distensão cervical também faz com que a neuro-hipófise secrete ocitocina, aumentando a contratilidade; 
· As contrações têm início topo do fundo e se espalham para todo o corpo uterino;
· São contrações intermitentes, evitando interrupção do fluxo sanguíneo através da placenta. 
· Durante o trabalho de parto, sinais de dor originam-se tanto do útero quanto do canal de parto; 
· Ocorrem reflexos neurogênicos na medula espinal para os músculos abdominais, causando contrações intensas desses músculos; 
· As contrações abdominais acrescentam muito à força que causa a expulsão do bebê;
· A contração do útero desencadeia o de defecação, através do qual a mãe contrai voluntariamente a musculatura da parede abdominal. 
OBS: O mecanismo fisiológico efetivo de contração uterina durante o parto é conhecido como Tríplice Gradiente Descendente, que é definido por contrações começam e são mais intensas no fundo uterino e se propagam do fundo para colo uterino. O relaxamento uterino ocorre todo ao mesmo tempo enquanto as contrações exercem um efeito semelhante ao movimento realizado para ordenhar vacas. 
Em de 95% dos nascimentos, a cabeça é a primeira parte do bebê a ser expelida, e, na maioria dos outros casos, as apresentam-se primeiro. A cabeça age como uma cunha que abre as estruturas do canal de parto enquanto o forçado para baixo. 
O chamado primeiro estágio de trabalho parto é um período de dilatação cervical progressiva, que vai até a abertura cervical estar tão grande quanto a cabeça feto. Esse geralmente dura de 8 a 24 horas na primeira gestação, mas muitas vezes apenas alguns minutos depois de várias gestações. 
Quando o colo está totalmente dilatado, as membranas fetais geralmente se rompem e o líquido amniótico vaza abruptamente pela vagina. Em seguida, a cabeça do feto move-se rapidamente para o canal de parto, e com a força descendente adicional, ele continua a forçar caminho através do canal até a expulsão final. Trata-se do segundo estágio do trabalho de parto, e pode durar tão pouco quanto 1 minuto depois de várias gestações até 30 minutos ou primeira gestação.Em torno de 10 a 45 minutos após o nascimento do bebê, o útero continua a contrair-se, reduzindo progressivamente de tamanho. Isto leva a um cisalhamento ente as paredes uterinas e placentárias, causando a separação desta placenta que será expulsa. 
Basicamente, as funções das contrações pós-parto são: 
· Provocar o deslocamento da placenta, decídua e anexos; 
· Comprimir a região de inserção da placenta (evitar hemorragia); 
· Ao comprimir a placenta dentro da cavidade uterina, fazem com que um certo volume de sangue, seja transferido para a criança pelo cordão umbilical (evitar anemia); 
· Propiciar a acomodação do útero à cavidade pélvica.
7. Descreva o papel dos hormônios nas glândulas mamárias e como controlam a produção de leite, do colostro e o reflexo de descida – ejeção do leite.
Lactação
As mamas femininas começam a se desenvolver durante a puberdade pela ação proliferativa do estrogênio, que atua nos ductos mamários promovendo crescimento e ramificação. Simultaneamente, o estroma presente mamas aumenta em quantidade, e grandes quantidades de gordura são depositadas no estroma. Outros hormônios (hormônio do crescimento, prolactina, glicocorticoides adrenais e insulina) também são importantes para o crescimento do sistema de ductos, atuando no metabolismo das proteínas. O GH, cortisol, paratormônio e insulina são importantes para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio fundamentais para a formação do leite. 
O início da lactação dá-se com a produção de leite, que ocorre nos alvéolos das glândulas mamárias. O leite sai dos alvéolos percorre até o mamilo através dos seios lactíferos. O estrogênio e a progesterona, apesar do importante papel de desenvolver fisicamente as mamas durante a gravidez, exercem a função inibitória da secreção do leite. Então a prolactina tem o efeito oposto, promovendo a secreção de leite. Este hormônio é secretado pela hipófise anterior materna, sua concentração sanguínea aumenta progressivamente desde a 5ª semana gestação até o nascimento do bebê. Tal hormônio é responsável pelo crescimento e pela atividade secretora dos alvéolos mamários. 
Além deste hormônio, a placenta secreta grandes quantidades de somatomamotrofina coriônica humana, a qual possui propriedades lactogênicas e auxilia na atividade da prolactina materna durante a gravidez. 
O líquido primário a ser secretado é denominado colostro, produzido por glândulas imaturas, assemelhando-se muito a um transudato (líquido pobre em proteína) do plasma, sendo melhor para defesa do bebê, além de possuir mais vitaminas lipossolúveis. 
Enquanto houver a sucção do mamilo pelo bebê, a prolactina continuará produzindo leite. Isto acontece porque quando bebé faz esta sucção nos mamilos, estimula o hipotálamo a secretar o fator liberador da prolactina, mantendo seus níveis e, consequentemente, a produção de leite. A cada amamentação, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um pico de 10 a 20 vezes a secreção de prolactina (1 hora). 
A sucção do mamilo também estimulará a hipófise posterior, que irá secretar ocitocina. Este hormônio é o responsável pela ejeção do leite. Tal mecanismo ocorre porque a ocitocina contrai as células mioepiteliais dos músculos ao redor dos alvéolos, transportando a sucção do bebê toma-se efetiva para a remoção do leite.
O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não apenas em uma mama, mas também na oposta. Por isso que quando a mãe pensa no bebê ou escuta-o chorar, sinais emocionais são enviados ao hipotálamo, causando ejeção do leite. A inibição da ejeção do leite ocorre devido a diversos fatores psicológicos ou par estimulação generalizada do sistema nervoso simpático em todo o corpo materno, que seja capaz de inibir a secreção de ocitocina e por consequência a ejeção do leite. Por isso, mães devem ter seu puerpério sem transtomos para obter sucesso na amamentação do seu bebê.
Anotações aula expositiva-
As estruturas reprodutivas só começam a se diferenciar a partir da 7ª semana.
Antes dessa diferenciação os tecidos embrionários são considerados bipotenciais. Pois não podem ser morfologicamente diferenciados dentre masculino e feminino.
Na mulher:
- O córtex gonadal forma o ovário
- A medula gonadal regride
- O ducto de Wolff regride (ausência de testosterona)
- O ducto de Muller diferencia-se em tuba uterina, útero, colo do útero e parte superior da vagina (AMH ausente)
Fertilização
- lembrar da reação acrossômica aprendida na tutoria
- o sangue da mãe e do embrião NÃO se misturam
- Palcenta- nascimento- 10cm de comprimento
- Se comprometer a placenta, compromete o feto.
- Ao implantar o blastocisto no endométrio (nidação)
- Trofoblasto (blastocisto no endométrio)- divide se em sinciotrofoblasto e citotrofoblasto.
É o sinciotrofoblasto que produz HCG e estimula o corpo lúteo a continuar produzindo estrogênio e progesterona. Depois a Placenta terá essa função lá peela 12ªsemana.
- Membranas extraembionárias- envolvem o embrião e formam a placenta. 
- Prostaglandina- vasodilatação
- Ocitona- hormônio que dá início às contrações
- A partir de 37 semanas bebê maduro, e 42 semanas está perfeito
- Abertura da vagina pro parto normal- 7 a 10 cm
- A demanda por glicose do feto é enorme
- O estrogênio e progesterona se mantêm altos para não haver liberação de FSH e LH e nem de um novo folículo

Outros materiais