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Teoria Geral da Administração (20 Unid - Adm - SEC)

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ADMINISTRAÇÃO
TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO
Alessandra T. Marchi Batista
Sandra Regina Ramos de Oliveira
http://unar.info/ead2
 
 
1 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
Teoria Geral da Administração 
 
Ementa: Teoria da Administração e sua Evolução Histórica, Abordagem 
Clássica, Abordagem Humanista, Abordagens Burocrática, Estruturalista e 
Neoclássica, Teoria Sistêmica e Contingencial, As Teorias da Administração na 
Era da Informação. 
 
OBJETIVOS 
 Compreender a ciência da Administração, seu processo formativo, sua 
constituição, evolução e estruturação. 
 Desenvolver uma concepção crítica do pensamento administrativo, sua 
evolução, seu significado para a empresa e para o administrador. 
 Conhecer a evolução do pensamento administrativo, reconhecendo e 
identificando as várias correntes e a importância de cada uma. 
 
METODOLOGIA 
Adotamos para a disciplina Teoria Geral da Administração - TGA, uma 
metodologia que alia a teoria à prática, facilitada pelas atividades que 
permitam, a partir de exemplos, a coerência sobre a teoria e sua aplicação 
prática. 
 
AVALIAÇÃO 
No sistema EAD, a legislação estabelece a avaliação presencial, sem, no entanto, 
se definir como a única forma possível e recomendada. Na avaliação presencial, 
todos os alunos estão na mesma condição, em horário e espaço 
 
 
2 
 
predeterminados; diferentemente, a avaliação a distância permite que o aluno 
realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a 
necessidade de estabelecimento de prazos. 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Trabalhos individuais ou a partir da interatividade com seus pares; 
2) Provas bimestrais realizadas presencialmente; 
3) Trabalhos de pesquisa. 
 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
2) Elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos 
conteúdos. 
 
Bibliografia Básica 
CHIAVENATO, I. Introdução á teoria geral da administração. São Paulo: 
Elsevier: Campus, 2011. 
MAXIMILIANO, A. C. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2010. 
KWASNICKA, E.L. Teoria geral da administração: uma síntese. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
Bibliografia Complementar 
BATEMAN, Thomas S. Administração: Novo Cenário Competitivo. São Paulo: 
Atlas, 2006. 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3.ed. 
São Paulo: Atlas, 1983. 
 
 
3 
 
____________________. Introdução à teoria geral da administração. 6 ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2000. 
___________________. Administração nos novos tempos. 2ª edição. Rio de 
Janeiro: Campus, 2003. 
_____________________. Empreendedorismo: dando asas ao espírito 
empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2005. 
FRANCISCO FILHO, Geraldo; SILVA, Fabio Gomes da. Teorias da Administração 
Geral. Campinas: Alínea, 1ª. Edição, 2006. 
 LACOMBE, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 
1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro, BERNARDES, Cyro. Teoria Geral da 
administração: Gerenciando organização. São Paulo: Saraiva 2004. 
MAXIMIANO, Antonio César A. Teoria geral da administração: da escola 
científica à competitividade na economia globalizada. 2.ed. São Paulo: Atlas, 
2000. 
MAXIMIANO, Antonio César A. Teoria Geral da Administração: da escola 
científica à competitividade na economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2008. 
MONTANA, P.J.C. ; BRUCE, H. Administração. São Paulo: Saraiva. 2010. 
MORAES, Anna Maris Pereira. Introdução à Administração. São Paulo: 
Prentice Hall, 2004. 
MOTTA, Fernando. Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira 
Thompson Learning, 2006. 
 SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. - São Paulo: 
Pioneira Thomsom Learning, 2004. 
http://inovaemgestao.blogspot.com.br/2009/12/o-que-significa-administracao. 
.html>. Acesso em: 09/agosto 2012. 
http://cursodeeventos.blogspot.com.br/2011/08/fundamentos-da- 
administracao-de.html>. Acesso em: 05/ setembro 20012. 
 
 
4 
 
http://professoragiuliana.blogspot.com/2012_03_01_archive.html>. Acesso em: 
03/ setembro 20012. 
http://www.famescbji.edu.br/famescbji/biblioteca/livros_adm/TGA.pdf>. Acesso 
em: 29/agosto 20012. 
http://tgasegsemestre.blogspot.com.br/>. Acesso em: 04/ setembro 20012. 
http://www.not1.xpg.com.br/revolucao-industrial-fatores-e-etapas-
consequencias-sociais-economicas/> Acesso em: 29/agosto 20012. 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVqgAA/introducao-a-teoria-geral-
administracao>Acesso em: 24/agosto 20012. 
http://admgeraluninove.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>Acesso em: 
30/ agosto 20012. 
http://cassia-both.blogspot.com.br/2009/10/3-teoria-das-relacoes-
humanas.html>Acesso em: 03/ setembro 20012. 
http://amigonerd.net/trabalho/2430-motivacao>Acesso em: 27/agosto 20012. 
http://www.portaladm.adm.br/Tga/tga84.htm>Acesso em: 18/ setembro 20012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário	
 
UNIDADE 1- Introdução, Definição e Conceitos de Administração .......................................... 7 
UNIDADE 2- Teorias Administrativas .................................................................................................. 11 
UNIDADE 3- As Influências Filosóficas, Religiosas e Militares ................................................... 16 
UNIDADE 4- Influência da Revolução Industrial ............................................................................. 21 
UNIDADE 5- Influência dos Economistas Liberais .......................................................................... 25 
UNIDADE 6- Abordagem Clássica da Administração - Administração Científica e Teoria 
Clássica ........................................................................................................................................................... 30 
UNIDADE 7- Organização Racional do Trabalho............................................................................ 35 
UNIDADE 8- Princípios da Administração Científica ..................................................................... 41 
UNIDADE 9- Diferença entre Administração e Organização ..................................................... 47 
UNIDADE 10- Abordagem Humanística e Abordagem Neoclássica da Administração .. 52 
UNIDADE 11- Funções Básicas da Organização Industrial ......................................................... 58 
UNIDADE 12- Apreciação Crítica à Teoria das Relações ............................................................. 63 
UNIDADE 13- Funções do Administrador ......................................................................................... 68 
UNIDADE 14- Abordagem Burocrática .............................................................................................. 73 
UNIDADE 15- Vantagens e Desvantagens da Burocracia ........................................................... 78 
UNIDADE 16- Abordagem Estruturalista ........................................................................................... 83 
UNIDADE 17- Abordagens Múltiplas da teoria Estruturalista ................................................... 88 
UNIDADE 18- Teoria dos Sistemas em Administração ................................................................ 93 
UNIDADE 19- Teoria Contingencial ..................................................................................................... 98 
UNIDADE 20- As Teorias na Era da Informação............................................................................103 
 
 
 
 
 
6 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Prezado aluno, 
Toda e qualquer organização tem a necessidade de uma prática 
administrativa que a conduza na busca de seus objetivos. 
 Ao longo da históriafoi aparecendo uma ciência que visa auxiliar o 
processo de mediação para busca dos fins especificados. Esta ciência é a 
Administração, que com o passar do tempo foi se desenvolvendo 
vagarosamente, ao receber influência da filosofia, da igreja e das organizações 
militares. 
O processo de evolução da Administração fica mais intenso após a 
Revolução Industrial, e especialmente no século XX, surgindo várias teorias com 
pretensão de sistematizar o processo administrativo. 
Essas teorias agem nas mais diversas organizações, ainda que sejam 
idealizadas em cenários industriais e empresarias, atingiram a educação 
modificando a prática administrativa nas escolas. Cada uma das teorias tem um 
foco em certo ângulo da Administração. 
Para que se entenda esta ciência em sua plenitude, torna-se necessário 
relacionar as diversas abordagens, explorando uma perspectiva mais sistêmica e 
complementar em cada teoria. 
 
Professora Esp. Alessandra T. Marchi Batista 
Reformulação:Tutora Sandra Regina Ramos de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
7 
 
UNIDADE 1- Introdução, Definição e Conceitos de 
Administração 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 Objetivos: Conceituar a Administração; 
 Entender o papel do administrador nas organizações; 
 Conhecer as habilidades e competências necessárias ao 
administrador; 
 Conhecer as áreas de atuação do administrador. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A sociedade humana é composta de organizações e essas de pessoas 
com sentimentos, ideias, aspirações, pensamentos, e todo um conjunto de 
situações e ações que viabilizam a existência dela. É a Administração que 
possibilita que as organizações sejam capazes de utilizar corretamente seus 
recursos e alcançar seus objetivos, transformando esses recursos em produtos e 
serviços com o objetivo de resolver problemas, conservando assim a 
movimentação das pessoas e da sociedade. 
A palavra Administração vem do latim ad (direção, tendência para) e 
minister (subordinação ou obediência), constituindo a palavra de ordem no 
mundo das organizações. De maneira geral pode-se dizer que ela é o processo 
de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar 
objetivos, qualquer que seja o tipo da organização: setor primário, manufatura 
ou serviços. 
Dessa forma pode-se medir o nível de eficiência da Administração 
avaliando a maneira como os processos estão sendo executados. É importante 
manter-se sempre eficiente evitando retrabalhos e desperdícios diversos para a 
 
 
8 
 
manutenção de um bom Processo Administrativo. Veja o quadro abaixo sobre o 
que concerne à Administração: 
 
 
http://inovaemgestao.blogspot.com.br 
O número de definições para a Administração é tão extenso quanto à 
quantidade de livros escritos sobre o assunto. Vejamos então, definições 
específicas de autores renomados que servem como referência no estudo da 
Administração: 
Silva (2004) define administração como sendo um conjunto de atividades 
dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um 
ou mais objetivos ou metas organizacionais. 
Chiavenato (2000) define administração como o processo de planejar, 
organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos e 
 
 
9 
 
ainda complementa dizendo que a tarefa básica da Administração é a de fazer 
as coisas por meio de pessoas de maneira eficiente e eficaz. 
Maximiano (2008) define administração como sendo o processo de 
tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo 
administrativo abrange cinco tipos principais de decisões, também chamadas de 
processos ou funções: planejamento, organização, liderança, execução e 
controle. 
A Administração vem sendo praticada de diversas formas desde os 
primórdios da civilização. Há quem acredite que é a mais antiga das profissões e 
é exercida desde que existem os primeiros agrupamentos humanos, porém não 
é raro ouvir que se trata de um novo campo. 
Habilidades do Administrador 
Lacombe (2003) define habilidade como sendo a capacidade que o ser humano 
tem de transformar os conhecimentos adquiridos em produtos ou serviços com 
o desempenho esperado, a partir do ensinamento praticado. 
Para obter um bom desempenho profissional, o administrador necessita 
ter três tipos de habilidades, que segundo o criador dessa tipologia, Katz (1955 
apud CHIAVENATO, 2003), são de natureza: técnica, humana e conceitual. 
 Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas 
e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, 
através de sua instrução, experiência e educação. 
 Habilidade humana: consiste na capacidade e no discernimento para 
trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar 
uma liderança eficaz. 
 Habilidade conceitual: consiste na habilidade para compreender as 
complexidades da organização global e o ajustamento do 
comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade 
permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da 
 
 
10 
 
organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as 
necessidades de seu grupo imediato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://cursodeeventos.blogspot.com.br 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
Acesse o site: www.ebah.com.br/content/ABAAAAOaUAL/50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
UNIDADE 2- Teorias Administrativas 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer a evolução das teorias administrativas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS – Definição e Histórico 
Dentre os principais fatores que caracterizam os primórdios da 
Administração estão os fatos históricos, sociais, políticos e econômicos, criando-
se o panorama das organizações do passado. O teor do estudo da 
Administração varia de acordo com a teoria ou escola analisada. Cada autor 
tende a abordar as características e assuntos típicos da orientação teórica de 
sua escola ou teoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
h
ttp://professoragiuliana.blogspot.com.br 
 
 
 
12 
 
Chiavenato (2000) nos relata que a Teoria Geral da Administração (TGA) 
estuda a administração das organizações e empresas, visando à interação e 
interdependência entre as cinco variáveis principais: tarefa, estrutura, pessoas, 
tecnologia e ambiente. O comportamento desses componentes é sistêmico e 
complexo: cada um influencia e é influenciado pelos outros e cada um, 
provocou no seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um 
gradativo passo no desenvolvimento da TGA. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
À medida que a Administração confronta com novas situações, as 
doutrinas e teorias administrativas se adaptam, podendo até sofrer 
modificações ao longo dos anos para continuarem úteis e aplicáveis. Nesse 
contexto de mudanças e expansão podemos entender os gradativos passos da 
TGA no decorrer dos anos, que são mencionadas por meio de diferentes 
termos, explicados a seguir: 
 Teorias são explicações, interpretações ou proposições sobre a 
administração e as organizações; 
 Enfoque ou pensamento, também chamado de abordagem, é um 
aspecto particular das organizações, ou uma forma de estudá-las; 
 Escola é uma linha de pensamento ou conjunto de autores que 
usaram o mesmo enfoque; 
 Modelo de Gestão é um conjunto de doutrinas e técnicas do 
processo administrativo; 
 Modelo de Organização é um conjunto de características que 
definem organizações e a forma como são administradas; 
 Doutrina é um princípio de conduta que contém valores, implícitos 
ou explícitos. As doutrinas recomendam como agir, orientando os 
julgamentos e as decisões dos administradores; 
 
 
13 
 
 Técnicas são soluções para problemas. Organogramas, 
metodologias, estudos de tempos, sistemas de controle são 
exemplos de técnicas. 
http://www.famescbji.edu.br 
 
Ainda que se diga que a Administraçãoé uma área nova, a novidade 
propriamente dita está na sistematização de seus conceitos e a complexidade 
que atingiram no passado recente as grandes organizações. 
Essa preeminência das organizações e sua importância para a sociedade 
moderna, bem como a necessidade de administradores competentes e capazes, 
está na base do desenvolvimento da Teoria Geral da Administração (TGA). 
A moderna Teoria Geral da Administração (TGA), que se estuda hoje, é 
formada por conceitos que surgiram e vêm-se aprimorando ao longo dos 
tempos, sendo muito mais antigos do que se imagina, por exemplo, a Bíblia 
relata que Moisés, estava o dia todo cuidando de causas pequenas que o povo 
lhe trazia. Então Jetro recomendou: procure homens capazes para serem líderes 
de 10, 100 e 1.000. Esta recomendação foi dada a Moisés há cerca de 3.500 
anos. É tão antigo e continua atual. 
O estado atual da Teoria Geral da Administração e suas abordagens 
teóricas 
Agora, no século XXI, a Administração e as organizações estão passando 
por grandes transformações, as empresas privadas, em particular, atuam num 
cenário extremamente competitivo e necessitam aprimorar continuamente sua 
eficiência: fazer mais, com menor quantidade de recursos e em menor tempo. 
O conteúdo do estudo da Administração depende das características da 
teoria estudada, cada autor aborda as variáveis e os assuntos dentro da 
orientação técnica de sua teoria. Para fins de estudo, a Teoria da Administração 
pode ser dividida em várias correntes ou abordagens, levando-se em conta que 
 
 
14 
 
cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as 
características do trabalho. 
Abordagem Clássica da Administração: 
 Administração Científica. 
 Teoria Clássica da Administração. 
Abordagem Humanística da Administração: 
 Teoria das Relações Humanas. 
Abordagem Neoclássica da Administração: 
 Teoria Neoclássica da Administração. 
 Administração Por Objetivos (APO). 
Abordagem Estruturalista da Administração: 
 Modelo Burocrático da Administração. 
 Teoria Estruturalista da Administração. 
Abordagem Sistêmica da Administração: 
 Teoria de Sistemas. 
 Abordagem Contingencial da Administração: 
 Teoria da Contingência. 
 http://tgasegsemestre.blogspot.com.br 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
UNIDADE 3- As Influências Filosóficas, Religiosas e Militares 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 Objetivo: Conhecer as influências filosóficas, religiosas e militares. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 A moderna Teoria Geral da Administração, que se estuda nos dias atuais, é 
formada por conceitos que surgiram e vêm-se reciclando há muito tempo, 
desde que os administradores do passado vivenciaram problemas práticos e 
precisaram de técnicas para resolvê-los. 
Os Primórdios da Administração – Antecedentes Históricos da 
Administração 
No decorrer da história da humanidade, observa-se que sempre existiu 
alguma forma de associação entre os homens para, através do esforço conjunto, 
alcançarem objetivos que, isoladamente não seriam possíveis. O processo de 
administrar está associado a qualquer situação em que haja pessoas fazendo o 
uso de recursos para atingir determinado objetivo. Dessa forma, embora 
rudimentares, podemos perceber que já havia a manifestação de administração. 
Maximiano (2000, p. 126), por volta de 10000 a 8000 a. C. na 
Mesopotâmia e no Egito, agrupamentos humanos que desenvolviam atividades 
extrativistas faziam uma transição para atividades de cultivo agrícola e 
pastoreio, iniciando-se a “Revolução Agrícola”. Nesse período surgem as 
primeiras aldeias, marcando-se a mudança da economia de subsistência para a 
administração da produção rural e a divisão social do trabalho. 
Ainda, de acordo com mesmo autor, no período compreendido entre 
3000 e 500 a. C., a “Revolução Agrícola” evoluiu para a “Revolução Urbana”, 
surgindo às cidades e os Estados, demandando a criação de práticas 
administrativas. 
 
 
17 
 
Chiavenato (1983, p.18) faz referências às magníficas construções 
realizadas na Antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria, que indicam 
trabalhos de dirigentes capazes de planejar e orientar a execução de obras que 
ainda podemos observar. Também, através de papiros egípcios, foi possível 
verificar a importância da organização e administração da burocracia pública no 
Antigo Egito. 
 Influência dos Filósofos 
Na Antiguidade, a Administração sofreu influência da Filosofia. 
Sócrates (470 a. C. -399 a. C) filósofo grego, em sua conversa com 
Nicomaquis expõe sua opinião sobre a administração: “Sobre qualquer coisa 
que um homem possa presidir, ele será, se souber do que precisa e se for capaz 
de provê-lo, um bom presidente, quer tenha a direção de um coro, uma família, 
uma cidade ou um exército. Não é também uma tarefa punir os maus e honrar 
os bons? Portanto, Nicomaquis, não desprezeis homens hábeis em administrar 
seus haveres...”. 
Platão (429 a. C. -347 a. C.) também filósofo grego, discípulo de Sócrates, 
preocupou-se com os problemas políticos pertinentes ao desenvolvimento 
social e cultural do povo grego. Em sua obra, A República, exibe o seu ponto de 
vista sobre o tipo democrático de governo e de administração dos negócios 
públicos. 
Aristóteles (384 a. C. -322 a. C.), outro filósofo grego, discípulo de Platão, 
foi responsável pelo enorme impulso à Filosofia, Cosmologia, Nosologia, 
Metafísica, Lógica e Ciências Naturais, ampliando as expectativas do 
conhecimento humano para a sua época. Em seu livro “Política”, analisa e relata 
a organização do Estado, distingue as três formas de administração pública: 
Monarquia (ou governo de um só, que pode propiciar a tirania), Aristocracia 
(ou governo de uma elite, que pode desencadear uma oligarquia) e Democracia 
(ou governo do povo, que pode degenerar em anarquia). 
 
 
18 
 
Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, considerado o 
fundador da Lógica Moderna, baseada no método experimental e indutivo. 
Antecipou-se ao princípio conhecido em Administração como “principio da 
prevalência do principal sobre o acessório”. 
René Descartes (1596-1650), filósofo, matemático e físico francês, 
reconhecido como o fundador da Filosofia Moderna. Em seu livro “O Discurso 
do Método”, descreve os princípios do seu método filosófico, denominado o 
método cartesiano, que serviu de fundamento para a tradição cientifica do 
ocidente, como por exemplo, o princípio da divisão do trabalho, da ordem, do 
controle, etc. 
Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo e político inglês, prega o governo 
absoluto, decorrente de sua visão pessimista da humanidade. Na ausência do 
governo, os indivíduos tendem a conviver em guerra constante e conflito 
permanente para a obtenção de meios de subsistência. O Estado representa um 
acordo social que ao crescer alcança a extensão de um dinossauro, colocando 
em risco a liberdade de todos. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) responsável pela teoria do Contrato 
Social: O Estado surge de um acordo de vontades, Ele assegura que o homem é 
por natureza, bom e afável, sendo a vida em sociedade que o corrompe. 
Karl Marx (1818-1883) e seu parceiro Friedrich Engels (1820-1895) 
propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O aparecimento do 
poder político e do Estado consiste na dominação econômica do homem pelo 
homem. O marxismo foi a ideologia primária a afirmar o estudo das leis 
objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos ideais 
metafísicos. Com a Filosofia Moderna, a Administração deixa de ganhar 
contribuições e influências, uma vez que o campo de estudo filosófico afasta-se 
extraordinariamente dos problemas organizacionais. 
 
 
 
19 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Influência da Organização da Igreja Católica 
Ao longo dos séculos, as normas administrativas e princípios de 
organização pública foramse transferindo das instituições dos Estados para as 
instituições da Igreja Católica. Através dos séculos, a Igreja Católica alicerçou 
sua organização com uma hierarquia de autoridade, um estado-maior 
(assessoria) e a coordenação funcional para assegurar integração. 
A Igreja tem uma organização hierárquica muito simples e eficiente que a 
sua imensa organização mundial pode operar de maneira suficiente sob o 
comando de uma só cabeça executiva, o Papa. Dessa forma, a estrutura da 
organização eclesiástica serviu como exemplo para muitas organizações que, 
ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a implantar uma grande 
quantidade de princípios e normas administrativas utilizadas na Igreja Católica. 
Influência da Organização Militar 
A organização militar influenciou consideravelmente o desenvolvimento 
das teorias da Administração por todos os tempos. A organização linear tem 
suas raízes na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da época 
medieval. O principio da unidade de comando (onde cada subordinado só pode 
ter um superior) – é a essência das organizações militares. 
A escala hierárquica, ou seja, os escalões de graus de comando de 
acordo com o nível de autoridade e responsabilidade correspondente é a 
principal característica da organização militar utilizada em outras organizações. 
O conceito de hierarquia dentro do exercito é certamente tão antigo quanto a 
própria guerra, pois a ideia de um estado-maior sempre existiu para o exército. 
Contudo, o estado-maior formal como um quartel-general apareceu somente 
em 1665 com a Marca de Brandenburgo, precursor do exército prussiano. 
A evolução do princípio de assessoria e a constituição de um estado-
maior geral ocorreram posteriormente na Prússia, com o Imperador Frederico II, 
 
 
20 
 
o Grande (1712-1786). Outra contribuição da organização militar é o princípio 
da direção, pelo qual todo soldado deve ter total conhecimento sobre o que se 
espera dele e o que ele deve efetivamente fazer. Mesmo Napoleão, o general 
mais autocrata da história militar, jamais deu uma ordem sem explicar o seu 
objetivo e ter certeza de que haviam entendido e compreendido corretamente, 
pois acreditava que a obediência cega nunca leva a um desempenho 
inteligente. 
No início do século XIX, Karl Von Clausewitz (1780-1831), general 
prussiano e reconhecido como o pai do pensamento estratégico, escreveu um 
tratado sobre a guerra e os princípios de guerra, recomendando como 
administrar os exércitos em períodos de guerra. Foi o grande inspirador de 
muitos teóricos da Administração que posteriormente se basearam na 
organização e nas estratégias militares para adaptá-las à organização e 
estratégia industriais. Clausewitz considerava a disciplina como uma condição 
básica para uma organização. Para ele, a organização demanda um rigoroso 
planejamento, no qual as decisões devem ser baseadas na ciência e não apenas 
na intuição. As decisões necessitam basear-se na probabilidade e não apenas na 
necessidade lógica. O administrador deve aceitar a incerteza e planejar, 
podendo dessa maneira, minimizar essa incerteza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 4- Influência da Revolução Industrial 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Entender qual foi o impacto que a Revolução Industrial exerceu 
sobre a Administração e seu surgimento. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Influência da Revolução Industrial 
Com o invento da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua 
utilização junto à produção, temos um novo entendimento do trabalho, que 
modificou totalmente a estrutura social e comercial da época. Como 
consequência, percebemos profundas e rápidas mudanças de ordem 
econômica, política e social que, num lapso de aproximadamente um século, 
foram mais significativas do que as mudanças ocorridas no milênio anterior. 
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra e é dividida em duas 
épocas distintas: 
 1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial ou Revolução do Carvão e do 
Ferro. 
 1860 a 1914: Segunda Revolução Industrial ou Revolução do Aço e da 
Eletricidade. 
A primeira Revolução Industrial passou por quatro fases: 
1. Mecanização da indústria e da agricultura: a máquina de fiar, o tear 
hidráulico, o tear mecânico e o descaroçador de algodão tomaram o 
lugar do trabalho muscular do homem, do animal ou da roda de água, 
tendo como resultado uma produção muito maior que os processos 
manuais. 
2. Aplicação da energia motriz a indústria: a aplicação do vapor às 
máquinas transforma as oficinas em fábricas. 
 
 
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3. Desenvolvimento do sistema fabril: o artesão e sua pequena oficina 
deram lugar aos operários e às fábricas e usinas fundamentadas na 
divisão do trabalho, novas indústrias surgem em detrimento da atividade 
rural. A urbanização acontece, massas humanas migram do campo para 
as proximidades das fábricas. 
4. Espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações: estradas 
de ferro, navegação a vapor, novos meios de transporte e de 
comunicação surgem rapidamente. O telégrafo elétrico, o selo postal e o 
telefone conduzem o imenso e profundo crescimento econômico, social, 
tecnológico e industrial. 
Chiavenato (2005, p.26) relata a segunda fase da Revolução Industrial a 
partir de 1860, provocada por três eventos: o processo de fabricação do aço 
(1856), o dínamo (1873) e o motor de combustão interna (1873). 
As características da Segunda Revolução Industrial são: 
1- Substituição do ferro pelo aço. 
2- Substituição do vapor pela eletricidade. 
3- Desenvolvimento de maquinaria automática especialização do trabalho 
do operário. 
4- Crescente domínio da indústria pela ciência. 
5- Transformações radicais nos transportes e comunicações, marcadas pela 
produção de automóveis e em 1906, Santos Dumont faz sua experiência 
com o avião. 
6- Novas formas de organização capitalista. O capitalismo industrial cedeu 
lugar ao capitalismo financeiro, que tem quatro características 
fundamentais. 
6.1 – dominação da indústria pelas inversões de bancos e instituições 
financeiras e de crédito, como foi o caso da formação da United States 
Steel Corporation, em 1901, pela J.P. Morgan & Co. 
 
 
23 
 
6.2 - acumulação de capital, provenientes de trustes e fusões de 
empresas. 
6.3 – separação entre a propriedade particular e a direção das empresas, 
6.4 – o desenvolvimento das holding companies para integrar os 
negócios. 
7 – expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente. 
A tranquilidade da produção do artesanato foi substituída pelo sistema de 
produção por meio de máquinas, dentro das grandes fábricas. Como 
consequência, houve uma brusca mudança provocada por dois aspectos, a 
saber: 
 Transferência da aptidão do artesão para a máquina, para produzir de 
maneira mais rápida, em maior quantidade e com qualidade superior, 
permitindo a redução nos custos de produção. 
 Substituição da força animal ou do músculo humano pela potência da 
máquina a vapor (e depois pelo motor), permitindo produção maior e 
economia. 
A maquinização das oficinas provocou fusões de pequenas oficinas, 
transformando-se com o decorrer do tempo em fábricas. A mecanização do 
trabalho teve como consequência a divisão do trabalho, substituindo todo o 
processo tradicional da produção por tarefas semiautomatizadas e repetitivas, 
não requerendo um conhecimento específico. Contudo, a Revolução Industrial, 
embora tenha provocado uma imensa transformação na estrutura empresarial e 
econômica na época, não chegou a influenciar diretamente o conceito e 
princípios da administração das empresas. Grande parte dos empresários ainda 
baseava suas decisões nos modelos da organização militar ou eclesiástica. 
A organização moderna nasceu com a Revolução Industrial, devido a 
vários fatores, como: 
1. Quebra dos conceitos corporativos da Idade Média. 
 
 
24 
 
2. Desenvolvimentotecnológico e a aplicação dos progressos científicos à 
produção, a descoberta e aplicação de novas formas de energia e a 
grande ampliação de mercados. 
3. Substituição da produção artesanal pela produção industrial. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
Quadro Resumo dos Fatores e Características: http://www.not1.xpg.com.br 
 
 
 
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UNIDADE 5- Influência dos Economistas Liberais 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer os precursores da Administração e como exerceram um 
importante papel na construção do pensamento administrativo. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Influência dos Economistas Liberais 
Após o século XVII, as teorias econômicas eram baseadas na explicação 
dos fatos empresariais, no experimento diário e em noções do comércio da 
época. 
Ao final do século XVIII, os economistas clássicos liberais criam uma 
reação para o liberalismo que culmina com o evento da Revolução Francesa. A 
ideologia liberal emana do direito natural: a ordem mais perfeita. 
Os direitos econômicos são inalienáveis e necessita existir uma harmonia 
em todo o conjunto de indivíduos. Do ponto de vista do liberalismo, a vida 
econômica deve se manter afastada da influência estatal, porque o trabalho é 
regido por princípios econômicos e a mão de obra sujeita-se às mesmas leis da 
economia que conduzem o mercado de matérias primas ou comércio 
internacional. Dessa maneira, os operários estão totalmente a serviço dos 
patrões, que são os detentores dos meios de produção. A livre concorrência é o 
principal fator do liberalismo econômico e as ideias fundamentais dos 
economistas clássicos liberais compõem os germes do pensamento 
administrativo. 
Adam Smith (1723-1790) é o criador da economia clássica, cujo foco é a 
competição. As pessoas tendem a agir apenas em proveito próprio, mas os 
mercados sob o foco da competição trabalham de maneira espontânea, 
garantindo (por um mecanismo abstrato que chamava de “a mão invisível que 
 
 
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governa o mercado”) a utilização eficiente e eficaz dos recursos e da produção, 
sem demasia de lucros. Sob o ângulo do papel econômico do governo, além de 
garantir a lei e a ordem, também faz intervenção quando o mercado não existe 
ou não funciona em condições satisfatórias, ou seja, quando a competição livre 
não ocorre. Os princípios da especialização e da divisão do trabalho aparecem 
em seu livro “A Riqueza das Nações”, publicado em 1776. 
Ainda seguindo Smith, a raiz da riqueza das nações está na divisão do 
trabalho e na especialização das tarefas, recomendando o estudo dos tempos e 
movimentos que, posteriormente, Taylor e Gilbreth iriam trabalhar e 
desenvolver como a base da Administração Científica. Adam Smith enfatizou a 
relevância do planejamento e da organização dentro das funções da 
Administração. 
Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engel (1820 – 1895), criadores do 
socialismo científico e do materialismo histórico, publicam em 1848 o Manifesto 
Comunista, livro que analisa e forma abrangente os regimes econômicos, sociais 
e políticos da época. O socialismo e o sindicalismo levam de “maneira 
obrigatória” o capitalismo ao caminho do aprimoramento dos meios de 
produção e a adequada remuneração. Surgem, então, os primeiros esforços no 
sentido de racionalização do trabalho como um todo. 
James Mill (1773-1836), economista liberal, recomentava em seu livro 
Elementos de Economia Política, publicado em 1826, uma gama de conceitos 
relacionados com os estudos de tempos e movimentos como forma de 
alavancar o crescimento da produção nas indústrias da época. 
David Ricardo (1772-1823) publica seu livro Princípios de Economia 
Política e Tributação, abordando temas como trabalho, capital, salário, renda, 
produção, preços e mercados. 
Influência dos Pioneiros e Empreendedores 
 
 
27 
 
O século XIX presenciou um monumental desfile de inovações e 
mudanças no cenário empresarial. O mundo e as empresas estavam mudando, 
as circunstâncias eram favoráveis para o aparecimento da teoria administrativa. 
Por volta de 1820, as estradas de ferro eram o maior “negócio 
empresarial”, que propeliram as ações de investimento e o ramo de seguros, e 
provocaram também o fato da urbanização, situação que gerou necessidades 
de habitação, alimentação, roupa, luz e aquecimento e o crescimento de 
empresas focadas no consumo. 
No ano de 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. 
Os “criadores de impérios” (empire builders) integravam concorrentes, 
fornecedores e distribuidores e, junto com as empresas e instalações vinham 
também os antigos donos e empregados. Surgiam assim, os primeiros impérios 
industriais que se tornaram gigantescos demais para serem dirigidos pelos 
pequenos grupos familiares. Logo surgiram os gerentes profissionais, os 
primeiros organizadores preocupados mais com a fábrica do que com as vendas 
ou as compras. 
Na década de 1880, aparecem as empresas com organizações próprias 
de vendas, com vendedores treinados, iniciando a situação de “marketing” que 
temos hoje, tendo a organização do tipo funcional que seria adotada pelas 
demais empresas, a saber: 
1. Departamento de produção para cuidar da manufatura de fábricas 
isoladas. 
2. Departamento de vendas e escritórios distritais com vendedores. 
3. Departamento técnico de engenharia para desenvolver produtos. 
4. Departamento financeiro. 
Por volta de 1889, as empresas acumulavam instalações e pessoal em 
quantidades muito além do necessário para ganhar mercados novos. Os custos 
 
 
28 
 
precisavam ser reduzidos e a estrutura funcional deveria coordenar a fabricação, 
a engenharia, as vendas e as finanças. 
As maneiras de reduzir custos diminuíram e as margens de lucro 
também, o mercado se saturou e as empresas galgavam novos mercados, 
objetivando a diversificação de produtos. A antiga estrutura funcional começou 
a emperrar. Surge assim, a empresa multidepartamental e integrada. 
A próxima fase foi controlar o mercado de distribuição, suprimindo os 
intermediários, para assim vender mais barato ao consumidor e não precisar do 
trabalho de atacadistas. Entre 1890 e 1900, houve uma série de fusões de 
empresas, a mais famosa foi a criação da U.S. Steel Corporation, uma transação 
de bilhões de dólares. O pioneiro da indústria frigorífica, Gustavus Swift, criou 
uma tática para concretizar a fabricação, adiantando-se para a distribuição 
própria e voltar para a fase do controle da matéria prima. Com a integração 
vertical, a indústria frigorífica tornou-se um oligopólio. Vários pioneiros da 
indústria manufatureira adotaram as ideias de Swift na sistematização de seus 
impérios industriais. 
No início do século XX, grandes empresas fraquejaram financeiramente, 
dirigir grandes corporações deixou de ser uma habilidade pessoal. Criavam-se 
as condições para a revelação dos organizadores que substituíram os capitães 
das indústrias (pioneiros e empreendedores). Chegou a era da competição e da 
concorrência como consequência de fatores como: 
1. Desenvolvimento tecnológico. 
2. Livre Comércio. 
3. Mudanças dos mercados vendedores para mercados compradores. 
4. Aumento da capacidade de investimento de capital. 
5. Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que reduz custos de 
produção. 
6. Crescimento dos negócios e das empresas. 
 
 
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Tais fatores contribuíram para a melhora da prática empresarial e o 
surgimento da Teoria Administrativa. A Revolução Industrial deu início à Era 
Industrial que dominou o mundo até o final do século XX e distinguiu os países 
industrializados (mais avançados) dos países não industrializados (emergentes e 
subdesenvolvidos). E também distinguiu as organizações, em grupos das “bem 
administradas” e das “mal administradas”.BUSCANDO O CONHECIMENTO 
Para saber mais, acesse o site: 
http://ziniadministrador.blogspot.com.br/2012/04/influencia-dos-economistas-
liberais-na.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 6- Abordagem Clássica da Administração - 
Administração Científica e Teoria Clássica 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Compreender a Administração Científica, bem como seu principal 
representante. Compreender a Teoria Clássica, suas características e seu 
representante. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Origens da Abordagem Clássica da Administração 
Suas origens remontam à Revolução Industrial e suas consequências, o 
que causou o crescimento acelerado e desorganizado das empresas e a 
necessidade de aumentar a produção de bens, melhorando a eficiência e 
aumentando a competitividade. 
Nesse período inicia-se a produção em massa, dominada pelos 
monopólios, principalmente nos Estados Unidos, ocasionando o aumento da 
quantidade de assalariados nas indústrias. Tornou-se urgente evitar o 
desperdício de materiais (insumos) e programar a economia de mão de obra. 
Surge à divisão do trabalho, criam-se os padrões de produção, determinam-se 
as funções, criando-se assim, condições econômicas e técnicas para o 
surgimento do taylorismo e fordismo. No início do século XX, dois engenheiros 
desenvolveram os primeiros trabalhos sobre a Administração. Um era 
americano, Frederick Winslow Taylor, que encetou a chamada Escola da 
Administração Científica cujo foco era aumentar a eficiência da indústria por 
meio da racionalização do trabalho operário. O outro era europeu, Henri Fayol, 
que desenvolveu a chamada Teoria Clássica, preocupada em aumentar a 
capacidade da empresa por meio de sua organização e do emprego de 
princípios gerais da Administração em bases científicas. Ainda que ambos 
 
 
31 
 
tenham partido de pontos de vista diferentes e até opostos, suas ideias 
constituem as bases da chamada Abordagem Clássica da Administração, cujas 
suposições dominaram as quatro primeiras décadas do século XX no cenário 
administrativo das organizações. 
A Abordagem Clássica da Administração se divide em duas correntes: 
Administração Científica (Taylor) e Teoria Clássica (Fayol). 
 Segue breve histórico: 
 A Escola da Administração Científica teve seu início nos Estados 
Unidos pelo engenheiro Frederick W. Taylor, tendo vários seguidores 
como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, dentre outros, e incitou uma 
verdadeira revolução no pensamento e nos conceitos de 
administração no mundo industrial da sua época. Sua preocupação 
inicial era diminuir o desperdício e as perdas ocasionadas nas 
indústrias americanas e aumentar o nível de produtividade 
utilizando-se de métodos e técnicas da engenharia industrial; para 
tal, era necessário também elevar o nível dos operários. Daí a ênfase 
nas tarefas, ou seja, na análise e na divisão do trabalho do operário, 
pois as ocupações do cargo e seu titular constituem a unidade 
fundamental da organização. 
 Teoria Clássica teve seu início na França, pelo engenheiro Henri Fayol, 
tendo como expoentes: Mooney, Urwick, Gulick dentre outros. A 
preocupação principal era aumentar a produção e a eficiência da 
indústria, focando a disposição dos órgãos componentes da 
organização (departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Daí 
a ênfase na estrutura (baseada nos conceitos da anatomia e da 
fisiologia) da organização, predominando a departamentalização e 
elementos da administração. 
Administração Científica – Arrumando o chão de fábrica 
 
 
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O nome Administração Científica é decorrente da tentativa de empregar 
os métodos da ciência aos problemas da Administração, atingindo excelente 
ação industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da 
administração são a observação e a mensuração. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
A Obra de Taylor 
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o criador da Administração 
Científica, nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Pertencente à uma família 
“quaker”, com princípios rígidos, cuja educação foi baseada na disciplina, 
devoção ao trabalho e poupança., sua experiência profissional foi iniciada na 
função de operário, galgando degraus, passando pelas funções de capataz, 
contramestre até alcançar o topo, como engenheiro. Nesse momento histórico 
da produção, estava em moda o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. 
Podemos dividir a atuação de Taylor em dois períodos, a saber: 
Primeiro Período de Taylor 
 No primeiro período, Taylor tem a publicação de seu livro “Shop 
Management” (Administração de Oficinas), resultado do estudo de tempos e 
movimentos, técnicas racionais do trabalho, analisando cada movimento do 
operário. Taylor percebeu que o operário “médio”, tinha potencial, porém sua 
produção limitava-se ao mínimo necessário. Nesse momento, Taylor sente a 
necessidade de criar condições de pagar mais para o operário que produzir 
mais, sua teoria seguiu em caminho de baixo para cima e das partes para o 
todo. Taylor expõe que: 
 O objetivo de uma boa Administração é pagar bons salários e ter 
baixos custos na de produção. 
 Para alcançar tal objetivo, a Administração deve empregar os 
métodos científicos de pesquisa e experimentação, para assim, 
 
 
33 
 
formular princípios e estabelecer processos padronizados que 
possibilitem o controle de operações fabris. 
 Os empregados precisam ser cientificamente selecionados e 
alocados, garantindo que as condições de trabalho sejam adequadas 
e que as normas sejam cumpridas. 
 Os empregados devem ser cientificamente instruídos para aperfeiçoar 
suas aptidões e, dessa maneira, realizar uma tarefa de modo que a 
produção normal seja cumprida. 
 Uma atmosfera de cooperação dever ser cultivada entre a 
Administração e os trabalhadores, garantindo a continuidade desse 
ambiente psicológico que permita a aplicação dos princípios 
mencionados. 
Segundo Período de Taylor 
Nesse segundo período, desenvolveu seus estudos sobre a 
Administração Geral, e publicou o livro “Princípios de Administração Científica”, 
baseado na racionalização do trabalho operário, que deveria ser baseado na 
estruturação geral, sem deixar, contudo sua preocupação com relação à tarefa 
do operário. 
Taylor afirmava que as indústrias de sua época padeciam de três males: 
1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam 
intencionalmente a produção, para evitar a redução de salários pela 
gerência. Segundo Taylor, há três causas determinantes da vadiagem no 
trabalho: 
a. O engano de que um rendimento maior do homem e da máquina 
terá como resultado o desemprego de parte dos operários; 
b. O sistema anormal de Administração que obriga os operários à 
ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses; 
 
 
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c. Os métodos empíricos ineficientes, aplicados nas empresas, que 
levam o operário a desperdiçar grande parte do seu esforço e do 
seu tempo. 
2. Ignorância por parte da gerência, das rotinas de trabalho e do tempo 
necessário para sua realização. 
3. Falta de padronização das técnicas ou métodos de trabalho. 
Para corrigir esses três problemas, idealizou o seu famoso sistema de 
Administração que denominou “Scientific Management”, também conhecido 
como: Administração Científica, ou Sistema de Taylor, Gerência Científica, 
Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. 
A Administração Como Ciência 
Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e 
tratadas cientificamente e não empiricamente. 
 A importância de Taylor está no fato de encarar ordenadamente o 
estudo da organização. Foi o pioneiro na tarefa de analisar o trabalho, os 
tempos e os movimentos, definir padrões de execução, treinar operários, 
especializar o pessoal, inclusive especialização da gerência. Foi o pioneiro em 
adotar umamaneira metódica de analisar e organizar o trabalho da base até o 
topo da organização. Tudo isso eleva Taylor a uma altura não comum no campo 
da organização. 
A Administração Científica preocupa-se com moldes de produção, 
padronização de máquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de 
tarefas e prêmios de produção para impulsionar a produtividade. O princípio da 
máxima prosperidade para o patrão atrelada à máxima prosperidade para o 
empregado denota que deve haver uma analogia de interesses entre 
empregados e empregadores. 
 
 
 
 
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UNIDADE 7- Organização Racional do Trabalho 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Conhecer os métodos científicos que deram origem à Organização 
Racional do Trabalho. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Taylor constatou que os operários aprendiam suas tarefas por meio da 
observação dos companheiros. Observou que essa situação resultava em 
diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma ampla variedade de 
instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Esses instrumentos e 
ferramentas necessitam ser aprimorados por meio da análise científica e um 
detalhado estudo de tempos e movimentos. Essa tentativa de substituir 
métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos ganhou o nome 
de Organização Racional do Trabalho (ORT). 
A Organização Racional do Trabalho (ORT) se baseia em: 
 Estudo dos Tempos e Movimentos: o trabalho é realizado melhor por 
meio da divisão e subdivisão de todos os movimentos imprescindíveis à 
execução de cada operação de uma tarefa. Metódica e pacientemente 
analisando a realização das tarefas de cada operário, Taylor percebeu a 
possibilidade de decompor as tarefas em uma série determinada de 
movimentos simples. Os movimentos inúteis eram abolidos enquanto os 
movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou unidos com 
outros movimentos, para proporcionar economia de tempo e de esforço 
ao operário. A análise do trabalho observava a determinação do tempo 
médio que um operário comum levaria para a realização total da tarefa, 
por meio do uso do cronômetro. Nesse tempo médio eram 
acrescentados tempos essenciais e mortos (esperas, tempos de saída do 
 
 
36 
 
operário da linha para suas necessidades pessoais, etc.) para se chegar ao 
chamado "tempo padrão". Dessa maneira, padronizava-se o método de 
trabalho e o tempo destinado à sua execução. Os objetivos do estudo de 
tempos e movimentos são: 
1. Eliminação de todo o desperdício de esforço humano e movimentos 
desnecessários. 
2. Racionalização da seleção e adequação dos operários à tarefa. 
3. Facilidade no treinamento dos operários e progresso da eficiência e 
rendimento da produção pela especialização das atividades. 
4. Divisão uniforme do trabalho para eliminar falta ou excesso de trabalho. 
5. Estabelecimento de regras de execução do trabalho. 
6. Base uniforme para salários equitativos e prêmios de produção. 
 Estudo da Fadiga Humana: O estudo dos movimentos fundamenta-se 
na anatomia e fisiologia humanas. Foram realizados estudos estatísticos 
sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. O estudo dos 
movimentos tem três finalidades: 
1. Eliminar movimentos desnecessários na realização de uma tarefa. 
2. Executar os movimentos úteis com a máxima economia de esforço e 
tempo. 
3. Adequar uma seriação e economia aos movimentos. 
Em suma, a fadiga é avaliada um redutor da eficiência. Para reduzir a 
fadiga, foram estabelecidos princípios de economia dos movimentos relativos 
ao uso do corpo humano, na acomodação do material no local de trabalho e às 
ferramentas e equipamentos. 
 Divisão do Trabalho e Especialização do Operário: Uma das 
consequências do estudo dos tempos e movimentos foi à divisão do 
trabalho e a especialização do operário a fim de alçar sua produtividade. 
Dessa maneira, cada operário se especializou na execução de uma única 
 
 
37 
 
tarefa ou de tarefas simples e elementares. A linha de montagem foi sua 
fundamental base de aplicação. Essas ideias tiveram acelerada aplicação 
na indústria americana e estenderam-se rapidamente a todos os demais 
países e a todos os ramos de atividades. A partir daí, o operário perdeu a 
liberdade e a iniciativa de estabelecer o seu modo de trabalhar e passou 
a ser instruído à execução mecânica e repetitiva, durante toda a sua 
jornada de trabalho. A ideia fundamental era de que a eficiência aumenta 
com a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto 
maior será a sua eficiência. 
 Desenho de Cargos e Tarefas: O desenho de cargos é o modo pelo qual 
um cargo é criado, projetado e associado com outros cargos para a 
execução das tarefas. A simplificação no desenho dos cargos permite as 
seguintes vantagens: 
1. Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores 
diminuindo os custos de produção. 
2. Minimização dos custos de treinamento. 
3. Redução de falhas na execução, diminuindo os refugos e rejeições. 
4. Facilidade de supervisão, pois cada supervisor pode controlar um número 
maior de subordinados. 
5. Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade. 
 Incentivos Salariais e Prêmios de Produção: Depois de analisado o 
trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o método e o tempo 
para sua realização, selecionado cientificamente o operário e treinado de 
acordo com a metodologia preestabelecida, necessitava-se que o 
empregado contribuísse com a empresa adequando-se dentro dos 
padrões definidos. Para isso foi desenvolvido um programa de incentivos 
salariais e de prêmios de produção. 
 
 
38 
 
A ideia central era a de que a remuneração baseada no tempo (salário 
mensal, diário ou por hora) não incentivava nenhum operário a trabalhar mais e 
deveria ser alterada para remuneração baseada na produção de cada operário 
(salário por peça, por exemplo): o operário que produzisse pouco ganharia 
pouco e o que produzisse mais, ganharia na proporção de sua produção. Era 
imprescindível um estímulo salarial suplementar para que os operários 
ultrapassassem o tempo padrão. Era necessário instituir um incentivo salarial ou 
prêmio de produção. O tempo padrão, isto é, o tempo médio necessário para o 
operário executar a tarefa, indica o nível de eficiência equivalente a 100%. 
Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça era adicionado um 
prêmio de produção ou incentivo salarial adicional que aumentava à medida 
que se elevava a eficiência do operário. Com o plano de incentivo salarial, se 
alcançou um custo de produção cada vez mais reduzido e, como consequência, 
maior produtividade e maior rendimento. 
 Conceito de Homo Economicus: Junto com a Administração Cientifica 
implantou-se o conceito de homo economicus, ou seja, do homem 
econômico. De acordo com esse conceito, todo indivíduo é influenciado 
unicamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Dessa 
maneira, o homem busca o trabalho não porque gosta dele, mas como 
um meio de ganhar a vida. O homem é motivado a trabalhar pelo receio 
de passar fome e pela necessidade de dinheiro para viver. Esse ponto de 
vista da natureza humana - o homem econômico - não se restringia 
apenas a ver o homem como um empregado por dinheiro, pior ainda: via 
no operário da época, um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e 
responsável pela vadiagem e desperdício das empresas e que necessitava 
ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão. 
 Condições De Trabalho: Taylor e seus seguidores constataram que a 
eficiência depende não apenas do método de trabalho e do incentivo 
 
 
39 
 
salarial, mas também de diversas condições de trabalho que assegurem o 
bem-estar físico do trabalhador e atenuem a fadiga. As principais 
condições de trabalho são: 
1. Adaptação de ferramentas de trabalho e de materiais de produção para 
minimizar o esforço do trabalhadore a perda de tempo na execução da 
tarefa. 
2. Disposição física das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo 
da produção. 
3. Melhora do ambiente físico de trabalho de modo que o ruído, a 
ventilação, a iluminação e o conforto no trabalho não diminuam a 
eficiência do trabalhador. 
4. Projeto de materiais e equipamentos especiais, como transportadores, 
seguidores, contadores e utensílios para restringir movimentos 
desnecessários. 
Com a Administração Cientifica, as condições de trabalho passam a 
compor elementos importantes no crescimento da eficiência. O conforto do 
operário e a melhora do ambiente físico (iluminação, ventilação, ruído, aspectos 
visuais da fábrica etc.) passam a ser evidenciados e valorizados, não porque as 
pessoas o merecessem, mas porque eram fundamentais para a obtenção da 
eficiência do trabalhador. 
 Padronização: Organização Racional do Trabalho (ORT) se atentou aos 
planos de incentivos salariais. Preocupou-se também com a 
padronização dos processos e metodologias do trabalho, com a 
padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos 
de trabalho e matérias primas, a fim de diminuir a variabilidade e a 
diversidade no processo produtivo e dessa maneira, abolir o desperdício 
e aumentar a eficiência. Padronização é a aplicação de normas e padrões 
em uma organização para obter uniformidade e redução de custos. A 
 
 
40 
 
padronização passa a ser essencial para a Administração Cientifica na 
melhoria da eficiência. 
 Supervisão Funcional: a especialização do operário deve ser associada à 
especialização do supervisor. Taylor era contrário à centralização da 
autoridade e sugeria a supervisão funcional, onde há a existência de 
vários superiores, cada qual especializado em determinada área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
UNIDADE 8- Princípios da Administração Científica 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: conhecer os princípios da administração e as funções 
administrativas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Para racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao 
administrador, os engenheiros da Administração Científica determinaram 
princípios para serem executados a todas as situações. Um princípio é uma 
afirmação adequada para uma determinada situação; é uma previsão do que 
deverá ser feito quando acontecer à situação. 
Para Taylor, os princípios da Administração Científica são: 
1. Princípio de Planejamento: Substituir a improvisação pela ciência, 
aplicando o planejamento do método. 
2. Princípio de Preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de 
acordo com suas capacidades, preparando-os e treinando-os para 
produzirem mais e melhor. Preparar também máquinas e equipamentos 
através do arranjo físico e disposição racional das ferramentas e 
materiais. 
3. Princípio de Controle: Controlar o trabalho para se assegurar de que está 
sendo realizado conforme o previsto. 
4. Princípio de Execução: Dividir as atribuições e responsabilidades, para 
que a execução do trabalho seja realizada pelos operários. 
Princípios Básicos de Ford 
Henry Ford (1863-1947) iniciou sua carreira profissional como mecânico, 
chegando ao cargo de engenheiro-chefe de uma fábrica. Arquitetou e projetou 
um modelo de carro e fundou, em 1903, a Ford Motor Co. Seu ideal era fabricar 
 
 
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carros - antes artesanais e designados a poucos milionários – a preços 
populares, fazendo parte de um plano de vendas e assistência técnica. 
Revolucionou a estratégia comercial da época. 
Ford, talvez o mais conhecido de todos os precursores da moderna 
Administração, amealhou uma das maiores fortunas do mundo graças ao 
contínuo aperfeiçoamento de seus métodos, processos e produtos. Ford adotou 
três princípios básicos: 
1. Princípio de intensificação: consiste em reduzir o tempo de produção 
empregando equipamentos e matéria prima e a colocação imediata do 
produto no mercado. 
2. Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo a quantidade 
do estoque da matéria prima em transformação. A velocidade da 
produção deve ser rápida. 
3. Princípio da produtividade: consiste em aumentar o rendimento de 
produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da 
especialização e da linha de montagem. O processo se caracteriza pela 
aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e 
econômico. O operário ganha mais e o proprietário da fabrica tem maior 
produção. 
Entre 1905 e 1910 Ford fomentou a grande inovação do século XX: a 
produção em massa. Ainda que não tenha inventado o automóvel e nem 
mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a 
produção com maior número de produtos prontos com a maior segurança em 
qualidade e pelo menor custo possível. 
Em 1913 já produzia 800 carros por dia. Em 1914, partilhou com seus 
empregados uma parte do controle acionário da empresa. Estabeleceu o salário 
mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando na 
época, a jornada variava entre dez e doze horas. Empregou um sistema de 
 
 
43 
 
concentração vertical, fabricando desde a matéria prima até o produto final, 
pronto. Por meio da racionalização da produção, planejou a linha de 
montagem, que possibilitou a produção em série. O produto é padronizado, no 
material, na mão de obra, no maquinário, atingindo o mínimo de custo possível. 
A condição prévia, necessária e suficiente é a propensão de consumo em massa, 
seja real ou potencial. Daí os preços baixos: um carro por 500 dólares. A 
produção em massa fundamenta- se na simplicidade. 
Apreciação Crítica da Administração Científica 
A obra de Taylor e seus seguidores é passível de críticas. Essas críticas 
não atenuam o mérito de verdadeiros pioneiros e desbravadores da então 
nascente Teoria da Administração. Naquela época, a ideia e os preconceitos 
tantos dos dirigentes quanto dos operários, a falta de conhecimento sobre a 
administração, a pequena experiência industrial que não oferecia condições 
mínimas de formulação de hipóteses para a solução dos problemas da empresa, 
tudo isto não permitia o apropriado suporte para a criação de conceitos 
rigorosos e mais fundamentados. As principais críticas à Administração 
Científica são: mecanicismo da Administração Científica; superespecialização do 
operário; visão microscópica do homem; ausência de comprovação científica; 
abordagem incompleta da organização; limitação do campo de aplicação; 
abordagem prescritiva e normativa; abordagem de sistema fechado e 
pioneirismo na Administração. 
Teoria Clássica da Administração – Organizando a Empresa. 
Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração 
Cientifica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França e expandia-se 
rapidamente pela Europa a Teoria Clássica da Administração. Se a 
Administração Cientifica apresentava ênfase na tarefa executada pelo operário, 
a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização 
precisaria possuir para ser eficiente. O objetivo das duas teorias era o mesmo: a 
 
 
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busca da eficiência das organizações. De acordo com a Administração Cientifica, 
essa eficiência era obtida por meio da racionalização do trabalho do operário e 
na somatória das eficiências individuais, utilizando-se de uma microabordagem 
ao nível individual de cada operário à tarefa, em uma visão analítica e detalhista. 
Na Teoria Clássica, partia-se de todo organizacional e da sua estrutura 
para assegurar a eficiência das partes envolvidas, sejam elas órgãos (como 
seções, departamentos, etc.) ou pessoas (os executores de tarefas). A visão é 
bastante dilatada no nível da organização em relação à sua estrutura 
organizacional. A preocupação com a estrutura da organização constitui, sem 
dúvida nenhuma, um considerável crescimento do objeto de estudo da TGA. 
Fayol, um engenheirofrancês, criador da Teoria Clássica da Administração, 
partiu de uma visão sintética, global e universal da empresa, implantando uma 
abordagem anatômica e estrutural que rapidamente superou a abordagem 
analítica e concreta de Taylor. 
A Obra de Fayol 
Henri Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, vivendo os 
efeitos da Revolução Industrial e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial, 
formou-se em engenharia de minas e entrou para uma empresa e carbonífera 
onde fez sua carreira. Apresentou sua Teoria de Administração no livro 
Administration lndustrielle et Générale, publicado em 1916. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
As Funções da Empresa: 
Fayol frisa que toda empresa apresenta seis funções, a saber: 
1. Funções técnicas: pautadas com a produção de bens ou de serviços da 
empresa. 
2. Funções comerciais: pautadas com a compra, venda e permutação. 
3. Funções financeiras: pautadas com a procura e gerência de capitais. 
 
 
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4. Funções de segurança: pautadas com a proteção e preservação dos bens 
e das pessoas. 
5. Funções contábeis: pautadas com inventários, registros, balanços, custos 
e estatísticas. 
6. Funções administrativas: pautadas com a integração de cúpula das outras 
cinco funções. 
As funções administrativas ordenam e sincronizam todas as demais 
funções da empresa, estando acima delas. Segundo Fayol, as funções 
administrativas implicam o envolvimento dos cinco elementos da 
Administração: 
Prever: antecipar o futuro e delinear o programa de ação. 
Organizar: estabelecer o duplo organismo material e social da empresa. 
Comandar: conduzir e orientar o pessoal. 
Coordenar: ligar, juntar, harmonizar todos os atos e todos os esforços 
coletivos. 
Controlar: conferir se tudo ocorre de acordo com as regras e ordens 
instituídas. 
 
 
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Esses são os elementos da Administração que compõem o chamado 
Processo Administrativo, podemos perceber sua presença no trabalho do 
administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Ou seja, o 
diretor, o gerente, o chefe ou o supervisor, desempenham atividades de 
previsão, organização, comando, coordenação e controle. 
Proporcionalidade das Funções Administrativas 
Para Fayol há uma proporcionalidade da função administrativa, ou seja, 
ela se divide por todos os níveis da hierarquia da empresa e não é exclusiva da 
alta cúpula, ou seja, a função administrativa não se centraliza apenas no ápice 
da empresa, é difundida proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 9- Diferença entre Administração e Organização 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender a diferença entre Administração e Organização. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Diferença entre Administração e Organização 
Ainda que reconhecendo o uso da palavra Administração como sinônimo 
de organização, Fayol faz uma diferenciação entre elas. 
 
Para ele, Administração é um todo do qual a organização é uma 
das partes. O conceito amplo e compreensivo de Administração – 
como um conjunto de processos entrosados e unificados - 
abrange aspectos que a organização por si só não envolve, tais 
como os da previsão, comando e controle. A organização 
abrange apenas a definição da estrutura e da forma, sendo, 
portanto, estática e limitada. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à 
Teoria Geral da Administração, Rio, 2005, p.66. 
 
Os 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol, são: 
1. Divisão do trabalho: apoia-se na especialização das tarefas e das pessoas 
para elevar a eficiência. 
2. Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o poder de dar ordens e 
esperar obediência. A responsabilidade é um efeito decorrente da 
autoridade e significa a obrigação de prestar contas. Ambas devem estar 
equilibradas entre si. 
3. Disciplina: Vinculado à obediência, aplicação, energia, conduta e respeito 
aos acordos estabelecidos. 
4. Unidade de comando: Todo empregado deve receber ordens e 
orientações de um único superior. É o princípio da autoridade singular. 
5. Unidade de direção: Uma cabeça e um programa para cada conjunto de 
atividades que busquem o mesmo objetivo. 
 
 
48 
 
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses globais 
da empresa devem sobrepor-se aos interesses peculiares das pessoas. 
7. Remuneração do pessoal: Há de existir garantida e justa satisfação, tanto 
para os empregados como para a organização em termos de retribuição. 
8. Centralização: A autoridade concentra-se no topo da hierarquia da 
organização. 
9. Cadeia escolar: É o curso percorrido da autoridade, que vai do escalão 
mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando. 
10. Ordem: Um espaço para cada coisa e cada coisa em seu devido lugar. É a 
ordem material e humana. 
11. Equidade: Amabilidade e justiça para conquistar a lealdade do pessoal. 
12. Estabilidade do pessoal: A rotatividade do pessoal é nociva para a 
eficiência da empresa. Quanto mais tempo uma pessoa continuar no 
cargo, tanto melhor para a organização. 
13. Iniciativa: A capacidade de compor um plano e garantir pessoalmente o 
seu sucesso. 
14. Espírito de equipe: A harmonia e relacionamento entre as pessoas são 
grandes forças para a organização. 
Contudo, a Teoria Clássica caracteriza-se pela sua abordagem prescritiva 
e normativa, e prescreve as funções do administrador, juntamente com os 
princípios gerais que o administrador deve seguir. 
Teoria da Organização 
A Teoria Clássica idealiza a organização como uma estrutura de órgãos e 
cargos, com uma forma e arranjo das partes, além do inter-relacionamento 
entre essas partes. Esse modo de conceber a estrutura organizacional é 
motivado pelas concepções antigas de organização (como a organização militar 
e eclesiástica) tradicionais, rígidas e hierarquizadas. Nessa perspectiva, a Teoria 
Clássica não se desprendeu do passado. Ainda que tenha colaborado para tirar 
 
 
49 
 
a organização industrial do caos primitivo que enfrentava em decorrência da 
Revolução Industrial, a Teoria Clássica pouco progrediu em termos de teoria da 
organização. 
A estrutura organizacional compõe uma cadeia de comando, ou seja, 
uma linha de autoridade que relaciona as posições da organização, 
interligando-as, e estipula quem se subordina a quem. A cadeia de comando 
(ou cadeia escalar) fundamenta-se no princípio da unidade de comando, que 
determina que cada empregado se reporte a um só superior. Na Teoria Clássica, 
a estrutura organizacional é analisada de cima para baixo (da direção para a 
execução) e do todo para as partes (da síntese para a análise), ao contrário do 
enfoque da Administração Científica. Autoridade de staff é o tipo de 
autoridade conferida aos especialistas de staff em seu campo de atuação e de 
prestação de serviços. Essa autoridade de staff é menor e compreende o direito 
de aconselhar, recomendar e orientar, os especialistas de staff aconselham os 
gerentes em suas áreas de especialidade. 
Princípios de Administração 
Para os autores clássicos não basta expor os elementos da Administração 
que servem como base para as funções do administrador. É preciso seguir 
adiante e constituir as condições e normas dentro das quais as funções do 
administrador devem ser colocadas em prática. O administrador deve 
acompanhar certas regras de comportamento, princípios gerais que permitem 
desempenhar suas funções de planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar. 
Apreciação Crítica da Teoria Clássica 
As críticas à Teoria Clássica são abundantes e generalizadas. Todas as 
teorias posteriores da Administração se atentaram em apontar falhas, distorções 
e omissões nesse enfoque que representou por vários anos o modelo para as 
organizações. Entretanto, a Teoria Clássica compõe a base fundamental de 
todas as teorias administrativas posteriores.50 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
As principais críticas à Teoria Clássica são: 
1. Abordagem Simplificada da Organização Formal: os autores clássicos 
percebem a organização em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, 
sem levar em consideração o seu conteúdo psicológico e social com 
a devida importância. Os autores clássicos partem da hipótese de que a 
simples aplicação dos princípios gerais de administração (a divisão do 
trabalho, a especialização, a unidade de comando e a amplitude de 
controle) proporciona uma organização formal, capaz de conceder-lhe a 
máxima eficiência possível. Trata-se de uma abordagem extremamente 
simples da organização formal. Daí, a crítica quanto a essa visão 
simplória e limitada da atividade organizacional. Porém, a preocupação 
com a estrutura da organização consiste em uma imensa ampliação do 
objeto de estudo da TGA. 
2. Ausência de Trabalhos Experimentais: Suas afirmações não se sustentam 
quando colocadas em experimentação. A situação de denominarem 
“princípios” a muitas das suas proposições é reprovado, chamado até de 
procedimento presunçoso. 
3. O Extremo Racionalismo na Concepção da Administração: Os autores 
clássicos preocupam-se com a colocação racional e lógica das suas 
proposições, colocando em risco a clareza das suas ideias. 
O abstracionismo e o formalismo são criticados por incitar a análise da 
Administração à superficialidade, à simplificação e à falta de realismo. A 
persistência sobre a concepção da Administração com um conjunto de 
princípios universalmente aplicáveis provocou a Denominação Escola 
Universalista. 
 
 
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4. Teoria da Máquina: A Teoria Clássica ganha o nome de teoria da 
máquina pelo fato de analisar e avaliar a organização sob a óptica do 
comportamento mecânico de uma máquina. A empresa deve ser 
organizada tal como uma máquina. Os padrões administrativos de Taylor 
e Fayol correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que a 
divisão de tarefas é a essência do sistema. Essa visão mecânica, lógica e 
determinística da organização foi o principal elemento que conduziu 
erroneamente os clássicos à busca de uma ciência da Administração. 
5. Abordagem Incompleta da Organização: A Teoria Clássica atentou-se 
com a organização formal, deixando de lado a organização informal. A 
preocupação com a forma e a ênfase na estrutura resultou em exageros. 
A teoria da organização formal não desconhecia os problemas humanos 
da organização, porém não se importou em dar um tratamento 
ordenado. 
6. Abordagem de Sistema Fechado: A Teoria Clássica aborda a organização 
como se ela se resumisse num sistema fechado, composto de variáveis 
totalmente conhecidas e previsíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 10- Abordagem Humanística e Abordagem 
Neoclássica da Administração 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivos: Compreender a importância e os fundamentos da Abordagem 
Humanística da Teria das Relações Humanas e todas as implicações que 
acarretaram na Administração. 
 Analisar e compreender a Experiência de Hawtorne, bem como 
suas consequências para a Administração; 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Abordagem Humanística da Administração: 
Teorias Transitivas da Administração 
Em meio à Teoria Clássica e antecipando-se à Teoria das Relações 
Humanas, apareceram autores que, apesar de admitirem alguns dos princípios 
clássicos, deram início a um trabalho de revisão, de crítica e de reformulação 
das bases da teoria da administração. Esses autores, que denominaremos 
transitivos, tiveram sua origem na abordagem formal e mecanicista da Teoria 
Clássica. 
Teoria das Relações Humanas 
A Teoria das Relações Humanas (também chamada Escola Humanística 
da Administração) surgiu nos Estados Unidos em decorrência das conclusões 
obtidas na Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus 
colaboradores. Foi fundamentalmente um movimento de reação e de oposição 
à Teoria Clássica da Administração. 
Origens da Teoria das Relações Humanas 
As principais origens da Teoria das Relações Humanas: 
 
 
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a. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, 
desprendendo-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica. 
b. O desenvolvimento das ciências humanas, sobretudo a psicologia, sua 
crescente influência intelectual e seus primeiros testes de aplicação à 
organização industrial. 
c. As ideias da filosofia pragmática de John Dewey, da psicologia de Kurt 
Lewin e da sociologia de Pareto, bem como a participação de Elton 
Mayo. 
d. As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 
1932, sob a orientação de Elton Mayo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
A Experiência de Hawthorne 
No ano de 1927, iniciou-se uma experiência em uma fábrica da Western 
Eletric Company, localizada em Chicago, no bairro de Hawthorne, cujo 
propósito era a de determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a 
eficiência dos operários, medida com base na produção, mas essa pesquisa 
estendeu-se também ao estudo da fadiga, dos acidentes no trabalho, da 
rotatividade do pessoal (turnover) e do efeito das condições físicas de trabalho 
sobre a produtividade dos empregados. 
Primeira Fase da Experiência de Hawthorne 
Na primeira fase da experiência, dois grupos de operários que realizavam 
o mesmo trabalho, em circunstâncias idênticas, foram escolhidos para a 
experiência: um grupo de observação realizou seu trabalho sob intensidade de 
luz variável, enquanto o grupo de controle realizou seu trabalho sob 
intensidade regular. Esperava-se conhecer o efeito da iluminação sobre o 
rendimento dos operários, porém os observadores não encontraram uma 
 
 
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relação direta entre ambas as variáveis. Perceberam, desapontados, a ocorrência 
de outras variáveis, difíceis de ser isoladas. 
Segunda Fase da Experiência de Hawthorne 
Na segunda fase, foram escolhidas seis operárias para formarem o grupo 
experimental: cinco moças montavam os relés, enquanto a sexta abastecia com 
as peças necessárias para manter o trabalho contínuo. As moças foram 
separadas das demais, ficando na chamada sala de provas (para facilitar a 
observação), foram orientadas quanto aos objetivos da pesquisa: determinar o 
efeito das mudanças nas condições de trabalho (períodos de descanso, lanches, 
redução do horário de trabalho etc.). Conclusões sobre a experiência: 
a) As moças afirmavam gostar de trabalhar na sala de provas porque a 
supervisão era moderada, lhes permitia trabalhar com liberdade e menor 
ansiedade. 
b) Havia um ambiente amistoso e sem pressões, aumentando a satisfação 
no trabalho. 
c) Não havia temor ao supervisor, pois o papel dele na sala de provas era 
de orientador. 
d) Houve um desenvolvimento social do grupo, tornaram-se uma equipe; 
e) O grupo desenvolveu objetivos comuns, um deles foi aumentar o ritmo 
da produção, apesar da instrução de “trabalhar normalmente”. 
Terceira Fase da Experiência de Hawthorne 
Preocupados com a diferença de atitudes entre as moças do grupo 
experimental e as do grupo de controle, iniciou-se o Programa de Entrevistas, 
que visava entrevistar os empregados para obtenção de conhecimentos sobre 
suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões sobre o seu trabalho e quanto 
ao tratamento que recebiam. O programa de entrevistas revelou a existência de 
uma organização informal dos operários, a fim de estes se resguardarem contra 
aquilo que consideravam ameaças da administração contra se bem-estar. 
 
 
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Quarta Fase da Experiência de Hawthorne 
Escolheu-se um grupo experimental para montagem de terminais para 
estações telefônicas, que passou a trabalhar em uma sala especial com idênticas 
condições de trabalho do departamento. O sistema de remuneração era 
baseado na produção do grupo, sendo estipulado um salário-hora com base 
em diversos fatores e um salário-mínimo horário,

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