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GRATUIDADE DE JUSTIÇA

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GRATUIDADE
DE
JUSTIçA
Sumário
INTRODUÇÃO	3
1. A GRATUIDADE DE JUSTIÇA	4
1.1. REQUISITOS	4
 1.2 ABRANGÊNCIA DO BENEFÍCIO	5
 1.2.1 Concessão Parcial de Gratuidade e Parcelamento	7
 1.3 PROCEDIMENTO	7
 1.3.1 Deferimento	8
 1.3.2 Impugnação das Decisões	8
 1.4 TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DE REVOGAÇÃO	8
CONCLUSÃO	9
BIBLIOGRAFIA	10
INTRODUÇÃO
Ao observarmos a história das civilizações, percebemos uma evolução no que tange aos direitos humanos. Antes essa expressão não era se quer mencionada. O que realmente importava era um direito que valorizava a propriedade.
Conforme a sociedade foi mudando o seu modo de pensar, o Direito foi tomando novas formas. O Brasil, em particular, em sua primeira constituição de 1824, bem como a de 1891, não faziam nenhuma referência ao acesso a Justiça, por conseguinte não vislumbrava a Gratuidade de Justiça. Apenas em 1934 é que o acesso a Justiça passou a ser mencionado como direito do cidadão e obrigação do Estado a criar “órgãos especiais” com finalidade de representação judicial para os necessitados, conforme o artigo 113, inciso 32. Infelizmente, em 1937 houve um retrocesso na constituição da época, pois não era mencionado o benefício da gratuidade judiciária. Com o advento do código de processo civil de 1939, foi sedimentado a abrangência e o processamento do benefício aos brasileiros e estrangeiros, sendo considerado direito personalíssimo.
O objetivo desse trabalho é a análise da Gratuidade de Justiça no âmbito da constituição em vigor de 1988, a famosa “constituição cidadã, na qual o acesso a Justiça foi elevado ao patamar de garantia constitucional e junto a ele a gratuidade jurídica integral. Nosso olhar para esse benefício será sobre a ótica do recente Código de Processo Civil de 2015, que trouxe mudanças na Lei da Gratuidade de Justiça de nº 1.060/ 1950.
1. A GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Desde os primórdios o homem procurou instrumentos para a pacificação social. A sociedade tem evoluído de modo a encontrar o melhor meio para solucionar seus conflitos. A adoção da Jurisdição, a partir de meados do século XIV, torna-se a predominante forma de solução de litígios, substituindo assim a Autotutela. Desde então, o Estado passa a ser responsável por administrar, legislar e julgar. Sendo o Estado-Juiz responsável a exercer a jurisdição. Infelizmente, contatou-se com o passar do tempo, a ineficácia em diversas situações por diversos motivos, ensejando uma busca por novos instrumentos jurisdicionais.
Nesse sentido, com o fim de desobstruir as vias jurisdicionais, adotou-se diversos procedimentos para a efetividade do Acesso a Justiça, para que as pessoas possam reivindicar seus direitos ou resolver seus litígios, de forma individual e socialmente justos. Esse tem sido o desafio, tornar efetivo e não meramente simbólico o que é assegurado em nossa Constituição Federal, artigo 5º, XXXV e na 1ª Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos de São José da Costa Rica, artigo 8º. Logo em que lemos os referidos artigos, vem em nossa mente o questionamento: Se toda a pessoa tem o direito de ser ouvida pelo judiciário e ter seu conflito resolvido, como as pessoas com insuficiência de recursos financeiros poderão ajuizar ações, tendo em vista os seus dispendiosos custos? Pensando nisso, foi criado o benefício da Gratuidade de Justiça, uma importante iniciativa para a efetiva acessibilidade da Justiça e igualdade.
No Brasil, foi criada em 1950 a lei nº 1.060 da Gratuidade de Justiça que com o decorrer dos anos passou por modificações. Analisaremos a seguir as principais mudanças com o advento do CPC/2015.
1.1. REQUISITOS 
a) É necessária a insuficiência de recursos financeiros para adiantamento de custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios, de acordo com o artigo 98, caput, CPC/2015. É importante ressaltar que há Presunção de veracidade pela alegação de Pessoa Natural, conforme o § 3º do Artigo 99, CPC/2015. Porém a Pessoa Jurídica tem que provar a sua insuficiência conforme entendimento do STJ, Súmula 481: “Faz jus ao beneficio da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
Destaca-se:
No decorrer dos anos houve grandes mudanças quanto ao entendimento de insuficiência financeira. A pergunta era o que poderia definir a insuficiência que impossibilitasse a parte de arcar com as despesas processuais? No novo Código de Processo Civil não há o conceito de insuficiência de recursos mencionado no caput do artigo 98. Daniel Amorim entende “que a insuficiência de recursos prevista pelo dispositivo ora analisada se associa ao sacrifício para manutenção da própria parte ou de sua família na hipótese de serem exigidos tais adiantamentos.” (Amorim, 2018, p. 287). Para Fredie Didier é necessário apenas a insuficiência, não significando prejuízo do sustento próprio ou da família. O que importa é a presunção legal de veracidade das alegações feitas pela parte pessoa natural. Portanto, conforme o artigo 105, CPC, é necessário a declaração de hipossuficiência econômica do requerente.
Gratuidade em Ação de alimentos em favor de Crianças e Adolescentes – Nas ações em favor desses não poderá ser condicionada a concessão da gratuidade de justiça à demonstração de insuficiência financeira do representante legal, devido à natureza desse direito ser personalíssima, conforme artigo 99, § 6º, CPC. Esse entendimento foi firmado em Resp 1.807.216-SP, em Fevereiro de 2020 pela terceira turma do Superior Tribunal de Justiça, por se tratar de segredo de justiça.
A relatora ministra Nancy Andrigh declarou: "É evidente que, em se tratando de menores representados pelos seus pais, haverá sempre um forte vínculo entre a situação desses dois diferentes sujeitos de direitos e obrigações, sobretudo em razão da incapacidade civil e econômica do próprio menor, o que não significa dizer, todavia, que se deva automaticamente examinar o direito à gratuidade a que poderia fazer jus o menor à luz da situação financeira de seus pais".
b) O artigo 98, caput, do Código de Processo Civil de 2015 ampliou o rol de sujeitos beneficiados pela concessão da gratuidade judiciária, quando comparado ao artigo 2º, caput, da Lei n 1060/1950. Continuam sendo as pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, porém estas não precisam mais ser residentes no país. O relator, Min. Marco Buzzi do REsp 1.225.854/RS, STJ, 41 Turma, j. 25/10/2016, DJe 04/11/2016, destacou:  "Vale dizer, segundo a norma em vigor, ao estrangeiro, independentemente do local em que tenha fixado sua residência, é dado pleitear o referido benefício”. No caso em tela, foi mencionada a necessidade de o Tribunal Gaúcho verificar se a italiana preenchia os requisitos para a concessão da gratuidade de justiça.
Vale ainda dizer que, as pessoas jurídicas não estavam expressamente consagradas em lei como beneficiárias, mas já era um entendimento jurisprudencial. Ficando consagrado no CPC/2015, artigo 99,§ 3º.
Destaca-se: A Gratuidade de Justiça é um direito pessoal, não se estendendo aos demais sujeitos do processo, como: Litisconsorte, sucessores do beneficiado, recorrente adesivo. Portanto, caso os demais sujeitos queiram gozar do benefício, é necessário o requerimento e a comprovação do preenchimento dos requisitos necessários para a concessão da gratuidade de justiça, conforme previsão no artigo 99,§ 6º, CPC.
1.2. ABRANGÊNCIA DO BENEFÍCIO 
A concessão do benefício consiste em o beneficiário ficar isento de adiantar o pagamento das custas, despesas processuais e os honorário advocatícios. Porém, se ao final do processo o mesmo for considerado vencido, terá responsabilidade pelas verbas sucumbências, conforme o art. 98, §2, CPC. O grande questionamento que surge em volta dessa questão é: “Como uma pessoa que não tem condições de arcar com as despesas para ajuizar a ação, poderá assumi-las em caso de ser vencida? O §3 do artigo 98, CPC explica que isso só será possívelse no prazo de cinco anos subseqüentes ao transito em julgado, o credor demonstrar mudança no quadro financeiro do vencido. Portanto, essas obrigações decorrentes da sucumbência terão uma condição suspensiva. Ao final do prazo, a obrigação será extinta não havendo prescrição, como estava consagrada no revogado artigo 12 da lei da gratuidade de justiça.
Em um comparativo com a Lei 1.060/50 e o novo diploma processual, percebemos a permanência do rol das isenções elencadas nos dispositivos revogados da lei da Gratuidade de Justiça no art.1072,III, do novo CPC. O que se verifica nos incisos I,II,III,IV e V do §1º do artigo 98 do CPC/2015. A gratuidade, portanto, compreende às custas e taxas judiciais, os selos postais, as despesas com publicação na imprensa oficial, a indenização devida à testemunha, e as despesas com a realização de exames considerados essenciais, inclusive, mas não somente, de código genético.
O Novo CPC/2015, artigo 98 e seus incisos seguintes ampliaram o rol elencado pela lei da Gratuidade, tais como: 
No inciso VI é incluída a remuneração do intérprete ou tradutor quando se fizer necessário, e mantido a remuneração dos honorários do advogado e do perito. Daniel Amorim faz uma crítica à redação, sugerindo que poderia ser genérica, para a inclusão de todos os servidores da justiça, fixos e eventuais, a exemplo de Depositário e avaliador.
O inciso VII inovou com a inclusão da memória de cálculo, quando exigida para a execução. O beneficiário pode propor sem esse cálculo e requerer ao juízo a remessa do processo ao contador judicial, mesmo sendo representado pela defensoria pública, não acarretará qualquer custo ao beneficiário.
Há outra novidade no inciso VIII, ao prever a gratuidade para depósitos previstos em lei para a interposição de recursos, propositura da ação e para a prática de outros atos processuais no exercício do contraditório e a ampla defesa. É uma novidade significativa, tendo em vista a alguns atos processuais serem condicionados ao depósito da multa aplicada. Isso não significa a isenção da multa, conforme artigo 98, § 4º, CPC, mas ficará isento do depósito imediato do valor da multa como condição para continuar atuando no processo. Verificamos previsões específicas nesse sentido: arts. 1.021, § 5°, e 1.026, § 3°, do Novo CPC.
O item que mais gerou polêmica, segundo Fredie Didier é o inciso IX, do §1º, artigo 98, CPC, pois houve uma extensão da gratuidade fora do âmbito da justiça, para a prática de atos cartorários notariais ou de registro decorrentes de um processo em que houve a concessão do benefício. Exemplo: Processo que reconheça Usucapião terá que mandar averbar no registro do imóvel, se houve concessão, essa gratuidade abrangerá a averbação.
Portanto, essa gratuidade se restringe aos atos que precisam dar efetividade ao que foi decidido no processo.
Destaca-se: Foi regulamentado no § 8º do artigo 98, do novo CPC, uma forma de proteger o tabelião e o registrador que não fazem parte do processo, consagrando um procedimento de dúvida registral quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão do benefício. O tabelião e o registrador terão que praticar o ato, mas poderá requerer ao juiz a revogação total, parcial do benefício ou o parcelamento. Agora o código permite que o Tabelião e o Registrador possam expedir uma certidão relacionada ao valor dos emolumentos que será titulo executivo extrajudicial. O juiz concedendo os seus pedidos, ambos poderão executar esse título que foi emitido.
A Competência para decidir o pedido mencionado anteriormente, será do juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, e não ao juízo do processo no qual foi decidida a gratuidade de justiça. Percebemos que poderá haver conflito entre juízos do mesmo grau jurisdicional. Neste caso, a decisão só terá efeitos para o ato cartorial ou registral, porque não se concede que o juízo competente possa revogar totalmente a concessão do benefício da gratuidade de justiça proferida pelo juízo no qual o processo tramita.
*É importante ressaltar que as multas processuais por litigância de má fé, ato atentário a dignidade da justiça, conforme Art. 98, §4°, IX, CPC, não estarão incluídas no benefício da gratuidade de justiça. Neste caso é considerada uma punição.
1.2.1 CONCESSÃO PARCIAL DE GRATUIDADE E PARCELAMENTO
Além da concessão de gratuidade de justiça total, poderá ser parcial, como exemplo para algum ato específico ou a redução de despesas processuais que o beneficiário tiver que adiantar no curso do procedimento, conforme o artigo 98, §5°, CPC. Ainda é assegurada a possibilidade de o juiz conceder o direito ao parcelamento das despesas que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento, a previsão legal está no §6° do artigo mencionado.
Destaca-se: Mencionamos a respeito da gratuidade ser um direito pessoal, não se estendendo a outras partes. No caso em que o recurso verse exclusivamente sobre os honorários advocatícios de sucumbência, mesmo interposto pela parte, o artigo 99, § 5º, CPC declara a necessidade de recolhimento do preparo, exceto se o advogado demonstrar ter direito à gratuidade. Pois, nesse caso, a gratuidade atingiu a parte material (direito material) e não o sujeito que participa na relação jurídica processual como parte (parte processual), conforme ressalta Daniel Amorim. (Amorim, 2018, p. 290)
1.3 PROCEDIMENTO 
O novo CPC foi bem generoso quanto as formas de pedir a gratuidade de justiça, podendo ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso, ou posteriormente nos autos do próprio processo em petição simples, conforme prevê o caput e o §1º do artigo 99.
Agora há necessidade de procuração para declarar hipossuficiência de recursos.
O procedimento da gratuidade em grau de recurso, é dispensado o preparo em caso de pedido do benefício. Se o relator indeferir, terá que fazer o preparo, em caso de deferimento continua sem o preparo, conforme previsto no artigo 99, § 7º do CPC. 
1.3.1 DEFERIMENTO
A gratuidade sendo deferida ao autor, o réu poderá impugnar na contestação, e na réplica. o autor poderá impugnar se a mesma foi concedida ao réu. A impugnação deve ocorrer nas contrarrazões do recurso. A idéia será no primeiro momento subseqüente. Se o pedido for simples, a impugnação será dada no prazo de 15 dias, nos autos do próprio processo sem suspensão, conforme previsão no artigo 100, CPC.
É importante ressaltar que não há mais pedido de revogação da justiça gratuita, que era autuado separadamente. O novo código de processo civil de 2015 simplificou o processo, a impugnação será sempre na peça de resposta.
Destaca-se: Em caso de revogação do benefício, caracterizada a má-fé, a parte pagará uma multa equivalente até 10 vezes o valor do título, sendo revertida em favor da fazenda Pública estadual ou federá, podendo ser escrita em dívida ativa, conforme previsto no Parágrafo Único, artigo 100, do CPC/2015.
1.3.2 IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES
O recurso cabível contra decisão que indeferiu ou revogou a gratuidade de justiça, é o agravo de instrumento. Porém, a decisão que rejeita o pedido de revogação não é impugnável por agravo de instrumento, ela será discutida na sentença, no recurso de apelação, conforme prevê o artigo 101, CPC. Pois, no novo código de processo Civil, verificamos a possibilidade de impugnação de decisões interlocutórias não agraváveis na apelação. E a que concedeu o benefício não é agravável, a outra parte deve fazer o pedido de revogação. Caso o juiz decida todas essas questões mencionadas na sentença, caberá apelação.
Destaca-se: Em casos de indeferimento do pedido, o juiz deve dar à parte, a oportunidade de se manifestar para possível preenchimento dos pressupostos. É importante ressaltar que a pessoa natural tem presunção de veracidade quanto as suas alegações, porém, nada impede o indeferimento do juiz, se o mesmo verificar falta de pressupostos legais nos autos, conforme verificamos no artigo 99, §2º e §3º .
Ressaltamos o direitoda parte de ser assistida por um advogado, e adquirir o benefício da gratuidade de justiça, assegurado pelo artigo 99, §7º , CPC.
O Agravo de instrumento contra a decisão que revoga a gratuidade ou que indefere a gratuidade, tem efeito suspensivo automático, pois o requerente fica dispensado do recolhimento de custas até a decisão. Esse caso peculiar é baseado no artigo 101, §1º , CPC/2015.
1.4 TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DE REVOGA
Os efeitos da decisão que revoga o benefício de gratuidade de justiça retroagem. Um ponto muito importante foi esclarecido com o novo CPC. Portanto, há necessidade do autor fazer o recolhimento de todas as despesas do processo, caso contrário o processo será extinto sem resolução do mérito. Nos demais casos, não poderá ser realizado nenhum ato ou diligência, caso não seja efetuado o depósito, conforme assegurado no artigo 102, caput e Parágrafo Único do CPC/2015.
CONCLUSÃO
O Beneficio da Gratuidade de Justiça é um meio pelo qual o direito fundamental ao Acesso a Justiça pode ser aplicado de forma mais adequado à realidade brasileira. É indiscutível a representatividade orçamentária no que tange ao ajuizamento de uma ação, o que demonstra a clara necessidade em buscarmos soluções eficientes, para que todos os cidadãos possam ter os seus direitos constitucionais assegurados.
Nesse ambiente de evoluções da sociedade, o Novo Código de Processo Civil de 2015, trouxe mudanças significativas, revogando quase integralmente a lei nº 1.060/1950, e solidificando entendimentos jurisprudenciais. Dessa forma, pôs fim às diversas controvérsias que existiam.
Diante disso, verificamos que em alguns casos o benefício não pode ser chamado de Gratuidade de Justiça, pois pode ser concedido o parcelamento, a concessão parcial, e até atingir o âmbito extrajudicial. Representando uma estruturação para o acesso a Justiça, em razão de superar os obstáculos econômicos.
Portanto, há sem dúvida uma grande importância quanto ao tema estudado. Verificamos alterações positivas na legislação, que possam barrar eventuais incoerências tanto por parte do judiciário, quanto pelos sujeitos da relação jurídica processual. 
BIBLIOGRAFIA
CAPPELETTI, Mauro. Acesso a Justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre, Fabris, 1988;
PINHO, Humberto Dalla Bernadina de. Direito Processual Civil Contemporâneo, Vol 1: Teoria Geral do Processo – 6ª Ed. – São Paulo: Ed. Saraiva, 2015;
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil – 10ª Ed. – Ed.: JuspPodivm, 2018;
GRATUIDADE EM AÇÃO DE ALIMENTOS NÃO EXIGE PROVA DE INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA DO RESPONSÁVEL LEGAL. Disponível em: http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Gratuidade-em-acao-de-alimentos-nao-exige-prova-de-insuficiencia-financeira-do-responsavel-legal.aspx Acesso em: 26 Fev.2020;
COSTA, LUCAS CERQUEIRA – Assistência Judiciária e Gratuidade de Justiça: mais do mesmo para o acesso a Justiça. 2017. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/assistencia-judiciaria-e-gratuidade-de-justica-mais-do-mesmo-para-o-acesso-a-justica/ . Acesso em: 26 Fev.2020;
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