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Peça n °1

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EX C ELE NT ÍS SIMO SE N HOR D OU TOR JU IZ D E D IR E IT O D A 1ª V AR A C ÍV EL D A C OMAR C A Y/UF.
PR OC ESS O Nº XX XXXX XX X 
AÇ ÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MOR AIS E ES TÉT IC OS 
RECORRENTE: SORAIA 
RECORRIDO : ELETR ÔN IC OS S /A 
SORAIA , já devidamente qualificada nestes autos , vem à presença d e 
Vo ssa Excelê nci a, por mei o de s ua procurador q ue es te s ubscre ve , 
apresentar tempestivamente APEL AÇ ÃO con tra sente nça de mérito prolatada 
nos autos da Ação de indeni zação por dano s morais e Estéticos supra 
mencionada, q ue move e m face de ELE TR ÔN IC OS S /A, consoa nte as razões 
fáticas e juríd icas d ecli nadas em ane xo. 
 
C om e fei to, uma ve z realizado o juízo de admissibilidade do presente 
recurso , req uer, a to contínuo, sejam os autos remeti dos ao Egrégi o Trib una l de 
jus ti ça para fins de reexa me d a maté ria. 
 
Termos e m pede e ag uarda deferi me nto. 
C idade xxxxxx/UFxxxx data . 
 
ADV OGAD O 
OAB /U F 
 
 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO.
APELANTE: SORAIA 
APELADO: ELETRÔNICOS S/A
PROCESSO DE ORIGEM: XXXXXXXX
ÉGREGIO TRIBUNAL
COLENDA CAMÂRA
EMÉRITOS DESEMBARGADORES.
1) – DA TEMPESTIVIDADE (CPC, art. 1.003, § 5º)
O presente recurso há de ser considerado tempestivo, vez que a sentença em questão fora publicada no Diário da Justiça nº. 0000, em sua edição do dia xx/xx/xxxx, o qual circulou em xx/xx/xxxx.
 Nesse ínterim, à luz da regência da Legislação Adjetiva Civil (art. 1.003, § 5º), este é interposto dentro do lapso de tempo fixado em lei.
2) – PREPARO  (CPC, art. 1.007, caput)
A recorrente acosta o comprovante de recolhimento do preparo (CPC, art. 1.007, caput), cuja guia, correspondente ao valor de R$ 00,00 ( .x.x.x. ), atende à tabela de custas deste Tribunal.
3) - FATOS.
 Em junho de 2016, a vítima propõe ação de indenização por danos morais e estéticos em razão do acidente de consumo, ocorrido em junho de 2009, no qual forá atraido a responsabilidade pelo fato do produto.
A Pelante perde a visão do olho direito após explosão de aparelho de televisão da marca do apelado, adquirido pela mãe da apelante, cabe ressaltar que na época do que o fato ocorreu Soraia ora apelante tinha apenas 13 anos de idade, sendo absolutamente incapaz, azão pela qual requer a condenação da ré ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) pelos danos estéticos sofridos.  No mais, será desnecessário a delação probátoria, pois já realizou a juntada de todas as provas documentais, inclusive laudo pericial no qual forá elaborado anteriormente, apontando defeitos do produto.
Após indeferimento da constestação, o magistrado proferiu o julgamento antecipado, decretando improcedente os pedidos formulados pela requerente.
No entando, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar, devendo ser reformada.
4) - Fundamentos.
 Do CDC
O código de defesa do consumidor logo em seu artigo 2º, caput, estabelece o conceito de consumidor, sendo o mesmo como:"pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final", o que afasta a alegação do juízo sentenciante de que é improcedente a ação da autora, por nao ter participado de relação contratual com a ré, o que não é visto, segundo exposto no transcrito artigo, como impedimento para caracterização da relação de consumo, além disso, no artigo 3º do mesmo código, é transcrito que o fornecedor é toda pessoa que desenvolvem atividades, seja de produção ou montagem.
Ainda, no CDC em seu artigo 17º, reforça a existência desta relação consumista ao estabelecer que equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. No caso em questão, ao fato do produto, que teve como consequência o acidente sofrido pela autora do processo.
Sendo necessário falar ainda que no artigo 12 do código citado acima, trata sobre a responsabilidade objetiva da ré, independente da existência de culpa, pelo dano causado em consequência do defeito do produto, que inclusive, foram incluídos aos autos do processo laudo pericial apontando o defeito do produto, existindo portanto a relação entre o dano.
Prescrição
quanto ao segundo fundamento da sentença, deve-se pretender o afastamento da prescrição, isso porque não corre prescrição contra absolutamente incapaz de acordo com o artigo 198, inciso I do código Civil. Do qual anula a tese do juízo a quo que fundamentou a prescrição prescreve em 3 (três) anos, conforme o artigo 206, § 3º do Código Civil. Assim como o artigo 3º CC, que relata os absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 ( dezesseis) anos. 
Deste modo a autora, ora apelante, efetivou- se em 2012, quando a mesma completou 16 (dezesseis) anos, tornando-se relativamente capaz. Dessa forma, a prescrição de sua pretensão ocorreria apenas em 2017, conforme o artigo 27 do CDC.
5- Pedido
Ante ao exposto requer:
A- A reforma da sentença, para que seja julgada procedente a ação, condenando o apelado a pagar ao apelante, os danos morais e estéticos nos termos da inicial;
B- Requer ainda, a condenação do apelado nas verbas sucumbenciais, tais como as custas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados, conforme artigo 85 CPC.
C- Seja o Requerido condenado a pagar as despesas, custas e honorários advocatícios no montante de 20%.
D- A juntada da guia de recolhimento do preparo, nos termos do art. 1007, CPC;
E- A intimação do apelado para se manifestar querendo, nos termos do § 1º, art 1.010 cpc,
Termos em que,
Pede Deferimento.
cidade, data, mês e ano.
Advogado
OAB.xxXXXX

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