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IMPUGNAÇÃO TURMA DE PRÁTICA

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Faculdade Cambury 
Escola de direito
Núcleo de Prática Jurídica – NPJ
Coordenação de NPJ e Estágio
AO JUIZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO
Processo nº: 5611444.47.2019.8.09.0051
 MARIA JÚLIA DE SOUZA LEÃO, neste ato devidamente representada por sua genitora JOYCE ALINE SOUZA, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe que move em face de JÚLIO CÉSAR LEÃO DOS SANTOS, também já devidamente qualificada nos respectivos autos, por intermédio de seus procuradores, vem à presença de Vossa Excelência apresentar,
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
O que faz pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
DA TEMPESTIVIDADE DESTA IMPUGNAÇÃO 
A Autora foi intimada para impugnar a Contestação por intermédio da publicação ocorrida em 12/03/2020 (quinta-feira). Considerando que a autora está sendo representa por núcleo de prática jurídica, aplica-se o artigo 186 § 3º do CPC, sendo assim o prazo será contado em dobro. Portanto o prazo encerra-se em 08/06/2020, segunda feira. 
 Dessa forma, esta Impugnação está sendo protocolizada tempestivamente, para apreciação de Vossa Excelência. Razão pela qual requer sejam julgados procedentes os pedidos da exordial.
RESUMO DAS ALEGAÇÕES
Versa a presente sobre Ação de Alimentos – onde se objetiva a tutela de direto provinda da Decisão do presente Juízo.
 Em sede de Contestação, o réu alegou que tem outra filha, não tem emprego formal no momento e sugeriu que o percentual seria de 25% (vinte e cinco) sobre o salário-mínimo. Ora tais motivos não são suficientes para que seja reduzido o valor dos alimentos.
Trata-se de ação que busca resguardar a dignidade e subsistência da Autora. A fixação de alimentos é medida urgente e indispensável a garantia de condições mínimas de sobrevivência, razão pela qual busca a intervenção estatal. 
Ressalta-se que em sede liminar, o presente Juízo fixou os alimentos em 40% (quarenta por cento) do salário-mínimo os quais o requerido nunca realizou o pagamento/depósitos.
DOS ALIMENTOS
Após analisadas todas as circunstâncias que cercam a presente demanda, importa adentrar num tema de grande relevância, a responsabilidade pelos Alimentos.
A lei estabelece sabiamente os parâmetros a serem seguidos para que a prestação de Alimentos seja firmada, devendo atender ao binômio Necessidade/Possibilidade.
Nas palavras da doutrinadora Maria Berenice Dias:
"O fundamento do dever de alimentos se encontra no princípio da solidariedade, ou seja, a fonte da obrigação alimentar são os laços de parentalidade que ligam as pessoas que constituem uma família, independentemente de seu tipo: casamento, união estável, famílias monoparentais, homoafetivas, socioafetivas (eudemonistas), entre outras." (Maria Berenice Dias, Manual de Direito das Famílias - Edição 2017, e-book, 28. Alimentos)
Ou seja, o direito a alimentos busca preservar o bem maior da vida e assegurar a existência do indivíduo que depende deste auxílio para sobreviver.
A criança tem resguardada os direitos inerentes à pessoa humana no escopo dos artigos 227 e 229 da Constituição Federal/1988:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
	
Trata-se de proteção disposta ainda no Estatuto da Criança e pelo Código Civil que não exclui a responsabilidade de ambos os pais na manutenção e desenvolvimento da criança, mesmo diante da separação:
Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
Art. 1696. O direito a prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Ou seja, o direito a alimentos busca preservar o bem maior da vida e assegurar a existência do indivíduo que depende deste auxílio para sobreviver em condições dignas. 
 
DOS PEDIDOS 
Ante o exposto requer:
a) Tratando-se de matéria eminentemente de direito, pede o julgamento antecipado da lide, com a consequente procedência de todos os pedido da exordial.
b) Tem-se por Impugnada a Contestação apresentada, requerendo, desde já, sejam ratificados os argumentos explanados na exordial, sendo julgada totalmente procedente a ação.
c) Que seja considerada a decisão liminar (evento de nº.5), sendo os alimentos provisórios mantidos no percentual de 40% do salário mínimo. 
 d) A homologação do acordo quanto à guarda e convivência paterna; 
e) Que o Requerido seja condenado a arcar com o ônus da sucumbência, arbitrando-se honorários, no percentual de 20% (vinte por cento). 
CLAMA-SE POR JUSTIÇA!
Nesses termos,
Pede deferimento.
Goiânia – GO, 12 de março de 2020
ADVOGADO
OAB/GO
Avenida T-2, nº 3.531 – St. Sol Nascente - Goiânia – GO CEP: 74410-220. Fone: (62) 32363000

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