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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX OSEAS SOBRENOME, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, inscrito no CPF sob nº XXX, e-mail: XXX, residente e domiciliado XXX, vem por meio de seu advogado (procuração em anexo), com endereço profissional XXX, onde recebe intimação, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor com fundamento no art. 335, IV, CC/02, c/c art. 539, CPC/15: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº XXX, inscrição estadual nº XXX, e-mail: XXX, com sede XXX, localizada na XXX, e de LEONTINO SILVEIRA, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CNF sob nº XXX, e-mail: XXX, residente e domiciliado XXX, pela fatos e fundamentos a seguir: I) DOS FATOS O autor firmou contrato de locação de veículo com a LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA pelo prazo de 12 (doze) meses. Entretanto, recebeu no terceiro mês de vigência do contrato notificação judicial do Senhor Leontino Silva, que afirmava ser o proprietário do veículo, conforme contrato de compra e venda firmando com a locadora, logo o autor deveria pagar para ele os alugueis mensais referente a locação. Diante desta situação, o autor procurou a locadora, que disse desconhecer tal contrato de compra e venda. Devido a dúvida sobre a quem se deve pagar o aluguel do automóvel, que vencerá futuramente, logo não restou alternativa ao autor senão propor tal ação. II) DOS FUNDAMENTOS Diante da narrativa dos fatos, verifica-se que tal ação foi proposta pela simples confusão sobre a quem é devido o pagamento do aluguel do veículo locado. Na posição de locatário, o objetivo do autor é continuar a prestar o pagamento dos alugueis, demostrando assim a sua boa fé, mas a dúvida é: para quem o pagamento é devido, para a Locadora de veículos, pessoa jurídica com quem o autor estabeleceu contrato de locação, ou para o Senhor Leontino Silva, que afirma ser proprietário do veículo? Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012), se dois credores mostram-se interessados em receber o pagamento, e havendo dúvida sobre quem tem direito a ele, deve o devedor valer-se da consignação, requerendo a citação de ambos. Assim, com fulcro no artigo 335, IV, CC/02, devido a dúvida pertinente sobre para qual credor em questão efetuar o pagamentos dos alugueis do veículo, não resta outra saída senão a propositura da referida ação de consignação em pagamento. “Trata-se a consignação em pagamento, portanto, do instituto jurídico colocado à disposição do devedor para que, ante o obstáculo ao recebimento criado pelo credor ou quaisquer outras circunstâncias impeditivas do pagamento, exerça, por depósito da coisa devida, o direito de adimplir a prestação, liberando-se do liame obrigacional.” (GAGLIANO, 2010) O intuito do autor é de adimplir o débito exonera-se de qualquer responsabilidade quanto ao cumprimento de sua obrigação, afinal tal obrigação extingue-se com o pagamento, conforme art. 334, CC/02. Neste intuito, cita-se jurisprudência do Egrégio Tribunal: "TJ-AP - APELAÇÃO : APL 51067220068030001 AP Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - AÇAO DE CONSIGNAÇAO EM PAGAMENTO - DÚVIDA SOBRE O LEGÍTIMO CREDOR - DECISAO CITRA PETITA - QUESTÕES SUSCITADAS E DEBATIDAS - POSSIBILIDADE DE COMPLÇAO PELO TRIBUNAL - INSUFICIÊNCIA DO DEPÓSITO - AUSÊNCIA DE PROVA - MANUTENÇAO DO VALOR - TITULARIDADE DO CRÉDITO - EMPRESA PROPRIETÁRIA DO BEM. 1) Na ação de consignação, proposta com fundamento na dúvida do devedor sobre quem seja o credor, a decisão do processo se dá em duas fases: inicialmente, libera-se o devedor e, após, o processo continua pelo procedimento ordinário para determinar quem, entre os que disputam o crédito, tem titularidade para recebê-lo. Inteligência do art. 898, do CPC;” Assim, Vossa Excelência, conforme art. 539, CPC/15 e diante da situação duvidosa relatada, o autor/devedor, agindo de boa-fé, deseja apenas cumprir com sua obrigação, logo não resta outra alternativa senão a propositura desta ação, que torna-se a única maneira do autor/devedor não realizar nem um pagamento equivocado ou se tornar inadimplente. III) DOS PEDIDOS Ante ao exposto, requer: a) Que este juízo defira o depósito da prestação vincenda no dia XXX, bem como as prestações sucessivas, conforme art. 541, CPC/15. http://www.jusbrasil.com/topico/10635499/artigo-898-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 b) Citação dos consignados para que se manifestem no prazo de 10 dias, conforme art. 539, § 1o , CPC/15. c) Inexistindo dúvida quanto ao valor consignado, que seja julgada procedente a presente ação, declarando-se quitada a obrigação do consignante e consequentemente a extinção do débito, conforme art. 334, CC/02, e que ainda, seja realizado o levantamento do depósito pelo consignado que este juízo entender por direito, conforme art. 547, CPC/15. d) Condenação dos consigandos ao pagamento de custas e honorários, no caso de procedência do pedido, conforme art. 546, CPC/15. e) a produção de todas as provas assim, admitidas em direito, em especial documental. IV) VALOR DA CAUSA Dar-se a causa o valor de R$ XXX. Nestes termos, pede-se deferimento. Local/Data ____________________________________ Dr. Sergio Rose OAB\RJ nº 1000
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