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Apostila PMBA Soldado- CM

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Polícia Militar da Bahia – PMBA 
 
Instagram | @Concurseira.Monster 
 
Soldado da PMBA 
 
 
 
Língua Portuguesa 
1. Ortografia oficial .................................................................................................................................................................................................. 1 
2. Acentuação gráfica. .............................................................................................................................................................................................. 5 
3. Flexão nominal e verbal ....................................................................................................................................................................... 7 
4. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ................................................................................................................................. 11 
5. Emprego de tempos e modos verbais. 6. Vozes do verbo .................................................................................................................... 18 
7. Concordância nominal e verbal ........................................................................................................................................................................ 24 
8. Regência nominal e verbal ................................................................................................................................................................ 28 
9. Ocorrência de crase. ........................................................................................................................................................................................... 31 
10. Pontuação. ....................................................................................................................................................................................................... 34 
11. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). ...................................................................................................... 35 
12. Intelecção de texto. Redação oficial ............................................................................................................................................................... 37 
Matemática/Raciocínio Lógico 
1. Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com números, com figuras, de palavras). ............. 1 
2. Raciocínio lógico‐ matemático: proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos .......................... 15 
História do Brasil 
1. A sociedade colonial: economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e os jesuítas ................................................................................ 1 
2. A independência e o nascimento do Estado Brasileiro. 3. A organização do Estado Monárquico. 4. A vida intelectual, política e 
artística do século XIX .............................................................................................................................................................................................. 5 
5. A organização política e econômica do Estado Republicano. 6. A Primeira Guerra Mundial e seus efeitos no Brasil. ........................... 13 
7. A Revolução de 1930. 8. O Período Vargas. 9. A Segunda Guerra Mundial e seus efeitos no Brasil. ............................................................. 17 
10. Os governos democráticos, os governos militares e a Nova República. 11. A cultura do Brasil Republicano: arte e literatura. .............. 21 
12. História da Bahia: 12.1. Independência da Bahia. 12.2. Revolta de Canudos. 12.3. Revolta dos Malés. 12.4. Conjuração Baiana. Sabinada.
 ................................................................................................................................................................................................................................. 30 
Geografia do Brasil 
1. Organização político-administrativa do Brasil: divisão política e regional ...................................................................................................... 1 
2. Relevo, clima, vegetação: hidrografia e fusos horários ....................................................................................................................................... 4 
3. Aspectos humanos: formação étnica, crescimento demográfico ....................................................................................................................... 9 
4. Aspectos econômicos: agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e mineral, atividades industriais e transportes .................... 13 
5. A questão ambiental degradação e políticas de meio ambiente. ...................................................................................................................... 23 
6. Geografia da Bahia: aspectos políticos, físicos, econômicos, sociais e culturais ............................................................................................ 25 
 
Atualidades 
Domínio de assuntos relevantes e atuais (nacionais e internacionais) divulgados pelos principais meios de comunicação. ........................ 1 
Questões ............................................................................................................................................................................................... 33 
 
Noções de Direito Constitucional 
1. Constituição da República Federativa do Brasil: Poder Constituinte. ................................................................................................................ 1 
2. Dos princípios fundamentais. 3. Dos direitos e garantias fundamentais. 3.1. Dos direitos e deveres individuais e coletivos. 3.2. 
Da nacionalidade. 3.3. Dos direitos políticos ........................................................................................................................................................... 3 
4. Da organização do Estado. 4.1. Da organização político-administrativa. 4.2. Da União. 4.3. Dos Estados federados. 4.4. Do Distrito 
Federal e dos Territórios............................................................................................................................................................................................ 3 
4.5. Da administração pública: 4.5.1. Disposições gerais. 4.5.2. Dos servidores públicos. 4.5.3. Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios ...................................................................................................................................................................................... 10 
5. Da segurança pública. ........................................................................................................................................................................................ 20 
6. Constituição do Estado da Bahia. 6.1. Dos Servidores Públicos Militares. 6.2. Da Organização dos Poderes. 
6.2.1. Do Poder Legislativo. Da Assembleia Legislativa. Das Competências da Assembleia Legislativa. 6.2.2. Do Poder Executivo. Das 
Disposições Gerais. Das Atribuições do Governador do Estado. 6.2.3. Do Poder Judiciário. Das Disposições Gerais. Da Justiça Militar. 
6.2.4. Do Ministério Público 6.2.5. As Procuradorias. 6.2.6. Da Defensoria Pública. 6.2.7. Da Segurança Pública. .................................... 24 
 
Noções de Direitos Humanos 
1. Precedentes históricos, Direito Humanitário, Liga das Nações e Organização Internacional do Trabalho (OIT). ............................... 1 
2. A Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 ....................................................................................................................................... 1 
3. Convenção Americana sobre Direitos Humanos/1969 (Pacto de São José da Costa Rica) (arts. 1° ao 32). ....................................................5 
4. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (arts. 1° ao 15). ........................................................................................ 11 
5. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos/1966 (arts. 1° ao 271)............................................................................................. 14 
 
Noções de Direito Administrativo 
1. Administração pública: conceito e princípios ..................................................................................................................................................... 1 
2. Poderes administrativos ....................................................................................................................................................................................... 3 
3. Atos administrativos. 3.1. Conceito. 3.2. Atributos. 3.3. Requisitos. 3.4. Classificação. 3.5. Extinção. ............................................................. 7 
4. Organização administrativa. 4.1. Órgãos públicos: conceito e classificação. 4.2. Entidades administrativas: conceito e espécies......... 12 
Agentes públicos: espécies. 5. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia (Lei estadual nº 
7.990, de 27 de dezembro de 2001). ........................................................................................................................................................ 53 
6. Lei estadual nº 13.201, de 09 de dezembro de 2014 (Reorganização a Polícia Militar da Bahia). ............................................................ 82 
 
Noções de Direito Penal 
1. Da aplicação da lei penal. 1.1. Lei penal no tempo. 1.2. Lei penal no espaço ............................................................................................. 1 
2. Do crime. 2.1. Elementos ..................................................................................................................................................................................... 5 
2.2. Consumação e tentativa. ....................................................................................................................................... 8 
2.3. Desistência voluntária e arrependimento eficaz. 2.4. Arrependimento posterior ..................................................... 12 
2.5. Crime impossível ............................................................................................................................................... 14 
2.6. Causas de exclusão de ilicitude e culpabilidade. ................................................................................................... 14 
3. Contravenção. ....................................................................................................................................................... 19 
4. Imputabilidade penal ............................................................................................................................................. 24 
5. Dos crimes contra a vida (homicídio, lesão corporal e rixa). ..................................................................................... 26 
6. Dos crimes contra a liberdade pessoal (ameaça, sequestro e cárcere privado). ............................................................ 29 
 
7. Dos crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão, apropriação indébita, estelionato e outras fraudes e receptação)................... 30 
8. Dos crimes contra a dignidade sexual ................................................................................................................................................ 34 
9. Dos crimes contra a paz pública (quadrilha ou bando). ....................................................................................................................... 37 
10. Legislação esparsa: Lei federal n° 9.455, de 07 de abril de 1997 (Crimes de tortura). ................................................................................. 38 
 
Noções de Igualdade Racial e de Gênero 
1. Constituição da República Federativa do Brasil (art. 1º, 3º, 4º e 5º).......................................................................................................... 1 
2. Constituição do Estado da Bahia, (Cap. XXIII "Do Negro"). .............................................................................................................................. 9 
3. Lei federal no 12.288, de 20 de julho de 2010 (Estatuto da Igualdade Racial). ...................................................................................... 10 
4. Lei federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 (Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) e Lei Federal nº 9.459, de 13 de 
maio de 1997 (Tipificação dos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor). ............................................................................. 17 
5. Decreto Federal nº 65.810, de 08 de dezembro de 1969 (Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de 
discriminação racial). ............................................................................................................................................................................................. 20 
6. Decreto federal nº 4.377, de 13 de setembro de 2002 (Convenção sobre eliminação de todas as formas de discriminação contra a 
mulher). ................................................................................................................................................................................................................... 25 
7. Lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). ..................................................................................................... 31 
8. Código Penal Brasileiro (art. 140). ................................................................................................................................................................... 37 
9. Lei federal nº 9.455/1997 (Combate à Tortura). .............................................................................................................. 38 
10. Lei federal nº 2.889/56 (Combate ao Genocídio). ............................................................................................................................ 39 
11. Lei federal nº 7.437, de 20 de dezembro de 1985 (Lei Caó). .............................................................................................................. 40 
12. Lei estadual nº 10.549 de 28 de dezembro de 2006 (Cria a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial); alterada pela Lei estadual no 
12.212/2011 ......................................................................................................................................................................................... 41 
13. Lei federal nº 10.678 de 23 de maio de 2003, com as alterações da Lei federal nº 13.341, de 29 de setembro de 2016 (Referente à Secretaria 
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República). 
.............................................................................................................................................................................................. 44 
 
Noções de Direito Penal Militar 
1. Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar: Motim. Revolta. Conspiração. Aliciação para motim ou revolta. Da violência contra 
superior ou militar de serviço: Violência contra superior. Violência contra militar de serviço. Desrespeito a superior. Recusa de 
obediência. Oposição à ordem de sentinela. Reunião ilícita. Publicação ou crítica indevida. Resistência mediante ameaça ou violência. ... 1 
2. Dos crimes contra o serviço militar e o dever militar: Deserção. Abandono de posto. Descumprimento de missão. Embriaguez em 
serviço. Dormir em serviço .......................................................................................................................................................................................2 
3. Dos crimes contra a Administração Militar: Desacato a Superior. Desacato a militar. Desobediência. Peculato. Peculato-furto. Concussão. 
Corrupção ativa. Corrupção passiva. Falsificação de documento. Falsidade ideológica. Uso de documento falso ................................... 3 
4. Dos crimes contra o dever funcional: Prevaricação. ........................................................................................................................................... 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
 
Ortografia 
 
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das 
palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à 
origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É 
importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A 
forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os 
diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar 
a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida. 
 
O Alfabeto 
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta 
uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja: 
 
a A (á) b B (bê) 
c C (cê) d D (dê) 
e E (é) f F (efe) 
g G (gê ou guê) h H (agá) 
i I (i) j J (jota) 
k K (cá) l L (ele) 
m M (eme) n N (ene) 
o O (ó) p P (pê) 
q Q (quê) r R (erre) 
s S (esse) t T (tê) 
u U (u) v V (vê) 
w W (dáblio) x X (xis) 
y Y (ípsilon) z Z (zê) 
 
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante 
das letras: a, o, e u em determinadas palavras. 
 
Emprego das letras K, W e Y 
Utilizam-se nos seguintes casos: 
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. 
 
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. 
 
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados. 
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. 
 
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de 
medida de curso internacional. 
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), 
Watt. 
 
Emprego de X e Ch 
Emprega-se o X: 
1) Após um ditongo. Exemplos: 
caixa, frouxo, peixe 
Exceção: recauchutar e seus derivados 
 
2) Após a sílaba inicial ―en‖. 
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca 
 
Exceção: palavras iniciadas por ―ch‖ que recebem o prefixo ―en-‖ 
 
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus 
derivados (enchente, enchimento, preencher...) 
3) Após a sílaba inicial ―me-‖. 
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão Exceção: mecha 
 
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas 
aportuguesadas. 
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu 
 
5) Nas seguintes palavras: 
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, 
roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc. 
 
Emprega-se o dígrafo Ch: 
1) Nos seguintes vocábulos: 
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, 
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, 
tchau, etc. 
 
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada 
correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os 
exemplos: 
gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: 
Origina-se do inglês jeep. 
 
Emprega-se o G: 
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Exemplos: 
barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Exceção: pajem 
 
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio Exemplos: 
estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g Exemplos: engessar 
(de gesso), massagista (de massagem), 
vertiginoso (de vertigem) 
 
4) Nos seguintes vocábulos: 
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, 
herege, megera, monge, rabugento, vagem. 
 
Emprega-se o J: 
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear Exemplos: 
arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar: 
despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, 
gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, 
enferrujem viajar: viajo, viaje, viajem 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica Exemplos: biju, 
jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j Exemplos: 
laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador
 nojo- nojeira 
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer 
jeito- ajeitar 
 
4) Nos seguintes vocábulos: 
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento 
 
Emprego das Letras S e Z 
Emprega-se o S: 
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical 
 
Exemplos: 
análise- analisar catálise- catalisador casa- 
casinha, casebre liso- alisar 
 
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem 
1. Ortografia oficial. 
Língua Portuguesa 2 
 
 
 
Exemplos: 
burguês- burguesa inglês- inglesa 
chinês- chinesamilanês- milanesa 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa Exemplos: 
catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa 
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa 
Exemplos: 
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, 
virose 
 
5) Após ditongos 
Exemplos: 
coisa, pouso, lousa, náusea 
 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados 
Exemplos: 
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos quis, quisemos, 
quiseram, quiser, quisera, quiséssemos repus, repusera, repusesse, 
repuséssemos 
 
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: 
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, 
Teresinha, Tomás 
 
8) Nos seguintes vocábulos: 
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, 
empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, 
presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, 
visita, etc. 
 
Emprega-se o Z: 
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical 
Exemplos: 
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar 
raiz- enraizar cruz-cruzeiro 
 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de 
adjetivos 
Exemplos: 
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez 
rígido- rigidez 
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- 
surdez 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos 
Exemplos: 
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização 
colonizar- colonização realizar- realização 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Exemplos: 
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 
 
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, 
amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, 
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 
 
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste 
entre o S e o Z 
Exemplos: 
cozer (cozinhar) e coser (costurar) 
prezar( ter em consideração) e presar (prender) traz (forma do 
verbo trazer) e trás (parte posterior) 
 
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: 
exame exato exausto exemplo existir exótico 
inexorável 
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs 
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. 
Observe: 
 
Emprega-se o S: 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em ―andir‖,‖ender‖, 
―verter‖ e ―pelir‖ 
Exemplos: 
expandir- expansão pretender- pretensão verter- 
versão expelir- expulsão 
estender- extensão s u s p e n d e r - s u s p e n s ã o 
converter - conversão repelir- repulsão 
 
Emprega-se Ç: 
Nossubstantivos derivados dos verbos ―ter‖ e ―torcer‖ Exemplos: 
ater- atenção torcer- torção 
deter- detenção distorcer-distorção 
manter- manutenção contorcer- contorção 
 
Emprega-se o X: 
Em alguns casos, a letra X soa como Ss 
Exemplos: 
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe 
 
Emprega-se Sc: Nos 
termos eruditos 
Exemplos: 
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, 
fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, 
seiscentos, transcender, etc. 
 
Emprega-se Sç: 
Na conjugação de alguns verbos 
Exemplos: 
nascer- nasço, nasça 
crescer- cresço, cresça 
descer- desço, desça 
 
Emprega-se Ss: 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em ―gredir‖, ―mitir‖, ―ceder‖ e 
―cutir‖ 
Exemplos: 
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão 
discutir- discussão 
progredir- progressão t r a ns mi t i r - t r a n s m is s ã o 
exceder- excesso repercutir- repercussão 
 
Emprega-se o Xc e o Xs: 
 
Em dígrafos que soam como Ss 
Exemplos: 
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar 
 
Observações sobre o uso da letra X 
1) O X pode representar os seguintes fonemas: 
/ch/ - xarope, vexame 
 
/cs/ - axila, nexo 
 
/z/ - exame, exílio 
 
/ss/ - máximo, próximo 
 
/s/ - texto, extenso 
 
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- 
Exemplos: excelente, excitar 
 
Emprego das letras E e I 
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser 
nítida. Observe: 
Língua Portuguesa 3 
 
 
 
Emprega-se o E: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Exemplos: 
magoar - magoe, magoes 
continuar- continue, continues 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) Exemplos: 
antebraço, antecipar 
 
3) Nos seguintes vocábulos: 
cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. 
 
Emprega-se o I : 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir Exemplos: 
cair- cai doer- 
dói influir- 
influi 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) Exemplos: 
Anticristo, antitetânico 
 
3) Nos seguintes vocábulos: 
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, 
etc. 
 
Emprego das letras O e U 
Emprega-se o O/U: 
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas 
palavras. Veja os exemplos: 
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, 
realização) 
soar (emitir som) e suar (transpirar) 
 
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, 
moleque. 
 
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua 
 
Emprego da letra H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se 
apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra 
hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina 
hodie. 
 
Emprega-se o H: 
1) Inicial, quando etimológico 
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio 
 
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh Exemplos: 
flecha, telha, companhia 
 
3) Final e inicial, em certas interjeições Exemplos: 
ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 
 
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se 
etimológico 
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
 
Observações: 
1) No substantivo Bahia, o ―h‖ sobrevive por tradição. Note que nos substantivos 
derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado. 
 
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra ―h‖ na sua 
composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. 
Veja: 
herbívoro, hispânico, hibernal. 
 
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 
1) Utiliza-se inicial maiúscula: 
a) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: 
Disse o Padre Antonio Vieira: ―Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja 
no inferno, é estar no Paraíso.‖ 
 
―Auriverde pendão de minha terra, Que a 
brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que à 
luz do sol encerra As promessas divinas da 
Esperança…‖ (Castro Alves) 
 
Observações: 
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra 
maiúscula. 
 
Por Exemplo: 
―Aqui, sim, no meu cantinho, vendo 
rir-me o candeeiro, gozo o bem de 
estar sozinho e esquecer o mundo 
inteiro.‖ 
 
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa- se letra 
minúscula. 
Por Exemplo: 
―Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, 
mirra.‖ (Manuel Bandeira) 
 
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: 
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. 
 
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: 
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. 
 
d) Nos nomes mitológicos. 
Exemplos: 
Dionísio, Netuno. 
 
e) Nos nomes de festas e festividades. 
Exemplos: 
Natal, Páscoa, Ramadã. 
 
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos: 
ONU, Sr., V. Ex.ª. 
 
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou 
nacionalistas. 
Exemplos: 
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc. 
 
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são 
empregados em sentido geral ou indeterminado. 
Exemplo: 
Todos amam sua pátria. 
 
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: 
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. Exemplos: 
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Igreja do 
Rosário ou igreja do Rosário Edifício Azevedo 
ou edifício Azevedo 
 
2) Utiliza-se inicial minúscula: 
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Exemplos: 
carro, flor, boneca, menino, porta, etc. 
 
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. Exemplos: 
janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, 
sexta, domingo, etc. primavera, verão, outono, 
inverno 
 
c) Nos pontos cardeais. 
Língua Portuguesa 4 
 
 
 
Exemplos: 
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. 
 
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos 
cardeais são grafados com letra maiúscula. 
Exemplos: 
Nordeste (região do Brasil) 
Ocidente (europeu) Oriente 
(asiático) 
 
Lembre-se: 
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa- se letra 
minúscula. 
 
Exemplo: 
―Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, 
mirra.‖ (Manuel Bandeira) 
 
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: 
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. Exemplos: 
Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas 
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido 
 
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes 
sagrados e que designam crenças religiosas. 
Exemplos: 
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Papa João 
Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor Santa Maria ou 
santa Maria. 
 
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. 
Exemplos: 
Português ou português 
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas 
História do Brasil ou história do Brasil 
Arquitetura ou arquitetura 
 
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ 
fono24.php 
Emprego do Porquê 
 
 
 
 
 
 
Porque 
 
Conjunção que 
indica 
explicação ou causa 
Exemplos: 
 
A situação agravou-se 
porque ninguém reclamou. 
 
Ninguém mais o espera, 
porque ele sempre se atrasa. 
Conjunção de 
Finalidade – 
equivale a ―para 
que‖, ―a fim de 
que‖. 
Exemplos: 
 
Não julgues porque não te 
julguem. 
 
 
 
Porquê 
Função de 
substantivo 
– vem 
acompanhado de 
artigo ou 
pronome 
Exemplos: 
 
Não é fácil encontrar o 
porquê de toda confusão. 
 
Dê-me um porquê de sua 
saída. 
1. Por que (pergunta) 
2. Porque (resposta) 
3. Por quê (fim de frase: motivo) 
4. O Porquê (substantivo) 
Emprego de outras palavras 
Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Nãofazia coisa 
nenhuma senão criticar. 
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais 
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá desta 
situação crítica. 
 
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não 
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. 
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta 
semana. 
 
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios. 
Traz - do verbo trazer. 
 
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. 
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está 
vultuosa e deformada. 
Questões 
 
01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria 
popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre 
........................ praticar atividade física..........................benefícios para a totalidade 
do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos 
contundidos ou mesmo para 
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade. 
(Ciência Hoje, março de 2012) 
 
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com: 
(A) porque … trás … previnir 
 
(C) porquê … tras … previnir 
(D) por que … traz … prevenir 
(E) por quê … tráz … prevenir 
 
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase 
abaixo: Não sei o ela está com os olhos vermelhos, 
 
(A) porquê / porque; 
(B) por que / porque; 
(C) porque / por que; 
(D) porquê / por quê; 
(E) por que / por quê. 
talvez seja chorou. 
(B) porque … traz … previnir 
 
 
 
 
Por 
Que 
Orações 
Interrogativas 
 
(pode ser 
substituído por: por 
qual motivo, por 
qual razão) 
 
Exemplo: 
 
Por que devemos nos 
preocupar com o meio 
ambiente? 
 
Equivalendo a 
―pelo qual‖ 
Exemplo: 
 
Os motivos por que não 
respondeu são desconhecidos. 
 
 
 
Por 
Quê 
 
 
Final de 
frases e seguidos 
de pontuação 
Exemplos: 
 
Você ainda tem coragem de 
perguntar por quê? 
 
Você não vai? Por quê? 
 
Não sei por quê! 
 
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
Língua Portuguesa 5 
 
 
 
03. 
 
 
Considerando a ortografia e a acentuação da norma- padrão da 
língua portuguesa, as lacunas estão, correta e respectivamente, 
preenchidas por: 
(A) mal ... por que ... intuíto 
(B) mau ... por que ... intuito 
(C) mau ... porque ... intuíto 
(D) mal ... porque ... intuito 
(E) mal ... por quê ... intuito 
 
04. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, 
as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão. 
Além disso, certamente entre nós do fenômeno da 
corrupção e das fraudes. 
(A) a … concenso … acerca 
(B) há … consenso … acerca 
(C) a … concenso … a cerca 
(D) a … consenso … há cerca 
(E) há … consenço … a cerca 
 
05. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas 
de acordo com a norma-padrão. 
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. 
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. 
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. 
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. 
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 
 
Respostas 
01. D/02. B/03. D/4-B/5-D 
 
 
Acentuação 
 
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas 
pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às 
quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de 
familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem 
escrita. 
 
Regras básicas – Acentuação tônica 
 
A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas 
as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, 
conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com 
menos intensidade, são denominadas de átonas. 
 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: 
 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba. 
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia 
na penúltima sílaba. 
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia 
na antepenúltima sílaba. 
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus 
 
Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, 
os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem 
aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, 
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à 
intensidade. 
 
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada 
sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a 
seguir: 
 
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. 
 
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; 
os demais, como átonos (que, em, de). 
 
Os Acentos Gráficos 
 
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras ―a‖, ―i‖, ―u‖ e sobre o ―e‖ 
do grupo ―em‖ - indica que estas letras representam as vogais tônicas de 
palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras ―e‖ e ―o‖ indica, 
além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos) 
 
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras ―a‖, ―e‖ e ―o‖ 
indica, além da tonicidade, timbre fechado: 
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs 
 
acento grave (`) – indica a fusão da preposição ―a‖ com artigos e 
pronomes. 
Ex.: à – às – àquelas – àqueles 
 
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das 
palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes 
próprios estrangeiros. 
Ex.: mülleriano (de Müller) 
 
til (~) – indica que as letras ―a‖ e ―o‖ representam vogais nasais. 
Ex.: coração – melão – órgão – ímã 
Regras fundamentais: 
 
Palavras oxítonas: 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em‖, seguidas 
ou não do plural(s): 
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) 
 
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: 
 
Monossílabos tônicos terminados em ―a”, “e”, “o‖, seguidos ou não 
de ―s‖. 
Ex.: pá – pé – dó – há 
 
Formas verbais terminadas em ―a”, “e”, “o‖ tônicos, seguidas de lo, la, 
los, las. 
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo 
 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is 
táxi – lápis – júri 
- us, um, uns 
vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps 
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos 
ímã – ímãs – órfão – órgãos 
 
- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra 
apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui 
inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! 
 
2. Acentuação gráfica. 
Língua Portuguesa 6 
 
 
 
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. 
 
água – pônei – mágoa – jóquei 
 
Regras especiais: 
 
Os ditongos de pronúncia aberta ―ei”, “oi” ( ditongos abertos), que antes 
eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que 
estejam em palavras paroxítonas. 
 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra 
oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. 
Mas caso não forem ditongos perdem o acento. Ex.: 
Antes Agora 
assembléia assembleia 
idéia ideia 
jibóia jiboia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados 
ou não de “s”, haverá acento: 
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís 
 
Observação importante: 
Não serão mais acentuados ―i‖ e ―u‖ tônicos, formando hiato quando 
vierem depois de ditongo: Ex.: 
 
Antes Agora 
bocaiúva bocaiuva 
feiúra feiura 
 
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee‖ foi abolido. 
Ex.: 
 
Antes Agora 
crêem creem 
vôo voo 
 
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, 
dobram o ―e‖, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, 
DAR, LER e VER. 
 
Repare: 
1-) O menino crê em você 
Os meninos creem em você. 2-)Elza lê bem! 
Todas leem bem! 
3-) Espero que ele dê o recado à sala. 
Esperamos que os dados deem efeito! 
4-) Rubens vê tudo! Eles 
veem tudo! 
 
- Cuidado! Há o verbo vir: Ele 
vem à tarde! 
Eles vêm à tarde! 
Não se acentuam o ―i” e o “u‖ que formam hiato quando seguidos, na 
mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: 
 
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u‖ dos hiatos se estiverem seguidas do 
dígrafo nh: 
ra-i-nha, ven-to-i-nha. 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u‖ dos hiatos se vierem precedidas de 
vogal idêntica: 
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com ―u‖ tônico 
precedido de ―g‖ ou ―q‖ e seguido de ―e‖ ou ―i‖ não serão mais acentuadas. 
Ex.: 
 
Antes Depois 
apazigúe (apaziguar) apazigue 
argúi (arguir) argui 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: 
 
ele tem – eles têm 
ele vem – eles vêm (verbo vir) 
 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster. 
ele contém – eles contêm ele 
obtém – eles obtêm ele retém 
– eles retêm 
ele convém – eles convêm 
 
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram 
acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento 
diferencial). Apenas em algumas exceções, como: 
 
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua 
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira 
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: 
 
Ela pode fazer isso agora. 
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... 
 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição 
por. 
 
- Quando, na frase, der para substituir o ―por” por ―colocar”, então 
estaremos trabalhando com um verbo, portanto: ―pôr‖; nos outros casos, 
―por‖ preposição. Ex: 
 
Faço isso por você. 
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? 
 
Questões 
 
01. ―Cadáver‖ é paroxítona, pois: 
A) Tem a última sílaba como tônica. 
B) Tem a penúltima sílaba como tônica. 
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. 
D) Não tem sílaba tônica. 
 
02. Assinale a alternativa correta. A 
palavra faliu contém um: 
A) hiato 
B) dígrafo 
C) ditongo decrescente 
D) ditongo crescente 
 
03. Em ―O resultado da experiência foi, literalmente, aterrador.‖ 
a palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que: 
A) túnel 
B) voluntário 
C) até 
D) insólito 
E) rótulos 
 
04. Assinale a alternativa correta. 
 
A) ―Contrário‖ e ―prévias‖ são acentuadas por serem paroxítonas 
terminadas em ditongo. 
B) Em ―interruptor‖ e ―testaria‖ temos, respectivamente, encontro 
consonantal e hiato. 
C) Em ―erros derivam do mesmo recurso mental‖ as palavras grifadas são 
paroxítonas. 
D) Nas palavras ―seguida‖, ―aquele‖ e ―quando‖ as partes destacadas 
são dígrafos. 
E) A divisão silábica está correta em ―co-gni-ti-va‖, ―p-si-có- lo-ga‖ e ―a-
ci-o-na‖. 
Língua Portuguesa 7 
 
 
 
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: 
A) saúde 
B) cooperar 
C) ruim 
D) creem 
E) pouco 
Respostas 
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E 
 
Flexão nominal e verbal. 
 
Flexão nominal 
 
Flexão de número 
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, admitem a 
flexão de número: singular e plural. 
Ex.: animal − animais 
 
Palavras simples 
1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S. 
Ex.: ponte − pontes 
bonito − bonitos 
 
2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES. 
Ex.: éter − éteres avestruz − 
avestruzes 
Obs.: O pronome qualquer faz o plural no meio: quaisquer. 
 
3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES. Ex.: ananás − 
ananases, 
Obs.: As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis. Ex.: o pires − os 
pires, o ônibus − os ônibus 
 
4) Palavras terminadas em IL: 
a) átono: trocam IL por EIS. 
Ex.: fóssil − fósseis 
 
b) tônico: trocam L por S. Ex.: 
funil − funis 
 
5) Palavras terminadas em EL: 
a) átono: plural em EIS. 
Ex.: nível − níveis 
b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: 
carretel − carretéis 
 
6) Palavras terminadas em X são invariáveis. Ex.: o 
clímax − os clímax 
 
7) Há palavras cuja sílaba tônica avança. Ex.: júnior 
− juniores; caráter − caracteres 
Obs.: A palavra caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter. 
 
8) Palavras terminadas em ÃO Fazem 
o plural em ÃOS, ÃES e ÕES. Veja alguns 
muito importantes. 
a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. 
 
b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. 
Obs.: Os paroxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em 
ÃOS. 
 
c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães 
 
d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/anãos 
 
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/ guardiães, 
cirugiões/cirurgiães 
f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ 
ermitãos/ermitães 
 
9) Plural dos diminutivos com a letra z 
Coloca-se a palavra no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou 
zinhas). 
 
Ex.: coraçãozinho 
corações → coraçõe → coraçõezinhos 
 
azulzinha 
azuis → azui → azuizinhas 
 
10) Plural com metafonia (ô → ó) 
 
Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre da vogal o; 
outras, não. 
Veja a seguir. 
Com metafonia 
singular (ô) plural (ó) 
coro - coros 
corvo - corvos destroço - 
destroços forno - fornos 
fosso - fossos 
poço - poços 
rogo - rogos 
Sem metafonia 
singular (ô) - plural (ô) 
adorno - adornos 
bolso - bolsos endosso 
- endossos esgoto - 
esgotos estojo - 
estojos gosto - gostos 
 
11) Casos especiais: aval 
− avales e avais cal − 
cales e cais cós − coses 
e cós 
fel − feles e féis 
mal e cônsul − males e cônsules 
 
Palavras compostas 
1) Os dois elementos variam. 
Quando os compostos são formados por substantivo mais palavra 
variável (adjetivo, substantivo, numeral, pronome). 
Ex.: amor-perfeito − amores-perfeitos couve-
flor − couves-flores 
segunda-feira − segundas-feiras 
 
2) Só o primeiro elemento varia. 
a) Quando há preposição no composto, mesmo que oculta. 
Ex.: pé-de-moleque − pés-de-moleque 
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor) 
 
b) Quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim ou 
semelhança). 
Ex.: banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã) navio-escola − 
navios-escola (a finalidade é a escola) 
 
Observações 
a) Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma situação 
polêmica. 
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas 
 
b) Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma situação 
polêmica, discutível, convém ter em mente que a questão do concurso deve ser 
resolvida por eliminação, ou seja, analisando bem as outras opções. 
 
3. Flexão nominal e verbal. 
Língua Portuguesa 8 
 
 
 
3) Apenas o último elemento varia. 
a) Quando os elementos são adjetivos. 
Ex.: hispano-americano − hispano-americanos 
Obs.: A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: 
surdos-mudos. 
b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO, GRÃ e BEL. 
Ex.: grão-duque − grão-duques grã-
cruz − grã-cruzes 
bel-prazer − bel-prazeres 
 
c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemento 
invariável (advérbio, 
interjeição, prefixo etc.) mais substantivo ou adjetivo. 
Ex.: arranha-céu − arranha-céus sempre-
viva − sempre-vivas super-homem − 
super-homens 
 
d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (representam 
sons). 
Ex.: reco-reco − reco-recos 
pingue-pongue − pingue-pongues bem-te-
vi − bem-te-vis 
 
Observações 
a) Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alteração nos 
elementos, ou seja, não serem iguais. 
 
b) Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural. 
Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas 
 
4) Nenhum elemento varia. 
 
a) Quando há verbo mais palavra invariável. 
Ex.: O cola-tudo − os cola-tudo 
 
b) Quando há dois verbos de sentido oposto. 
Ex.: o perde-ganha − os perde-ganha 
 
c) Nas frases substantivas (frases que se transformamem substantivos). 
Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-com-as- outras 
 
Observações 
a) São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-teto e 
sem-terra. 
Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. 
 
b) Admitem mais de um plural: 
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos 
padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos terra-nova 
− terras-novas ou terra-novas 
salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos xeque-
mate − xeques-mates ou xeques-mate 
 
c) Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras. o bem-me-
quer − os bem-me-queres 
o joão-ninguém − os joões-ninguém 
o lugar-tenente − os lugar-tenentes 
o mapa-múndi − os mapas-múndi 
 
Flexão de gênero 
Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admitem a 
flexão de gênero: masculino e feminino. 
Ex.: Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga 
diretora recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode 
ocorrer de duas maneiras. 
 
1) Com a troca de o ou e por a. 
Ex.: lobo − loba 
mestre − mestra 
 
2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas 
vezes com alterações do radical. 
 
Veja alguns femininos importantes. ateu − 
atéia 
bispo − episcopisa 
conde − condessa 
duque − duquesa frade 
− freira ilhéu − ilhoa 
judeu − judia marajá − 
marani monje − monja 
pigmeu − pigméia 
 
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, possuem 
uma única forma para masculino e feminino. Podem ser: 
1) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar os 
dois sexos. 
Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha 
2) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo 
então ser masculinos ou femininos. 
Ex.: o estudante − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a 
patriota 
3) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais. 
Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo 
 
Observações 
a) O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é correto, mas 
designa apenas uma espécie de elefanta. 
b) Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É 
algo discutível. 
c) Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam 
trocar. Veja alguns que convém gravar. 
Masculinos - Femininos 
champanha - aguardente dó - 
alface 
eclipse - cal 
formicida - cataplasma grama 
(peso) - grafite milhar - 
libido 
plasma - omoplata 
soprano - musse 
suéter - preá 
telefonema 
 
d) Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: diabetes 
(ou diabete), laringe, usucapião etc. 
 
Flexão de grau 
 
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre os processos de flexão. 
Alguns autores também o fazem, talvez pelo mesmo motivo. 
 
Grau do substantivo 
 
1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: 
chapéu 
 
2) Aumentativo 
a) sintético: chapelão 
b) analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. 
 
3) Diminutivo 
a) sintético: chapeuzinho 
b) analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. 
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, por 
meio de outras palavras. 
 
Grau do adjetivo 
1) Normal ou positivo: João é forte. 
2) Comparativo 
a) de superioridade: João é mais forte que André. (ou do que) 
Língua Portuguesa 9 
 
 
 
b) de inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que) 
c) de igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como) 
3) Superlativo 
a) absoluto 
sintético: João é fortíssimo. 
analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais etc.) 
 
b) relativo 
de superioridade: João é o mais forte da turma. de 
inferioridade: João é o menos forte da turma. 
 
Observações 
a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. 
Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo) ou uma palavra 
de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, enorme etc. 
 
b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem sempre graus 
de superioridade. 
Ex.: O carro é menor que o ônibus. 
menor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Ele é o pior do 
grupo. 
pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. 
 
c) Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar 
dúvidas. 
acre − acérrimo amargo − 
amaríssimo amigo − 
amicíssimo antigo − 
antiquíssimo cruel − 
crudelíssimo doce − 
dulcíssimo fácil − 
facílimo 
feroz − ferocíssimo fiel − 
fidelíssimo geral − 
generalíssimo humilde − 
humílimo magro − 
macérrimo negro − 
nigérrimo pobre − 
paupérrimo 
sagrado − sacratíssimo sério 
− seriíssimo soberbo – 
superbíssimo 
 
Questões 
 
1) Assinale a alternativa que apresenta erro de plural. 
a) o balãozinho – os balõezinhos, o júnior – os juniores 
b) o lápis – os lápis, o projetil − os projéteis 
c) o arroz – os arrozes, o éter – os éteres 
d) o mel – os meles, o gol – os goles 
 
2) Está mal flexionada em número a palavra: 
a) o paul − os pauis 
b) o látex − os látex 
c) a gravidez − as gravidezes 
d) o caráter − os caráteres 
 
3) Assinale o item em que todas as palavras são masculinas. 
a) dinamite, pijama, eclipse 
b) grafite, formicida, omoplata 
c) grama (peso), dó, telefonema 
d) suéter, faringe, clã 
 
4) Marque a opção em que todas as palavras são femininas. 
a) agravante, aguardente, libido 
b) milhar, alface, musse 
c) cataplasma, lança-perfume, champanha 
d) cal, soprano, laringe 
 
Respostas 1–
B/ 2–D /3–C /4–A 
Flexão verbal 
 
1) Número: singular ou plural 
Ex.: ando, andas, anda → singular 
andamos, andais, andam → plural 
 
2) Pessoas: são três. 
a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu (singular) e 
nós (plural). 
Ex.: escreverei, escreveremos 
 
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pronomes tu 
(singular) e vós (plural). 
Ex.: escreverás, escrevereis 
 
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos pronomes 
ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural). 
Ex.: escreverá, escreverão 
 
3) Modos: são três. 
a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indubitável. 
Ex.: vendo 
 
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hipotética. 
Ex.: que eu venda 
 
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma ordem. 
Ex.: venda! 
 
4) Tempos: são três. 
a) Presente: falo 
 
b) Pretérito 
perfeito: falei 
imperfeito: falava 
mais-que-perfeito: falara 
 
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfeito, 
uma ação que se prolongava num determinado ponto do passado; o mais-
que-perfeito, uma ação passada em relação a outra ação, também passada. 
Ex.: Eu cantei aquela música. (perfeito) Eu 
cantava aquela música. (imperfeito) 
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) 
 
c) Futuro 
do presente: estudaremos do 
pretérito: estudaríamos 
 
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, temos apenas o 
presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem divisão). Os tempos compostos 
serão estudados mais adiante. 
 
5) Vozes: são três 
 
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. Ex.: O 
carro derrubou o poste. 
 
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal. 
analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar. Ex.: O poste 
foi derrubado pelo carro. 
sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se. Ex.: 
Derrubou-se o poste. 
 
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula apassivadora) na 
sétima lição: concordância verbal. 
 
c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um pronome 
reflexivo. 
 
Ex.: O garoto se machucou. 
Língua Portuguesa 10 
 
 
 
Formação do imperativo 
1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a 
letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo. 
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber Bebo → 
beba 
bebes → bebe (tu) bebas bebe 
beba → beba (você) 
bebemos bebamos → bebamos (nós) bebeis 
→ bebei (vós) bebais 
bebem bebam → bebam (vocês) 
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam. 
 
2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não. 
Ex.: beba 
bebas → não bebas (tu) beba 
→ não beba (você) 
bebamos→ não bebamos (nós) bebais 
→ não bebais (vós) bebam → não 
bebam (vocês) 
Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais, não 
bebam. 
 
Observações 
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a terceira 
pessoa é você. 
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do presente do 
indicativo. Eis o seu imperativo: 
afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam 
negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam 
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode mudar. Se 
começamos a tratar a pessoa por você, não podemos passar para tu, e vice-
versa. 
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu) Peça agora a 
sua comida. (tratamento: você) 
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afirmativo, 
perder também a letra e que aparece antes da desinência s. 
Ex.: faze (tu) ou faz (tu) dize 
(tu) ou diz (tu) 
e) Procure ter ―na ponta da língua‖ a formação e o emprego do imperativo. É 
assunto muito cobrado em concursos públicos. 
 
Tempos primitivos e tempos derivados 
 
1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pessoa do 
singular sai todo o presente do subjuntivo. 
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc. dizes 
diz 
Obs.: Isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não apresentam a 
desinência o na primeira pessoa do singular. 
Ex.: eu sou → que eu seja eu sei 
→ que eu saiba 
 
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa do singular 
saem: 
b) o futuro do presente. 
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, caberão 
 
c) o futuro do pretérito. 
Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, caberiam 
 
d) o infinitivo pessoal. 
Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, caberem 
 
e) o gerúndio. 
Ex.: caber → cabendo 
 
f) o particípio. 
Ex.: caber → cabido 
 
Tempos compostos 
 
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou haver) mais 
o particípio do verbo que se quer conjugar. 
 
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particípio do 
verbo principal. 
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indicativo 
tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo 
 
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais particípio 
do principal. 
Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo tivesse falado → 
mais-que-perfeito composto do subjuntivo 
 
3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar. 
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro do 
presente) 
 
Verbos irregulares comuns em concursos 
 
É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles estão 
conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais problemáticos. 
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integralmente 
o verbo pôr. 
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc. pus → 
compus, repus, expus etc. 
 
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o verbo ter. 
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc. tiveste → 
retiveste, mantiveste etc. 
 
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o verbo vir. 
Ex.: vierem → intervierem, provierem etc. vim → 
intervim, convim etc 
 
4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo 
a) o mais-que-perfeito. 
Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, 
couberam 
 
b) o imperfeito do subjuntivo. Ex.: 
coubeste→coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, 
ver. 
Ex.: vi → revi, previ etc. 
víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc. 
 
Observações 
a) Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado 
coubésseis, coubessem 
 
c) o futuro do subjuntivo. 
Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, 
couberem 
 
3) Do infinitivo impessoal derivam: 
 
a) o imperfeito do indicativo. 
Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam 
segue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo e 
recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos derivados. Por 
exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma regra explicada acima. 
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se fala por aí) 
 
b) Requerer e prover não seguem integralmente os verbos querer e ver. 
Eles serão mostrados mais adiante. 
Língua Portuguesa 11 
 
 
 
4. Pronomes: emprego, formas 
de tratamento e colocação. 
5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cremos, 
crestes, creram. 
 
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fechado em 
todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. 
Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz) 
Eu inteiro (e não intéro) 
 
7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expelir, repelir: 
a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderimos, 
aderem. 
 
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, 
adiram. 
 
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira pessoa do 
singular do presente do indicativo e em todas do presente do subjuntivo. 
 
8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar: 
a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxáguas, 
enxágua 
 
b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxágues, 
enxágue 
 
9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, arguimos, 
arguis, argúem 
 
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo: 
apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazigúem 
 
11) Mobiliar: 
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, 
mobiliamos, mobiliais, mobíliam 
 
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos, 
mobilieis, mobíliem 
 
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, 
polis, pulem 
 
13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros terminados 
em ear) 
 
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passeamos, 
passeais, passeiam 
 
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passeemos, 
passeeis, passeiem 
 
Observações 
a) Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o ditongo ei 
nas formas risotônicas, mas apenas nos dois presentes. 
 
b) Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. Ex.: estreio, 
estreias, estreia; ideio, ideias, ideia 
 
14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares. Ex.: confio, 
confias, confia, confiamos, confiais, confiam 
 
Observações 
a) Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas risotônicas. 
 
b) Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, apesar de 
terminarem em iar, apresentam o ditongo ei. 
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam medeie, 
medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem 
15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo e, 
consequentemente, em todo o presente do subjuntivo. 
Ex.: requeiro, requeres, requer requeira, 
requeiras, requeira requeri, 
requereste, requereu 
 
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfeito, no 
mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do subjuntivo e 
no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo ver. 
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; provesse, 
provesses, provesse etc. 
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, proverás, 
proverá etc. 
 
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, ressarcir, 
demolir, 
acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que falamos sobre eles na 
lição anterior, no item sobre a classificação dos verbos. 
Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, reaveis 
 
Questões 
 
1) Marque o erro de flexão verbal. 
a) Teus amigos só veem problemas na empresa. 
b) Eles vêm cedo para o trabalho. 
c) Se nós virmos a solução, a brincadeira perderá a graça. 
d) Viemos agora tentar um acordo. 
 
2) Assinale a única forma verbal correta.a) Tudo que ele contradizer deve ser analisado. 
b) Se o guarda retesse o trânsito, haveria enorme 
engarrafamento. 
c) Carlos preveu uma desgraça. 
d) Eu não intervinha no seu trabalho. 
 
3) Aponte a frase sem erro no que toca à flexão verbal. 
a) Os funcionários reporam a mercadoria. 
b) Se ele manter a calma, poderá ser aprovado. 
c) Quando eu revesse o processo, acharia o erro. 
d) Àquela altura, já tínhamos intervindo na conversa. 
 
4) Assinale a frase com erro de flexão verbal. 
a) Eu já reouve meu relógio. 
b) Isso não condizeria com meus ideais. 
c) Enquanto depúnhamos, ele procurava novas provas. 
d) Quando contiverdes as emoções, sereis felizes. 
 
5) Assinale a opção que apresenta um verbo que não é defectivo. 
a) polir, abolir 
b) adequar, falir 
c) acontecer, doer 
d) precaver, reaver 
 
Respostas 
1-D / 2-D / 3-B / 4-A / 5-B 
 
Pronome 
 
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou 
ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. 
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! 
[substituição do nome] 
 
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! 
[referência ao nome] 
 
Essa moça morava nos meus sonhos! 
[qualificação do nome] 
Língua Portuguesa 12 
 
 
 
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas 
palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite 
recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos 
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e 
indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as 
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no 
tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes 
apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso. 
 
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. 
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 
 
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? [tua/tu: pronomes 
de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 
 
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. 
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] 
 
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em 
gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, 
espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de 
gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo 
quando este se apresenta ausente no enunciado. 
 
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile 
da nossa escola neste ano. 
[nossa: pronome que qualifica ―escola‖ = concordância adequada] 
[neste: pronome que determina ―ano‖ = concordância adequada] 
[ele: pronome que faz referência à ―Roberta‖ = concordância inadequada] 
 
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. 
 
Pronomes Pessoais 
 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as 
pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes ―eu‖ ou 
―nós‖, usa os pronomes ―tu‖, ―vós‖, ―você‖ ou ―vocês‖ para designar a quem se 
dirige e ―ele‖, ―ela‖, ―eles‖ ou ―elas‖ para fazer referência à pessoa ou às pessoas 
de quem fala. 
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem 
nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. 
 
Pronome Reto 
 
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função 
de sujeito ou predicativo do sujeito. 
Nós lhe ofertamos flores. 
 
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª 
pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a 
pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim 
configurado: 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
 
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos 
verbais na língua-padrão. Frases como ―Vi ele na rua‖, ―Encontrei ela 
na praça‖, ―Trouxeram eu até aqui‖, comuns na língua oral cotidiana, 
devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem 
ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: ―Vi-o na rua‖, ―Encontrei-
a na praça‖, ―Trouxeram-me até aqui”. 
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua 
Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de 
suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. 
Fizemos boa viagem. (Nós) 
 
Pronome Oblíquo 
 
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a 
função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou 
complemento nominal. 
 
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) 
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome 
pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles 
desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome 
oblíquo marca o complemento da oração. 
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação 
tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos. 
 
Pronome Oblíquo Átono 
 
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de 
preposição. Possuem acentuação tônica fraca. 
Ele me deu um presente. 
 
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular (eu): me 
- 2ª pessoa do singular (tu): te 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes 
 
Observações: 
O ―lhe‖ é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na 
forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome ―o‖ ou ―a‖ e 
preposição ―a‖ ou ―para‖. Por acompanhar diretamente uma preposição, o 
pronome ―lhe‖ exerce sempre a função de objeto indireto na oração. 
 
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como 
objetos indiretos. 
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos 
diretos. 
 
Saiba que: 
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os 
pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, 
tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no- la, no-las, vo-lo, 
vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que 
seguem: 
 
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vocês? 
- Sim, entreguei-to ainda há 
pouco. 
- Não, no-la contaram. 
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na 
língua literária atual, seu emprego é muito raro. 
 
Atenção: 
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas 
terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, 
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que 
a terminação verbal é suprimida. 
Por exemplo: fiz + o = fi-lo 
fazei + o = fazei-os 
dizer + a = dizê-la 
 
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, 
nos, na, nas. Por exemplo: 
viram + o: viram-no 
Língua Portuguesa 13 
 
 
 
repõe + os = repõe-nos retém 
+ a: retém-na tem + as = 
tem-nas 
 
Pronome Oblíquo Tônico 
 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por 
preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os 
pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem 
acentuação tônica forte. 
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela 
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco 
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas 
 
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira 
pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome 
pessoal do caso reto. 
- As preposições essenciais introduzemsempre pronomes pessoais do 
caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que 
exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta 
forma: 
Não há mais nada entre mim e ti. 
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 
Não há nenhuma acusação contra mim. 
Não vá sem mim. 
 
Atenção: 
Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um 
pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses 
casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, 
deverá ser do caso reto. 
 
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. 
Não vá sem eu mandar. 
 
- A combinação da preposição ―com‖ e alguns pronomes originou as 
formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais 
pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto 
adverbial de companhia. 
Ele carregava o documento consigo. 
 
- As formas ―conosco‖ e ―convosco‖ são substituídas por ―com nós‖ e ―com 
vós‖ quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como 
outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. 
 
Você terá de viajar com nós todos. 
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. Ele disse que 
iria com nós três. 
 
Pronome Reflexivo 
 
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos 
direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica 
e recebe a ação expressa pelo verbo. 
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. 
Eu não me vanglorio disso. 
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. 
 
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. Assim 
tu te prejudicas. 
Conhece a ti mesmo. 
 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. 
Guilherme já se preparou. Ela 
deu a si um presente. 
Antônio conversou consigo mesmo. 
 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. 
Lavamo-nos no rio. 
 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos. 
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. 
 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Eles se 
conheceram. 
Elas deram a si um dia de folga. 
 
A Segunda Pessoa Indireta 
 
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos 
pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a 
segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados 
pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte: 
 
Pronomes de Tratamento 
 
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais 
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos Vossa 
Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e 
oficiais-generais 
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de 
universidades 
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas 
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores 
Vossa Santidade V. S. Papa 
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento 
cerimonioso 
Vossa Onipotência V. O. Deus 
 
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, 
vocês. ―O senhor‖ e ―a senhora‖ são empregados no tratamento cerimonioso; 
―você‖ e ―vocês‖, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente 
empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso 
frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à 
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. 
 
Observações: 
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento 
que possuem ―Vossa (s)‖ são empregados em relação à pessoa com quem 
falamos. 
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. 
Emprega-se ―Sua (s)‖ quando se fala a respeito da pessoa. Todos os membros 
da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o 
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. 
 
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos 
dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por 
Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que 
esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. 
 
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam- se à 2ª 
pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. 
Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos 
empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. 
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, 
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. 
 
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos 
a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento 
escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém 
de ―você‖, não poderemos usar ―te‖ ou ―teu‖. O uso correto exigirá, ainda, verbo 
Língua Portuguesa 14 
 
 
 
na terceira pessoa. 
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. 
(errado) 
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. 
(correto) 
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. 
(correto) 
 
Pronomes Possessivos 
 
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), 
acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). 
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) Observe o 
quadro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a 
que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído. 
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento 
difícil. 
 
Observações: 
 
1 - A forma ―seu‖ não é um possessivo quando resultar da alteração 
fonética da palavra senhor. 
- Muito obrigado, seu José. 
 
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. 
Podem ter outros empregos, como: 
a) indicar afetividade. 
- Não faça isso, minha filha. 
b) indicar cálculo aproximado. 
Ele já deve ter seus 40 anos. 
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. 
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 
 
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome 
possessivo fica na 3ª pessoa. 
Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 
 
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda 
com o mais próximo. 
Trouxe-me seus livros e anotações. 
 
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos 
assumem valor de possessivo. 
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) 
 
Pronomes Demonstrativos 
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma 
certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em 
termos de espaço, no tempo ou discurso. 
 
No espaço: 
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto 
da pessoa que fala. 
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto 
da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. 
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está 
afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. 
 
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de 
correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente 
importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o 
segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. 
 
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar 
informaçõessobreoconcursovestibular.(trata-se da universidade 
destinatária). 
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar 
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a 
mensagem). 
 
No tempo: 
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere ao 
ano presente. 
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a um passado 
próximo. 
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se 
referindo a um passado distante. 
 
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, 
observe: 
 
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). 
Invariáveis: isto, isso, aquilo. 
 
- Também aparecem como pronomes

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