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VICTÓRIA AEXANDRE Victória Alexandre CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA LIBERDADE SEXUAL – ART. 213 à 216-B / CP AUTOR E COAUTOR: INSTIGADOR: é considerado participe aquele que dá os meios (oferece a casa por exemplo) e quem incentiva o agressor. AMEAÇADOR: é participe quem mesmo sem praticar o ato ameaça mediante ameaça a vítima para que outro pratique. ATENÇÃO! Sonambulo responde por crime de estupro? NÃO! Pois é e considerado uma doença pela OMS, tornando inimputável o autor do crime de estupro com tal doença. Pode haver estupro entre conjugues? SIM! Inclusive e um motivo de aumento de pena previsto no Art. 226 do CP Houve ato libidinoso mas não houve grave ameaça, e estupro? NÃO! Aplicasse o crime de importunação sexual (Art.215-A) Ex: Esfregar-se em alguém no ônibus ESTUPRO - Art. 213 1 Constranger (núcleo do crime) alguém (qualquer pessoa pode ser sujeito ativo/passivo) mediante violência ou grave ameaça (onde a vítima deixa evidente a negativa de vontade) a ter conjunção carnal (não precisa ser consumado) ou a praticar ou permitir que com ele se pratique (obrigar a vítima a praticar com o agressor, como sexo oral) QUALQUER outro ato libidinoso. (Como obrigar a ter relação com animais, com terceiros, masturbação, e não e necessário contato físico direto) 6 a 10 anos – Estupro Simples 8 a 12 – Contra +14 -18 12 a 30 – Resultado é morte PODE HAVER POR: OMISSÃO IMPROPRIA: quando há um dever de agir e não se faz, como a Mãe que sabe que o Padrasto estupra a filha e não faz nada, ou o carcereiro que não impede um preso de ser estuprado por outro. FORMA TENTADA: quando o agente tem a intenção de praticar, obrigando por exemplo a vítima a ir para lugar ermo sob ameaça e por situação alheia a sua vontade não consegue executar o ato. NÃO HÁ MODALIDADE CULPOSA! QUALIFICADORAS DO ESTUPRO SE RESULTAR EM LESÃO CORPORAL GRAVE: As lesões leves são absorvidas pelo crime; deve ter dolo no crime e culpa no resultado, pois se houver dolo nos dois responderá em concurso material por estupro simples + lesão corporal gravem somando as penas conforme o Art. 69 SE A VITIMA FOR + 14 OU – 18: contra MENOR de 14 e crime de estupro de vulnerável; e a prescrição contra maior de 18 só inicia depois da data completa, exceto se a ação for ajuizada antes dos conforme Art. 111. SE RESULTAR EM MORTE: DOLO no estupro e CULPA na morte, quando ocorre a morte em decorrência da violência do ato de estupro, não sendo competência do tribunal do Júri. A INTENÇÃO do agente e importante pois se o intuito do estupro e matar ele respondera por HOMICIDIO QUALIFICADO! (Estupro simples + Homicídio qualificado) TRANSMISSÃO DE DST ART. 234-A: Aumenta de 1/6 à metade a pena de estupro quando houver a transmissão e o agente souber da possibilidade mas não tiver intenção do contagio. ART. 130: Se não houver contagio (mesmo que haja intenção) o crime será em concurso formal com a forma qualificada do crime de perigo de contagio de doença venéreo. PENA Cabe segredo de justiça a todos os crimes sexuais VICTÓRIA AEXANDRE CONCURSO DE CRIMES CRIME ÚNICO: Quando há CONJUNÇÃO CARNAL + OUTROS ATOS LIBIDINOSOS como Importunação, Assédio etc. – O juiz aplicará dosimetria levando em conta todos os crimes mas será único de ESTUPRO. CRIME CONTINUADO: Se o agente pratica conjunção carnal NA MESMA VITIMA diversas vezes, NO MESMO MÊS + MODO DE EXECUÇÃO + MESMA CIDADE. CONCURSO MATERIAL: Quando pratica o ato semelhante mais de uma vez porem não se encaixa nos critérios acima, o agente está sujeito então as penas cumulativas de cada estupro. DUAS VITIMAS NO MESMO CONTEXTO = CRIME CONTINUADO Soma-se a pena ou aumenta até o triplo (Art. 71 CP) DOIS AGENTES COM UMA PESSOA: Quando revezam entre si, um imobiliza a vítima e outro pratica o ato e vice versa, respondem por dois crimes, autor + coautor com pena aumentada de 1/6 a 2/3. AUMENTA-SE A PENA QUANDO: Art. 226 COMETIDO POR ASCENDENTE, PADRASTRO, MADRASATRA, TIO, IRMÃO, CONJUGUE, COMPANHEIRO, TUTOR, CURADR, PRECEPTOR, EMPREGADOR OU PESSOA DE AUTORIDADE. ESTUPRO COLETIVO +2 – incide sob coautoria. ESTUPRO CORRETIVO “Ex. Cura Gay” Art. 213 SE RESULTAR EM GRAVIDEZ (mesmo que a vítima interrompa) EM CASOS DE TRANSMISÃO DE DOENÇA VENEREA. (O agente tem que saber ou supor que tem a doença). CONTRA IDOSOS (independente da sua condição física) DEFICIÊNTE FISICO (se a vítima não possuir discernimento ou não poder se defender e Estupro de Vulnerável). Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso (sem ser preciso necessário ato físico) com alguém, mediante fraude (tirando a percepção de realidade) ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima (por meios enganosos). Não e necessário que o agente leve a pessoa a estar em estado de falsa percepção, se ela já estiver e for consumada o ato também e violação por fraude. OCORRE QUANDO O AGENTE: O agente tem relação sexual ou atos de libidinagem por quem ele INDUZ uma falsa percepção a vítima. (Um médico que inventa um exame para apalpar a paciente). Com quem já está com falsa percepção de realidade o ele apenas consuma o ato. (Paciente que confunde alguém com medico e essa pessoa se aproveita do engano para abusar). Tem relação ou atos libidinosos com alguém de forma que a vítima não perceba o que está ocorrendo por isso não se defende. (Paciente em maca de exame ginecológica com as pernas para cima e lençol no rosto e o médico introduz o pênis na paciente). Não modalidade CULPOSA, e possível de TENTATIVA, e a finalidade não é apenas para satisfazer libido, pode ser vingança, humilhação, aposta, etc. NÃO HÁ CRIME SE A VITIMA SE ENTREGAR VOLUNTARIAMENTE EM TROCA DE ALGO E A PESSOA NÃO CUMPRE! FORMA QUALIFICADA: É acrescido a multa se o crime e cometido com fim de obtenção econômica. Ex.: Aposta; AUMENTO DE PENA: São os mesmos casos previstos no Art. 234-A VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE - Art. 215 2 VICTÓRIA AEXANDRE IMPORTUNAÇÃO SEXUAL – Art. 215-A 3 Praticar contra (direcionado a alguém) alguém (caráter especifico, caso contrário e ato obsceno Art. 233) e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro (para configurar o delito e necessário a satisfação da lasciva) ESTUPRO ≠ IMPORTUNAÇÃO Não há emprego de violência Exige uma finalidade (satisfazer lasciva) Não exige conjunção carnal NÃO HÁ CONTATO FISICO E possível a forma tentada NÃO é configurado por assedio verbal NÃO e necessário ser em local público. Pena: 1 à 5 anos EXEMPLOS: Agente que passa mão nas nádegas de vítima num ônibus lotado Ejacular sob a roupa da vitima Se masturbar na frente de alguém (direcionado) ASSÉDIO SEXUAL – Art. 216-A 4 Constranger (envergonhar) alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se (forçar de qualquer modo) o agente da sua condição de superior hierárquico (e imprescindível haver essa posição superior para consumação do crime) ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função (perseguir com propostas indecentes) E necessário que o agressor crie um ambiente de trabalho hostil, não basta apenas piadas inapropriadas ou falas oportunistas, mas todos os meios de execução são possíveis, e-mail, mostra partes do corpo, promessa de vantagem no emprego e ameaças desde que não grave,contudo “paixão” por porte do sujeito ativo e se as investidas forem na intenção de se relacionar sem obter vantagem laboral não se encaixa nesse crime, se não houver ameaças. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa que esteja em posição laboral superior a vitima, NÃO SENDO APLICADO QUANDO O SUBORDINADO ASSEDIA O SUPERIOR. CONSUMAÇÃO: Ocorre no momento do assedio, independente de consumada a vantagem, passível de tentativa e não existe a forma tentada. AUMENTO DE PENA: Se for contra menor +14 -18, e os critérios do 226, exceto o II para não haver duplicidade de punição (bis in idem); NÃO E VALIDO NESSE CASO: Assedio entre prof. E aluno, Guia espiritual e fiel, pois não há hierarquia; VICTÓRIA AEXANDRE DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE – Art. 216-B 5 Produzir, fotografar, filmar ou registrar (são os núcleos do crime, e se for cometido mais de um caracteriza um crime único) por qualquer meio conteúdo com cena de nudez ou ato sexual, (NÃO sendo necessário a exposição para caracterizar o crime) ou libidinoso de caráter íntimo (nudez completa, parcial ou só de roupas intimas) e privado sem autorização dos participantes. (Não configura o crime se a pessoa se expos em público, na rua e foi gravada, apenas em local fechado, podendo ter mais de uma pessoa). Aumento de pena conforme Art. 234-A OBSERVAÇÕES: HÁ MODALIDADE TENTADA NÃO HÁ MODALIDADE CILPOSA NÃO EXIGE UMA FINALIDADE ESPECIAL PARAGRAFO ÚNICO Institui que também se pune a montagem de fotos, vídeos ou áudios que inclua uma pessoa a cena de nudez ou ato sexual, muito comum entre artistas Vídeo sósia não são inclusos nesse crime, dizer que e fulano no vídeo e ser alguém parecido, mas pode incluir-se em injuria) Pena: 6 meses a 1 ano ESTUPRO DE VUNERAVÉL – Art. 217 1 QUANTO AO DEFICIENTE MENTAL OU ENFERMO: Valido quando tais pessoas NÃO TENHAM O DISCERNIMENTO NECESSÁRIO; Deve ter a capacidade retirada por TOTAL; Se for com consentimento e de conduta “atípica”; Se for com violência ou grave ameaça será considerado na pena base pelo juiz; VÍTIMA QUE NÃO PODE OFERECER RESISTÊNCIA: Independe se o fator que impossibilita e resistência e prévio (paralisia, idade, coma, desmaio, embriaguez); Se foi pela vítima (Remédio, drogas ilícitas) Pelo agressor (anestésico, droga na bebida) PENA: 8 à 15 anos (12 à 30 se o resultado for a morte) quando há dolo no estupro e culpa no resultado, caso a intenção seja a lesão/morte e Estupro de vulnerável + Lesão grave ou Homicídio qualificado; QUANTO AO MENOR DE 14 ANOS: Independe da grave ameaça, mas se for com violência pode ser considerado na fixação da pena pelo juiz; Apenas e “amenizado” o fator da idade se for por erro de tipo em caso de relação consensual; Se for feito no dia do aniversário e com consentimento e considerado “atípico”, sem consentimento e ESTUPRO QUALIFICADO PELA IDADE DA VITIMA; Não há forma CULPOSA; Há forma TENTADA; Casos de aumento da pena são os mesmos do 226 + 234-A A lei 13.441 permite infiltração em dados pessoas na internet quando não há outro meio de prova, no período de 90 dias podendo chegar a 720. INDEPENDE DO CONSETIMENTO DA VÍTIMA! CAPÍTULO II - DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VUNERAVÉL – ART. 217 à 218-C / CP VICTÓRIA AEXANDRE MEDIAÇÃO PARA SATISFAZER A LASCÍVA DE OUTREM COM PESSOA VUNERAVEL MENOR DE 14 2 “Induzir (persuadir, sugerir, dar a ideia) alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia (prazer sexual) de outrem (não se trata do prazer de quem induz, mas de um terceiro) ” ART. 218 NÃO CONFUNDIR COM CORRUPÇÃO DE MENORES ART. 224-4 ECA: Que e praticado quando alguém MAIOR DE 18 em companhia com um MENOR pratica COM ELE um crime. A consumação se dá no ato da pratica sexual, não necessariamente depende da satisfação do agente; NÃO HÁ MODALIDADE CULPOSA; SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES – Art. 218-A 3 Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, (comete o crime quem induz e quem pratica o ato) conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem (se a mesma pessoa induzir e praticar comete crime único) Para que se configure tal crime e NÃO PODE TER CONTATO FISICO; Pode ser cometido por meios virtuais como webcam, não necessariamente ao vivo. Se for a vítima se exibindo o crime e do Art. 241-D ECA O dolo do crime está na satisfação sexual dele ou de terceiros; Não se pune a forma culposa (pais que deixam a porta a aberta sem intenção e o menor presencia, há sim um delito! E possível a tentativa; T-O-D-O-S os crimes desse capítulo são em segredo de justiça! O ato cometido deve ser meramente CONTEMPLATIVO, ou seja sexo por telefone, strip-tease, etc. pois se houver contato físico tanto quem persuadiu como quem praticou o ato vão responder por ESTUPRO DE VUNERAVÉL, autor e coautor; O aliciador só responderá por coautoria no crime de estupro se agir com dolo, caso não haja contato físico responderá apenas pelo crime em questão de mediação; Se o aliciador induzir o menor a satisfazer lasciva de um grupo INDETERMINADO de pessoas poderá responder por favorecimento de prostituição, vide Art. 218-B VICTÓRIA AEXANDRE VICTORIA ALEXANDRE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO / EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENORES – Art. 218-B 4 Submeter, induzir ou atrair (os meios de levar a vítima a prostituição “abrindo os caminhos) à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos (não só menor de 14 como no art. 217-a) ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone (quando a vítima já está na prostituição e o agente não a deixa sair). E passível de omissão impropria (alguém com dever objetivo de agir e não o faz) Não há modalidade CULPOSA; Basta que o agente pratique uma das ações descritas no caput não precisa ser por vantagem econômica (Submeter, induzir, ou atrair); E um crime instantâneo (ou seja uma única vez já o configura na forma tentada); Impedir ou dificultar a saída da prostituição configura crime permanente (ameaçar deixar a vítima desabrigada, enquanto a ameaça perdurar o crime irá se prolongar); Não e necessário que haja a consumação do ato sexual, basta a oferta, mas e necessário que depois da oferta ela passe a praticar o ato para contraprestação financeira. Ver slide 107 + 108 melhor PENA DE 4 À 10 ANOS (+ multa se for para obter benefício econômico) Obs.: se a vítima após a aliciação realmente tiver relação sexual com terceiro este responderá por estupro de vulnerável conforme art. 217-A QUANTO AO ERRO DO TIPO: DO CLIENTE: não e punível se ele desconhecer o fato que a vítima e menor ou enferma sem capacidade mental; DO ALICIADOR: ainda que desconheça a idade e punível devido a conduta Típica do Art. 228 que pune a prostituição de maior, seja induzir, aliciar ou evitar o abandono. DO LOCAL DO CRIME: O Proprietário, gerente ou responsável do local onde se dá o delito, se tiver conhecimento, será punido com a mesma pena + cassação da licença de funcionamento; DIVULGAR CENA DE ESTUPRO OU PORNOGRAFIA DE MENOR - Art. 218-C 5 Oferecer (mesmo que rejeitado) trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicarou divulgar, por qualquer meio, (inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática) fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia. PENA: 1 À 5 ANOS Pode aumentar +1/3 à 1/6 se houver relacionamento anterior, ou por vingança) Não e punido se for por fim jornalístico, acadêmico, com o rosto protegido e com autorização se for maior de 18. PRATICA O ATO QUEM DIVULGA: Cena de estupro Cena de estupro de vulnerável (aplicando a pena do Art. 241 do Eca que a pena e maior) Apologia ao estupro Cena que induz estupro Cena de sexo, nudez ou pornografia sem consentimento da pessoa exposta (se for maior) Não há previsão culposa/há tentativa; O agente tem que ter certeza da veracidade do estupro, e da não autorização; Quem divulga não necessariamente precisa ter praticado o ato do vídeo. Não pode ser só áudio. Perdura o crime enquanto o vídeo estiver disponível ao público; VICTÓRIA AEXANDRE ATENÇÃO! SE O CRIME FOR COMETIDO ANTES DA LEI 13.718 DE 2018 QUE INTRODUZ O ART 218-C O AGENTE QUE DIVULGA IMANGENS INTIMAS OU VIDEOS SEXUAIS RESPONDE PELO CRIME DE DIFAMAÇÃO DO ART. 139 DO CP SE O AGENTE COMETE ESTUPRO / ESTUPRO DE VUNERAVÉL E DIVULGA OS VIDEOS RESPONDERÁ EM CONCURSO MATERIAL PELOS DOIS CRIMES POIS TRATAM DE OBJETOS JURIDICOS TUTELADOS DIVERSOS! MEDIAÇÃO PARA SERVIR À LASCÍVIA DE OUTREM – Art. 227 1 CAPÍTULO III – DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOAS PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL – ART. 217 à 218-C / CP Induzir (convencer incutir a ideia) alguém (maior de 18 anos) a satisfazer a lascívia de outrem (nunca da pessoa que aliciou, caso o contrário aplica-se o Art. 228) Pena - reclusão, de um a três anos. FORMA QUALIFICADA Uso de violência ou grave ameaça; Fraude; Só se aplica se não configura Estupro, por exemplo o ato tem que ser por strip- tease, sexo por telefone etc.) Só se consuma no momento em que a vítima pratica o ato com intuito de satisfazer a lascívia de outrem; Se a vítima for menor de 14 anos, a previsão legal e do Art. 218; É possível de tentativa; A pessoa já prostituição não pode ser vítima desse delito; FAVORECIMENTO DA PROSTITUÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL – Art. 228 2 “Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá- la, (com agravante de pena em caso de fraude ou erro) impedir ou dificultar que alguém a abandone” Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa (em caso de vantagem econômica) O sujeito responderá pelo crime + a violência especifica (Exploração sexual + Lesão corporal grave) Nesse crime em especifico aplica-se apenas para MAIORES DE 18 ANOS, pois incapaz mentalmente, enfermo ou menor de 18 enquadram-se no Art. 218-B Não se admite a modalidade culposa; Não e necessária o contato, mas sim a oferta, e a habitualidade. Se a vítima praticar o ato apenas uma vez define-se a FORMA TENTADA; Aumento de pena do Art. 234-A VICTÓRIA AEXANDRE CASA DE PROSTITUIÇÃO – Art. 229 3 “Tutela a moralidade sexual e os bons costumes” “Manter (núcleo do crime, ou seja sustentar, habitualmente) por conta própria ou de terceiros (dono, gerente, empregados) estabelecimento em que ocorra exploração sexual, (onde se incentiva tais práticas mas que não existe com essa finalidade responderá por favorecimento a prostituição) haja ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente” PENA: Reclusão de 2 à 5 anos + multa Não há concurso com favorecimento sexual pois esse crime abrangeu o do Art. 228. A existência de alvará de funcionamento não exclui o crime; A prostituta que atua em sua casa própria não responde por este crime; Não exclui o crime se as prostitutas captarem clientes no local; E impossível a tentativa E um crime habitual e permanente, sendo possível flagrante enquanto estiver aberto; Se for menor Art. 218-B Se apenas o funcionário do local tem ciência do ocorrido fica o proprietário isento da responsabilidade objetiva; E proibida ao autoridades cobrar taxa pra permitir funcionamento de locais do tipo, mesmo que quem o pague pense ser licito. RIFIANISMO – Art. 230 4 “Tirar proveito (ter lucro, vantagem interesse) da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar (ou seja não e obrigado ser sua única fonte de renda) no todo ou em parte, por quem a exerça (como um cafetão)” PENA: RECLUSÃO DE 1 À 4 ANOS (3 À 6 se se por parentes, ou com dever objetivo de cuidado, e 2 à 8 anos se for com grave ameaça, fraude, ou meio que impeça ou dificulte a manifestação de vontade) ATENÇÃO: SE A VITIMA FOR MENOR DE 14 ANOS E ALGUEM COM DEVER DE CUIDADO SABE DO ATO CONTINUO E NÃO FAZ NADA ELE E O ABUSADOR RESPONDERÁ POR ESTUPRO DE VUNERAVÉL; Não e necessário que o agente tenha induzido a pessoa se prostituir; As pessoas dependentes da pessoa prostituição não respondem pelo crime; E impossível a tentativa A consumação dar-se quando o agente consegue tirar proveito da prostituição; A forma qualificada dar-se quando praticado com menor, parentes ou quem tem dever objetivo de cuidado; Para aplicar forma qualificada da idade e necessário que o agente saiba da condição de menor; Há consentimento da vitima; Se o agente se enquadra em mais de uma qualificadora aplicar-se-á a maior. VICTÓRIA AEXANDRE PROMOÇÃO DE MIGRAÇÃO ILEGAL – Art. 232-A 5 “Promover, por qualquer meio (seja pelo ar, mar ou terra) com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro (atingindo apenas pela lei de migração) em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro”. Bem jurídico: Proteção a soberania do Estado, foi erroneamente colocado no Cap. De crimes sexuais. PENA - Reclusão, de 2 a 5 anos + Multa. A pena não prejudica a de outras infrações, não absorve nem e absorvido, como tráfico de pessoas, falsificação de documentos, etc. E aumentada se for com uso de violência ou se o transporte for em condições Agente que realiza transporte de estrangeiros de maneira que não precise passar em postos de controle; Agente que fornece documentação falsa para viabilizar ingresso no país; Não comete o crime quem promove saída do brasileiro (nato ou naturalizado) do estrangeiro para o brasil de forma ilegal, pois e ato ilícito administrativo; Dolo especifico da obtenção econômica (ajudar por ajudar não configura crime) Não e possível a tentativa; A consumação ocorre na entrada do país CAPITULO VI – DO ULTROJE PÚBLICO AO PUDOR - Art. 233 à 234 ATO OBSCENO – Art. 233 1 “Praticar ato obsceno (condutas que ferem a coletividade moral ou sexual) em lugar público (onde qualquer pessoa possa entrar mesmo que sujeito a pagamento como show, estádios). ou aberto ou exposto ao público (é um local privado mas que pode ser visto, como janelas, terreno baldio, carro).” PENA - Detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. Se o ato for realizado na presença de menor – Art. 218-A (Satisfação de lascívia na presença de menor) Se for direcionada a uma pessoa pode se configurar crime de importunação sexual; O crime diz respeito AO LOCAL, se for numa praça mesmo que vazia se configura crime; Não se pune o topless, por ser “socialmente aceito”. Não se pune beijo em local público; Uso de palavras de baixo escalão não configura crime, pois e necessário o ato; Não exige finalidade por parte do agente; A consumação se dá mesmo que ninguém presencie; E punível mesmo que quem viu não se sinta ofendido; Não a doutrina fixa sobre a forma tentada; Lembrando sempre que o significado de “Ato Obsceno” e variável em cada local, nos EUA por exemplo ainda se discute se amamentar em público e ato obsceno, quando no BR não é! Logo varia de cultura para cultura... INCOSTITUCIONALIDADE DO ART. 233 Está em julgamento no STF foi segundo o MP do Rio Grande do Sul há um possível lesão ao princípio da Anterioridade da lei, devido ao sentido amplo de “Ato obsceno” isso devido a um caso de masturbação em via pública (que teve absorção), ou seja julgam que deve ser mais taxativo os atos que levam ao crime. (Caso ainda aberto) VICTÓRIA AEXANDRE ATO ESCRITO OU OBJETO OBSCENO – Art. 234 2 “Fazer, importar, exportar, adquirir, ou ter sob sua guarda, para fim de comercio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno (filme, foto, estatua, etc.) ”. “Tutela o pudor público e a moralidade sexual” PENA: Detenção de 6 meses à 2 anos ou multa E punível quando o material e destinado a venda, distribuição, exposição publica Não e punível para uso próprio; Não se pune sex shop que vendem objetos com órgãos sexuais desde que estejam em local fechado e para maiores de 18 anos; Pune-se jornaleiros que deixam amostra revistas +18; ADEQUAÇÃO SOCIAL: o bem tutelado e a moralidade pública, porem cada dia mais a sociedade tem aceitado tais itens, se tornando comum, logo será aceitável socialmente e sua punibilidade ira perder o sentido; O CRIME NÃO E REVOGAGO PELO COSTUME mas entende-se a existência do principio da ADEQUAÇÃO social.
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