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Caso Concreto XII - Prática IV

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Caso Concreto XII
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face.
Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro.
Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo.
O juiz da 40ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos.
Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e, após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou advogado.
AO (A) EXMO. JUÍZO DA 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA/PR
Processo nº: (____)
LEONARDO, brasileiro, estado civil (___), profissão (___), portado do RG nº (___) inscrito no CPF sob o nº (___) tendo como endereço eletrônico (___), residente e domiciliado na rua (___), nº (___), bairro (___), CEP (___), Curitiba/PR, por meio desta representado pelo seu advogado vem interpor,
RECURSO DE APELAÇÃO
Em face de GUSTAVO, brasileiro, estado civil (___), profissão (___), portado do RG nº (___) inscrito no CPF sob o nº (___) tendo como endereço eletrônico (___), residente e domiciliado na rua (___), nº (___), bairro (___), CEP (___), Curitiba/PR
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e Data
ADVOGADO: (____)
OAB: (___/__)
APELANTE: LEONARDO
APELADAS: GUSTAVO
ORIGEM: 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA/PR
AÇÃO: INDENIZATÓRIA
PROCESSO Nº: (____)
EGRÉGIO TRIBUNAL
Merece anulação e reforma a respeitável sentença proferida pelo juiz de primeiro grau, pelas razões de fato e fundamentos jurídicos expostos a seguir.
I - DOS FATOS
Gustavo ajuizou, contra Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material em razão de ter sido atacado pelo cão de propriedade do Leonardo, seu vizinho. Segundo relato da parte autora, o animal estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, e o atacou, deixando um corte profundo em seu rosto.
Por conta do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3.000,00 (três mil reais) em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 (dois mil reais) em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, porém os gastos com os medicamentos não foram apresentados, sob alegação de ter esquecido de pegar as notas fiscais na farmácia.
Leonardo, devidamente citado, apresentou sua contestação, alegando que o ataque havia ocorrido por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, pela falta de comprovantes, não poderia ser computado o suposto valor gasto com os medicamentos ao valor da indenização.
Houve a devida audiência de instrução e julgamento, onde as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo.
O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegar ter gasto com medicamentos.
Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
II - DA TEMPESTIVIDADE
Justifica a parte apelante que a interposição do presente recurso está nos conformes com o previsto nos Arts. 219, 224 e 1003,§5º/CPC, em especial, quanto à contagem e prazo do mesmo, tendo sido interposto no prazo de 15 dias.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
III - DOS FUNDAMENTOS PARA REFORMA
A) NULIDADE DA SENTENÇA
O magistrado, ao proferir a sua sentença, além de condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no valor total de R$ 5.000,00, também o condenou à indenização por danos morais decorrentes devidos aos incômodos em razão do fato, resultando no valor de R$ 6.000,00.
Em nenhum momento a parte apelada pleiteou dano moral ao apelante, ou seja, o juiz concedeu algo distinto do pedido formulado na inicial pelo apelado. 
B) NEXO DE CAUSALIDADE
Deve-se esclarecer que o animal do apelante somente avançou no apelado, motivado por conta que o apelado atirava pedras no animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme previsão no Art. 936/CC.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Por fim, alega o apelado que, por conta do ocorrido, ele gastou o somatório de R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, entretanto, os gastos com medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, sob alegação de ter esquecido de pegá-los na farmácia. Como não há a comprovação de tais gastos, não há que se falar em indenização dos mesmos. Dano material não se presume, se incumbe quem alegou prová-lo de acordo com o Art. 373/CPC. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
IV - DOS PEDIDOS
Diante dos fatos dispostos e dos fundamentos jurídicos aplicados, a parte apelante requer a este Egrégio Tribunal:
1º Conheça o recurso interposto e que seja dado provimento para a reforma da sentença proferida pelo magistrado e anular a outra parte da sentença que condenou o apelante em indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00, já que tais danos não foram pleiteadas;
2º A intimação do Apelado para, querendo, oferecer suas contrarrazões;
3º A condenação do Apelado ao ônus da sucumbência.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado: (___)
OAB: (___/__)

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