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Atv 2 - Leitura e produção textual

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Questões resolvidas

A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica do discurso alheio para o objeto.
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem?

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Questões resolvidas

A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica do discurso alheio para o objeto.
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem?

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· Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	.
O lobo e o leão
 
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha.
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?"
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122
 
O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário.
	Resposta Correta:
	 
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “o diálogo entre o leão e o lobo promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário”. Há uma discussão sobre as forças dominantes e o que legitima essas forças dentro do próprio sistema jurídico.
	
	
	
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	A progressão referencial é realizada por intermédio da introdução de novos referentes no texto, por meio de elementos do contexto – que envolvem os elementos de coesão – ou ainda, anáforas e catáforas. A realização de referenciação, por meio de elementos do próprio texto, criam as cadeias referenciais que, uma vez presentes no enunciado, “garantem não só a progressão e a continuidade referencial, como exercem papel de relevância na orientação argumentativa do texto, e, por decorrência, na construção textual do sentido” (KOCH, 2014, p. 127)
KOCH, I. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2014, p. 127
 
Ao considerarmos os apontamentos de Koch, é possível observar que a progressão textual constrói
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos.
	Resposta Correta:
	 
uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos”. Sua ação inicial de se movimentar é subitamente interrompida pela sua incapacidade de agir.
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”.
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71
 
A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
é construído via absorção e transformação de um outro texto.
	Resposta Correta:
	 
é construído via absorção e transformação de um outro texto.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “é construído via absorção e transformação de um outro texto”. Assim como um mosaico, os textos vão sendo absorvidos, de múltiplas formas, pelos escritores, dando origem à novos textos.
	
	
	
· Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88.
 
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros.
	Resposta Correta:
	 
Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros”. A personagem bíblica produziu linguagem sem um referente anterior.
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu
entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se
à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2
 
Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que tratam-se de processos de
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
coesão referencial e sequencial.
	Resposta Correta:
	 
coesão referencial e sequencial.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “coesão referencial e sequencial”. Os elementos textuais conectam o texto, resgatando a memória à medida que o fazem progredir.
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	O falante não é um Adão, e por isso o próprio objeto do seu discurso se torna inevitavelmente um palco de encontro com opiniões de interlocutores imediatos (na conversa ou na discussão sobre algum acontecimento do dia-a-dia) ou com pontos de vista, visões de mundo, correntes, teorias, etc., (no campo da comunicação cultural). Uma visão de mundo, uma corrente, um ponto de vista, uma opinião sempre tem uma expressão verbalizada. Tudo isso é discurso do outro (em forma pessoal ou impessoal), e este não pode deixar de refletir-se no enunciado.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 294.
 
Bakhtin aborda a característica dialógica da linguagem, ao comparar que tudo o que falamos é em resposta a um enunciado anterior. Mas essesenunciados prévios não necessariamente precisam ser verbalizados, pois
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos discursos correntes dentro de dado espaço.
	Resposta Correta:
	 
são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos discursos correntes dentro de dado espaço.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos discursos correntes dentro de dado espaço”. Ocorre que nossas respostas, nossos pensamentos e os sentidos que produzimos estão em diálogo com o espaço com o qual interagimos, devido ao caráter responsivo da linguagem.
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	.
Impotência
     
Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14
 
Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
“porém”, mantendo o valor contrastivo.
	Resposta Correta:
	 
“porém”, mantendo o valor contrastivo.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “porém, mantendo o valor contrastivo”. A coesão textual cria uma oposição linguística entre os termos, entre querer fazer algo, mas um contratempo.
	
	
	
· Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas
João Romão nem dava por ela; só o que ele via e
sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20
 
Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus significados e significantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
os conectivos.
	Resposta Correta:
	 
os conectivos.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “os conectivos”. No trecho, os conectivos ajudam a estabelecer uma sequência de ideias, pelo recurso a advérbios, preposições e conjunções.
	
	
	
· Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9.
 
A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de intertextualidade
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores.
	Resposta Correta:
	 
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos a elementos anteriores”. Isso ocorre devido ao caráter dialógico da língua, que se forma como resposta/continuidade a outros enunciados.
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77
 
Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
promove uma associação entre lavar roupa e escrever.
	Resposta Correta:
	 
promove uma associação entre lavar roupa e escrever.

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