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Peça - consignação em pagamento

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DE SÃO PAULO – SP
	PRISCILA, (profissão), brasileira, portadora da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, Tel.: XXX, com endereço eletrônico XXX; vem, por seu advogado infra-assinado (procuração em anexo), Dr. XXX, OAB XXX, com endereço profissional sito à Rua XXX, com endereço eletrônico XXX, onde receberá intimações e demais notificações processuais, perante V. Exa. Propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
	Em face de WAGNER, (profissão), brasileiro, portador da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, Tel.: XXX, com endereço eletrônico XXX. 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
	A autora encontra-se desempregada, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se em anexo declaração de hipossuficiência e cópia da CTPS. 
	Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da gratuidade de justiça, assegurados pelos Art. 5º, LXXIV DA CF e Art. 98 e seguintes do CPC.
II– DOS FATOS
	A autora adquiriu um automóvel ofertado pelo réu no valor de R$28.000,00 (vinte e oito mil reais). Para que a oferta ocorresse, a autora deveria pagar um sinal no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), como assim ocorreu e ficando acordado entre as partes que o restante do valor seria pago em nove parcelas de R$2.000,00 (dois mil reais) a cada 30 dias. 
	A autora efetuou os pagamentos corretamente, sem nenhum atraso, até a sétima parcela da prestação. Entretanto, a autora foi surpreendida com uma demissão em seu trabalho, restando ainda duas parcelas para o encerramento da dívida contraída. 
	Desta forma, buscando honrar com o compromisso ora firmado com o réu, a autora entrou em contato com este para explicar-lhe a situação em que se encontrava e para informar que não deixaria de pagar as prestações que ainda estavam pendentes. Assim, o réu informou por mensagem de texto (em anexo), que a mesma não precisava se preocupar quanto ao valor restante, pois aguardaria o pagamento das parcelas até o vencimento da última parcela.
	Ocorre que o réu não cumpriu com sua palavra. Cinco dias antes do vencimento da última parcela, a autora conseguiu um empréstimo para efetuar todo o pagamento pendente e, ao entrar em contato com o réu, não obteve êxito em nenhum dos endereços disponíveis, inclusive o endereço onde ocorria o pagamento das prestações.
	Como se já não bastasse todo o ocorrido, a autora ainda foi surpreendida no mesmo dia em que realizou as diligências nos endereços do réu ao saber que seu nome fora incluso no cadastro de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), fato este descoberto quando a mesma tentou conseguir um emprego em uma sociedade empresária. De forma que, a inclusão foi feita pelo réu em razão da ausência do pagamento das últimas parcelas. Ressalta-se que o valor incluso é referente às duas últimas parcelas que o próprio réu permitiu que a autora efetuasse esse pagamento até o vencimento da última parcela.
	Desesperada e buscando livrar-se da restrição, a autora efetuou o depósito de R$4.000,00 (quatro mil reais) no dia do vencimento da última parcela na conta do réu, em uma agência bancária na cidade de São Paulo, conforme anexo de extrato de transferência. 
	Cabe mencionar que o réu teve ciência do depósito e cinco dias após a ciência, recusou o valor depositado. Sendo tal recusa feita de forma imotivada e sem nenhuma explicação mediante carta endereçada ao estabelecimento bancário. 
	Inconformada após ser extremamente lesada, a autora pleiteia diante deste Juízo para que sejam tomadas as providências legais cabíveis para que esta deixe de ser prejudicada de tal forma. 
III – DA TUTELA DE URGÊNCIA
	Assim dispõe o Art. 300 do CPC:
“Art. 300: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”
Diante dos fatos, não restam dúvidas sobre a existência de perigo de dano da parte autora em virtude de sua inscrição indevida no SPC. De forma que cabível a tutela de urgência para que haja a imediata retirada do nome da autora do cadastro de inadimplentes. Visto que conforme o exposto, a autora encontra-se impossibilitada de trabalhar. Desta forma, a parte autora pleiteia para que seja deferida a tutela de urgência. 
IV – DOS FUNDAMENTOS
	A autora tentou cumprir com o que fora combinado, evitando de toda forma ficar inadimplente com o réu. Por esse motivo a mesma tentou realizar o depósito das prestações pendentes com a antecedência de cinco dias até a data final, mas ainda assim, o réu agindo de má-fé, decidiu incluí-la no cadastro de inadimplentes. Por esse motivo não restou outra alternativa se não realizar o depósito em uma agência bancária a fim de quitar a dívida, nos moldes do Art. 539, §1º do CPC:
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
De acordo com entendimento jurisprudencial, a recusa imotivada do réu em não aceitar o pagamento oferecido pela autora não é aceito, conforme se vê em jurisprudência adiante:
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS – Apelação Cível : AC 70075014985 RS
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. REQUISITOS RECUSA INJUSTIFICADA DA CREDORA. 
A ação de consignação em pagamento, dentre outras hipóteses, tem lugar quando se o credor não puder ou, sem justa causa, se recusar a receber o pagamento ou dar quitação na devida forma (Art. 335, I, do CC).
Comprovado no feito que a credora/demandada estaria se recusando injustificadamente ao recebimento das prestações atinentes à contrato de promessa de compra e venda celebrado com os autores. Sentença confirmada. Verba honorária recursal arbitrada. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70075014985, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Marlei de Souza, Julgado em 13/12/2017).
IV.I – DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
	É cabível o pagamento por consignação caso o credor recuse injustificadamente a oferta de pagamento feita pelo devedor ou se nega a dar-lhe a correspondente quitação. Isso ocorre porque, diante dessa recusa em receber a quantia ofertada, a inércia do devedor acarretará a sua mora. 
	O cumprimento da obrigação é não só um dever, mas também um direito do devedor. Não resta dúvida que o pagamento não é apenas uma obrigação, mas também, direito do devedor, não podendo ficar à mercê do credor que displicente ou maliciosamente tenta eternizar o vínculo obrigacional do devedor.
IV.II – DO DANO MORAL PELA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA
	Em face do ocorrido, a autora encontra-se em situação constrangedora, tendo sua reputação atingida em virtude da indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes (SPC), o que lhe causa prejuízos, sendo suficiente a ensejar danos morais. O ocorrido causou danos à imagem e à honra da autora, que se encontra com reputação de devedora, fato totalmente indevido, pois ficou claro que a mesma tentou quitar sua dívida, sendo impedida pelo réu de concluir seu pagamento, por estar este agindo de má-fé visando prejudicar a autora. 
	O Art.5º, X da CF é claro ao mencionar que:
“X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;"
	Desta forma, entende-se que o réu não pode se eximir da responsabilidade pela reparaçãodo dano causado, decorrente de sua culpa exclusiva, restando claro sua condenação à indenização pelo dano moral à autora. Entendimento este prevalente na jurisprudência:
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - PROCEDÊNCIA - DECISÃO CORRETA - NOME INSCRITO NO SPC INDEVIDAMENTE - ANTECIPAÇÃO CONCEDIDA - PROVA DO PREJUÍZO - DESNECESSIDADE - ART. 159 CC DE 1916 - VALOR FIXADO COMPATÍVEL COM A LESÃO - RECURSO IMPROVIDO. A indevida inscrição do nome do ofendido no SPC autoriza a antecipação da tutela para sua exclusão e motiva a indenização por dano moral, independentemente da prova objetiva do prejuízo. A fixação do valor indenizatório deve servir para amenizar o sofrimento do ofendido e também desestimular a repetição do ato lesivo. Sentença mantida”. (RAC n. 44349/2003 – Dr. Gerson Ferreira Paes).
	Cabe mencionar que enquanto o nome da autora permanecer no Cadastro de Inadimplentes, a mesma estará impossibilitada de realizar empréstimos, alugar imóveis, tomar posse em cargos públicos e etc. Por esse motivo, a autora requer a indenização por danos morais, conforme Arts. 186 e 927 do CC pela indevida inclusão de seu nome no cadastro de inadimplentes. 
V – DOS PEDIDOS
	Ante ao exposto, requer à V. Exa.:
A) Que seja deferido o pedido de gratuidade de justiça, nos moldes dos Art. 5º, LXXIV da CF e Art. 98 e seguintes do CPC; 
B) Que seja deferida a antecipação tutela de urgência, nos moldes do Art. 300 do CPC, para que em 5 (cinco) dias ocorra a retirada do nome da autora do cadastro de inadimplentes; 
C) A audiência de conciliação, devendo as intimações serem feitas no endereço indicado na procuração em anexo;
D) A citação do réu para apresentar sua defesa sob pena de revelia e confissão dos fatos alegados, além de sua intimação para comparecer à audiência;
E) Que seja julgado procedente o pedido de consignação em pagamento, extinguindo qualquer dívida referente à parte autora e a decretação de todas as devidamente pagas, extinguindo dessa forma a obrigação; 
F) Que seja julgado procedente o pedido de indenização por danos morais, nos moldes dos Arts. 186 e 927 do CC;
G) Que seja o réu condenado ao pagamento de custas e honorários advocatícios. 
VI – DAS PROVAS
	Protesta por todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido, nos termos do Art. 369 do CPC. 
Dá-se à causa o valor de R$4.000,00 (quatro mil reais). 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento. 
Rio de Janeiro, (data).
ADVOGADO
OAB

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