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Caso Concreto 5 - PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO
ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, advogado, domiciliado e residente na rua..., nº..., bairro, CEP nº..., cidade, estado, regularmente inscrita no CPF sob o nº..., com endereço eletrônico..., vem a presença de Vossa Excelência impetrar:
HABEAS CORPUS PREVENTIVO
Pelo rito especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil, profissão, domiciliada e residente na rua..., nº..., bairro, CEP nº..., cidade, estado, regularmente inscrita no CPF sob o nº..., com endereço eletrônico..., apontando como autoridade coatora M. M. JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos seguintes.
I. DOS FATOS:
A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), divido igualmente.
No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no mercado de trabalho há aproximadamente 1 ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos.
A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação competente para execução de alimentos.
Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão.
DA TUTELA DE URGÊNCIA:
Presentes os requisitos que autorizam a concessão da liminar:
O fumus boni iuris está caracterizado uma vez que, a constituição consagra que a prisão civil por dívida se trata de medida excecional, oque não ocorreu nas hipóteses dos autos, uma vez que a paciente apresentou justificativa plausível de sua impossibilidade de pagar. Pois se encontra desempregada e em um quadro de depressão. A mora está caracterizado pois já existe ordem de prisão expedida, que pode ser cumprida a qualquer momento.
II. DOS FUNDAMENTOS:
De acordo com a Constituição Brasileira de 88, somente é permitido a prisão civil quando se tratar de dívida alimentar, conforme dispõem o artigo 5º, LXVII.
Todavia, vale ressaltar que, a paciente justificou, conforme pede o CPC em seu artigo 528, caput, que não efetuou o pagamento referente aos últimos cinco meses por se encontrar DESEMPREGADA há um ano, além de estar se tratando de uma DEPRESSÃO PROFUNDA.
A partir disso, se pode afirmar que o não pagamento dos alimentos por parte da paciente possuiu uma justificativa LEGÍTIMA. No entanto, tais argumentos não foram acolhidos pelo juízo da 10 ª Vara de Família da Capital, que decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. Sendo assim, vale dizer que, não é razoável acolher a decisão do magistrado. 
Por conta da decisão do referido juízo, a paciente se encontra desesperada com a eminente prisão. No entanto, conforme a Constituição Brasileira de 88, em seu artigo 5º, LXVIII, dispõem que será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Caso em que é aplicável a paciente. 
III. DOS PEDIDOS:
Pelo exposto requer:
1. A concessão da liminar para sustar o decreto prisional, devendo ser recolhido o mandado de prisão;
2. A notificação da autoridade coatora para prestar as informações;
3. Intima-se o Procurador de Justiça;
4. Seja concedida ordem com expedição do salvo conduto.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB.

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