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Farmacologia - Fármacos Que Atuam no SNC

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Farmacologia – Drogas Que Atuam no Sistema Nervoso Central – Bases 
Fisiológicas, Receptores Centrais, Potencial de Ação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
FARMACOLOGIA – DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA 
NERVOSO CENTRAL – BASES FISIOLÓGICAS, 
RECEPTORES CENTRAIS, POTENCIAL DE AÇÃO
O PULO DO GATO
Trata-se de um assunto que não cai com frequência nas provas. Quando cai, ocorre de 
forma arbitrária, por isso a orientação é que o candidato memorize o conteúdo.
Obs.: � É necessário observar os medicamentos que estão na Portaria n. 344.
1. Sistema Nervoso
• Receptores Centrais:
– Inibitórios: Gaba, Glicina.
– Excitatórios: Glutamato Aspartato.
– Luta/Fulga: Acetilcolina (T. Colinérgica) – presente na junção neuromuscular; res-
ponsável pela contração muscular.
– Catecolaminas: Estado de calma (T.adrenérgica). 
5m
Dopamina: D1/D5(E). 
D2/D3/D4(l)
Noradrena-
lina: Alfa1(E).
Alfa2(l). Beta (E)
Serotonina: 
5HTI/5HT2(humor, enxa-
queca). 5HT3(êmese).
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Farmacologia – Drogas Que Atuam no Sistema Nervoso Central – Bases 
Fisiológicas, Receptores Centrais, Potencial de Ação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Obs.: � Sabendo qual o tipo de receptor tem ação estimulatória ou inibitória, é possível prever 
o mecanismo de ação de alguns medicamentos.
2. Potencial de Ação
 
• Quando ocorre o estímulo, os fármacos do SNC promovem o fechamento do Potássio 
e a abertura do canal de Sódio, de forma que aumete a quantidade de íons positivos 
no interior da célula. Assim, ocorre uma despolarização da célula.
• PEPS: potencial excitatorio pós-sináptico;
• PIPS: potencial inibitório pós-sináptico.
DIRETO DO CONCURSO
1. (2016/IBFC/EBSERH-FARMACÊUTICO) Existem muitos conceitos errôneos em torno 
das origens e até mesmo das definições do abuso e da dependência das drogas (con-
siderando aqui inclusive, a definição legal de droga: substância ou matéria-prima que 
tenha finalidade medicamentosa ou sanitária). As drogas variam quanto à sua capaci-
dade de produzir sensações agradáveis imediatas no usuário. Sobre drogas que são 
estimulantes do sistema nervoso central (SNC), assinale a alternativa correta:
a. O propofol é um agente estimulante do SNC, com estrutura química similar à da 
cetamina. Sua forma de apresentação é em solução injetável em emulsão a 1% (10 
mg/ml – miligramas/mililitro), já que o mesmo é essencialmente insolúvel em solu-
ções aquosas.
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Farmacologia – Drogas Que Atuam no Sistema Nervoso Central – Bases 
Fisiológicas, Receptores Centrais, Potencial de Ação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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b. O metilfenidato é um derivado da piperidina, estruturalmente relacionado com a anfe-
tamina. Em grandes doses provoca sinais de estimulação generalizada do SNC, 
podendo levar a convulsões.
c. O mazindol é um derivado da piperidina, estruturalmente relacionado com a ceta-
mina, com capacidade de diminução do apetite e possui propriedades estimulantes 
maiores do que a anfetamina.
d. O topiramato tem sido utilizado como agente anorexígeno porque esse efeito prova-
velmente é decorrente da sua capacidade de diminuir correntes pós-sinápticas do 
receptor gabaérgico (GABAA) e ao mesmo tempo aumentar a ativação do subtipo 
cainato do receptor glutamato.
e. A fluoxetina é fármaco de escolha para tratamento da depressão, por ser capaz de 
produzir efeitos estimulantes, uma vez que a hipótese monoaminérgica, sugere que 
nos pacientes portadores de depressão há uma diminuição das monoaminas na fenda 
sináptica. A fluoxetina, que é classificada como um inibidor da monoaminoxidase 
(IMAO), inibe a enzima responsável pela degradação das monoaminas, permitindo 
que haja uma maior concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica 
COMENTÁRIO
• Propofol não é um estimulante.
• Cetamina é um anestésico; não é estimulante.
• Nenhum fármaco relacionado com a anfetamina será considerado estimulante maior 
que a anfetamina.
• Anorexígeno não diminui GABAA.
GABARITO
1. b
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Fármacos Que Atuam no SNC
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC
INTRODUÇÃO
Os tópicos a serem abordados neste bloco serão os seguintes:
• Divisão do Sistema Nervoso. A título de revisão, veremos como se divide o sistema 
nervoso (central e periférico), além de termos e de conceitos referentes.
• Canais Iônicos e Receptores de Neurotransmissores. Abordaremos os canais iôni-
cos controlados por voltagem e os controlados por ligantes; ademais, revisaremos os 
receptores específicos, os metabotrópicos.
• Sinapses e Potenciais Sinápticos. Trataremos das sinapses e de como elas ocor-
rem e, adiante, trataremos dos tipos de potenciais sinápticos existentes (estimulatório 
e inibitório).
• Locais de ação das Drogas. Veremos onde a droga atua, a nível de sistema ner-
voso central.
• Neurotransmissores Centrais. Revisaremos os principais neurotransmissores cen-
trais e suas características. Veremos também agonistas e antagonistas dos receptores 
centrais. Citaremos alguns dos principais fármacos que atuam antagonizando esses 
receptores. Note que o principal mecanismo de ação de fármacos do SNC é antagoni-
zar o receptor central – entender esse fato é requisito básico para bom desempenho 
nas provas de farmacologia. 
• Classes Terapêuticas que atuam no Sistema Nervoso Central. Abordaremos as 
classes terapêuticas dos fármacos e quais grupos farmacológicos atuam nas classes.
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Fármacos Que Atuam no SNC
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso se divide em duas partes, de forma anatômica e de forma funcional. 
A primeira parte é a mais sensível, mais inacessível, a parte central; a segunda parte é o 
sistema nervoso periférico.
Quanto ao sistema nervoso central, seus mecanismos e suas ações fisiológicas são 
menos elucidados, justamente pela dificuldade de acesso do estudioso a esses locais – isso 
porque estamos tratando de cérebro e de medula, principais divisões do sistema nervoso a 
nível central. Essas duas frações são locais muito sensíveis, em que uma alteração fisioló-
gica neles podem acarretar consequências irreversíveis, daí a dificuldade de os estudar in 
vivo. Por fim, sobre os fármacos que atuam a nível central, observaremos por muitas vezes 
que eles trazem hipóteses de mecanismos de ação, e não propriamente mecanismos con-
firmados. 
É o sistema nervoso central que controla todo nosso corpo, a partir do envio de impulsos 
nervosos ou comandos de ação para todos os órgãos e sistemas do nosso corpo. Essas 
informações são repassadas através de potenciais sinápticos, que partem de nervos. Ade-
mais, os potenciais sinápticos utilizam-se de gânglios como vias para chegar até o órgão ou 
o sistema envolvido. Então, o comando parte do sistema nervoso central para o periférico. 
Muitas vezes, informações chegam do sistema nervoso periférico para o central, a fim de que 
se obtenha alguma reação.
Em relação ao sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico é de mais fácil 
acesso para realização de estudos in vivo, a fim de elucidar os fármacos. Issose dá porque 
o sistema nervoso periférico é menos sensível a nível de consequência funcional. Por isso, 
trabalhar com tecidos do sistema nervoso periférico é menos danoso do que trabalhar com 
os tecidos do sistema nervoso central.
O sistema nervoso periférico compõe-se em nervos aferentes ou eferentes e em gân-
glios. Os nervos se caracterizam por feixes – são fibras nervosas, de formato linear. Por outro 
lado, os gânglios são amontoados de neurônios. Nervos aferentes são sensitivos – nervos 
que atuam em locais que independem de vontade do indivíduo para estímulo –, já os efe-
rentes são mais característicos de funções motoras – estão mais presentes em musculatura 
esquelética e em órgãos em que a vontade do indivíduo comanda a ação do nervo. 
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A nível de funcionamento, o sistema nervoso periférico tem a função principal de fazer 
a ligação do sistema nervoso central aos demais órgãos, tecidos e sistemas do corpo. Ade-
mais, o sistema nervoso periférico atua de duas formas: autônoma ou somática. Na forma 
autônoma, o sistema nervoso periférico tem característica de comandos involuntários. Logo, 
não há dependência da vontade do indivíduo. Por exemplo, contração muscular cardíaca, 
peristaltismo e funcionamento da musculatura do diafragma são resultados de comandos 
involuntários. Por outro lado, o sistema nervoso periférico somático depende da vontade do 
indivíduo; portanto, é voluntário. Ele atua principalmente na musculatura esquelética. Os 
movimentos da fala e de aceno das mãos são exemplos de movimentos que exigem volun-
tariedade do indivíduo.
O sistema nervoso autônomo, de forma didática e funcional, divide-se em três sistemas 
nervosos: o simpático, o parassimpático e o entérico.
O entérico é um sistema nervoso à parte. O trato gastrointestinal possui um controle ner-
voso próprio, o que explica as reações fisiológicas gastrointestinais que temos ao sermos 
estimulados com emoções – como o medo ou o nervosismo, que resulta em efeitos vindos 
do sistema nervoso entérico, como desconforto na região do intestino. 
Por outro lado, temos os sistemas nervosos simpático e parassimpático. O sistema ner-
voso simpático tem como principal função o estímulo, enquanto o parassimpático tem como 
principal função a inibição. O sistema nervoso simpático conta com dois neurotransmissores 
principais: a adrenalina e noradrenalina, que também atuam em conjunto com outros neuro-
transmissores. Já o sistema nervoso parassimpático conta com a acetilcolina.
Obs.: � os termos mimético e lítico são empregados tanto em enunciados quanto em asser-
tivas de questões.
O termo mimético diz respeito ao grupo de medicamentos (classe terapêutica) que possui 
característica de imitar qualquer dos dois tipos de sistema nervoso. Assim, por exemplo, falar 
de simpatomimético é falar de um grupo de fármacos que imitam a ação do sistema nervoso 
periférico autônomo simpático; já falar de parassimpatomimético é falar de um grupo de 
drogas que imitam a ação do sistema nervoso periférico autônomo parassimpático.
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Fármacos Que Atuam no SNC
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Por sua vez, o termo lítico diz respeito ao efeito contrário. Logo, um grupo de fármacos 
simpatolítico é aquele que, uma vez ligado ao receptor, desencadeia resposta contrária ao 
sistema nervoso periférico autônomo simpático; e um grupo de fármacos parassimpatolítico 
é aquele que, uma vez ligado ao receptor, atua de forma contrária ao sistema nervoso peri-
férico autônomo parassimpático. 
Por fim, observe o esquema abaixo, que ilustra o que está posto acima:25m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
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Fármacos que Atuam no SNC II
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC II
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
De forma geral, no que tange ao mecanismo de ação, os fármacos atuam por meio de 
receptores que modulam a transmissão sináptica. Somente dois grupos de fármacos – os 
anestésicos locais e o álcool – atuam de forma inespecífica sobre membranas; trata-se de 
um mecanismo de ação raro. A característica dos fármacos que atuam de forma inespecífica 
sobre membranas que promovem a interação deles com o sistema nervoso é a lipofilicidade.
Os tipos de receptores da grande maioria dos fármacos são os canais iônicos (receptores 
ionotrópicos) e os receptores ligados à proteína G (receptores metabotrópicos). Os fármacos 
do sistema nervoso central têm mecanismo de ação geral, principalmente por meio da inte-
ração do fármaco com o receptor específico. Essa interação resulta em um efeito farmacoló-
gico que altera a transmissão sináptica. A alteração da transmissão sináptica pode objetivar 
aumentar a transmissão, sendo estimulatória, ou pode objetivar inibir a transmissão, sendo 
inibitória.
Observe que o termo ionotrópico, em receptores ionotrópicos, se dá porque são canais 
proteicos imersos na membrana – bicamada lipídica – que se preenchem de água, produ-
zindo no meio uma passagem hidrofílica, um canal. Note que isto difere-se da característica 
da bicamada lipídica, por meio da qual fármacos com alta lipofilicidade passam com mais 
facilidade. Por isso, um canal proteico imerso na bicamada lipídica e preenchido de água se 
torna um local que traz grande afinidade por moléculas hidrofílicas (íons) – é o caso do cálcio, 
do potássio e do sódio. 
As proteínas transmembranas – especialmente a proteína G – não são simples canais 
de abertura e fechamento. Por exemplo, essas proteínas passam pela camada lipídica por 
sete vezes e têm subunidades. Muitas vezes, elas têm um sítio extracelular de ligação a uma 
determinada droga ou um determinado neurotransmissor. Na parte intracelular, elas pos-
suem subunidades que irão interagir com enzimas ou irão sofrer fosforilação, se difundindo 
à membrana e atingindo alvos mais distantes, em que os alvos podem ser canais iônicos ou 
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Fármacos que Atuam no SNC II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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outro receptor qualquer. Justamente por esse processo, os receptores proteicos transmem-
branas demandam mais tempo para que o sinal aconteça; por outro lado, o alcance do sinal é 
superior ao dos receptores ionotrópicos, uma vez que eles induzem a formação de segundos 
mensageiros que amplificam o sinal iniciante dado. Por fim, tenha em mente que as proteínas 
transmembranas – especialmente a proteína G – não necessariamente se ligam a íons; elas 
têm afinidade por metabólitos e agonistas quaisquer, daí o termo metabotrópico. 
Os receptores ionotrópicos precisam abrir e fechar. Essa abertura e esse fechamento 
não são aleatórios; são controlados por voltagem ou por ligantes. Os receptores iônicos liga-
dos por voltagem se abrem e permitem a passagem dos íons quando ocorre a presença de 
alguma diferença eletroquímica na célula – a presença do cálcio, por exemplo. Já os canais 
iônicos dependentes ou controlados por ligantes dependem de um ligante, de uma molécula 
específica se ligar para promover a abertura do canal.
Observe as figuras abaixo, que representam quatro formas diferentes de atuação de um 
fármaco no sistema nervosocentral a partir de diferentes receptores.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Na figura A, temos um canal iônico regulado por voltagem, o que significa que a presença 
de voltagem promoverá a abertura do canal.
A figura B representa um canal iônico regulado por ligante. Acima da origem da linha 
pontilhada, é possível observar um retângulo pequeno; trata-se de um agonista endógeno ou 
uma droga que obrigatoriamente deve ser ligar ao sítio específico (no caso da figura, ao sítio 
que leva a linha pontilhada e a seta) para promover a abertura. Note que a maioria dos canais 
iônicos regulados por ligante precisam do agonista endógeno, chamado de neurotransmis-
sor. Ademais, a maioria das drogas atuam como antagonista desse neurotransmissor.
Na figura C, temos um exemplo de receptor acoplado à proteína G. Quando o agonista 
(retângulo pequeno, na figura) se liga ao sítio de ação, a proteína G será ativada. Por sua 
vez, a proteína G se deslocará e atingirá outro canal iônico. Ocorrendo isto, teremos a pas-
sagem do íon. Essa passagem demora mais tempo para abrir, por depender de diversos 
processos. Note, contudo, que a figura traz uma representação simplória da proteína G, que 
conta com subunidades. 
Na figura D, temos um ligante (retângulo pequeno) que irá se ligar ao sítio de ação espe-
cífico do receptor, o que acarretará ativação da proteína G. Até agora, temos os mesmos 
processos iniciais representados na figura anterior. Contudo, aqui, a proteína G não somente 
se difundirá pela membrana como irá ativar uma enzima. Essa enzima irá produzir segundos 
mensageiros. Um segundo mensageiro poderá ser, por exemplo, um AMP cíclico, com carac-
terística estimulatória. Será esse AMP cíclico que irá promover a abertura do canal iônico. 
DIRETO DO CONCURSO:
1. (IADES/EBSERH/FARMACÊUTICO/2014) A maior parte do mecanismo de ação de fár-
macos se dá por meio da associação destes às macromoléculas específicas, de forma 
a alterar as atividades bioquímicas e biofísicas dessas macromoléculas. Acerca desse 
assunto, é correto afirmar que a interação de um fármaco a um receptor:
a. Metabotrópico produz o seu efeito, ao ser ativado, permitindo a passagem de íons, 
como com Na+, K+ ou Cl.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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b. Acoplado funcionalmente a proteínas G intracelulares, ao ser ativado, produz seu 
efeito sofrendo dimerização e transfosforilam resíduos de aminoácidos no receptor e, 
com frequência, em proteínas citosólicas-alvo.
c. Ionotrópico, que ao ser ativado gera uma alteração de sinalização no interior da célula, 
causando a ativação ou inibição de um domínio intracelular enzimático.
d. Transmembrana com domínios citosólicos enzimáticos transduzem uma interação de 
ligação com ligantes extracelulares em uma ação intracelular através da ativação de 
um domínio enzimático ligado.
e. Nuclear produz seu efeito iniciando uma cascata de eventos intracelular com a produ-
ção de um segundo mensageiro.
COMENTÁRIO
a. O receptor metabotrópico pode produzir um efeito permitindo a passagem de íons, se a 
proteína tiver como alvo o canal iônico. Contudo, a passagem de íons é sempre feita atra-
vés de um canal iônico. Por isso, mais adequado seria ionotrópico no lugar de metabotró-
pico, no texto da alternativa.
b. Muitas vezes, o receptor acoplado à proteína G ativa essa proteína. Quando ativada, a 
proteína se subdivide em unidades. Essas subunidades, quando ativadas pelo receptor, 
podem ativar um canal iônico ou se difundir para outro local da membrana plasmática e 
atingir outro alvo. Esse alvo pode ser, perfeitamente, intracelular.
c. O receptor ionotrópico, ao ser ativado, se abre, alterando a sinalização no interior da 
célula, uma vez que ele altera a característica eletroquímica dessa célula, o que causa ati-
vação ou inibição. No entanto, é inadequado dizer que a ativação ou inibição é de um domí-
nio intracelular enzimático. Muitas vezes, a entrada desse íon não interferirá em nenhuma 
cadeia enzimática. É comum que a simples inversão da carga da célula resulte em uma 
ativação, em um impulso nervoso. Então, não necessariamente deve haver uma ativação 
enzimática intracelular. 
d. O ligante não precisa ser necessariamente extracelular – ele pode ser também intracelu-
lar –, considerando que o receptor tem domínio citosólicos enzimáticos.
e. Nesse caso, muitas vezes não ocorre a produção de um segundo mensageiro. O recep-
tor nuclear pode produzir seu efeito suprimindo ou expressando algum gene específico. 
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC III
SINAPSES E POTENCIAIS SINÁPTICOS
O processo se inicia com os canais de cálcio que se localizam no final da terminação 
pré-sináptica. O cálcio é muito importante na modulação de diversas atividades metabólicas 
porque o promove a fusão da vesícula contendo neurotransmissor com a membrana pré-
-sináptica. Uma vez presente na célula pré- sináptica, promoverá a fusão da vesícula con-
tendo neurotransmissores com a membrana pré-sináptica.
A presença do íon cálcio promove a fusão da vesícula cheia de dopamina com a mem-
brana plasmática. Essa difusão do neurotransmissor na fenda sináptica até o receptor vai 
gerar a diferença de potencial ou a alteração na condução de íons na célula pós-sináptica.
O cálcio chega à célula pré-sináptica, sinaliza para a vesícula se difundir até a membrana 
e ser disposto para sua ação na fenda sináptica. Ao chegar à fenda encontra os receptores.
Desligado o receptor, o neurotransmissor promove a interação com o receptor, produzindo o 
efeito farmacológico característico.
O neurônio produz os seus neurotransmissores específicos, no caso, a dopamina, e esta 
não fica difusa no líquido intracelular, mas armazenada em vesículas. Essas vesículas per-
manecem aguardando algum sinal químico: a presença do cálcio, tão importante na modu-
lação metabólica do organismo.
A presença do cálcio sinaliza que essa vesícula, uma vez cheia de neurotransmissor, já 
pode se difundir na célula pré-sináptica até a sua membrana. Chegando à membrana pré-
-sináptica, ela se difunde e libera o neurotransmissor na fenda sináptica.
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Fármacos que Atuam no SNC III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A fenda sináptica é o espaço onde efetivamente ocorre a sinapse, onde o neurotransmis-
sor é lançado, entra em contato com a célula pós-sináptica.
A célula pós-sináptica possui receptor ou porta de entrada que têm afinidade especí-
fica para aquele neurotransmissor. Uma vez na fenda sináptica, o neurotransmissor pro-
cura o seu receptor específico e interage com ele. Isso ocasiona o seu efeito farmacológico 
característico.
Caso seja um neurotransmissor interagindo com receptor de característica inibitória, irá 
estimular a inibição. Caso seja um neurotransmissor interagindo com receptor de caracterís-
tica estimulatória, irá promover o estímulo ou o aumento do impulso.
O estímulo ou inibição dependem da característica eletroquímica da célula. Como ocorre 
esse potencial sináptico? Qual é osinal químico? A presença do íon cálcio na célula pré-
-sináptica, no meio extracelular. Quando há algum estímulo ele entra na célula e este é o 
sinal das vesículas de neurotransmissores se difundirem na membrana pré-sináptica para 
serem dispostas na fenda sináptica. 
A última etapa da sinapse seria a alteração na condutância na célula pós-sináptica, o que 
significa diferente carga.
Potencial de Ação
Observe abaixo o que acontece com o Axônio e com a fenda sináptica.
A célula em repouso normalmente tem essa característica: positivo de fora negativa por 
dentro. As bancas utilizam os termos “polarizada” e “despolarizada”. Uma forma de recordar 
é usar o seguinte macete: “polarizada” inicia com a letra “p” de “parada”; “despolarizada” 
implica descontrole, logo, descontrolada.
Quando ocorre a presença do cálcio dentro do neurônio e a liberação da vesícula cheia 
de neurotransmissor ocorre uma inversão das cargas. O sódio entra na célula polarizada. 
Para a célula negativa se tornar positiva no seu interior deve-se entrar íons positivos e pren-
der os que já são positivos dentro da célula. Quando a célula é ativada fecham-se os canais 
de potássio e se abrem os canais de sódio. 
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O impulso nervoso é essa a inversão de condutância de célula para célula propagando o 
impulso. A célula em repouso tem a característica negativa intracelular e positiva extracelu-
lar. Quando ocorre esse sinal químico de ativar a célula ocorre o fechamento do potássio e a 
entrada do sódio alcançando um estado de ação, o estado despolarizado da célula.
A célula em está repouso parada – polarizada – e em ação, despolarizada.
Na Fenda sináptica, o nome que se dá ao tipo diferente de potencial de ação depende 
da ação deles. Se for para estimular, chama-se PEPS (potencial estimulatório pós-sináptico). 
Quando o estímulo é estimulatório aumenta o sódio e aumenta o cálcio. Esse tipo de ação 
é promovido por neurotransmissores excitatórios atuando sobre um receptor ionotrópico 
aumentando a permeabilidade dos íons positivos.
Exemplo: uma pessoa deprimida. É necessário um medicamento para estimular o sis-
tema nervoso através de um PEPS que seria um neurotransmissor com caráter excitatório 
atuando sobre o receptor ionotrópico promovendo a abertura de canais de íons positivo.
Quando a questão de prova mencionar PEPS está se referindo a potencial estimulatório, 
logo, pensa-se em neurotransmissor com característica estimulatória. O canal iônico precisa 
permitir a entrada de íons positivos para estimular uma célula e permitir a entrada de nega-
tivos para inibir uma célula.
Por outro lado, o PIPS é o potencial inibitório. Esse potencial aumenta a saída, também 
atua sobre canais iônicos de íons positivos, mas aumentando a saída de potássio. Mesmo 
em repouso, na célula polarizada há potássio, mas quando o estímulo é inibitório, o neuro-
transmissor se liga a esse canal iônico de potássio. Saindo carga positiva, automaticamente 
a célula se torna mais negativa. 
O PIPS além de promover a abertura do canal de potássio e saída do potássio, promove 
a abertura do canal de cloro e entrada de cloro. Os neurotransmissores que estimulam ações 
inibitórias produzem a abertura do canal de cloro para entrada de cloro e negativar mais 
ainda a célula e; abertura do canal de potássio para saída do potássio da célula.
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Fármacos que Atuam no SNC III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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É muito frequente o número de questões de fármacos no sistema nervoso central que 
caiem sobre isso. Basta recordar que célula polarizada é célula parada cuja característica 
eletroquímica interior é negativa. Caso se deseje mudar a condutância dela é preciso positi-
var a parte intracelular dessa célula.
Todos os fármacos que atuam inibindo o sistema nervoso central atuam inibindo o canal 
de potássio e abrindo o canal de cloro para entrada de íons cloro negativando mais ainda. 
Fármacos que estimulam o sistema nervoso central fazem o contrário: aumentam o canal de 
abertura de sódio, fecham os canais de potássio e não permitem a entrada de cloro. Assim, 
despolarização a célula e estimula o sistema nervoso como um todo.
Se estiver se referindo a um antidepressivo, ja sabe se estimula ou inibe o sistema ner-
voso. Caso estimule, você cria o raciocínio em relação à célula polarizada ou despolarizada, 
que tipo de canal o medicamento deve atuar.
Então, para ter um potencial inibitório, o neurotransmissor estimula a abertura de canais 
de cloro seletivo negativando o interior celular. Anestesia, depressor, calmantes, hipnóticos, 
sedativos, para induzir o sono são exemplos de grupos de medicamentos que atuam na 
hiperpolarização. 
Abaixo, uma figura que mostra o potencial de ação. O potencial de ação é justamente a 
variação do potencial de membrana para valores positivos depois retornando ao valor normal 
de repouso.
A célula normalmente tem essa característica de voltagem - 70 Minilivolts. Quando ocorre 
um estímulo, ocorre um aumento de até, mais ou menos, 40 milivolts. Essa alternância de 
condutância gera diferença de potencial. Essa variação no potencial da membrana é cha-
mada de potencial de ação. Ocorre a despolarização, ativando a célula, e, depois, ela volta 
para o seu estado normal. Este estímulo tem uma média de duração de 3 milissegundos.
Observe na figura que a sua propagação é irreversível, teoria do tudo ou nada. Ou o estí-
mulo se inicia e promove a despolarização, ou ele nem se inicia.
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Fármacos que Atuam no SNC III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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O impulso nervoso se propaga de forma irreversível. No momento em que ele passa pela 
fibra os espaços em que a diferença iônica já se propagou, ela volta e vai se regularizando. 
A figura e o gráfico são representações do potencial que igualmente caem em prova. Pode 
surgir uma figura para você interpretar e responder a cerca desse impulso nervoso e a lei do 
tudo ou nada e a troca de cargas da despolarização e regularização como pode aparecer 
também um gráfico mostrando a alteração da voltagem com a despolarização. Potencial de 
ação é esse pico ou variação do potencial da membrana de valores negativos para valores 
positivos e voltando ao repouso.
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Fármacos que Atuam no SNC IV
FARMACOLOGIA
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC IV
Locais de Ação das Drogas
Observe a imagem de um livro do autor Bertram G. Katzung que ilustra de forma sim-
ples os locais onde as drogas atuam no sistema nervoso central. Nas aulas passadas foi 
visto sobre a célula pré-sináptica, a fenda e a célula pós-sináptica, o calço da vesícula de 
neurotransmissores. Trata-se da mesma imagem somente sem a demonstração dos canais 
de iônicos.
O principal mecanismo de ação de fármacos do sistema nervoso central é a interação 
com receptores específicos para alterar a transmissão sináptica aumentando com caracterís-
tica estimulatória ou inibindo a transmissão tendo a característica inibitória.
Outra forma de mecanismo de ação seria mais difusa, mais inespecífica sobre mem-
branas próprias de anestésicose álcoois. A célula pode atuar na liberação do impulso, na 
síntese do neurotransmissor, no armazenamento do neurotransmissor. Pode atuar em meta-
bólitos e cofatores que são necessários para síntese do neurotransmissor. Além disso, pode 
atuar em cima de enzimas que atuam produzindo neurotransmissores. Então, é assim que 
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FARMACOLOGIA
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o medicamento interfere na transmissão sináptica. O medicamento pode atuar aumentando, 
por exemplo, o tempo de armazenamento, não deixando que essas vesículas se rompam e 
liberem esse neurotransmissor segurando a sinapse.
No metabolismo, muitos fármacos atuam como inibidores de monoamina e outras enzi-
mas. Podem atuar no nível de liberação do neurotransmissor. No local 6 da figura, os medi-
camentos ou drogas (como a cocaína) podem agir como inibição da recaptação da dopa-
mina. A dopamina cai na fenda sináptica produzindo prazer e estímulo e depois é recaptada 
após o seu tempo de ação.
Assim como a cocaína, vários outros medicamentos e drogas atuam nesse local que 
seria a recaptação do neurotransmissor. Alguns retardando essa receptação, outros acele-
rando. No caso das drogas que aceleram há a diminuição do efeito do neurotransmissor. Se a 
cocaína promovesse mais rápido uma receptação, o usuário perderia a capacidade de sentir 
prazer, pois assim que a dopamina seria liberada na fenda sináptica poderia ser recaptada 
automaticamente. Provocaria quadros de depressão, por exemplo.
Os fármacos também podem agir na degradação (7) dos neurotransmissores, promo-
vendo a rápida degradação, diminuindo, assim, a ação do neurotransmissor ou interferir em 
enzimas para alterar a ação destas enzimas e retardadar a gradação dos neurotransmissores.
Os medicamentos atuam no sistema nervoso central competindo, inativando ou, muitas 
vezes, estimulando uma maior sensibilização do receptor (8). Dessa forma, também ocorrerá 
aumento ou diminuição a transmissão sináptica. Por último, a droga pode também alterar a 
condutância iônica (9). Promover o fechamento ou abertura de um canal que ocasionará a 
alteração da condução iônica presente. Portanto cada numeração na imagem corresponde a 
um local onde os medicamentos podem atuar no sistema nervoso central. Perceba a quanti-
dade de atuações possíveis da droga. Um mesmo grupo farmacológico pode atuar em mais 
de um local; existem classes farmacológicas que tem três hipóteses de mecanismo de ação.
Existem fármacos que não têm o mecanismo esclarecido, tornando complexo um estudo 
mais esclarecido de todas as classes terapêuticas. É importante que você entenda toda essa 
base fisiológica para tentar prever os mecanismos mesmo sem conhecer o medicamento, 
somente pela ação, pelo local que ele atua. 
Os tipos de ação se dividem em dois principais: pré-sináptico que ocorre antes da sinapse; 
ação pós-sináptica que ocorre após. Os medicamentos que têm ação pré-sináptica atuam na 
síntese, no armazenamento, no metabolismo e na liberação do neurotransmissor. Exem-
plo: p-clorofenilalanina (bloqueia a síntese de serotonina); reserpina (interfere no armazena-
mento de monoaminas).
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FARMACOLOGIA
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Drogas de ação pós-sináptica atuam no receptor do neurotransmissor, sendo agonista 
ou antagonista. Dentre todos os mecanismos de ação, dentre todas as possibilidades de 
local de ação de drogas no sistema nervoso central, o mecanismo mais frequente de drogas 
é justamente ser antagonista dos receptores, ou seja, não permitir o neurotransmissor atuar 
no seu receptor específico. Exemplo: a estricnina que tem como função bloquear o receptor 
glicina provocando convulsão.
O receptor glicina tem a característica inibitória. Uma forma simples de conseguir que um 
receptor inibitório não faça sua ação é ocupa-lo. A estricnina ligada à glicina não permite a 
inibição acontecer causando exageradamente o estímulo do sistema nervoso provocando a 
convulsão. Dessa forma é possível prever o mecanismo de ação da droga. Um exemplo da 
ação pós-sináptica é antagonizar direto na célula pós-sináptica, um receptor. Mais fácil do 
que impedir a síntese, alterar o metabolismo do corpo para não deixar produzir um neuro-
transmissor ou impedir o armazenamento ou alterar a degradação.
Há atuação em receptores ionotrópicos e metabotrópicos sem ser de NT e nas membra-
nas. É possível, por exemplo, um receptor que é um canal e que não é, necessariamente, 
um receptor específico do neurotransmissor e liga-lo a uma droga. Essa ligação impede a 
transmissão sináptica.
Neurotransmissores Centrais
As drogas são seletivas pela diferença do neurônio que a produz. Quais são os mecanis-
mos que define a seletividade das drogas? Como saber que uma droga atuará em determi-
nado sistema? O que determina não é a característica química da droga, mas a separação 
fisiológica que já existe no organismo. Cada via produz um neurotransmissor específico e a 
sua produção é separada por diferentes tipos de neurônios.
Há, por exemplo, no núcleo accumbens, os neurônios que produzem dopamina, a via 
dopaminérgica. Essa é a área do sistema nervoso responsável pela sensação de prazer. O 
sistema mesolímbico dopaminérgico fornece mais prazer com alimentos mais calóricos com 
o objetivo da sobrevivência humana. Quanto mais caloria, mais energia. E a sensação de 
prazer ao dormir? É como uma recompensa. Dormir é importante para nivelar todo o orga-
nismo. A princípio, a ideia do prazer era ser estimulado por atividades vitais como o ato de 
dormir, se alimentar, o sexo, ou seja, são atividades prazerosas como recompensa por gerar 
uma perpetuação da espécie.
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FARMACOLOGIA
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Existe no sistema nervoso a via mesolímbica dopaminérgica. Nela há neurônios que 
produzem dopamina, a substância química do prazer. Esse neurotransmissor atua nesse 
sistema e é produzida por esses neurônios. Então, a seletividade da droga está explicada 
por dois fatos: primeiro, o próprio organismo separou fisiologicamente os sistemas em que 
cada via tem uma produção de um neurotransmissor; segundo, os neurotransmissores estão 
separados. Existem grupos de neurônios que produzem dopamina, outro grupo que produz 
serotonina, etc. A própria separação dos neurônios de produção de neurotransmissores ja 
proporcionam uma seletividade da droga.
Existem dois sistemas neuronais: sistema neuronal hierárquico e sistema neuronal difuso. 
a. Sistema Neuronal Hierárquico
• Mileinizado
• Impulso nervoso 50m/s
• Receptores ionotrópicos (tem inicio de ação rápida)
• Duração curta
• Linear, arborizado, longas distâncias
• NT liberado por neurônio de projeção: Glutamato (excitatório)
• NT liberado por neurônio de circuitos locais: GABA e Glicina (inibitórios)
b. Sistema Neuronal Difuso
• Não Mielinizado
• Impulso nervoso 0,/s
• Padrão de inervação difuso
• Receptores metabotrópicos
• Efeitos de longa duração
• NT liberados: Monoaminas (noradrenalina, dopamina e 5HT.
As drogas têm uma seletividade justificada porque cada via tem um neurotransmissor 
diferente. O neurotransmissor é segredado de acordo com o neurônio que ele atua. 
Em suma, a seletividade das drogas se deve ao tipo de sistema neuronal em que agirá 
porque cada neurônio produz um neurotransmissor diferente.
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FÁRMACOLOGIA
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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SNC V
DIRETO DO CONCURSO
1. (2016/CONSULPLAN/PREFEITURA DE CASCAVEL-PR/FARMACÊUTICO) Na farma-
codependência, sente-se prazer em utilizar certa droga. Ao utilizar a droga, sinais quí-
micos são enviados para a região do núcleo accumbens, onde ocorre a liberação de 
qual neurotransmissor?
a. Dopamina.
b. Adrenalina.
c. Glutamato.
d. Acetilcolina.
e. Noradrenalina.
COMENTÁRIO
A seletividade de droga depende do sistema que ela vai atuar, porque depende da separa-
ção feita pelo próprio organismo do sistema nervoso. O organismo separou os neurônios 
que produzem determinado neurotransmissor, facilitando com que a droga atue naquele 
sistema. Há duas formas de os fármacos trabalharem no sistema nervoso central: estimu-
lando e inibindo a transmissão sináptica. Cada neurotransmissor é produzido por um grupo 
de neurônios específico, que faz parte de um sistema específico. Existem dois sistemas 
neuronais: sistema hierárquico e sistema difuso.
O núcleo accumbens é o sistema de prazer e recompensa do organismo, que garante 
a sobrevida do ser humano, dando prazer e recompensa para tarefas que poderiam ser 
enfadonhas. Esse núcleo accumbens produz um neurotransmissor específico, chamado 
de dopamina. A dopamina é o neurotransmissor produzido pelo núcleo accumbens e dá a 
sensação de prazer. A droga que aumenta a concentração de dopamina no organismo é a 
cocaína, inibindo a recaptação dela e atuando no receptor na fenda sináptica. 
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FÁRMACOLOGIA
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NEUROTRANSMIS-
SOR
SUBTIPOS DE 
RECEPTORES E AGO-
NISTAS PREFERIDOS
ANTAGONISTAS DOS 
RECEPTORES
MECANISMO
Acetilcolina
M u s c a r i n i c o s 
M1eM2: muscarina 
Nicotínicos: nicotina
Muscarina → atro-
pina Excitatórios:
Dopamina D1, D2, D3, D4, D5
D1: fenotiazida
D2: fenotiazida e 
butirofenonas
E, I, I, I, E
GABA A (canal), B (Ptna G), C (canal)
A: Bicuculina, picro-
toxina
B: 2-OH saclofeno
Inibitório
Glutamato - Aspar-
tato NMDA e Não NMDA Memantina Excitatório
Glicina Taurina e Beta ala-nina Estricnina Inibitório
Serotonina (5- Hidro-
xitriptamina)
5HT1 (LSD), 5HT2 
(LSD, DOB), 5HT3 
( f e n i l b i g u a n i d a ) , 
5HT4, 5HT5, 5HT6 e 
5HT7
(1) Metergolina e 
espiperona; (2) 
Cetanserina; (3) 
Ondansetrona
1 e 2 (Iinibitório: 
humor e enxaqueca), 
3 (emese), 4 a 7 
(desconhecida).
Noradrenalina
Alfa 1 (fenilefrina), 
Alfa 2 (Clonidina), 
Beta 1 (isoproterenol 
e dobutamina) e Beta 
2 (salbutamol)
Alfa 1 (Prazosina), 
Alfa 2 (Ioimbina), 
Beta 1 (Atenolol e 
Practolol) e Beta 2 
(Butoxamina)
E, I, E, I
Histamina
H1 (histamina e fenil-
-histamina) e H2 
(dimaprit)
H1 (mepiramina) e 
H2 (Ranitidina) Excitatórios
Peptídeos Opióides
Mu (bendorfina); 
Delta (encefalina) e 
Kapa (dinorfina)
Naloxona (de todos) Inibitórios
Cada subtipo se liga de forma bem específica. Se é subtipo, ele se liga de forma espe-
cífica a uma droga. Se é um subtipo, ele tem alguma alteração molecular. Se há alteração 
molecular, há também alteração na afinidade, avidez da ligação pelo agonista.
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FÁRMACOLOGIA
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Existe uma diferença molecular entre os subtipos. Essa diferença molecular dá uma inter-
ferência na afinidade e avidez da ligação com a droga. Muitas vezes, o mesmo receptor em 
subtipos diferentes tem afinidades diferentes ao mesmo agonista ou simplesmente não tem 
afinidade. Consequentemente, as ações serão diferentes.
A acetilcolina é um neurotransmissor, uma substância endógena produzida pelo orga-
nismo que se liga aos subtipos de receptores. Os receptores M1 e M2 não se ligam somente 
à acetilcolina, mas também a outros agonista, sendo os preferidos muscarina e nicotina. 
ATENÇÃO
O agonista que mais aparece em provas é a atropina.
Em relação à dopamina, D2, D3 e D4 possuem característica inibitória, e D1 e D5 pos-
suem característica estimulatória. A bicuculina e a picrotoxina são agentes tóxicos que pro-
duzem convulsões, cólicas e até morte. Assim como a bicuculina e a picrotoxina agem ini-
bindo a inibição e provocando convulsão e excesso de estímulo no sistema nervoso central, 
a estricnina também faz isso, mas a nível de glicina. 
A serotonina aparece em prova como 5HT, pois o nome é 5-hidroxitriptamina. Nos 5HT4, 
5HT5, 5HT6 e 5HT7, a ação é desconhecida. O 5HT1 e o 5HT2 têm ação inibitória sobre 
humor e enxaqueca. O 5HT3 tem mecanismos ligados à digestão (náuseas e vômitos). O 
5HT1 e o 5HT2 atuam no humor, enxaqueca e na questão de alucinações; por isso, o 5HT1 
e o 5HT2 têm como agonistas preferidos o LSD, que é uma droga proscrita. O DOB também 
é uma droga proscrita que atua no mesmo receptor do LSD, que é o 5HT2.
A ação da noradrenalina, quando se liga ao Alfa 1, tem a ação estimulatória; quando se 
liga ao Beta 1, a ação é estimulatória. Quando a noradrenalina se liga a um receptor que é 
1, a ação é estimulatória; quando se liga a um receptor que é 2, a ação é inibitória. Portanto, 
percebe-se que o mesmo neurotransmissor pode produzir ações inibitórias e estimulatórias. 
Os peptídeos opioides são os derivados do ópio.
GABARITO
 1. a
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FARMACOLOGIA
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NEUROTRANSMISSOR
SUBTIPOS DE RECEP-
TORES E AGONISTAS 
PREFERIDOS
ANTAGONISTAS DOS 
RECEPTORES
MECANISMO
Acetilcolina
Muscarinicos M1eM2: 
muscarina Nicotínicos: 
nicotina
Muscarina → atropina Excitatórios:
Dopamina D1, D2, D3, D4, D5
D1: fenotiazida
D2: fenotiazida e buti-
rofenonas
E, I, I, I, E
GABA A (canal), B (Ptna G), C (canal)
A: Bicuculina, picroto-
xina
B: 2-OH saclofeno
Inibitório
Glutamato - Aspartato NMDA e Não NMDA Memantina Excitatório
Glicina Taurina e Beta alanina Estricnina Inibitório
Serotonina (5- Hidroxi-
triptamina)
5HT1 (LSD), 5HT2 
(LSD, DOB), 5HT3 
(fenilbiguanida), 5HT4, 
5HT5, 5HT6 e 5HT7
(1) Metergolina e espi-
perona; (2) Cetanse-
rina; (3) Ondansetrona
1 e 2 (Iinibitório: humor 
e enxaqueca), 3 
(emese), 4 a 7 (desco-
nhecida).
Noradrenalina
Alfa 1 (fenilefrina), Alfa 
2 (Clonidina), Beta 1 
(isoproterenol e dobu-
tamina) e Beta 2 (sal-
butamol)
Alfa 1 (Prazosina), Alfa 
2 (Ioimbina), Beta 1 
(Atenolol e Practolol) 
e Beta 2 (Butoxamina)
E, I, E, I
Histamina
H1 (histamina e fenil-
-histamina) e H2 
(dimaprit)
H1 (mepiramina) e H2 
(Ranitidina) Excitatórios
Peptídeos Opióides
Mu (bendorfina); Delta 
(encefalina) e Kapa 
(dinorfina)
Naloxona (de todos) Inibitórios
DIRETO DO CONCURSO
1. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH/FARMACÊUTICO) Os neurotransmissores apre-
sentam específicas funções em nosso sistema nervoso central e são responsáveis por 
alterações físicas e comportamentais no organismo humano, estando normalmente en-
volvidos no mecanismo de ação dos medicamentos psicoativos. Qual das alternativas 
a seguir apresenta o neurotransmissor envolvido na ação dos fármacos classificados 
como benzodiazepínicos?
a. Ácido gama-aminobutírico (GABA).
b. Glutamato.
c. Serotonina.
d. Noradrenalina.
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Fármacos Que Atuam no SNC VI
FARMACOLOGIA
e. Dopamina.
COMENTÁRIO
Quando se fala em benzodiazepínicos, está se falando, muito provavelmente, em inibição. 
É possível pensar em dopamina, GABA, glicina. Não será dopamina, pois ela está ligada 
à sensação de prazer.
2. (2015/CESPE/DEPEN/FARMÁCIA) No que diz respeito aos fármacos benzodiazepíni-
cos, uma classe de medicamentos que pode levar à dependência dos usuários, julgue 
o item a seguir. Nesse sentido, considere que a sigla GABA, sempre que empregada, 
corresponde ao ácido gama-aminobutírico.
A neurotransmissão no sistema nervoso central é realizada por aminoácidos neuroati-
vos, como o GABA e o glutamato, os quais desempenham efeitos excitatórios e inibitó-
rios, respectivamente.
COMENTÁRIO
O GABA tem ação inibitória e o glutamato tem função excitatória.
3. (2016/CONSULPLAN/Prefeitura de Cascavel-PR/FARMACÊUTICO) Sobre os anesté-
sicos gerais, assinale a afirmativa INCORRETA.
a. O isoflurano é um anestésico inalatório.
b. O tiopental é da classe dos barbitúricos.
c. O propofol é um tipo de anestésico intravenoso.
d. Existem duas classes de anestésicos: os inalatórios e os intravenosos.
e. O mecanismo de ação do tiopental é o aumento da atividade de glutamato no SNC.
COMENTÁRIO 
a. não há receptor.
b. não há receptor.
c. não há receptor.
d. não há receptor.
e. há o receptor glutamato, que é excitatório. Anestésico geral tem característica inibitória. 
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FARMACOLOGIA
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Classe terapêutica Classes Efeito farmacológico
Sedativos / Hipnóticos
Benzodiazepínicos; Barbitúricos; 
álcoois; éteres cíclicos; Beta bloquea-
dores; Antihistamínicos; Antidepressi-
vos Tricíclicos; Buspirona; Zolpidem; 
Zaleplon
Reduzir ansiedade e acalmar; 
produzir sonolência e induzir 
manutenção do sono.
Antiepilépticos
Benzodiazeípinicos; Barbitúricos; 
Hidantoínas; Oxazolidinedionas; Suc-
cinimidas; Acetureias; Carbamazepina; 
Ácido Valpróico; Felbamato; Gabapen-
tina; Lamotrigina. Oxcarbazepina; Tia-
gabina; Topiramato; Vigabatrina
Controle das Crises Convulsivas
Anestésicos Locais Cocaína, Lidocaína Supressão da dor local
Anestésicos Gerais (Ina-
latórios e IV)
Etanol; Opiáceos; Éter Dietílico; Óxido 
Nitroso; Tiopental; Curare; Halotano. 
HOJE  Procedimento menor (bezodia-
zepínicos e opióides) e Procedimento 
maior (tiopental; sedativos; bloqueado-
res neuromusculares)
Suprimir a dor em processos 
cirúrgicos:Analgesia, amnésia, 
perda da consciência, inibição 
dos reflexos sensoriais e autô-
nomos, relaxamento muscular 
esquelético
Relaxantes Musculares
Derivador Isoquinolínicos (Atracúrio, 
Tubocurarina, Metocurina); Derivados 
Esteróides (Pancurônio); Outros agen-
tes (Galamina, Succinilcolina)
Bloqueadores musculares (pro-
duzem paralisia) e Espasmolíti-
cas (reduz o hipertônus muscu-
lar)
Antidepressivos ISRS; IMAO; Tricíclicos;
Redução dos sintomas dos diver-
sos tipos de depressão (Pânico, 
TOC, Dor Crônica, Depressão 
maior)
Analgésicos Opióides Morfina; Codeína Alívio da dor
Antiparkinsonianos
Levodopa; Agonista da dopamina; 
Bromocriptina+pergolida; Agonistas da 
dopamina não derivados do esporão de 
centeio (pramipexol e ropirinol); Inibido-
res da Monoamino oxidase (selegilina); 
inibidores da Catecol – O metilTrans-
ferase; amantadina; Bloqueadores da 
acetil-colina.
Elevar a concentração de dopa-
mina ativa.
Os sedativos podem ser usados, por exemplo, para crianças que precisam passar por 
um processo de tomografia ou odontológica, a fim de reduzir a ansiedade. O efeito hipnótico 
é de produzir sonolência e induzir a manutenção do sono. Os antiepilépticos também têm 
característica inibitória, de diminuir o estímulo nervoso, pois o efeito farmacológico desejado 
é o controle de crises convulsivas.
15m
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Fármacos Que Atuam no SNC VI
FARMACOLOGIA
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Em relação aos anestésicos locais, durante muito tempo, foi utilizada a cocaína. Hoje, é 
substituída pela lidocaína. Em relação aos anestésicos gerais, o principal efeito farmacoló-
gico que se espera é suprimir a dor em processos cirúrgicos. Essa supressão da dor acon-
tece em vários níveis. Portanto, a anestesia geral vai além de apenas inibir a dor, podendo 
provocar relaxamento muscular e amnésia (para evitar processo pós-traumático).
Os relaxantes são utilizados também em procedimentos cirúrgicos. O efeito esperado é 
produzir a paralisia e acabar com o espasmo. Qual a diferença do anestésico para o analgé-
sico opioide? O analgésico opioide atua no alívio da dor, não necessariamente na perda da 
sensibilidade. O anestésico torna a parte do corpo dormente. O analgésico suprime a dor. Os 
analgésicos opioides atuam em dores mais intensas.
Os antiparkinsonianos têm como principal efeito farmacológico elevar a concentração de 
dopamina ativa, que é justamente a raiz fisiológica do Mal de Parkinson. 
GABARITO
 1. a
 2. E
 3. e
20m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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