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7- Lei da Improbidade Administrativa


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05/04/2020 Estudando: Direito Penal Básico | Prime Cursos
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Estudando: Direito Penal Básico
Lei da Improbidade Administrativa
Lei nº 8.429, de 02/06/92
Conceito: Sanções aplicáveis a agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na Administração Pública direta, indireta e fundacional.
Sujeito ativo: é o agente público; todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função das entidades mencionadas no artigo anterior.
aquele que, mesmo não sendo agente público na concepção da palavra, induz ou concorre para a prática de
improbidade.
O dano tem que ser ressarcido, mesmo que a lesão SEJA CULPOSA.
Os bens do indiciado ficam indisponíveis, até o montante do valor da lesão, no enriquecimento ilícito.
Os sucessores ficam responsáveis pelo ressarcimento, ATÉ O LIMITE DO VALOR DA HERANÇA.
ATO DE IMPROBIDADE →(ENRIQUECIMENTO ILÍCITO) - Auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida,
em razão do exercício de cargo, mandato, função emprego ou atividades públicas.
Pena:
- perda de bens ou valores acrescidos ao patrimônio;
- ressarcimento total do dano, quando houver;
- perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de 8 à 10 anos;
- multa civil de até 3 vezes o valor do acréscimo ao patrimônio;
- proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais e creditícios por 10
anos.
ATO DE IMPROBIDADE→(LESÃO AO ERÁRIO) - Ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, melhoramento ou dilapidação dos bens ou haveres das ENTIDADES PÚBLICAS.
Pena:
- perda dos bens acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
- ressarcimento total do dano, se houver;
- perda da função pública;
- suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;
- multa civil de até 2 vezes o valor do dano;
- proibição de contrato, incentivos ou benefícios fiscais e creditícios por 5 anos.
ATO DE IMPROBIDADE →(contra os princípios da Administração Pública) - Ação ou omissão que VIOLE os deveres
de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.
Pena:
05/04/2020 Estudando: Direito Penal Básico | Prime Cursos
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- ressarcimento total do dano;
- perda da função pública;
- suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;
- multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração do agente;
- proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo
prazo de 3 anos.
DECLARAÇÃO DE BENS →a posse e o exercício de agente público está condicionado a apresentação de declaração de
bens, renovada anualmente.
Pena:
- demissão para quem se recusar a apresentá-la no prazo estipulado ou que a apresentar com declarações falsas.
Obs.: Pode ser substituída pela apresentação de bens do imposto de renda.
DA REPRESENTAÇÃO E DO PROCEDIMENTO:
→A representação pode ser feita por qualquer pessoa, por escrito ou reduzida a termo e assinada. Poderá ser aceita ou
rejeitada. Nada impede que, rejeitada, seja apresentada ao MP. Atendidos os requisitos, serão apurados os fatos, sendo
informado o procedimento ao MP e ao Tribunal de Contas, que poderão designar representantes para acompanhar o
caso. Se houver forte indício do fato o MP será representado para pedir ao juízo competente o seqüestro dos bens (arts.
822 e 825 do CPC)
→ação principal pelo MP ou entidade interessada, em 30 dias. É VEDADO TRANSAÇÃO OU ACORDO. Obrigatoriedade
da intervenção do MP, sob pena de nulidade. Conversão dos bens, na sentença, em favor da pessoa jurídica prejudicada.
Obs.: O MP pode requerer a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
REPRESENTAÇÃO FALSA →contra agente público, que se sabe inocente.
Pena:
- de 6 a 10 meses e multa, com sujeição a indenizar o denunciado.
Perda da Função: só com o trânsito em julgado da sentença, podendo, porém, ser afastado o agente pela autoridade.
Aplicação das sanções: depende de efetiva ocorrência de dano e aprovação ou rejeição das contas pelo Tribunal de
Contas
Prescrição: - ATÉ 5 ANOS após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função pública, ou
- dentro do prazo previsto em lei para faltas disciplinares punidas com demissão.