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1 Crimes Contra a Pessoa – Crimes Contra a Vida – I DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online CRIMES CONTRA A PESSOA – CRIMES CONTRA A VIDA – I HOMICÍDIO SIMPLES Art. 121. Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. OObs.:� protege-se a vida extrauterina. Crime, em regra, comissivo (ação), mas que pode ser praticado por omissão (não fazer), na modalidade omissão imprópria (art. 13, § 2º alíneas a, b e c) – ou comissivo por omissão. Relação de caubalidade (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resulta- do não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) Superveniência de cauba independente (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) Relevância da omibbão (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) (pobição legal) b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) (pobição de garante) c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Inclu- ído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) (pobição de ingerência) Portanto, é possível que um homicídio tenha punição por omissão na modali- dade imprópria – quando o agente tinha o dever jurídico de agir. Atenção! Não há tentativa de omissão própria, mas, sim, imprópria. 2 Crimes Contra a Pessoa – Crimes Contra a Vida – I DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online • Vontade de matar.: animus necandi ou occidendi • Gêmeob xifópagob ou biamebeb: ao matar um dos gêmeos, o indivíduo responderá pelos dois homicídios, sendo o segundo por dolo eventual, porque se assumiu o risco de matar. • Julgado pelo TriOunal do Juri – julga os crimes dolosos contra a vida e os conexos a ele. Atenção! Homicídio bimpleb não é crime hediondo, salvo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio. CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA (HOMICÍDIO PRIVILEGIADO) Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. • Natureza jurídica.: causa especial de diminuição de pena de 1/6 a 1/3. • “Motivo de relevante valor bocial” – ligado a sociedade; p. ex: matar o traficante do bairro “Motivo de relevante moral” – ligado ao próprio agente; p. ex: matar alguém que estuprou uma pessoa da família. • “Sob o domínio” é diferente de “sob a influência”; essa última é um homicí- dio com uma mera causa atenuante. • É possível dolo eventual no crime cometido sob o domínio de violenta emoção. • É possível que o homicídio privilegiado seja qualificado, quando as qualifi- cadoras forem de natureza objetiva (meios e modos), porém não será con- siderado crime hediondo. 3 Crimes Contra a Pessoa – Crimes Contra a Vida – I DIREITO PENAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online HOMICÍDIO QUALIFICADO Trata-se de crime hediondo em qualquer modalidade Art. 121, § 2º Se o homicídio é cometido: I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; “Ou outro motivo torpe”.: interpretação analógica; é o motivo vil – que causa nojo, desprezo, agonia –, plenamente compatível com o dolo eventual. Atenção! • Vingança, por si só, não qualifica motivo torpe. • O motivo torpe nem sempre se comunica com o mandante. O motivo torpe é uma causa de natureza subjetiva e incompatível com o pri- vilégio. II – por motivo fútil; Motivo fútil é desproporcional, pequeno, incompatível com homicídio. Atenção! Motivo fútil e torpe são qualificadoras de natureza subjetiva; em regra, não se comunica com o coautor, salvo quando dos motivos souber e aceitar. ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Bruno de Mello.
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