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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E LUCROS CESSANTES [ACIDENTE DE TRÂNSITO]

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA CIVEL DA COMARCA DE IMPERATRIZ/MA.   
 
 
 
 
 
 
CLIENTE DE SOUSA, brasileiro, casado, autônomo (fotógrafo profissional), portador do RG nº XXXXXXXXXXX-X SSP-MA, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à Rua Itaúna, nº XX, Parque Santa Lúcia, CEP: XXXXX-4XXX, Centro, Imperatriz – MA, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa. por intermédio de seu procurador que esta subscreve, com escritório localizado à Rua Rio Grande do Norte, nº XXXX, entre as Ruas Hermes da Fonseca e Urbano Santos, bairro Juçara, nesta cidade, com fulcro nos artigos 186 e 927 do Código Civil, para propor a seguinte: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS , C/C DANO EMERGENTE E LUCROS CESSANTES 
em desfavor de EMPRESA DE TRANPORTES LTDA; CNPJ: XX.XXX.XXX/0001-90;Rod Br-010, XX, Sala: 1, Jardim Tropical, Imperatriz, MA, CEP XXXXXX-XXX, Imperatriz – MA, pelos motivos fáticos e jurídicos doravante expostos: 
DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
 	Abinitios, afirma sob as penas da Lei e de acordo com Artigo 4º e seu parágrafo 1º da Lei Nº. 1.060/50 com a redação introduzida pela Lei Nº. 7.510/86, ser juridicamente necessitado, não tendo condições financeiras no presente momento para arcar com as despesas de custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família.
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal Artigo 5°,LXXIV e pela Lei 13.105/2015 Novo Código de ProcessoCivil no seu Artigo 98 e demais:
 			Constituição Federal.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.
 Código Processo Civil. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
(grifo nosso)
 
DOS FATOS
 	No dia 14 de janeiro de 2015, por volta das 14h30min, CLIENTE DE SOUSA nesta denominado REQUERENTE, devidamente habilitado na categoria A, trafegava em uma motocicleta YAMAHA/LANDER, XTZ 250, PLACA NGU-2921, PRETA, CHASSI: 9C6KG021070005638, ANO/MODELO: 2007/2007, pela Avenida Pedro Neiva de Santana, no retorno do bairro Bom Jesus, em frente ao “Palmeiras Bar”, Parque Amazonas, perímetro Urbano de Imperatriz/MA, tendo como garupa o Senhor Álvaro, momento em que foi surpreendido por um caminhão MERCEDES BENS, MODELO 2426, DE PLACAS: OVO-1744, BRASÍLIA-DF, DE COR BRANCA, ANO 2014/2014, CHASSI 9BM958094EB951271, de propriedade da empresa EMPRESA DE TRANSPORTES LTDA nesta denominado REQUERIDA.
Excelência, o Requerente, sem chance alguma de evitar o acidente, mesmo estando em velocidade compatível ao permitido e em sua faixa de pista correta, no caso a esquerda, o caminhão conhecido como “caminhão da SKOL”, saiu do acostamento e invadiu a pista fechando a moto em que o Requerente conduzia, dando causa ao ocorrido. 
O PERITO DO ICRIM informou em sua perícia que ambos os veículos trafegava no mesmo sentido e, em velocidade regulamentar para a via, de acordo com os vestígios dos materiais encontrados da motocicleta e do caminhão, relatou em síntese: 
“Que o V2 (Caminhão M. BENS/atego 2426, de placas: OVO-1744, Brailia-DF), chegou ao local do sinistro anterior ao V1 (YAMAHA/LANDER, XTZ 250, Placa: NGU-2921), ao se aproximar do retorno acima descrito o condutor de V2 muda de faixa seguindo para o acostamento a direita da via parando totalmente o V2 esperando o momento certo para iniciar a manobra de retorno pelo local adequado para tal manobra. Este procedimento de parada fora realizado uma vez que o  tipo de veículo em questão V2 (Caminhão M. BENS/atego 2426, de placas: OVO-1744, Brasília-DF) possui um giro muito pequeno, necessitando de mais espaço para realizar manobras mais fechadas”.
Destarte, percebe-se a negligência e a imprudência do condutor do caminhão, ao realizar tal manobra, dando causa ao acidente aonde, o Requerente veio a bater fortemente com a cabeça e o rosto na lateral do caminhão, resultando da queda a quebra de seu óculos de sol, do seu celular e sua câmera fotográfica, que por sinal é seu objeto de trabalho.
 	O acidente ganhou o noticiário local através de jornal de grande circulação, sendo no momento o requerente socorrido pelo SAMU, do Município de Imperatriz e encaminhado ao Hospital Municipal de Imperatriz, onde realizou procedimentos médicos, tais comoconstam nas fotos em anexas. Apesar de o Requerente não sofrer fraturas gravíssimas que pudessem vir a prejudicá-lo ainda mais, o mesmo, ficou impossibilitado de trabalhar por quase 30 (trinta) dias, o que causou um grande transtorno na sua vida pessoal e familiar, tendo em vista que é único garantidor da mantença familiar e ainda pelo fato de ser autônomo e só perceber seus rendimentos através de seu trabalho. 
Diante de todo o abalo familiar experimentado, transtorno profissional e dificuldades financeiras: consultas médicas, dispêndio com medicações, transportes (já que o mesmo usou muleta), tratamento com fisioterapia, despesa com o funcionário, aluguel do imóvel comercial, contas vencidas, e ainda impossibilitado de realizar os eventos fotográficos para os quais tinha sido contratado. O Requerente ficou impedido de atender clientes para apresentar seu trabalho e assim fechar novos contratos. 
Ademais, o Requerente sentia fortes dores no joelho e na cabeça, visto também que a sua aparência estava prejudicada esteticamente, pois o mesmo devido à violência do impacto que lesionou seus olhos deixando-os roxos, o seu lábio cortado e inchado, com hematomas avermelhados no corpo, tornando quase impossível o contato pessoal com os clientes, fato que é necessário para seu trabalho, pois trabalha com fotografia, comprometendo diretamente a imagem do autor, o deixando com baixa estima. 
Ocorre que, ao procurar a Requerida para que a mesma assumisse a sua responsabilidade de forma amigável, já que não prestou nenhum socorro, esta em nenhuma oportunidade se manifestou, tendo o Requerente tentado por diversas vezes falar com o setor responsável da empresa Requerida, sendo rechaçado e surpreendido pela recusa inexplicável da empresa, pois a perícia realizada mostra de forma evidente a imprudência do condutor do veículo da empresa Requerida e ainda existem testemunhas que presenciaram o momento do acidente. 
Com isso, o Requerente inconformado pela recusa intencional da Requerida em ajudar com as despesas médicas e ressarcimento do prejuízo sofrido com os seus bens materiais, não vislumbrou outra saída que não fosse a interposição da presente ação, pleiteando pela indenização dos equipamentos perdidos na ocasião, sendo eles: 1 máquina fotográfica, avaliada em R$ 2.500,00 (Dois Mil e Quinhentos Reais) e um celular, avaliado no valor de R$ 1.299,00 (Hum Mil e Duzentos e Noventa e Nove Reais), conforme documentos em anexo. 
Em virtude da perda da dignidade social ao longo de quase 30 (Trinta) dias, devendo ser compensado pela Requerida que até a presente data não se manifestou em fornecer medicamentos, consulta médica com o Ortopedista e indenizar os equipamentos danificados do acidente causado exclusivamente pela Requerida, quais sejam, 01 máquina fotográfica avaliada em R$ 2.500,00 (Dois Mil e Quinhentos Reais) e um celular avaliado em R$ 1.299,00 (Hum Mil e Duzentos e Nove Reais) conforme documentação em anexa.
Por fim, não menos importante, requer ainda a indenização pelas despesas com consultas e medicamentos, bem como a indenização pelo lucro cessante causado ao longo do mês de janeiro de 2014, tendo em vista que nos meses anteriores ao acidente o faturamento do Requerente foi em torno de R$ 24.000,00 (Vinte e QuatroMil Reais), conforme (doc. anexo), que deverá ser indenizado pela impossibilidade que o acidente causou ao Requerente, não devendo desta responsabilidade se omitir a Requerida, já que as provas anexas mostram a culpa exclusiva desta.  
DO DIREITO
            De acordo com o Artigo 927, parágrafo único, do Código Civil/02, independentemente do dolo ou culpa, haverá obrigação de indenizar, vejamos: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
             Se o indivíduo viola propositada e intencionalmente o ordenamento jurídico, entende-se que atuou com dolo. Por outro lado, se a sua conduta é derivada de negligência, imprudência ou imperícia, temos que houve culpa em sentido estrito. Assim ensina o professor Rui Stoco: 
“Quando existe intenção deliberada de ofender o direito, ou ocasionar prejuízo a outrem, há o dolo, isto é, o pleno conhecimento do mal e o direto propósito de o praticar. Se não houvesse o intento deliberado, proposital, mas o prejuízo veio a surgir, por imprudência ou negligência, existe a culpa (stricto sensu).” 
Está evidente que a ré causou danos ao autor, devendo, conforme a lei repará-los. De acordo com o artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro “o condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis a segurança do trânsito”.  
Os fatos mostram que o motorista da empresa ré não estava observando os cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com falta de atenção, tanto que era de total percepção a existência do autor e mesmo assim o caminhão colidiu o tirando de sua faixa.  
A demandada, igualmente, não observou o disposto no artigo 29 da mesma lei (CNT), que trata sobre as normas gerais de circulação de veículos, em especial o inciso II, que trata sobre distância de segurança: 
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
(...)
 
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas; 
Conforme depoimento testemunhal, o condutor do caminhão da empresa Requerida agiu com imprudência ou ao menos com imperícia além de violar regulamento de trânsito, pois, poderia muito bem, se estivesse com a devida atenção ao trânsito, nas circunstâncias do evento, tê-lo evitado, infringindo o art. 175, Inciso II do RCNT que diz: 
Art. 175. É dever de todo condutor de veículo: 
 (...)
II- Conservar o veículo na mão de direção e na faixa própria. 
 	E ainda o disposto no Artigo 181, do mesmo Regulamento que expressamente diz nos incisos VIU e XVI: 
Art. 181. É proibido a todo condutor de veículo: 
 (...)
VI - transitar pela contramão de direção, exceto para ultrapassar outro veículo e unicamente pelo espaço necessário para esse fim, respeitada a preferência do veículo que transita em sentido contrário.
 (...)
XVI - Transitar em velocidade superior à permitida para o local. 
	DOS DANOS PATRIMONIAIS
· DO DANO MORAL E MATERIAL
 
O dano é, então, uma lesão a um interesse, patrimonial amparado pelo Direito, praticada por um indivíduo infrator do ordenamento jurídico, por meio de ação ou omissão, quer seja esta voltada intencionalmente para prejudicar outrem, quer seja realizada por descuido. 
Desse modo, nas palavras de Enneccerus, citado por Carlos Roberto Gonçalves, dano é “toda desvantagem experimentada em nossos bens jurídicos (patrimônio, corpo, vida, saúde, honra, crédito, bem-estar, capacidade de aquisição etc.)”
A Constituição Federal em seu artigo 5º assegura a indenização do dano moral, bem como do dano material, in verbis:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 (...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
 	Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo desrespeito as leis de trânsito e negligência por parte da Requerida, que agiu culposamente no acidente, sendo inegável que este fato ultrapassa os limites de mero aborrecimento cotidiano, pois por diversas vezes teve que sair de sua rotina para tentar sanar o problema, com o qual não deu causa, gerando assim o dano moral. 
	Dessa forma, no tocante ao dano moral, o autor deve ser compensado por todo o constrangimento, transtornos e aborrecimentos sofridos neste período, pois, tais SUPERAM, e MUITO, os limites do que se entende por razoável no cotidiano de um ser humano, em razão do descaso da ré.
Eis a acepção de dano moral na jurisprudência pátria: 
Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas). :
“Sempre que há dano, isto é, desvantagem no corpo, na psique, na vida, na saúde, na honra, ao nome, no crédito, no bem-estar ou no patrimônio, nasce o direito à indenização.” 
Como ensina o eminente e saudoso civilista CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, “quando se cuida de dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a convergência de duas forças: ‘caráter punitivo’, para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que praticou; e o 'caráter compensatório' para a vítima, que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido" (Responsabilidade civil, Rio de Janeiro, Forense, 1.990, p. 62).             
É exatamente isso que se pretende com a presente ação: uma satisfação, uma compensação pelo sofrimento que experimentou o Requerente, com a falta de respeito ao ser menosprezado, isso nada mais é do que uma contrapartida do mal sofrido, com caráter satisfatório para o LESADO e punitivo para a ré, causadora do dano, para que se abstenha de realizar essa conduta lesiva com outras pessoas. 
In casu, quanto ao dano material, resta demonstrado os valores dos equipamentos de trabalho do Autor, que na oportunidade foram deteriorados, não podendo mais serem utilizados, sendo eles: uma máquina fotográfica, avaliada em R$ 2.500,00 (Dois Mil e Quinhentos Reais) e um celular, avaliado no valor de R$ 1.299,00 (Hum Mil e Duzentos e Noventa e Nove Reais), conforme documentos em anexo.  
Certo é que, a ação de reparação deve proporcionar a mais ampla satisfação do dano possível. Portanto, é de suma importância um ponto de equilíbrio para alcançar o princípio da reparação integral do prejuízo, moral ou material que é devido ao requerente.
· DO DANO EMERGENTE
Sabe-se que os danos emergentes são aqueles valores que a vítima, efetivamente e imediatamente, teve diminuído em seu patrimônio em razão do ato cometido por outrem, alheio a sua vontade. 
Como observa-se nos autos do processo, o Requerente realmente teve seu patrimônio diminuído, pois deixou de realizar o pagamento de suas despesas mensais, sabendo que é o único mantenedor da sua família, e ainda por permanecer impossibilitado de realizar o seu trabalho por longos 30 (trinta) dias, ficando impedido de atender clientes para apresentar seu trabalho e assim fechar novos contratos. Além de despesas com transporte em suas idas e vindas até a Ré, também para solucionar o problema. 
A respeito do assunto, extrai-se da doutrina pátria, segundo a lição do saudoso jurista J.M. Carvalho Santos:“… quer o código que o devedor inadimplente indenize o prejuízo, ou seja, a perda certa e não eventual, ou melhor ainda, a verdadeira diminuição ou desfalque que no seu patrimônio sofreu efetivamente o credor com o inadimplemento da obrigação.”
 E mais, quanto a mensuração do dano emergente, vejamos o que ensina o ilustre desembargador Sérgio Cavalieri Filho em sua obra de Programa de Responsabilidade Civil: 
“A mensuração do dano emergente, como se vê, não enseja maiores dificuldades. Via de regra, importará no desfalque sofrido no patrimônio da vítima; será a diferença do valor do bem jurídico entre aquele que ele tinha antes e depois do ato ilicito.(…) dano emergente é tudo aquilo que se perdeu, sendo certo que a indenização haverá de ser suficiente para a restitutio in integrum.”
 
E por fim, transcrevemos o que diz o Código Civil, em relação ao assunto:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
 	Destarte, a lei está claramente em favor do Requerente, que, enquanto trafegava de maneira adequada, teve a sua motocicleta colidida brutalmente por um caminhão, em ação culposa, o que lhe causou um grande prejuízo, devendo ser reparado.
Sendo assim, resta demonstrada a natureza do danos emergentes em nosso ordenamento jurídico. 
	DO LUCRO CESSANTE
Sabe-se que os lucros cessantes são aqueles valores que a pessoa física ou jurídica deixou de auferir em razão de algum ato cometido por outrem, alheio a sua vontade.
 A expressão “o que razoavelmente deixou de lucrar”, prevista no Artigo 402 do Código Civil, deve ser interpretada no sentido de que, até prova em contrário, se admite que o credor haveria de lucrar aquilo que o bom senso diz que lucraria, existindo a presunção de que os fatos se desenrolariam dentro do seu curso normal, tendo em vista os antecedentes
Outrossim, não se exige que os lucros cessantes sejam certos, bastando que, nas circunstâncias, sejam razoáveis ou potenciais. 
Assim, sendo o autor privado de renda ou ganho financeiro, por não poder utilizar seu equipamento de trabalho em suas atividades habituais, em razão do ato praticado e dos ferimentos físicos causados, é devido LUCROS CESSANTES.              
Com relação aos lucros cessantes, vejamos a doutrina: 
“… alusivo à privação de um ganho pelo lesado, ou seja, ao lucro que deixou de auferir em razão do prejuízo que lhe foi causado” (Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro – Responsabilidade civil). 
 “… lucro cessante é aquilo que a vítima do acidente razoavelmente deixou de ganhar. (…) na maioria das vezes esses lucros cessantes são os dias de serviço perdidos do empregado, ou a expectativa de ganho do trabalhador autônomo, demostrada através daquilo que3 vinha ganhando às vésperas do evento danoso, e que por conseguinte, mito provavelmente ele continuaria a ganhar se não fosse o infeliz acidente” (Silvio Rodrigues, Direito Civil – Responsabilidade Civil).
 	Nesta vértice, já decidiu o Egrégio Tribunal de Justiça: 
“Os lucros cessantes correspondes à frustração da expectativa de ganhos futuros, rendimentos ou salários pela vítima. Esta previsão deve ter o mínimo de certeza e razoabilidade, evitando assim a consideração de lucros imaginários e danos remotos”
(ApCv 2003.001444-6, de Biguaçu, rel. Desa. Salete Silva Sommariva). 
E por fim, transcrevemos novamente o que diz o Código Civil de 2002, destacando os lucros cessantes: 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
 
Sendo assim, está demonstrada a natureza dos lucros cessantes em nosso ordenamento jurídico. 
	DOS PEDIDOS
 	Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
1. Preliminarmente, requer a VOSSA EXCELÊNCIA QUE SEJAM CONCEDIDOS OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, por não possuir o Requerente, no momento, condições financeiras de arcar com às custas processuais e honorários advocatícios, em conformidade com a Lei Nº. 1.060/50, no presente momento, conforme artigo 98 do Código Processo Civil;
2. Cite-se da Requerida nos termos do artigo 246, II, do novo Código de Processo Civil, para, querendo, apresentar defesa, advertindo-lhe sob as penas de revelia e confissão.
3. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 319, VII do Código Processo Civil;
4. Requer também, caso frustrada a conciliação ou decretada a revelia. Que a REQUERIDA, SEJA, CONDENADA A PAGAR A TÍTULO DE DANOS EMERGENTES OU DANOS POSITIVOS O VALOR DE R$ 3.799,00 (TRÊS MIL E SETECENTOS E NOVENTA E NOVE REAIS), COMO FORMA DE RESSARCIR OS DANOS CAUSADOS;
5. Julgar procedente os pedidos formulados pelo Requerente, para que a Requerida atribua os valores de juros legais, desde a data do evento, ou seja, do acidente, para o ressarcimento dos bens danificados em decorrência do fatídico.
6. A Condenação da REQUERIDA A PAGAR AO REQUERENTE INDENIZAÇÃO POR LUCRO CESSANTE NO VALOR DE R$ 15.000,00 (QUINZE MIL REAIS).
7. A Condenação da REQUERIDA A PAGAR AO REQUERENTE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS NO VALOR DE R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS).
8. A condenação da Requerida no pagamento de honorários advocatícios, na base de 30% (Trinta) por cento, sobre o valor da causa caso venha a recorrer ou litigue de má-fé.
 	Pugna por todos os meios de provas admitidas em direito, em especial, depoimento pessoal do autor, do representante da Requerida e prova documental.
Dá-se à presente causa, o valor de R$ 28.799,00 (VINTE E OITO MIL E SETECENTOS E NOVENTA E NOVE REAIS), para todos os efeitos de direito e alçada.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Imperatriz/MA, 19 de Julhode 2017.
DR. SUCESSO
OAB 3333

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