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Resumo - Transmissão Adrenérgica (SNA) e SNC

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Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz
FARMACOLOGIA
 
 
 
GABRIEL BAGAROLO PETRONILHO
MEDICINA TXVI I I
Gabriel Bagarolo Petronilho
Transmissão Adrenérgica (SNA) e Neurofarmacologia do SNC
Aula 05 - SNA Simpático - Transmissão Adrenérgica 
➝ Receptores Adrenérgicos 
*Adrenanalina (E) e noradrenalina (NE) não são seletivas, 
diferenciam-se somente pela sua potência. 
Comentários sobre as tabelas: receptores alfa-1 são 
extremamente excitatórios; os receptores beta, os três são 
excitatórios, cuja transmissão de sinal é via Gs - o aumento do 
AMPc aumenta a atividade da Adenilato ciclase; o alfa-2 é Gi 
no SNA ou SNC - inibe adenilato ciclame -, porém nos vasos o 
alfa- 2 é Gq. 
Comentários sobre a tabela: receptores beta-3 estão 
primariamente na gordura, por isso as drogas termogênicas 
possuem a base de ser adrenérgicos; beta-1, além de no 
coração aumentar frequência cardíaca, força de contração e 
aumento de condutância, no rim, ele produz renina; alfa-2, nos 
vasos contraem e nas terminações nervosas diminui a 
liberação de NA. 
➝ Síntese da Noradrenalina como NT 
Primeiramente, devemos lembrar que a noradrenalina é um 
neurotransmissor clássico. Isso significa que ela terá que seguir 
todos os pontos de síntese e liberação discutidos nos resumos 
anteriores para completar o processo com êxito. 
A noradrenalina(NE) é sintetizada a partir de uma aminoácido 
aromático, chamado tirosina. A tirosina tem que ser captada 
pelo neurônio pré-sináptico. Então ela é transformada, pela 
tirosina hidroxilase, para DOPA. A DOPA é convertida a 
dopamina pela DOPA descarboxilase/DAA. A dopamina, 
então, é vesiculada por meio da dopamina 𝞫-hidroxilase e 
transformada para Norepinefrina. 
A noradrenalina, adrenalina e dopamina são da classe das 
catecolaminas - 2 hidroxilas em posição oito no anel aromático 
- e monoaminas. 
A adrenalina, embora seja um hormônio quando produzida na 
suprarrenal, pode ser produzida em alguns neurônios quando 
houver a N-metiltransferase. No caso do sistema nervoso 
autônomo, a síntese para na Norepinefrina/Noradrenalina. 
Porém, em alguns neurônios do sistema nervoso central haverá 
a N-metiltransferase que transforma noradrenalina em 
adrenalina. 
 
 
Agora, pensando em uma fibra ou um neurônio pré, essa fibra 
vai captar tirosina, pela tirosina hidroxilase transformará em 
DOPA. Então, a DOPA descaborxilase é transformada em 
Dopamina e ela é vesiculada. Tanto a adrenalina e 
noradrenalina são veiculadas pelo mesmo transportador - um 
VDAT ou VNET. Esse transportador pode ser bloqueado por 
um fármaco, chamado Reserpina. A Reserpina foi utilizada por 
muito tempo como um fármaco hipertensivo, porque ele inibia 
vesiculação da NE. 
Dentro da vesicula, a dopamina, por uma beta-hidroxilase, 
pode ser transformada em noradrenalina(NE). Com isso, 
teremos prontas as vesículas com NE para serem elimnada. 
Relembrando que a NE/E é um NT clássico e depende do 
influxo de Ca⁺⁺ para ser ancorada no terminal nervoso e fundir-
se a membrana para ser liberada na fenda. 
A NE liberada na fenda pode ser degrada por uma enzima, 
chamada COMT (catecol-orto-metil-transferase). É uma 
enzima que está na fenda e possui a capacidade de degrada 
as catecolaminas. Se a NE não for degrada ela pode ser 
recatada e reutilizada. A recaptação de NE é feita por um 
transportador de NE - NET. A cocaína e anti-depressivos 
tricíclicos (imipramina e amitriptilina) são substâncias que 
podem bloquear esse transportador. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
A NE que foi recatada precisa ser novamente vesiculada. Caso 
ela não seja, ela pode ser degrada no neurônio pré pela MAO 
(mono amino oxidase). 
 
➝ Fármacos que Afetam a Síntese de NE/E 
● Alfa Metil Tirosina ➝ utilizado para tratamento de tumor, 
chamado Feocromocitoma. Feocromocitoma é um tumor de 
adrenal, no qual a adrenal aumenta de maneira neoplásico a 
quantidade de célula e produzirá muita NE e E, essa 
principalmente. O excesso de E produzido estimulará todo o 
sistema nervoso autônomo simpático e assim uma 
hiperexcitação causará diversos efeitos no corpo todo 
relacionados a isso. A alfa metil tirosina tem a capacidade de 
inibir a tirosina hidroxilase e assim não haverá a via de 
síntese normal. Esse medicamento não é utilizado por muito 
tempo, apenas no momento da descoberta do tumor até o 
início do tratamento definitivo e adequado. 
● Carbidopa ou Benserazida ➝ utilizados para tratamento de 
park inson. Esses med icamentos in ibe a Dopa 
descarboxilase/DAA. Os dois não atravessam a BHE, então 
não chegam no SNC. Por tanto, lá no SNC, essa via de 
síntese segue normal, mas na periferia e no SNA é 
interrompida. Essas drogas servem para tratamento do 
Parkinson, porque nessa doença há pouca dopamina no 
SNC. Então, ela poupa que a DOPA seja transformada em 
dopamina na periferia e favorece que seja utilizada apenas 
no SNC. 
● Metildopa ➝ utilizado para tratamento de pré-eclâmpsia e 
eclâmpsia. A metildopa é um falso substrato que age, 
basicamente, na periferia. Então, ao invés de entrar a DOPA 
entra metildopa, dando origem a metildopamina e, em 
seguida, à metilnoradrenalina. Essa metilnoradrenalina não é 
capaz de ativar os receptores adrenérgico. Isso causa uma 
diminuição da disponibilidade de noradrenalina, uma vez que 
quem foi produzida foi a metilnoradrenalina. Assim, a 
frequência da interação da noradrenalina com o seu receptor 
diminuirá, porque ela terá que competir com um falso 
produto, a metilnodradrenalina que não possui a capacidade 
de eleva a pressão arterial. 
Os 3 fármacos citados acima são fármacos simpatolíticos 
indiretos. 
➝ Fármacos que Afetam o Armazenamento de NE/E 
A Reserpina já foi utilizada como um anti-hipertensivo pela sua 
capacidade de inibir a vesiculação da NE. Hoje em dia, não 
utilizamos mais essa droga na clínica, mas ela ainda é útil em 
laboratórios. 
A Reserpina, ao inibir o empacotamento da NE, haverão 
vesículas vazias e não haverá liberação de NE, diminuindo a 
ação da mesma. 
A Reserpina é classificada, também, como uma droga 
simpatolítica direta. 
 
➝ Fármacos que Afetam a Liberação de NE/E 
A Clonidina tem uma ação extremamente alta no SNC, sendo 
agonista 𝞪2 - adrenérgico - que está presente tanto no SNC, 
quanto no SNA. O 𝞪-2 que está no terminal nervoso é Gi. 
Então, quando a Clonidina interage com esse receptor, ativa o 
receptor e ele inibe e liberação de NE. Por isso, embora ela 
seja agonista de receptores, ela também é um simpatolítico. 
A principal utilização dessa droga é na hipertensão, sendo 
muito útil. Pode ser encontrada em comprimidos e ampolas. Os 
problemas que ela pode causar a nível de SNC são: sonolência 
(NE no SNC está relacionada com alerta), hipotensão 
ortostática ( NE interage menos com receptores alfa-1 de modo 
que, às vezes, os vasos não contraem frente à mudança de 
posição) e ganho de peso. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Obs.: Inibidores da MAO e COMT aumentam o tônus 
adrenérgico. Isso porque há acúmulo de NE na fenda. 
E s s e s i n i b i d o r e s s ã o c h a m a d o s d e d r o g a s 
simpatomiméticas indiretas.
➝ Fármacos que Afetam a Recaptação de NE/E 
Tanto a cocaína, quanto os anti-depressivos tricíclicos 
(amitriptilina e imipramina) bloqueiam o ponto de recaptação. 
Então, ao bloquear esse ponto, a NE que estava na fenda não 
será recaptada, aumentando sua quantidade na fenda. Se 
teremos mais NE na fenda, esses fármacos são classificados, 
como simpatomiméticos indiretos. 
➝ Resumo de Classificação 
● Simpatomiméticos ➝ são fármacos que aumentam a função 
simpática. 
● Simpatomiméticos Indiretos ➝ vão aumentar a concentração 
de NE de alguma maneira (inibem degração ou recaptação, 
ou os dois). 
● Simpatomiméticos Diretos ➝ são drogas que agem 
diretamente no receptor. 
● Simpatolíticos ➝ drogas que diminuem a ação do simpático. 
● Simpatolíticos Diretos ➝ são antagonistas de receptor. 
● Simpatolíticos Indiretos ➝ afetam o armazenamento.➝ Simpatomiméticos de Ação Indireta 
São fármacos que aumentam a concentração de noradrenalina 
de alguma maneira. Pode ser por meio da facilitação da 
liberação (Anfetamina), por meio da inibição da recaptação ou 
inibem a degração (MAO ou COMT). 
A Efedrina e o Metilfenidato (Ritalina) são simpatomiméticos 
mistos, porque agem de diversas maneira (podem inibir a 
captação e facilitar a degradação ao mesmo tempo). 
Aumentam a NE em todo o corpo, o metilfenidato aumenta, 
principalmente no SNC. A efedrina, foi utilizada por muito 
tempo para tratamento da asma, pois ela aumenta a NE em 
todo o corpo e, inclusive, no pulmão causando broncodilatação. 
Além disso, a efedrina já foi utilizada como emagrecedor, 
porque ela aumenta NE em todos os órgão (hipotálamo inibe 
fome) e no tecido adiposo, provocando termogênese e lipólise. 
Os problemas que podem harver por ativar muito a NE no SNC, 
são agressividade, irritabilidade, impulsividade, e retenção 
urinária por aumento no receptor alfa -1. 
➝ Simpatomiméticos de Ação Direto 
São fármacos que causam o aumento da concentração da 
noradrenalina através da inibição de enzimas que recaptam ou 
degradam ela. 
A Selergina é um fármaco inibidor da MAO e a Entacapona é 
um fármaco inibidor da COMT (degrada todas as 
catecolaminas). 
➝ Simpatomiméticos de Ação Direta 
São fármacos agonistas alfa e beta que estimulam a função do 
simpático. 
Fisiologia 
𝞪-1 ➝ vasoconstrição, relaxamento do mm. liso e TGI. 
𝞪-2 ➝ inibe a liberação de NA, agregação plaquetária e 
contração do mm. liso vascular. 
𝞫-1 ➝ aumento da frequência cardíaca e força cardíaca. 
𝞫-2 ➝ broncodilatação, vasodilatação, dilatação da 
musculatura lisa visceral. 
𝞫-3 ➝ lipólise e termogênese. 
 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Obs.: No Rang & Dale, nesse momento ele fala sobre 
anfetaminas. Elas melhoram a recaptação, são veiculadas 
juntamente com a NE e têm capacidade de ser internalizada 
no neurônio pré por meio do mesmo transportador (NET) e 
aumentam a liberação das catecolaminas.
Simpatomiméticos 
de Ação Direta 
Simpatomiméticos 
de Ação Indireta
Simpatolíticos de 
Ação Direta/Indireta
Agonistas alfa e 
beta
Afetam a 
degradação
Antagonistas alfa 
e beta - DIRETO
———————— Afetam a recaptação 
Afetam o 
armazenamento - 
INDIRETO
———————— Ambos ———————
Comentários sobre a tabela: a noradrenalina (NE) possui um 
tempo de meia vida curto, cerca de 3 min., fazendo com que 
sua administração seja IV e constante; a adrenalina (E), além 
de ser um NT, é um hormônio. Por isso é mais resistente que a 
NE. Adrenalina pode ser adm via IV, SC ou inalatória; a 
dobutamina é agonista seletivo beta-1; salbutamol, 
salmetoerol e terbutalina possuem de diferença o tempo de 
meia vida e são seletivos beta-2, porém, quando em grande 
quantidade pode ativar um pouco de beta-1, causando 
taquicardia. 
 
 
 
(***) Exceções: pseudoefedrina é um simpatomimético de 
ação mista. A clonidina é um agonista alfa-2 no SNC - 
inibitório- diminui a liberação de NE. 
Comentários sobre a tabela: a fenilefrina é agonista seletivo 
alfa-1 que se chegar a nível cardíaco produzirá hipertensão 
fazendo uma vaso constrição e se houver uma vasoconstrição 
periférica teremos bradicardia reflexa pra normalizar a PA, além 
disso, sua utilização é como descongestionante nasal porque 
ele promove a vasoconstrição dos vaso que extravasam menos 
exsudato; a nafazolina (Narix) causa vaso constrição também; 
a pseudoefedrina atua igual a efedrina e age de diversas 
maneira, incluindo nos receptores alfa e beta, sendo sua 
principal agonista alfa-1, pra fazer vasoconstrição nasal. 
Os fármacos grifados em vermelho possuem fórmula em 
solução para adm no nariz e também compõem a fórmula dos 
antigripais e gestantes não podem utiliza-los. 
O clembuterol é um fármaco de uso veterinário, mas é 
utilizado de maneira errada e indiscriminada para doping por 
praticantes de atividade física, já que seu pode é anabólico. 
 
 
A tabela acima é do Rang & Dale, por isso nem todos os 
fármacos são disponíveis no Brasil. Para saber qual está ou 
não disponível verificar em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/
rename. 
 
➝ Fármacos Simpatolíticos 
São fármaco que fazem o contrário do SNA. Se ele for de ação 
direta, será um antagonista dos receptores. Então, espera-se o 
contrário da fisiologia. 
Fisiologia 
𝞪-1 ➝ vasodilatação, contração do mm. liso e TGI. 
𝞪-2 ➝ aumenta a liberação de NE. 
𝞫-1 ➝ diminuição da frequência cardíaca e da força cardíaca. 
𝞫-2➝ broncoconstrição, vasoconstrição, contração da 
musculatura lisa visceral. 
𝞫-3 ➝ acúmulo de gordura. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Manutenção da PA 
e vasoconstrição(IV)
(IV) e (SC)
(VO) e Inalação
 Inalação
Inalação e (SC)
Fenoterol (Berotec)
 Inalação 
Agonista beta 2 Broncodilatação
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/rename
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/rename
 
Cometários sobre a tabela: os fármacos grifados em 
vermelho são chamados de beta-bloqueadoeres. O 
propanolol é antagonista beta-1 e beta - não seletivo. O 
metoprolol e o atenolol são antagonista beta-1- seletivos. 
 
 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
 Colírio
Aula 09 - Neurofarmacologia: SNC 
➝ Sistema Nervoso Central 
O sistema nervoso central, caracterizada pelo encéfalo, é uma 
reunião complexa de núcleos e neurônios, que regulam as 
próprias atividade e atividade de outros sistemas. Geralmente 
por meio da transmissão química. A comunicação neural é 
eletroquímica, porém, o mais importante para nosso estudo é a 
transmissão química, já que os medicamentos são substâncias 
químicas. 
No SNC há as funções consideradas superiores: relacionadas 
ao somatossensorial (recebimento das sensações externa), 
percepção, criatividade, julgamento moral, tomada de decisão e 
formação de memória. 
➝ Comercialização e Prescrição 
Os fármacos que atua no SNC são os mais prescristos.. 
A classe de mais vendido é a dos analgésicos para o controle 
de dores. #1 - dor . Em seguida, os mais vendido para o menos 
vendido são: insônia, enxaqueca, depressão, transtorno de 
ansiedade, Alzheimer, esquizofrenia, acidente vascular 
cerebral, danos cerebrais e Parkinson. 
O Ranking dos medicamentos mais vendidos no Brasil, 
divulgado pela Associação da Indústria Farmacêutica de 
Pesquisa (InterFarma) está disponível no link: https://
www. in te r fa rma .o rg .b r /pub l i c / f i l es /b ib l i o teca /gu ia -
interfarma-2019-interfarma2.pdf 
➝ Farmacologia do SNC 
Os fármacos que agem nesse sistema, são denominados grupo 
dos psicoativos. 
Psicoativos 
Os psicoativas foram um dos primeiros grupos de fármacos a 
serem descobertos pela humanidade, seja de maneira direta ou 
indireta. Foram utilizados para o alívio da dor (morfina extraída 
da papoula) para o dia a dia e comércio (café) ou para uso 
recreativo (maconha). 
Esse grupo é o mais utilizado sem prescrição, para seu uso 
recreativo. 
O mecanismo de ação nem sempre é muito bem entendido, 
devido a complexidade das interações no SNC. 
➝ Anatomina do SNC 
O sistema nervoso é dividido em 3 regiões: tronco (bulbo, 
ponte e mesencéfalo), encéfalo (telencéfalo e diencéfalo) e 
sistema límbico (hipocampo, amídala, hipotálamo, giro do 
cíngulo). 
A seta ao lado da imagem da estrutura anatômica significa a 
evolução da complexidade das funções do SNC. Abaixo da 
linha horizontal estão as funções mais basais, compostas, 
basicamente pelas funções vitais ao organismo: controle da 
temperatura, controle da FC, controle da respiração, náusea, 
vômito, fome, etc, e acima, funções mais complexas/
superiores: associações, tomada de decisão, julgamento moral, 
limite estratégico, córtex somatossensorial, área motora, área 
de Broca, audição, etc. 
A região mediana circulada é o sistema límbico que é 
responsável pela formação de memórias (espacial, emocional, 
operacional) e os comportamentos emocionais (prazer, 
recompensa, satisfação, depressão, ansiedade, mecanismosde defesa), ou seja, o processamento e síntese básicas das 
emoções estão nessa região anatômica. 
Microanatomia do SNC 
Toda essa massa neuronal é formada por uma série de células, 
porém, apenas 10% da massa neural é composta de neurônio 
e 90% de células da glia. Essa diferença de porcentagens é 
relevante, porque nesse momento a farmacologia está voltada 
para o neurônio e sua sinapse eletroquímica. 
 
O tecido nervoso é composto por neurônios (células estáveis), 
astrócitos (metabolismo de componentes), oligodendrócitos 
(responsáveis pelo suprimento), células da micróglia 
(comportamento imunológico do SNC), células ependimais 
(síntese de liquor e suporte), vasos sanguíneos (irrigação) que 
são revestidos por astrócitos e outras células que formam a 
barreira hematoencefálica (BHE), que dificulta a entrada de 
uma série de componentes no SNC. 
➝ Células da Glia 
Astrócitos 
É uma células responsável pelo metabolismo de alguns NT, 
fornece nutrientes aos neurônios, captam excesso de íons e 
t ransmissores das s inapses . Possuem inúmeros 
prolongamentos e envolvem capilares, formando a BHE. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Menos complexo
Mais complexo
https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/guia-interfarma-2019-interfarma2.pdf
https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/guia-interfarma-2019-interfarma2.pdf
https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/guia-interfarma-2019-interfarma2.pdf
Oligodendrócitos 
São células que fornecem nutrientes e ajuda a formar a bainha 
de mielina nos axônios. Porém, possuem prolongamentos 
menos numerosos. 
Micróglia 
Possuem pequeno e com poucos prolongamentos. 
Faz parte do sistema imune e pode fagocitar em resposta de 
neuroinflamação. 
Células Ependimais 
São células que produzem líquor para dar suporte ao SNC. 
➝ Neurônios 
São os componentes excitáveis do SNC. 
É constituído por dendritos, soma (corpo celular), axônio 
(mielinizado ou não) e seu terminal axonal. 
Elas sofrem uma diferença de potencial de acordo com a 
entrada ou saída de íons (estímulo) que gera um impulso 
nervoso. Às vezes, o resultado do impulso nervoso no terminal 
axonal é o influxo de Ca⁺⁺ com a liberação de vesícula de NT. 
Nosso organismo possui uma diferença de concentração 
eletrolítica externa e interna: 
Além disso, nosso organismo possui um potencial eletrônico de 
-70mV e de acordo com o estímulo de despolarização e 
hiperpolarização pode ser perturbado e mudado. 
 
Comunicação Neuronal 
Neurônio Motor Controlam órgãos efetores (eferentes)
Neurônio Sensorial Recebem estímulos (aferentes)
Interneurônios Conectam neurônios em si.
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Estímulo
Impulso 
Nervoso
Δ potencial
Sinapse química: chega um impulso elétrico, que se for limiar, 
gerará um potencial de ação causando influxo de cálcio, a 
exocitose das vesículas. As vesículas liberarão os NT na fenda 
ou sinapse, interagirão com os receptores que estão presentes 
na membrana pós-sináptica . 
Modulação Temporal no SNC 
É definição temporal de quanto tempo leva pra acontecer os 
eventos no SNC. 
Plasticidade sináptica ➝ é a formação de espinhas 
dendríticas, novos brotamentos dendríticos, etc. 
Remodelamento estrutural ➝ é a criação de conexões 
permanente. Construída por alguns dias de plasticidade 
sináptica. Representa, principalmente, o aprendizado. Isso leva 
dias e envolve treino. 
 
Os mediadores químicos mais importantes para nosso estudo 
aqui são os que atuam na neurotransmissão, sendo os 
mediadores convencionais de pequenas moléculas. 
➝ Efeitos Terapêuticos dos Psicofármacos 
O grande problema desse grupo de fármaco é que o seu 
mecanismo de ação conhecido são para os neurônios que são 
somente (10% da massa nervosa). Então, todos os outros 
mecanismos de neuroadaptação, indução gênica, plasticidade 
(90% do SNC) são desconhecidos na farmacologia. E o efeito 
terapêutico é a somatização de todos esses mecanismos. 
O efeito celular e bioquímico é diferente do efeito funcional 
e comportamental. O efeito celular e bioquímico envolve 
uma série de outras situações que ocorre ao longo do tempo ou 
após uma série de processos, incluindo experiências prévias, 
que influencia no efeito funcional e comportamental que é a 
maneira como ele se expressa no organismo. 
Mecanismo: a administração de medicamento faz com que ele 
chegue no alvo-farmacológico e causa uma alteração 
produzindo o efeito farmacológico (resposta 1ª). Essa 
primeira resposta passa pelo SNC que faz o processamento de 
acordo com a capacidade de cada organismos. Então, depois 
desse processamento, há uma demonstração de um efeito 
adaptativo (resposta 2ª) que é o que ‘veremos’ de maneira 
comportamental no organismo, como efeito farmacológico 
novamente. 
A passagem dessas resposta pelo SNC é o que caracteriza a 
maior complexidade do efeito terapêutico dos psicofármacos. 
➝ Principais Alvos Terapêuticos 
Os principais alvos farmacológicos são as enzimas, 
transportadores ou recaptadores ou receptores 
(metabotrópicos ou ionotrópicos). 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
NANCs
➝ Princípio Geral de Neurotransmissão 
 
 
➝ Interações de Anteroalimentação e Recorrente 
Na imagem acima, na situação A, está demonstrado o 
esquema de formações de circuitos locais de neurônios. Há 
uma chegada de input excitatório em uma primeira células, 
essa célula excitada faz o mesmo com a outra e a célula 
excitada/ativada inibe a célula anterior (a mesma que excitou 
ela) - isso chama-se de interação recorrente. Agora, ainda na 
situação A, um input excitatório, excita um neurônio e esse 
neurônio excitado/ativado inibe outro neurônio na linha do 
circuito - isso chama-se interação de anteroalimentação. 
As comunicações neurais são complexas e dependem do NT, e 
de como é a anteroalimentação para saber o que saíra de 
resposta para excitar o próximo neurônio do circuito. 
Na situação B (interação axoaxônica), chega um input 
excitatório (E) e excita os neurônios de relé. Então, chega outro 
input excitatório (E) e excita/ativa o próximo neurônio que inibe 
os neurônios de relé. A resposta desse neurônio, é o 
somatório do que foi excitado e do que foi inibido. 
Essas múltiplas excitações neurais levam a formação de 
inúmeros circuitos e isso torna o SNC extremamente 
complexo. 
 
 Nesse outro esquema, há a representação da mesma situação 
mostrada anteriormente. 
Lembrando que um neurônio que liga o outro, acima 
representado pelo número 3, é chamado de interneurônio. 
Interneurônios são, geralmente, gabaérgicos para fazer o 
feedback de controle para o neurônio anterior (1). 
➝ Requisitos de um NT Clássico 
 
1- Mecanismo de síntese e armazenamento em neurônio pré-
sináptico; 
2- Liberação por exocitose da vesícula em resposta a um 
potencial de ação; 
3- Produzir efeitos pela ação em receptores próprios em 
neurônios pós-sináptico; 
4- Mecanismos de inativação - recaptação, remoção ou 
metabolização; 
Qualquer NT que não respeitar todos esses requisitos serão 
chamados de neurotransmissores atípicos. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Lembrando: para um NT ser considerado clássico, ele 
precisa ser sintetizado em um neurônio pré, precisa ser 
vesiculado, ser liberado mediante despolarização e influxo 
de Ca⁺⁺, ter receptores próprios, terá mecanismo de 
controle (metabolismo enzimático, mecanismo de 
recaptação neuronal ou captação por outros tecidos) e ter 
auto-receptores.
A
B
Resposta
Resposta
➝ Neurotransmissores Clássicos 
Aminoácidos 
- Glutamato; 
- Ácido 𝜸-aminobutírico (GABA); 
Aminas/Monoaminas Biogênicas 
- Noradrenalina; 
- Adrenalina; 
- Dopamina; 
- Serotonina; 
- Acetilcolina; 
- Histamina; 
➝ Neurotransmissores Atípicos 
- Óxido nítrico; 
- Endocanabinoides; 
- Peptídeos (opioides, melatonina, substância P, NPY) 
➝ Glutamato - NT clássico 
O glutamato é um aminoácido que é uma molécula bem 
pequena. 
Enquanto NT, está difuso portodo o SNC e é o principal NT 
excitatório. 
Ele é produzido no neurônio pré-sináptico, a partir da 
glutamina, por meio de uma enzima glutaminase, da-se 
origem ao glutamato. Então, o NT é vesiculado e liberado na 
fenda durante a sinapse e ele é captado por uma células glial e 
transformado em glutamina, por uma glutamina sintetase, e 
ela é liberada e pode ser internalizada no neurônio pré-
sináptica para dar origem a uma nova molécula de glutamato. 
Com isso, percebemos que o principal mecanismo de 
controle do glutamato é a captação dele pelas células gliais. 
Possui 2 tipos de receptores: receptores ionotrópicos e 
receptores metabotrópicos. 
● Receptores Ionotrópicos: NMDA (Na⁺ e Ca⁺⁺), AMPA (Na⁺) e 
Cianato (Na⁺). 
O AMPA e o NMDA são os mais importantes desse tipo, sendo 
o NMDA mais potente na capacidade de despolarização 
permanente (tornar o interior da célula positivo). 
● Receptores Metabotrópicos: Grupo I - mGlu 1 e 5 (Gq); 
Grupo II - mGlu 2 e 3 (Gi); Grupo III - mGlu 4,6,7 e 8 (Gi). 
Analisando os receptores metabotrópicos acima percebemos 
que temos famílias de Gq (excitatório), mas também há famílias 
de Gi (inibitório). 
Então, como o principal NT do SNC possui receptores 
inibtórios? 
Para entendermos isso, precisamos pensar que talvez esse 
receptor metabotrópico inibitório estejam em um interneurônio 
GABA. Então, a ideia é de que o glutamato vai inibir o GABA e 
o resultado será excitatório. 
Funções da Via Glutaminérgica 
Uma série de ativações neurais são dependente de glutamato. 
As principais são relacionadas a neuroplasticidade: formação 
de memória (curta duração - via AMPA ou longa duração - 
via NMDA), dor crônica (excesso de estimulação 
glutamatérgica), dependência (processo de dependência 
de diversas substâncias, já que dependência química é um 
tipo de memória). Todas essas vias não acontecem sem a 
presença do glutamato. Porém, temos mais algumas funções 
dependentes do glutamato. 
Repouso ➝ o receptor NMDA em repouso ele está obstruído 
com o íons Mg²⁺, de modo que mesmo que houvesse a ligação 
do glutamato não iria acontecer nada. Frente a uma 
despolarização pequena ou curta, o glutamato se ligará em 
todos os receptores, mas o NMDA está obstruído, então haverá 
uma entrada de Na⁺ e essa entrada faz uma despolarização 
breve e uma excitação relativamente curta. 
Estímulo relevante ➝ agora, se houver um estímulo 
biologicamente relevante (geração de potencial de ação 
sustentado) a liberação de glutamato na fenda será muito maior 
e ele vai interagir com o NDMA e com o AMPA. Inicialmente 
abre-se o canal do AMPA e há influxo de Na⁺ e se houver uma 
despolarização sustentada, ela é capaz de deslocar o Mg²⁺ do 
NMDA. Pelo canal desobstruído, agora, entrará Ca²⁺ e Na⁺. O 
aumento da concentração intracelular de cálcio gera a ativação 
de enzimas, incluindo a PKC e a NOS, causando alteração 
muito mais ‘permanentes’ nessa célula. Essa alterações podem 
ser tóxicas. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
} Catecolaminas
Se as alterações citadas anteriormente forem em excesso, elas 
conseguem produzir uma série de danos neurais 
(excitotoxicidade glutamatérgica). 
Excitotoxicidade Glutamatérgica 
Quando há uma isquemia (AVC), um traumatismo craniano ou 
doenças neurodegenerativas teremos como resposta uma 
excitotoxicidade glutamatérgica. 
Mecanismo: uma liberação de glutamato em excesso ativará o 
AMPA que deslocará o Mg²⁺ do NMDA causando a sua 
funcionalidade. Com a ativação do NMDA teremos o aumento 
intracelular de Ca²⁺ que causará uma série de reações, 
ativando enzimas. Uma dessas enzimas é a PLA₂ 
(FOSFOLIPASE A₂), essa ativação produz ácido araquidônico 
que começa uma via inflamatória, que pode culminas na 
morte celular. Além disso, o Ca²⁺ intracelular, pode ativar uma 
série de enzimas que fazem a quebra de memória e elas 
podem levar à degradação da mitocôndria, acabando o estoque 
de ATP, gerando óxidos, peróxidos e superóxidos que, também, 
causam a morte celular. 
O aumento do cálcio, ainda, pode causar a estimulando de uma 
enzima chamada de NO sintase. Essa enzima produz NO, 
além dele contribuir para a degradação das membranas e ele 
tem a capacidade de ir no neurônio pré-sináptico e estimular a 
liberação de mais glutamato, fazendo um ciclo vicioso. 
Agentes Glutamatérgicos Relevantes 
Antagonistas NMDA 
- Memantina ➝ utilizado, principalmente, para diminuir a 
tox i c idade g lu tamaté rg i ca usada em doenças 
neurodegenerativas, etc. 
- Quetamina ➝ diminui a excitação elétrica do SNC, sendo 
um anestésico. 
Potencializador AMPA 
- Piracetam ➝ facilitação de novas memórias. 
➝ GABA - NT Clássico 
Principal neurotransmissor inibitório, possui distribuição difusa 
no SNC e rota de síntese comum ao do glutamato. 
Há um balanço entre GABA e glutamato. Enquanto o GABA 
inibe, o glutamato excita e o resultado do nosso dia a dia é o 
somatório. 
A partir do glutamato sintetizado, uma descarboxilase o 
transforma em GABA. Ele é então vesiculado, liberado na 
fenda sináptica. Na fenda, ele pode ser degradado pela GABA 
transaminase ou pode ser recaptado por um GAT 
(tranpostador de GABA). 
Possui 2 tipos de receptores: receptores ionotrópicos e 
receptores metabotrópicos. 
● Receptores Ionotrópicos: (Cl⁻) e (Cl⁻). 
O mais importante é o . Ele é um canal de cloreto 
que ao realizar o influxo de cloreto inibe uma série de outros 
neurônios no SNC. 
Lembrando que o influxo de cloreto torna o interior da células 
mais negativa, ela hiperpolariza, e assim o desencadeamento 
de um potencial de ação torna-se mais oneroso. 
● Receptores Metabotrópicos: (Gi). 
O é um receptor Gi, portanto quando o GABA se 
liga nesse receptor há a inibição de uma série de células. Ele 
está presente, principalmente, nos músculos e a nível de SNC 
em alguns núcleos talâmicos relacionados a contração ou 
relaxamento muscular. 
Funções da Via Gabaérgica 
Umas das funções do receptor GABA A é o controle da 
excitabilidade neuronal. Toda fez que há uma hiperexcitação 
haverá o controle mediado pelo GABA. 
O receptor GABA A é um canal de cloro, composto pelas 
subunidades alfa, beta e gama. Em cada local, o receptor pode 
ser uma composição de subunidades (quantidade de cada uma 
delas) diferente. Esses receptor possui um sítio de ligação pro 
GABA e quando o GABA se ligar o canal abre e há o influxo de 
Cl⁻. Porém, existem alguns outros sítios de ligação que são 
sítios facilitadores, onde ligarão algumas substâncias como: 
etanol, barbitúricos e BDZs. Quando, por exemplo, um BDZ 
se liga no receptor GABA A, o receptor não abre, mas ele muda 
a sua conformação de modo que o próprio GABA aumentará 
GABAA GABAC
GABAA
GABAB
GABAB
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
sua afinidade pelo receptor. Então, o GABA que ficava alguns 
ms no receptor, agora fica por mais tempo. 
O mesmo acontece com os outros ligantes citados 
anteriormente. 
Os livros trazem que esse ligantes facilitadores são agonistas 
GABA A, porém, na verdade eles não são agonistas, somente 
facilitadores da ligação do GABA no seu próprio receptor. 
Porém, chamaremos de agonistas porque não existe ser vivo 
sem o GABA. 
Importante: existe um sítio para cada ligante facilitador. Então, 
quando a pessoa ingere um BDZ, o receptor aumenta a 
afinidade pelo GABA. Se a pessoa ingerir, também, etanol, 
aumentará muito mais a afinidade do receptor pelo GABA e 
assim por diante. Isso significa que quando há sítios de ligação 
diferentes, se usarmos todos os ligantes facilitadores o 
resultado é uma interação de grau importante devido ao 
somatório da ação desses medicamentos, já que não 
competem. 
Agentes Gabaérgicos Relevantes 
- Ti a g a b i n a ➝ i n i b e a r e c a p t a ç ã o d e G A B A ; 
anticonvulsivante. 
- Vigabatrina ➝ in ibe a degradação de GABA; 
anticonvulsivante. 
- Benzodiazepínicos 
- Barbitúricos 
- Baclofeno ➝ agonista GABA B; utilizado como relaxante 
muscular. 
➝ Catecolaminas - NTs clássicos 
As catecolaminas são osneurotransmissores que apresentam 
um anel catecol em sua composição. Dentro dessa 
classificação temos a dopamina, noradrenalina (NA) e 
adrenalina (A). 
A adrenalina é um hormônio produzido pela supra-renal, mas 
também é um NT. 
As catecolaminas mais importantes são: dopamina e 
noradrenalina. 
A diferença de um neurônio dopaminérgico de um 
noradrenérgico é que o noradrenérgico possui a enzima 
Dopamina β -hidroxilase (converte dopamina em 
noradrenalina). 
A partir do aminoácido tirosina, a enzima Tirosina Hidroxilase, 
converte a tirosina em DOPA. 
Lembrando que a Tirosina Hidroxilase é a etapa limitante para 
a formação da dopamina e da noradrenalina. 
Tanto no neurônio dopaminérgico quanto no noradrenérginco 
existe a DOPA descarboxilase ou DAA que converte a DOPA 
em dopamina. Se o neurônio for dopaminérgico o processo 
termina nessa conversão. Agora, se ele for noradrenérgico, a 
Dopamina β -hidroxi lase, converte dopamina em 
noradrenalina. E, por último, se for ruim neurônio adrenérgico, 
ele tem a N-metiltransferase que transforma a NA em A. 
➝ Noradrenalina (NA) 
Possui função basicamente excitatória no SNC e está 
correlacionada a uma série de funções orgânicas (fisiológicas) 
como: alerta (sistema límbico: amídala), humor (pouca NA 
causa humor depressivo - sistema límbico: amídala); muita NA 
há muita agitação, responsividade, expansão e agressividade), 
controle central da PA (Locus coeruleus e núcleo trato solitário 
mandam eferência para o bulbo que faz o aumento da atividade 
tônus adrenérgico no simpático), termorregulação (aumento da 
T - hipotálamo), apetite (diminuição - hipotálamo) e inibição da 
dor (medula - ativação da via inibitória da dor). 
Então, no sistema de fuga a pessoa fica mais alerta, aumenta 
PA, diminui o apetite e ela para de sentir dor. 
O principal ponto de eferência de corpos de neurônios da NA, 
estão no Locus coeruleus e a partir daí são mandadas fibras 
adrenérgicas para todos o SNC que controlará essa série de 
funções fisiológicas. 
Possui receptores do tipo metabotrópicos: 
● 𝞪 -1 (Gq); 
● 𝞪 -2 (Gi) ➝ sempre Gi porque estávamos falando de 
terminal nervoso, então está nas terminações nervoso, sendo 
auto receptor inibitório 
● β -1, β - 2 e β - 3 (Gs). 
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Receptor GABA A
} potencializam GABA A
A enzima MAO (monoamina oxidade) é uma enzima que está 
dentro da fibra e faz a degradação das monoaminas, incluindo 
a NA, e na fenda possuímos a enzima COMT que é quem faz a 
degradação das catecolaminas na fenda sináptica. 
Agentes Noradrenérgicos Relevantes 
- Inibidores da MAO ➝ antidepressivos. 
- Inibidores da Recaptação de NA ➝ antidepressivos 
tricíclicos. 
- Cocaína ➝ inibe a recaptação de catecolaminas 
- Anfetamina (Metilfenidato, Venvanse) ➝ desloca e libera 
catecolaminas. 
- Clonidina ➝ agonista 𝞪 -2; diminui liberação de NA. 
➝ Dopamina (DA) 
Participa de 3 vias neurais importantes e nelas ela possui 
comportamentos de maneiras distintas. 
Possui papel em funções fisiológicas como: controle 
endócrino (síntese e liberação de prolactina), vômito 
(ZGQ), controle motor (movimentos finos, coordenados e 
simétricos - núcleo estriado), humor, cognição, memória e 
recompensa (prazer). 
As cores diferentes representam as vias que a dopamina 
participa. 
Além das vias acima, temos também uma via pelo córtex 
cerebral relacionada com a imaginação, criatividade e 
inteligência. 
Os principais corpos de neurônios dopaminérgicos se originam 
na substância negra e, de lá, são projetados para 3 grandes 
vias dopaminérfica. 
Possui receptores do tipo metabotrópicos: 
● Família D1 e D5 (Gs); 
● Família D2, D3 e D4 (Gi) ➝ temos aqui uma exceção de 
uma família de D2 do giro para-hipocampal que é Gq. 
Funções das Vias Dopaminérgicas 
Dividiremos as vias dopaminérgicas em 3. 
Via Nigroestriatal 
É a via que liga o núcleo estriado à substância negra. 
Nesse via temos o controle motor, mediado pelo estriado, de 
movimento simétricos, coordenados e finos. 
A diminuição de dopamina nesta via específica é a 
patofisiologia da doença de Parkinson. 
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Via Túbero-infundibular (hipofisária) 
Essa via é uma via hipofisário que faz o controle endócrino da 
produção de prolactina. 
Ao longo da vida, a dopamina está inibindo a liberação de 
prolactina e em alguns momentos específicos, como na 
lactação, essa dopamina, para de inibir essa síntese e a 
prolactina é liberada ao longo desse período. Portanto, toda 
vez que bloquearmos a dopamina, pode haver um bloqueio na 
região túbero-infundibular e a pessoa passará a produzir 
prolactina. Se a pessoa for mulher, produzirá leite, se for 
homem haverá o aumento da mama (ginecomastia). 
Às vezes, no homem, pode haver também a produção de um 
muco pelas glândulas mamária, sendo essa liberação chamada 
de galactorreia. 
Via Mesocorticolímbica 
É uma via que envolve a área cortical e área límbica. 
Na área límbica, há controle emocional e recompensa 
(satisfação, bem estar, prazer) e a via mesocortical, relacionada 
a atenção, cognição, memória, criatividade, senso crítico, 
senso de realidade, julgamento moral, filtros, etc. 
A diminuição de dopamina na via cortical causa transtornos de 
déficit de atenção (TDAH) e o aumento de dopamina na via 
mesolímbica causa a esquizofrenia e dependência. 
Nessa via, também estão os comportamentos expansíveis 
relacionado ao aumento de dopamina. 
Hoje sabe-se que usuários de drogas possuem aumento de 
dopamina ao ponto de que algum momento da vida leve ao 
desenvolvimento de esquizofrenia. No caso da maconha, o 
tempo de uso até esse desenvolvimento dura cerca de 20 
anos. 
Agentes Dopaminérgicos Relevantes 
 
- L-DOPA ➝ precursor da síntese de DA. 
- Bromocriptina ➝ agonista direto; reduz prolactina. 
- Cocaína ➝ inibe a recaptação de catecolaminas. 
- Anfetamina ➝ desloca e libera catecolaminas. 
- Antagomista D2 ➝ Plasil (antiemético - ZDG); Haloperidol 
e Clorpromazina (antipsicóticos e neurolépticos). 
➝ Serotonina (5HT) - NT clássico 
É o NT mais presente em todo o corpo, incluindo SNC, e 
importante em uma série de funções fisiológicas: 
termorregulação, apetite, transmissão da dor (aumento), 
controle do sono e controle do humor. 
A serotonina é um NT com característica modulatória, porque 
ela induzir ou diminuir o sono, pode melhorar ou piorar o 
humor. Então, ela possui função excitatório e inibitória. 
Ela é produzida a partir de um aminoácido, chamado 
Triptofano, que por meio da Triptofano hidroxilase é 
convertido em 5-Hidroxitriptofano e, depois, a 5-
Hidroxitriptamina (5-HT) que é a serotonina. 
A serotonina é uma amina biogênica, monomania, mas não 
uma catecolamina. 
A partir do núcleo da Rafe, onde se encontram os principais 
corpos de neurônios serotoninérgicos, é que há projeções 
serotoninérgica para todo o SNC. 
Há ações talâmicas, hipotalâmicas, da amídala, corticais, entre 
outras, que estão relacionados à serotonina. 
Na amídala, a presença de 5-HT leva à impulsividade, 
agressividade, insônia e etc. 
Humor ➝ a teoria monoaminérgica da depressão, diz que 
quando diminui a quantidade de 5-HT, existe o aparecimento de 
comportamento depressivos, assim como o aumento da 5-HT 
nas vias mesocorticolímbíca, a pessoa pode ter alucio\nações, 
disforia e etc. 
Dor ➝ na periferia a serotonina é um importante mediador da 
dor. 
No sistema vascular, a 5-HT, promove vasoconstrição. 
Possui uma série enorme de receptores, sendo dos tipos: 
metabotrópicos e ionotrópicos. 
● Receptores Metabotrópicos: família 5HT1, 5HT5 (Gi); 
família 5HT4, 5HT6, 5HT7 (Gs); família 5HT2 (Gq). 
● Receptores Ionotrópicos: família 5HT3 (Na⁺ e Ca²⁺). 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
} antiparkinsonianos
 
Importâncias da Tabela Acima 
● ➝ receptor Gi, diminui a atividade da Adenilato 
ciclase; presente no sistema límbico e cortical; ativação 
desse receptor por meio da Buspirona (agonista) que causaum efeito inibitório no SNC, com importância para diminuição 
de ansiedade. 
● e ➝ são auto receptores; controlam a 
liberação de serotonina. São alvos para os triptanos 
(Sumatriptano, Naratriptano - agonistas) que são 
medicamentos para enxaqueca que os inibem. A liberação de 
serotonina causa vasoconstrição e hipóxia de algumas áreas 
cerebrais causando a enxaqueca. O 5HT1D é um receptor 
pré-sináptico importante que estará em algumas regiões 
cerebrais relacionadas à liberação de serotonina e, também, 
relacionado ao efeito tardio de antidrepressivos. 
● ➝ é um receptor excitatório (Gq) em que há o 
aumento da PLC; quando há ativação desse receptor por 
substâncias (metiltriptofano, metilhidroxilina), temos alteração 
a nível cerebral com excitação de modo que apresenta-se 
alucinações, disforias, com o efeito do LSD (agonista). 
● ➝ canal de cátions (sódio e cálcio); está presente na 
área postrema e na ZGQ e é relacionado com excitação 
neural, náusea e vômito; portanto um antagonista 
(Ondansetrona) tem o efeito antiemético. 
Alguns outros receptores (não possui na tabela) da família 
 - excitação neuronal, serão importantes como alvos 
para alguns medicamentos com a capacidade antipsicótica. 
Então, antagonistas desses receptores, como a Respiridona 
(antipsicótico), fazem a modulação de comportamentos 
expansivos relacionados à serotonina. 
 
Agentes Serotoninérgicos Relevantes 
- Inibidores da MAO ➝ aumentando quantidade de 5-HT; 
- Inibidores da recaptação de 5-HT (ISRS) ➝ Fluoxetina, 
sertralina e escitalopram 
- Ondansetrona ➝ antagonista 5HT3; 
- Sumatriptano ➝ antagonista 5HT1D; anti-enxaqueca; 
- LDS ➝ agonista 5HT2. 
➝ Acetilcolina (Ach) - NT clássico 
A principal função da acetilcolina no SNC é modular a cognição 
e memória. Não existe formação de memórias de longa 
duração, sem a presença de Ach. Além disso, o excesso de 
Ach piora o controle motor, aparecendo síndromes extra 
piramidais, tremores e descontrole motor. 
O bloqueio de receptores de Ach causa a indução ao sono, 
uma vez que alguns receptores fazem psicoestimulação 
cerebral. Então quando a Ach se liga nesse receptores 
ionotrópicos no cérebro, temos estimulação neural, 
psicoestimulação, aumento da atenção, aumento da 
agressividade, aumento da impulsividade e etc. 
Já, a cognição e memória, estão relacionados com os 
receptores metabotrópicos. 
Possui dois tipos de receptores: ionotrópicos e metabotrópicos. 
● Receptores Metabotrópicos ➝ M1, M3 e M5 (Gq); M2 e 
M4 (Gi). 
● Receptores Ionotrópicos ➝ Nicotínicos (Na⁺). 
O principal local de corpos de neurônios da Ach, no SNC, são 
nos núcleos magnocelulares do prosencéfalo e a partir daí eles 
emitem projeções para todo o SNC. 
A Ach colina no SNC, é sintetizada da mesma maneira que no 
SNA. 
A partir de um precursor colina, ela é acetilada e dá origem a 
Ach. Então, a acetilcolina é veiculada e ancorada na membrana 
do neurônio e liberada na fenda. 
Na fenda, ela interage com um receptor muscarínico ou 
nicotínico e pode, ainda, ser degradada por uma 
Acetilcolinesterase. 
5HT1A
5HT1B 5HT1D
5HT2C
5HT3
5HT2
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Agentes Colinérgicos Relevantes 
- Inibidores da Acetilcolinesterase ➝ medicamento para 
Alzheimer. 
- Nicotina ➝ agonista nicotínico; 
- Escopolamina/Buscopan ➝ antagonista muscarínicos. 
- Cigarros/Droga de Abuso ➝ estimulante. 
➝ Mediadores Químicos 
Possuímos, ainda, outros tipos de mediadores químicos, que 
não tratamos com muita extensão por causa do tempo, mas 
que possuem importância igual ao dos NTs. 
Um dele é o sistema de transmissão da adenosina (purinas 
- cafeína: antagonista da adenosina), melatonina (controle 
do ritmo biológico), glicocorticoides (ansiedade, medo e 
memória) e histamina (dramin - antagonista: sono e 
emese). 
A adenosina é um NT inibitório e a histamina é um NT 
excitatório. 
A histamina no SNC, tem uma série de receptores, incluindo H1 
(metabotrópico Gq - aumenta PKC). 
 
➝ Neurotransmissores Atípicos/Não clássico 
Os NTs atípicos são aqueles que não respeitam um dos 4 
passos que já foi explicado sobre os Nas clássicos. 
 Óxido Nítrico (NO) 
Na transformação de uma aminoácido, chamado Argenina, em 
Citrulina, por meio de uma enzima chamada Óxido Nitro 
Sintase (NOS), ela dá origem ao óxido nítrico. 
O NO é uma molécula extremamente pequena, não é veiculado 
e é responsável por uma série de funções fisiológicas: controle 
motor, regula humor (torna mais irritável) e importante para a 
cognição e memória (melhora). 
Possui efeito excitatório. 
O alvo farmacológico do NO é o aumento do GMPc. 
Frente a ativação das enzima NOS, induzida pelo aumento da 
concentração de cálcio intracelular, ela produz o NO. Esse NO, 
vai para o neurônio pré-sináptico e, nele causa o aumento da 
liberação de glutamato. 
Esse NO, ainda, aumenta atividade da enzima Guanilato 
Ciclase Solúvel (sGC) e ela aumenta a produção do GMPc que, 
por último, faz o aumento da atividade da enzima, chamada 
PKG. 
A PKG tem a capacidade de aumentar a quantidade de 
liberação de glutamato, além de possuir ações próprias. 
A enzima fosfodiesterase (PDES) é a enzima que degrada o 
GMPc. Essa é uma maneira de controle dos efeitos do NO. 
Endocanabinoides (eCB) 
O nosso corpo produz, principalmente, dois tipos de 
e n d o c a n a b i n o i d e s : a n a n d a m i n a ( A E A ) e 2 -
araquidonoilglicerol (2-AG). 
Esses compostos são gerados tanto na periferia quanto no 
SNC e vão agir nos seus próprios receptores. Chamados de 
CB1 e CB2. 
Nesses mesmo receptores é que, os componentes ativos 
(THC) do Cannabis sativa, também vão agir. 
Os efeitos do THC são sonolência, falta de raciocínio lógico, 
aumento de apetite, vasodilatação (inicialmente de vasos da 
esclera). 
Portanto, as ações dos eCB são predominantemente 
inibitórias. Algumas funções fisiológicas dos eCB são: piora do 
controle motor, humor menos expansível, piora a cognição e 
memória, aumento do apetite e inibição do vômito. 
Possuem receptores do tipo metabotrópicos: CB1 E CB2 (Gi). 
Frente a algum tipo de demanda, o neurônio pós-sináptico, 
produz tanto 2-AG quanto AEA, liberando-os. Então, eles 
alcançam seus receptores a nível pré-sináptico e a ativação 
desses receptores por meio de uma Gi causa a inibição, a nível 
pré-sináptico, de glutamato. 
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Buscopan 
No Brasil, possuímos a Butilbrometo de Escopolamina que 
é o antagonista muscarínico. Esse agrupamento 
butilbrometo, confere à escopolamina uma alta polaridade e 
assim o Buscopan não atravessa a BHE. 
Se a escopolamina sozinha atravessar a BHE, ela 
antagonizará os receptores muscarínicos no SNC e 
teremos sonolência, amnésia e confusão mental. 
Potencial Terapêutico dos eCBs 
- Antidepressivos 
- Ansiolíticos ➝ por fazer a diminuição da liberação de 
glutamato, causa a excitação do SNC e diminuição dos 
comportamento expansivos. 
- Antipsicóticos 
- Neuroprotetor 
- Anticonvulsivante ➝ ação liberada no mercado; 
- Antieméticos 
- Analgésicos ➝ a condução da dor também e dependente 
de glutamato e com agonistas de CB1, diminui a condição 
de glutamato, diminuindo a dor. 
Rimonabanto ➝ exemplo de fármaco que não é um 
medicamento. É um antagonista dos receptores CB1, só 
que não existe na forma de medicamento, apesar de já ter 
sido de 2002-2006. Ele era vendido no Brasil com nome 
de Acomplia. Hoje em dia ele não possui mais uma forma 
farmacêutica e só conseguimos compras na forma de pó, 
para pesquisas. A comercialização dele na forma de 
medicamento foi proibida. História do rimonabanto: ele é 
u m a n t a g o n i s t a C B 1 d e u m s i s t e m a d e 
neurotransmissnao (o qual não vamos estudar), chamado 
de sistema endocanabinoide. Esse sistema possui 3 
sistemas de receptores clássicos: CB1, CB2 e CB3. Se 
quando alguém fuma maconha, tem a chamada ‘pira’, 
significa que de maneira endógena nós temos um 
receptor para aquilo. Então, foi descoberto que existe um 
sistemaendógeno que reconhece o delta-9 que é HC e 
faz agonismo naqueles receptores. Uma das reações 
mais adversas da ‘brisa’ de fumar maconha é a fome. Se 
o delta-9 THC é agonista CB1 e como resultado disso 
temos fome, a indústria farmacêutica pensou que se caso 
inibisse esse receptor, também inibiríamos a fome. 
Portanto, criaram o SB601, o antagonista CB1 de nome 
rimonabanto e deram o nome comercial de Acompia e 
lançaram no mercado. O que aconteceu? O rimonabanto 
não era só tão bom como antagonista CB1 como, 
também, antagonista CB3. Ele inibia a fome sim, e ativava 
a lipólise abdominal. Então, de 2-3 meses a pessoa 
secava. Em 6 meses o tratamento estava completo com o 
rimonabanto, mas um mês depois a pessoa se suicidava. 
Foi tirado do mercado, pois percebeu-se que o CB1 
também está no sistema límbico e age como 
antidepressivo, ou seja, bloqueá-lo causa depressão. 
Atualmente, fala-se de um componente canabinoide, o 
canabidiol, que é agonista de receptores CB1 e não 
causa os efeitos dissociativos que o delta-9-THC causa. 
Portanto, ele é uma droga sem efeito psicomimética. 
Esse composto é liberado para o tratamento de epilepsia 
e já possui produção brasileira de medicamentos à base 
de canabidiol. Ele é uma substância purificada, não é 
somente o extrato da folha da maconha. 
➝ Classificação dos Psicofármacos (OMS- 1967) 
Lembrando que psicofármaco são aqueles que, além de 
agirem no SNC - conceito de psicotrópicos-, alteram a 
psiquê (comportamento). 
São classificados em depressores, estimulantes ou 
perturbadores do SNC. 
Depressores do SNC 
São aqueles que diminui a atividade elétrica no SNC. 
Fazem efeito com características inibitórias. 
● Ansiolíticos e sedativos (hipnóticos) ➝ causam o 
sono, reduzem a ansiedade. São eles: midazolam e 
pentobarbital. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
CUIDADO 
Depressor do SNC ≠ Doença Depressão Maior 
Depressor do SNC ➝ fármacos que tem a capacidade de 
diminuir a condutância elétrica no SNC. Favorecem a 
hiperpolarização. 
Doença Depressão Maior ➝ doença psiquiátrica, 
relacionado a mudança da concentração de serotonina e 
noradrenalina e outros fatores. 
● Antipsicóticos (neurolépticos ou tranquilizantes 
maiores) ➝ aliviam sintomas da esquizofrenia. São 
eles: haloperidol e clozapina. 
● Analgésicos opioides ➝ controle de dor. Ex.: morfina. 
● Anestéscios ➝ São eles: propofol, halotano e 
quetamina. 
● Etanol 
Estimulantes do SNC 
São aqueles que aumentam a atividade elétrica do SNC. 
● Estimulantes psicomotores ➝ induzem estados de 
alerta e euforia. São eles: nicotina, cafeína, anfetamina 
e cocaína. 
● Antidepressivos ➝ aliviam sintomas da depressão, 
por isso são considerados estimulantes e não porque 
eles estimulam literalmente o SNC. São eles: fluoxetina 
e imipramina. 
● Reforçadores da Cognição ➝ melhoram a memória e 
o desempenho cognitivo. Ex.: rivastigmina e donezepil. 
Agonistas AMPA e NMDA, também poderiam entrar aqui. 
Perturbadores do SNC 
Fazem um ‘mix’ de depressão e excitação no SNC e 
mudam a percepção. São as drogas de abuso. 
● Drogas alucinógenas ➝ causam distúrbios visuais, 
auditivos, olfatórios, auditívos, na percepção e 
comportamento. São elas: LSD e ecstasy. 
➝ Doenças do SNC e Neurotransmissão 
● Ansiedade ➝ nesse transtorno temos pouco GABA e 
muito glutamato. Então, os medicamento serão 
projetados ou para aumentar o GAB, ou para diminuir o 
glutamato. Muita ou pouca serotonina também causam 
ansiedade, então a regulação desses níveis são 
importantes, principalmente se for a nível do receptor 
5HT1A. Por fim, muita noradrenalina piora os 
comportamentos de ansiedade. 
● Depressão maior ➝ a teoria atual para essa doença 
diz que os indivíduos possuem pouca serotonina, 
noradrenalina ou dopamina. Portanto, em áreas 
importantes como no sistema límbico haverá pouco 
desses NTs, fazendo com que o intuito dos 
medicamentos seja aumentar a quantidade disponível 
dos mesmo. 
● Esquizofrenia ➝ sabe-se que existe muita dopamina. 
Então, os medicamentos serão projetados para 
diminuição da transmissão dopaminérgica. 
● Insônia ➝ há pouco GABA e pouca serotonina. Então, 
os medicamentos serão feitos para aumentar o GABA 
ou a transmissão da serotonina. 
● Epilepsia ➝ existe muito glutamato ou pouco GABA. 
Então, os medicamentos serão feitos para aumentar o 
GABA ou diminuir o glutamato. 
● Doença de Parkinson ➝ o paciente possui pouca 
dopamina e muita Ach. Então, os medicamentos serão 
feitos para aumentar a dopamina e/ou diminuir Ach. 
● Doença de Alzheimer ➝ há a presença de muito 
glutamato e pouca Ach. Então, os medicamentos serão 
projetado para diminuir o glutamato ou para aumentar a 
transmissão da Ach. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG

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